Campanha de vacinação tem início em São Paulo

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23 de março de 2020

A Prefeitura de São Paulo Iniciou na manhã desta segunda-feira, 23, a campanha de vacinação contra a gripe (Influenza) para prevenção da população. A imunização acontece simultaneamente em 468 Unidades Básicas de Saúde (UBS) e, nesta primeira etapa, será exclusiva para idosos e profissionais da saúde, sendo gradativamente disponibilizada para outros grupos.

O prefeito Bruno Covas acompanhou o início das ações na UBS Max Perlman, na Vila Nova Conceição. “A ideia nessa primeira etapa da campanha é vacinar 1,8 milhão de pessoas na cidade de São Paulo. Vamos chegar a 90% da população imunizada com as outras etapas”, destacou.

Todo ponto de vacinação terá um médico para avaliar as pessoas. As ações contam com a participação de 20 mil funcionários das equipes de saúde, além de dois mil estagiários em saúde da Prefeitura.

Também já estão distribuídas na cidade 20 tendas de parceiros da Secretaria da Saúde e das subprefeituras, além de outras 90 tendas solicitadas à SP Turis.

“Nossa equipe foi treinada para que o fluxo de vacinação ocorra o mais rápido possível. Também montamos estruturas externas para que as pessoas nem precisem entrar”, explicou o secretário municipal da Saúde, Edson Aparecido.

Na cidade de São Paulo, a vacinação também ocorrerá em 450 escolas municipais, e, ainda contará com a participação de mais de 600 instituições (associações de moradores, organizações sociais, casas de repouso, Instituições de Longa Permanência para Idosos, igrejas, templos, casas de oração, escolas de samba, entre outras, para levar a vacina para pessoas acamadas, mesmo em conjuntos habitacionais. A Prefeitura terá ainda 264 vans para que as equipes de saúde cheguem às pessoas acamadas.

Segundo o secretário municipal da Saúde, as ações para vacinação também contarão com uma busca ativa. “As nossas equipes irão até as Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI), casas de proteção, além de realizar visitas a idosos acamados que são acompanhados pelas unidades de saúde”, falou.

Para saber qual a UBS mais próxima de sua residência, acesse o Busca Saúde

CAMPANHA ANTECIPADA

Neste ano, o Ministério da Saúde mudou o início da campanha, de abril para março, para proteger de forma antecipada os públicos prioritários contra os vírus mais comuns da gripe. A vacina contra influenza não tem eficácia contra o coronavírus, porém, neste momento, irá auxiliar os profissionais de saúde na exclusão do diagnóstico para coronavírus, já que os sintomas são parecidos. E, ainda, ajuda a reduzir a procura por serviços de saúde. Estudos e dados apontam que casos mais graves de infecção por coronavírus têm sido registrados em pessoas acima de 60 anos, grupo que corresponde a pessoas no Brasil. Por isso, a primeira etapa da campanha contempla esse público.

A etapa seguinte da campanha terá início no dia 16 de abril com objetivo de vacinar doentes crônicos, professores (rede pública e privada) e profissionais das forças de segurança e salvamento. A última fase, que começa no dia 9 de maio, priorizará crianças de 6 meses a menores de 6 anos, pessoas com 55 a 59 anos, gestantes, puérperas (até 45 dias após o parto), pessoas com deficiência, povos indígenas, funcionários do sistema prisional, adolescentes e jovens de 12 a 21 anos sob medidas socioeducativas e população privada de liberdade.

Para viabilizar a campanha, o Ministério da Saúde investiu R$ 1 bilhão na aquisição de 75 milhões de doses da vacina. Até o momento, a pasta enviou aos estados 15 milhões de doses e mais 4 milhões serão distribuídas até o final de março. A vacina, composta por vírus inativado, é trivalente e protege contra os três vírus que mais circularam no hemisfério sul em 2019: Influenza A (H1N1), Influenza B e Influenza A (H3N2).

A Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe envolve as três esferas gestoras do Sistema Único de Saúde (SUS), contando com recursos da União, das Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde.

VÍRUS DA INFLUENZA EM NÚMEROS

O Ministério da Saúde mantém a vigilância da influenza no Brasil por meio da vigilância sentinela de Síndrome Gripal (SG) e de Síndrome Respiratória Aguda Grave (SRAG) em pacientes hospitalizados. São 114 unidades distribuídas em todas as regiões geográficas do país e tem como objetivo principal identificar os vírus respiratórios circulantes, permitir o monitoramento da demanda de atendimento dos casos hospitalizados e óbitos.

