NACIONAL

SAÚDE

Campanha de vacinação tem início em São Paulo

Por Prefeitura de São Paulo e Ministério da Saúde
23 de março de 2020

Ao todo, mais de 20 mil profissionais de saúde trabalharão na primeira fase da campanha

Reprodução da Internet

A Prefeitura de São Paulo Iniciou na manhã desta segunda-feira, 23, a campanha de vacinação contra a gripe (Influenza) para prevenção da população. A imunização acontece simultaneamente em 468 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e, nesta primeira etapa, será exclusiva para idosos e profissionais da saúde, sendo gradativamente disponibilizada para outros grupos.

O prefeito Bruno Covas acompanhou o início das ações na UBS Max Perlman, na Vila Nova Conceição. “A ideia nessa primeira etapa da campanha é vacinar 1,8 milhão de pessoas na cidade de São Paulo. Vamos chegar a 90% da população imunizada com as outras etapas”, destacou.

Todo ponto de vacinação terá um médico para avaliar as pessoas. As ações contam com a participação de 20 mil funcionários das equipes de saúde, além de dois mil estagiários em saúde da Prefeitura.

Também já estão distribuídas na cidade 20 tendas de parceiros da Secretaria da Saúde e das subprefeituras, além de outras 90 tendas solicitadas à SP Turis.

“Nossa equipe foi treinada para que o fluxo de vacinação ocorra o mais rápido possível. Também montamos estruturas externas para que as pessoas nem precisem entrar”, explicou o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.

Na cidade de São Paulo, a vacinação também ocorrerá em 450 escolas municipais, e, ainda contará com a participação de mais de 600 instituições (associações de moradores, organizações sociais, casas de repouso, Instituições de Longa Permanência para Idosos, igrejas, templos, casas de oração, escolas de samba, entre outras, para levar a vacina para pessoas acamadas, mesmo em conjuntos habitacionais. A Prefeitura terá ainda 264 vans para que as equipes de saúde cheguem às pessoas acamadas.

Segundo o secretário municipal da Saúde, as ações para vacinação também contarão com uma busca ativa. “As nossas equipes irão até as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), casas de proteção, além de realizar visitas a idosos acamados que são acompanhados pelas unidades de saúde”, falou.

Para saber qual a UBS mais próxima de sua residência, acesse o Busca Saúde

CAMPANHA ANTECIPADA

Neste ano, o Ministério da Saúde mudou o início da campanha, de abril para março, para proteger de forma antecipada os públicos prioritários contra os vírus mais comuns da gripe. A vacina contra influenza não tem eficácia contra o coronavírus, porém, neste momento, irá auxiliar os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para coronavírus, já que os sintomas são parecidos. E, ainda, ajuda a reduzir a procura por serviços de saúde. Estudos e dados apontam que casos mais graves de infecção por coronavírus têm sido registrados em pessoas acima de 60 anos, grupo que corresponde a pessoas no Brasil. Por isso, a primeira etapa da campanha contempla esse público.

A etapa seguinte da campanha terá início no dia 16 de abril com objetivo de vacinar doentes crônicos, professores (rede pública e privada) e profissionais das forças de segurança e salvamento. A última fase, que começa no dia 9 de maio, priorizará crianças de 6 meses a menores de 6 anos, pessoas com 55 a 59 anos, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas com deficiência, povos indígenas, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.

Para viabilizar a campanha, o Ministério da Saúde investiu R$ 1 bilhão na aquisição de 75 milhões de doses da vacina. Até o momento, a pasta enviou aos estados 15 milhões de doses e mais 4 milhões serão distribuídas até o final de março. A vacina, composta por vírus inativado, é trivalente e protege contra os três vírus que mais circularam no hemisfério sul em 2019: Influenza A (H1N1), Influenza B e Influenza A (H3N2).

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe envolve as três esferas gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS), contando com recursos da União, das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.

VÍRUS DA INFLUENZA EM NÚMEROS

O Ministério da Saúde mantém a vigilância da influenza no Brasil por meio da vigilância sentinela de Síndrome Gripal (SG) e de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em pacientes hospitalizados. São 114 unidades distribuídas em todas as regiões geográficas do país e tem como objetivo principal identificar os vírus respiratórios circulantes, permitir o monitoramento da demanda de atendimento dos casos hospitalizados e óbitos.

Em 2020, até a Semana Epidemiológica 11 (14 de março), foram registrados 165 casos e 13 óbitos por Influenza A (H1N1), 139 casos e 14 óbitos por Influenza B e 16 casos e 2 óbitos por Influenza A (H3N2). O estado de São Paulo concentra o maior número de casos de H1N1, com 42 casos e 2 óbitos. Em seguida, estão a Bahia (40 casos e 3 óbitos) e o Paraná (20 casos e 5 óbitos). No ano passado, o país registrou 5.800 casos e 1.122 óbitos pelos três tipos de influenza.

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