Espiritualidade

Novos hábitos...

Por ocasião do início do ano, recebi um sugestivo e-mail de uma academia, convidando-me a refletir sobre os hábitos adquiridos durante o ano que passou: “muitas vezes, a rotina nos leva a fazer o que nem sabemos porque estamos fazendo.... E com os hábitos que prejudicam nossa saúde, também é assim... Por exemplo, você se culpa por estar acima do peso, mas sempre escolhe os alimentos errados”. E concluía com o convite: “Que tal quebrar estes hábitos ruins e começar alguns novos?”

De fato, o início do ano é tempo propício para tomar novas atitudes, iniciar novos processos e renovar escolhas que possam nos levar ao crescimento em todas as dimensões de nossa vida, principalmente para vencer a dura rotina que nos impomos.

Talvez a Parábola do trigo e do joio possa nos auxiliar nesse processo, porque durante o ano cresceram juntos em nossa seara o joio e o trigo, o bem e mal, muitas oportunidades para dedicar tempo a Deus e à família ou grandes oportunidades perdidas, em que prevaleceram a cólera, a irritação e o desrespeito humano.

As contrariedades que a vida nos impôs e nos impõe podem nos induzir a manter hábitos ruins em várias dimensões de nossa vida, como se a ordem do proprietário do campo permanecesse sempre aberta e não houvesse colheita: “deixem crescer um e outro até a colheita”. Haverá a grande colheita no fim dos tempos, mas no início do ano devemos fazer uma “pequena colheita” e impedir que os maus hábitos ganhem raízes no nosso coração.

O Apóstolo Paulo já advertia a comunidade dos Gálatas: “se não desanimarmos, quando chegar o tempo, colheremos” (Gl 6,9). Ano novo é tempo de colheita, é tempo de renovação. Adiar essa colheita anual é esquecer o processo de conversão e o imenso número de santos que primeiro foram joio e depois tornaram-se trigo bom. E, assim, vamos postergando caminhos de renovação, iniciativas em favor do bem, projetos que podem trazer alegria e significado à nossa vida e dos que nos rodeiam.

Foi bem feito o convite por e-mail: ano novo, novos hábitos. Novos hábitos que nos levem a viver o tempo precioso de graça que o Senhor nos concede com alegria; atitudes novas que nos auxiliem a conservar a graça recebida no Batismo, para continuar a alimentar a fé no Senhor e fortalecer os vínculos de amor na família.

Enfim, para tornar-nos trigo bom.

 

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