Em 2020, até a Semana Epidemiológica 11 (14 de março), foram registrados 165 casos e 13 óbitos por Influenza A (H1N1), 139 casos e 14 óbitos por Influenza B e 16 casos e 2 óbitos por Influenza A (H3N2). O estado de São Paulo concentra o maior número de casos de H1N1, com 42 casos e 2 óbitos. Em seguida, estão a Bahia (40 casos e 3 óbitos) e o Paraná (20 casos e 5 óbitos). No ano passado, o país registrou 5.800 casos e 1.122 óbitos pelos três tipos de influenza.

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Começa vacinação contra o sarampo para pessoas de 5 a 29 anos

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14 de fevereiro de 2020

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo promove a partir desta segunda-feira,10, a primeira etapa da campanha nacional de sarampo voltada para o público de 5 a 19 anos, com uma diferença. Para aumentar a cobertura vacinal, a capital paulista vai estender a idade limite até 29 anos.

A vacinação será em postos fixos nas Unidades Básicas de Saúde (UBSs) e em postos volantes em diversos pontos da capital paulista. Para consultar qual é a UBS mais próxima de sua residência, basta utilizar o Busca Saúde.

A atual fase da campanha contra o sarampo vai até 13 de março com vacinação seletiva, ou seja, para as pessoas dentro da faixa etária de 5 a 29 anos que não tenham comprovante ou que estejam com o esquema de vacinação incompleto. Todos devem passar por avaliação de um profissional qualificado que irá verificar a necessidade.

Em 2019, a cobertura vacinal da primeira dose da tríplice viral no município de São Paulo foi de 100% e, da segunda dose, de 85,2%.

As UBSs vão continuar a seguir o calendário anual de vacinação durante a campanha.  Pessoas de até 29 anos devem ter duas doses comprovadas da vacina tríplice viral e quem tem entre 30 e 59 anos precisa de, ao menos, uma dose. Crianças devem ser imunizadas aos 6, aos 12 e aos 15 meses de idade.

A SMS vai aproveitar a campanha para vacinar contra a febre amarela as pessoas com idade superior a 9 meses.

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Sábado será "Dia D" de vacinação contra o sarampo

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18 de outubro de 2019

Neste sábado (19), será realizado em todo o país o “Dia D de Vacinação contra o Sarampo”. A data é uma mobilização para estimular pessoas a se imunizarem contra a doença, cujos casos vêm crescendo no país nos últimos meses. Postos de saúde estarão abertos para receber os interessados em se proteger contra o sarampo ou que não tenham tomado todas as doses.

O “Dia D” faz parte da Campanha Nacional de Vacinação contra o Sarampo, lançada no dia 7 de outubro pelo Ministério da Saúde, em parceria com secretarias estaduais e municipais.

A mobilização nacional de amanhã integra a primeira fase da campanha, até 25 de outubro, voltada a crianças com idade entre seis meses e 4 anos. Os bebês de até um ano apresentam coeficiente de incidência da doença de 92,3 a cada 100 mil habitantes, 12 vezes maior do que as demais faixas.

Na segunda etapa, programada para o período entre 18 e 30 de novembro, o foco será em pessoas de 20 a 29 anos. Essa faixa inclui a maioria do número de casos confirmados da doença, com 1.694, embora com coeficiente menor (13,2 casos a cada 100 mil habitantes) devido ao número de brasileiros nessa faixa de idade.

Devem ser vacinados os bebês de seis meses a 1 ano, que tomarão a chamada “dose 0”. As crianças de 1 a 5 anos devem receber duas doses, uma aos 12 meses e outra aos 15 meses. Em caso de aplicação de apenas uma das doses, é preciso se dirigir aos postos para realizar o complemento da segunda.

O objetivo é vacinar 39 milhões de pessoas ao longo da campanha, cerca de 20% dos brasileiros. Foram disponibilizadas neste ano 60,2 milhões de doses da tríplice viral, que imuniza contra sarampo, caxumba e rubéola. Para o próximo ano, o ministério anunciou a aquisição de mais 65,2 milhões de doses. O público-alvo será ampliado, abrangendo também as faixas de 50 a 59 anos.

