Você Pergunta

É justo dar uma contribuição para o bispo que vai celebrar a Crisma?

A pergunta de hoje é da Sueli Salvatori: “Somos de uma comunidade pobre. Meu filho vai ser crismado, e me avisaram que vou ter de dar uma contribuição ao bispo que virá celebrar a Crisma. É justo isso?”

Sueli, a primeira coisa a dizer a você é que de maneira alguma esse pagamento é condição para que a Crisma aconteça. Tenho certeza, absoluta, de que se você conversar com o padre ou mesmo com o bispo, a Crisma será feita da mesma forma e com a mesma finalidade.

Agora, pense comigo, minha irmã, mas pense com o coração aberto para compreender: a oferta que está sendo pedida é um gesto de carinho da comunidade para com o bispo, e vai ajudá-lo também, pois ele é pessoa humana e precisa comer, vestir, cuidar da saúde. As ordenações sacerdotais e episcopais fazem da pessoa um homem de Deus, mas, antes de ser de Deus, ele é um homem com todas as necessidades que temos.

Jesus, quando envia os apóstolos para evangelizar, num pequeno treinamento que quis fazer com eles, pede que eles se alimentem nas casas onde são acolhidos, porque o operário é digno de seu salário.

Alguém poderia argumentar que já paga o dízimo na sua paróquia. E eu digo que quem pensa assim está com toda razão. Eu, por exemplo, em minha paróquia, não cobro taxas para a Crisma, mas dou uma soma de dinheiro para o bispo como uma forma de carinho e de respeito pela atenção dele ir até à comunidade ungir meus meninos e jovens. A Crisma é um dos sacramentos de iniciação e faz do jovem um missionário. Devemos pensar nisso. Mas fica aqui também um alerta às comunidades: muitas vezes, cerca-se o sacramento da Crisma de tantas coisas, como camisetas, flores para enfeitar a igreja, festinhas etc., e tudo fica caro para o nosso povo.

Então, Sueli, pense nisso que eu disse e faça esse pequeno sacrifício. O sucessor dos apóstolos, o bispo, merece esse carinho seu.

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