Opinião

O agir pastoral e o sínodo arquidiocesano de São Paulo

Estamos vivendo as alegrias do início do ano do Senhor de 2020. Muitas são as nossas expectativas e esperanças para um novo momento em nossas vidas. De uma nova etapa surgem desejos novos e abrem-se a nós horizontes promissores. Confiantes sempre em Deus, somos chamados a rever sem-pre o passado, com os pés firmes no presente, mas com os nossos olhos a mirar o futuro. Assim, caminhamos como cristãos em paroikia, isto é, fincados na Igreja terrestre, sobretudo, falando da Igreja de Cristo Jesus, em São Paulo, vislumbramos, com os olhos da fé, a Igreja celeste.

Desde o momento inicial do anúncio do primeiro sínodo arquidiocesano em São Paulo, nossas expectativas se aguçaram diante de uma realidade incomum na Igreja, não somente em São Paulo, como também na Igreja no Brasil. Poucos foram os sínodos realizados no nosso País. Assim, na edição 3091, de 2 a 8 de março de 2016, publicada no jornal O SÃO PAULO, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, propôs uma reflexão eclesiológica na Igreja paulopolitana, quando escreveu o artigo “Que tal um sínodo arquidiocesano?"

Com essa indagação, nasceu um projeto que está sendo desenvolvido em várias etapas. Depois de um ano todo, 2018, usando uma metodologia consistente, para o Ver as realidades e, também, para o Julgar, em 2019, das atividades eclesiais da Igreja em São Paulo, estamos aguardando, para esse ano de 2020, o Agir pastoral, que serão as sequências de sessões, tendo em vista a assembleia sinodal.

No próximo 29 de fevereiro, às 15h, na Catedral da Sé, será a abertura da terceira etapa do sínodo arquidiocesano, que tem como tema “Caminho de comunhão, conversão e renovação missionária” e lema “Deus habita esta cidade: somos suas testemunhas”. Será o início de uma sequência de assembleias, tendo como meta o caminho a seguir, com a ce- lebração de encerramento, em 27 de fevereiro de 2021.

Desde sempre, a Igreja procurou métodos eficazes para anunciar o Evangelho de Jesus Cristo. Atenta e solícita, a Esposa de Cristo buscou acercar-se de todas as formas para evangelizar. Para sanar possíveis celeumas e corrigir as heresias, que surgiam no interior das comunidades eclesiais, serviu-se de métodos eficazes. Na Igreja primitiva, os apóstolos não mediam esforços para propagar com autenticidade e comprometimento a mensagem salutar do Bom Pastor. Edificavam as igrejas, escolhiam seus representantes, visitavam regularmente as comunidades, para assegurar a vivacidade e a verdade da mensagem anunciada.

O primeiro sínodo arquidiocesano da Igreja em São Paulo, no seu pleno desenvolvimento, tem seguido esses passos com valorosa determinação. A Igreja paulopolitana foi erigida em 6 de dezembro de 1745. Desde a sua gênese, os bispos foram, a seu tempo, modelos de ser Igreja de Cristo, em terras paulistas. A proposta de um sínodo na Arquidiocese, por Dom Odilo Pedro Scherer, quinto Cardeal na Igreja Paulista, tem manifestado esse carinho e apreço para com o bem do rebanho por ele conduzido.

As visitas pastorais nas paróquias e outros organismos da Igreja precederam e continuam para que o Arcebispo conheça seu rebanho. Da iniciativa do sínodo arquidiocesano e de todo o aparato eclesial para o seu desenvolvimento têm surgido possibilidades de ler as realidades da grande cidade, a fim de assegurar uma postura salutar para encontrar metodologia adequada e, assim, vivenciar plenamente o querer de Cristo Jesus para a Igreja em São Paulo. Seja, portanto, a última etapa do sínodo, isto é, o Agir, o melhor para a Igreja paulopolitana.

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