Casos

Segundo o último boletim epidemiológico do Ministério da Saúde sobre Sarampo, de janeiro até outubro deste ano já haviam sido confirmados 6.640 casos e seis mortes. No período de 7 de julho a 29 de setembro, foram registrados 5.404 casos confirmados, enquanto 22.564 ainda estão em investigação. Outras 7.554 suspeitas foram descartadas. O período concentrou 81% dos casos confirmados neste ano.

Esses episódios ocorreram em 19 unidades da Federação, sendo a quase totalidade em São Paulo, com 5.228 casos (96,74%), em 173 cidades, principalmente na região metropolitana da capital paulista. Em seguida vêm o Paraná (39 casos, em 10 cidades), o Rio de Janeiro (28, em 9 municípios), Minas Gerais (25, em 8 localidades) e Pernambuco (24, em 8 cidades).

Como os registros estão em municípios específicos, quem quiser mais informações deve buscar a Secretaria de Saúde do estado para saber se a sua cidade está entre os locais de ocorrência da doença. Entre as mortes, cinco foram em São Paulo e uma em Pernambuco.

Sarampo

Causado por vírus, o sarampo é uma doença infecciosa grave, que pode levar à morte. A transmissão ocorre por via aérea, ou seja, quando a pessoa infectada tosse, fala ou respira próximo de outras pessoas.

Mesmo quando o paciente não morre, há possibilidade de a infecção ocasionar sequelas irreversíveis. Quando a doença ocorre na infância, o doente pode desenvolver pneumonia, encefalite aguda e otite média aguda, que pode gerar perda auditiva permanente.

Os sintomas do sarampo são febre acompanhada de tosse, irritação nos olhos, coriza (nariz escorrendo ou entupido) e mal-estar intenso. Quando o quadro completa de três a cinco dias, podem aparecer manchas vermelhas no rosto e atrás das orelhas.

A prevenção ao sarampo, feita por meio da vacinação, é fundamental, já que não há tratamento para a doença. O tipo de vacina varia conforme a idade da pessoa e a situação epidemiológica da região onde vive, ou seja, é necessário levar em conta a incidência da doença no local. Quando há um surto, por exemplo, a dose aplicada pode ser do tipo dupla viral, que protege contra sarampo e rubéola.

Existem ainda as variedades tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) e tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela, mais conhecida como catapora). As vacinas estão disponíveis em unidades públicas e privadas de vacinação. Segundo o Ministério da Saúde, o Sistema Único de Saúde (SUS) oferece doses gratuitamente em mais de 36 mil salas de vacinação, localizadas em postos de saúde de todo o Brasil.

O governo brasileiro recomenda que pessoas na faixa de 12 meses a 29 anos de idade recebam duas doses da vacina. Para a população com idade entre 30 a 49 anos, a indicação é de uma dose.

Recentemente, o Brasil perdeu o certificado de eliminação da doença. Na semana passada, passaram a apresentar semelhante condição quatro países da Europa: o Reino Unido, a Grécia, República Tcheca e Albânia. De acordo com o ministério, no primeiro semestre deste ano, o Cazaquistão, a Geórgia, Rússia e Ucrânia concentraram 78% dos casos registrados na Europa.

Com informações de Letycia Bond

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Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe termina nesta sexta

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30 de mai de 2019

Termina nesta sexta-feira (31) a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe, destinada a vacinar exclusivamente o público prioritário, entre eles, idosos, crianças, gestantes, profissionais de saúde e professores. De acordo com o Ministério da Saúde, a partir de segunda-feira (3), as doses restantes da campanha ficarão disponíveis para a população em geral. Até esta quarta-feira, 44,6 milhões de pessoas que buscaram os postos de vacinação, o que representa 75% da população-alvo.

“Os portadores de doenças crônicas não transmissíveis, que inclui pessoas com deficiências específicas, devem apresentar prescrição médica no ato da vacinação. Pacientes cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS deverão se dirigir aos postos em que estão registrados para receber a vacina, sem a necessidade de prescrição médica.

A meta do ministério é vacinar 90% do público-alvo, formado por 59,4 milhões de pessoas. Dois estados já bateram a meta de 90%: Amazonas (94,4%) e Amapá (94,7%). Os estados com menor cobertura vacinal são Rio de Janeiro (57,6%), Acre (64,9%) e São Paulo (65,4%). Segundo a pasta, a campanha mantém, em todo o país, uma estrutura com mais de 41,8 mil postos de vacinação e a participação de aproximadamente 196,5 mil pessoas.

Os dados divulgados pelo ministério indicam que, entre a população prioritária, os funcionários do sistema prisional registram a maior cobertura vacinal, com 94,2%, seguido pelas puérperas (91%), indígenas (86,7%), idosos (85,3%) e professores (82,8%). Os grupos que menos se vacinaram foram os profissionais das forças de segurança e salvamento (32,2%), população privada de liberdade (50,4%), pessoas com comorbidades (66,6%), crianças (69,9%), gestantes (70,8%) e trabalhadores de saúde (72,9%).

No Brasil, a escolha do público prioritário obedece recomendação da Organização Mundial da Saúde (OMS). “Essa definição também é respaldada por estudos epidemiológicos e pela observação do comportamento das infecções respiratórias, que têm como principal agente os vírus da gripe. São priorizados os grupos mais suscetíveis ao agravamento de doenças respiratórias”, diz a pasta da Saúde.

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Fiocruz desenvolve teste para Zika mais barato e rápido

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15 de abril de 2019

Exames para identificar infecção pelo vírus da Zika em breve vão poder ser feitos em 20 minutos. Pesquisadores da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), em Pernambuco, desenvolveram um método simples e 40 vezes mais barato que o tradicional. A expectativa é que chegue aos postos de saúde antes do final do ano, beneficiando, principalmente, os municípios afastados dos grandes centros, onde o resultado do teste de Zika pode demorar até 15 dias. As informações são de um dos criadores da técnica, o pesquisador da unidade Jefferson Ribeiro.

“Tendo em vista que a técnica atual (PCR) é extremamente cara e o Brasil tem poucos laboratórios de referência que podem realizar o diagnóstico de Zika – até um tempo atrás eram apenas cinco, inclusive a Fiocruz de Pernambuco -, uma cidade pequena, no interior do estado, acaba prejudicada. A amostra precisa sair do interior, ir para a capital, para ser processada, enfim, se pensarmos nesses municípios, o resultado pode demorar 15 dias”, destaca Ribeiro.

Outra vantagem do novo teste é que pode ser feito por qualquer pessoa nos posto de saúde, não exige treinamento complexo. Com um kit rápido, basta coletar amostras de saliva ou urina, misturar com reagentes fornecidos em um pequeno tubo plástico e depois aquecer em banho maria. Vinte minutos depois, se a cor da mistura se tornar amarela, está confirmado o diagnóstico de Zika, se ficar laranja, o resultado é negativo. Hoje, o teste PCR (reação em da polimerase), com reagentes importados, é feito com material genético retirado das amostras, o que demora mais.

O teste elaborado pela Fiocruz Pernambuco é também mais preciso, ou seja, tem uma taxa de erro menor, acusando a doença mesmo em casos que não foram detectados pela PCR.

A expectativa dos pesquisadores é que o kit seja desenvolvimento pela indústria nacional, com a participação da Bio-manguinhos, e disponibilizado até o fim do ano. Testes semelhantes já são usados para o vírus da dengue e outras bactérias. “Essa é a nossa pretensão, para facilitar a disponibilidade para o Sistema Único de Saúde”, disse Ribeiro.

Zika

O número de casos de Zika, que pode causar microcefalia em bebês, vem diminuindo nos últimos anos. No entanto, o país ainda teve 8.680 diagnósticos em 2018 (em 2017 foram 17.593), com maior incidência no Norte e Centro-Oeste. A doença está relacionada à falta de urbanização e de saneamento básico e costuma aumentar nas estações chuvosas.

A Zika é transmitida principalmente por picadas de mosquito, mas também durante a relação sexual desprotegida e de mãe para filho, na gestação. Provoca complicações neurológicas como a microcefalia e a Síndrome de Guillain Barré. Começa com manchas vermelhas pelo corpo, olho vermelho, febre baixa e dores pelos corpos e nas juntas, geralmente, sem complicações.

O novo teste para a Zika foi desenvolvido no mestrado em Biociências e Biotecnologia em Saúde, com orientação do professor Lindomar Pena. Em breve, será publicado em detalhes em revista científica. Anteriormente, os pesquisadores publicaram artigo com os resultados dos testes para amostras de mosquitos infectados e não de secreções humanas.

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Postos de saúde da capital iniciam vacinação contra a gripe nesta quarta-feira (10)

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09 de abril de 2019

O município de São Paulo começa nesta quarta-feira (10) a 22ª campanha de vacinação contra Influenza. A vacina que estará disponível nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) da capital protege contra três subtipos do vírus da gripe (H1N1, H3N2 e Influenza B) e será destinada aos grupos prioritários definidos pelo Ministério da Saúde, compostos por pessoas mais propensas a desenvolver complicações causadas pelo vírus influenza.

A campanha acontece anualmente, pois a proteção conferida pela vacinação é de aproximadamente um ano e a dose é oferecida nos meses que antecedem o inverno, quando a circulação do vírus é mais intensa. Em 2018, a cobertura entre os chamados grupos elegíveis foi de 81,5%. A meta é chegar a 90% de adesão.

A campanha de 2019 será realizada por etapas, assim como ocorreu em anos anteriores. De 10 a 19 de abril, a vacina será aplicada em gestantes, puérperas (mulheres que deram a luz até 45 dias após o parto) e crianças de 6 meses até 5 anos, 11 meses e 29 dias de idade.

De 22 de abril até 31 de maio (data prevista para o término da ação), serão incluídos os demais grupos: trabalhadores da área de saúde, povos indígenas, pessoas com 60 anos ou mais de idade, pessoas com doenças crônicas e outras condições clínicas especiais, professores (escolas públicas e privadas), adolescentes e jovens de 12 a 21 anos de idade sob medidas socioeducativas, população privada de liberdade e funcionários do sistema prisional. Durante todo o período da campanha, ocorrerá a atualização da caderneta de vacinação de crianças, gestantes e puérperas.

A coordenadora do Programa Municipal de Imunizações (PMI), da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo, Maria Lígia Nerger, explica que a vacina influenza é segura e que os rumores de que ela causa gripe não são verdadeiros.

“Há boatos de que a vacina provoca a gripe ao invés de preveni-la, mas essa informação é incorreta, já que a dose aplicada nas UBSs é composta por partículas de vírus morto, o que inviabiliza a contaminação. Uma parcela muito pequena da população vacinada pode apresentar febre baixa ou mal-estar alguns dias após receber a vacina, o que não contraindica a vacinação”, orienta a coordenadora.

Para se vacinar, é preciso levar documento de identificação e, se possível, a carteira de vacinação e cartão SUS até a unidade mais próxima. Os profissionais de saúde e educação precisam apresentar holerite ou crachá de identificação. Portadores de doenças crônicas e outras comorbidades devem levar a receita da medicação que faz uso com data dos últimos seis meses ou prescrição médica.

Para pessoas que já tiveram alergia grave em doses anteriores ou a algum componente da vacina, recomenda-se realizar avaliação médica criteriosa sobre risco-benefício da vacina antes da administração de uma nova dose. Pessoas com febre alta recomenda-se adiar a vacinação até a resolução do quadro.

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Vacinação contra febre amarela prossegue em estações da CPTM

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03 de abril de 2019

Nos próximos dias, o usuário que passar por algumas estações da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) terá a oportunidade de se vacinar gratuitamente contra a febre amarela. É necessário apresentar documento de identificação e, se houver, caderneta de vacinação atualizada.

Na terça-feira (19) e quinta-feira (21), a ação ocorrerá nas estações Corinthians-Itaquera, Dom Bosco, José Bonifácio, Guaianases, São Miguel Paulista, Itaim Paulista, Jardim Helena-Vila Mara e Jardim Romano, das 16h às 20h30. Na Estação Comendador Ermelino, as doses serão aplicadas nos mesmos dias, das 9h às 18h.

Na quarta-feira (20), haverá imunização nas estações Tamanduateí, das 11h às 16h, Piqueri, das 10h às 15h30, e Pirituba, das 9h às 16h. Vale destacar que, até 29 de março, a vacinação acontecerá todos os dias nas estações Brás e Tatuapé, das 11h às 16h. Na Estação Engenheiro Goulart, a imunização também é diária, exceto às segundas-feiras, em dois horários, das 9h às 12h e das 14h às 16h.

PREVENÇÃO

A febre amarela é uma doença infecciosa, sua transmissão ocorre por meio da picada do mosquito Aedes aegypti. Entre os sintomas estão o início súbito de febre, calafrios, dor de cabeça intensa, dores nas costas e no corpo, náuseas e vômito, fadiga e fraqueza. Nos casos mais graves, a pessoa pode desenvolver hemorragia e insuficiência de múltiplos órgãos.

A ação é uma iniciativa da prefeitura de São Paulo e conta com o apoio da CPTM, que abre espaços nas estações para a realização de atividades ligadas a promoção da saúde e bem-estar dos usuários.

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Prefeitura mantém postos de vacinação contra a raiva até o fim de setembro

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13 de setembro de 2018

Mesmo com o fim da campanha na capital, donos de cães e gatos que não puderam vacinar seus animais durante a ação devem aproveitar e procurar uma das unidades que atenderão até o dia 29 de setembro. A vacina também está disponível em unidades fixas que oferecem a dose o ano todo.

A campanha de vacinação contra a raiva para cães e gatos na cidade de São Paulo teve início em 20 de agosto e terminou no último dia 2, contando com a atuação de mais de 1.900 postos espalhados pela cidade. Foram vacinados 855.027 animais, sendo 602.665 cães e 252.362 gatos. O objetivo agora é alavancar a cobertura vacinal e atingir a meta de 977.095 animais imunizados. No ano de 2017, a campanha vacinou 930.564 animais, sendo 666.693 cães e 263.871 gatos.

Animais com idade superior a 3 meses devem ser imunizados, com exceção dos doentes - diarreia, secreção ocular ou nasal, falta de apetite, convalescentes de cirurgias ou outras enfermidades. Em relação a cadelas e gatas prenhes, apesar de não haver contraindicação, a orientação é de que o responsável procure pela vacina nos postos fixos , devido ao risco com o transporte e manejo. Fêmeas no cio também podem causar transtornos nos postos volantes – é indicado que se procure por um dos postos fixos.

A vacinação por parte da  Prefeitura Municipal de São Paulo é gratuita e obrigatória para cães e gatos, conforme a Lei Municipal nº13.131/01, e é executada pela Divisão de Vigilância de Zoonoses (DVZ)/Coordenação de Vigilância em Saúde (Covisa) e Unidades de Vigilância em Saúde (UVIS), todos órgãos da Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo. O proprietário do animal deve ter atenção quanto ao transporte correto: no caso, cães na coleira e guia, e gatos em caixas de transporte apropriadas (ou similar), para evitar fugas e/ou acidentes.

A relação completa dos postos, com local e data da vacinação, pode ser conferida aqui ou pelo telefone 156.

 

Sobre a doença

A raiva é uma doença transmissível, caracterizada pelo contágio direto; ou seja, pela mordida, arranhões ou lambedura de cães, gatos ou outros mamíferos, como, por exemplo, morcegos infectados.

O proprietário deverá identificar, no comprovante de vacinação, os dados do animal, como o nome e nº do Registro Geral Animal (RGA). É importante destacar que somente adultos com condições de conter os animais devem conduzi-los ao local de vacinação, para evitar possíveis transtornos.

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Prorrogada a campanha de vacinação contra pólio e sarampo na capital paulista

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04 de setembro de 2018

A Campanha Nacional de Vacinação contra Poliomielite e Sarampo será prorrogada até 14 de setembro no município de São Paulo. A ampliação tem como meta atingir os 95% de cobertura de ambas as vacinas. Até as 13h de segunda-feira, 3, foram aplicadas na cidade 520.846 doses contra pólio (paralisia infantil) e 516.554 doses de tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, que representam cobertura de 88% e 87,3%, respectivamente. É importante destacar que uma mesma criança pode ter tomado as duas vacinas na mesma ocasião.

A Secretaria Municipal da Saúde (SMS) de São Paulo adotou diversas estratégias para aumentar a adesão da dose desde o início da campanha, em 4 de agosto. As ações incluíram a realização de dias “D” com abertura de postos fixos e volantes aos sábados, busca ativa casa a casa e vacinação em escolas de ensino infantil do município.

A campanha é voltada exclusivamente para crianças de 1 a 4 anos, 11 meses e 29 dias de idade. A orientação é que mesmo crianças com a carteirinha de vacinação em dia recebam as doses de reforço. O Brasil está livre da poliomielite desde 1989, enquanto que os últimos dois casos confirmados de sarampo no município de São Paulo, ambos importados, foram registrados em 2015. A adesão é fundamental para que essas doenças continuem fora de circulação.

Para se vacinar, é preciso levar documento de identificação e, se possível, carteira de vacinação e cartão SUS. As doses da campanha continuam disponíveis durante a semana nos postos de saúde de todo o município. Para saber qual a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência de seu endereço, basta consultar o Busca Saúde.

 

Recomendações

Crianças menores de 2 anos de idade NÃO devem tomar simultaneamente as vacinas contra o sarampo e a febre amarela. É recomendável um intervalo de 30 dias entre as doses, sendo que a da campanha deve ser priorizada.

As vacinas contra  o sarampo e a pólio são contraindicadas para: pessoas que apresentam imunodeficiência congênita ou adquirida, como portadores de neoplasias malignas, submetidos a transplantes de medula ou outros órgãos, infectados pelo HIV; que estão em tratamento com corticosteroides em dose alta; ou que tenham alergia grave a algum componente da vacina ou dose anterior. Crianças com febre muito alta também devem evitar a aplicação.

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Brasil em alerta: doenças já erradicadas ameaçam novamente

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30 de agosto de 2018

Segundo dados divulgados pelo Programa Nacional de Imunizações, do Governo Federal, pela primeira vez, desde 2002, a aplicação de todas as vacinas indicadas a crianças menores de um ano de idade no Brasil ficou abaixo da meta do Ministério da Saúde, que prevê imunização de 95% desse público. A maioria tem agora índices que variam entre 70% e 83%, com exceção da BCG, que é a vacina que previne contra as formas graves de tuberculose e é oferecida ainda nas maternidades aos recém-nascidos, o que faz com que seus índices de cobertura permaneçam em patamares considerados seguros.   

Em meio ao alerta do retorno de doenças quase esquecidas, Letícia Lastoria, médica infectologista do Centro de Referência de Imunobiológicos Especiais do Hospital das Clínicas da UNESP, de Botucatu, atribui o relaxamento com a vacinação por boa parte da população às seguintes razões: 

“Hoje nós temos muitas notícias circulando pela internet que dizem não haver necessidade dessas vacinas, o que não é verdadeiro. As vacinas são bastante seguras e todas elas, uma vez licenciadas, passam por diversas fases de avaliação até serem aprovadas para uso, sendo que a população precisa entender que a vacinação é uma forma muito importante de prevenção de doenças, que antes eram um problema de saúde pública e agora não são mais, justamente em decorrência da vacinação em massa. Como não temos mais a incidência de algumas doenças, isso ficou esquecido por parte da população”, avalia.

 

CONSENSO

A mesma opinião é compartilhada por Paulo Saldiva, professor da Faculdade de Medicina da USP, para quem há um aumento expressivo das fake news nas redes sociais, que apregoam que as vacinas causam efeitos prejudiciais à saúde e fazem parte de um plano de enriquecimento dos laboratórios farmacêuticos e companhias que produzem as vacinas. Tais ações desestimulam a população a procurar a proteção vacinal, o que agrava ainda mais a situação, com a reincidência não somente dos casos de sarampo, como também de caxumba, febre amarela e doença de Chagas. Segundo ele, o Brasil tem o privilégio de ter vacina gratuita e disponível a todos na rede pública de saúde e, portanto, trata-se de uma oportunidade a ser aproveitada. 

“Nós temos no Brasil um calendário de vacinação bastante completo, desde o recém-nascido até o idoso. Todas as vacinas são licenciadas e passam por um processo bastante complexo até serem aprovadas. Se os testes indicarem que uma determinada vacina não é se Brasil em alerta: doenças já erradicadas ameaçam novamente
gura, então ela não é licenciada, nem fabricada”, garante a Letícia. 

 

SARAMPO E POLIOMIELITE

Cerca de 4,1 milhões de crianças entre 1 ano e menores de 5 anos ainda não foram vacinadas contra o sarampo e a poliomielite. A campanha do Governo Federal termina na sexta-feira, 31, e tem o objetivo de alcançar pelo menos 95% das 11,2 milhões de crianças brasileiras dessa faixa etária. 

Sem a devida cobertura, o Brasil pode tornar-se vulnerável a casos tanto de sarampo quanto de poliomielite, a paralisia infantil. Mesmo as crianças que já foram vacinadas em outro momento da vida devem receber doses de reforço nos postos de saúde.

Contra a poliomielite, a administração é oral, em gotinhas; contra o sarampo, a prevenção ocorre por meio da vacina tríplice viral injetável, independentemente de a criança já ter sido vacinada ou não.

 

REINCIDÊNCIA

Embora há quase 30 anos não haja registro de casos de poliomielite no País, levantamento da Organização Panamericana da Saúde indica que a região das Américas registrou, somente este ano, 2.472 casos confirmados de sarampo. O Brasil é o segundo país com o maior número de casos (mais de mil), atrás apenas da Venezuela. Os estados brasileiros com a maior incidência da doença são Roraima e Amazonas, porém foram contabilizados casos no Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Pará.

A médica infectologista Marta Heloísa Lopes, professora associada do Departamento de Moléstias Infecciosas e Parasitárias da Faculdade de Medicina da USP, explica o que é essa doença e como é transmitida: 

“O sarampo é uma doença aguda [aquela que tem curso acelerado e termina com convalescença ou morte em menos de três meses], causada por um vírus, que se transmite de uma pessoa para outra e se manifesta, predominantemente, por um acometimento da pele, uma doença exantemática [ou seja, com erupção cutânea provocada por doença infecciosa], acompanhada de febre, tosse, coriza e olho lacrimejante. Essas são as manifestações clínicas iniciais do sarampo. Através da tosse, das gotículas, da secreção nasal ou da secreção ocular, esse contato próximo de pessoa a pessoa transmite a doença por via respiratória. Isso é muito comum, predominantemente nas épocas mais frias, em que as pessoas ficam mais próximas e aglomeradas, porém pode acontecer em qualquer período”, afirma.

A região das Américas foi a primeira em todo o mundo a ser declarada, em 2016, como livre do sarampo. Mesmo assim, a doença voltou a se manifestar e hoje se concentra na região Norte do País. “Temos um surto localizado de sarampo no norte do Brasil, especificamente em Roraima e no Amazonas, com aumento do número de casos em algumas localidades nesses estados”, informa Marta. 

 

PREVENÇÃO

Atualmente, na prática, trata-se a febre e isola-se a pessoa infectada para que não transmita o vírus para os outros. No entanto, uma terapia específica para o tratamento da doença ainda não existe, havendo a possibilidade de sequelas e até mesmo de morte, razão pela qual a imunização não deve ser desprezada. 

“O vírus do sarampo não está eliminado no mundo. Por isso é que precisamos manter uma vigilância muito importante nos países onde sua circulação já foi eliminada, como é o caso do Brasil. É necessário manter altas coberturas vacinais a fim de proteger as pessoas, justamente porque em outras regiões do mundo ainda há a incidência da doença, ou seja, o sarampo não está completamente erradicado e pode migrar novamente para nosso país”, conclui a médica. 

Para Eliseu Alves Waldmann, professor do Departamento de Epidemiologia da Faculdade de Saúde Pública da USP, embora o País tenha dado grandes passos na erradicação de diversas doenças, o cenário atual em relação ao sarampo é de alerta: 

“No Brasil, o sarampo sempre chamou muito a atenção não somente por ser uma doença relacionada à infância, mas sobretudo por ser uma causa de óbitos no País. Na década de 1970, o sarampo situava-se como a quarta ou quinta causa de morte em crianças com idade inferior a cinco anos. Entre 1980 e 1985, tinha-se de 300 a 500 óbitos por sarampo, por ano, somente na cidade de São Paulo. É preciso evitar que tal situação se repita”. 

O problema do surto se dá principalmente, portanto, pelas baixas coberturas preventivas no País. Segundo ele, a importância da vacinação não é apenas para crianças, como também para jovens, adultos e idosos, motivo pelo qual se faz urgente a conscientização das pessoas e a mudança radical de comportamento quando o que está em jogo é a própria saúde e a manutenção da vida.

(Colaborou Cleide Barbosa)
(Com informações do Jornal da USP)
 

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