Comportamento

Família e Trabalho – Fonte de aprendizagem e crescimento

O trabalho é parte integrante da vida de todos: trabalhamos tanto profissionalmente como na manutenção e organização da casa. Nossos filhos vêm ao mundo nesse ambiente onde o trabalho faz parte da vida da família. É comum as mães ocuparem uma grande parte do dia trabalhando profissionalmente e precisarem de auxílio para os cuidados com a família.  Para além de pensar mudar essa realidade, parece-me necessário usar nossa capacidade criativa para tirar dela o melhor proveito. 

Em primeiro lugar, é preciso nos conscientizarmos: o trabalho é bom e dignifica o homem. Diz o Padre Fernandez Carvajal: “a categoria de um trabalho reside na sua capacidade de nos aperfeiçoar humana e sobrenaturalmente, nas possibilidades que nos oferece de levar adiante a família e de colaborar nas obras em favor dos homens, na ajuda que através dele prestamos à sociedade”, seja esse trabalho o da mãe que se dedica exclusivamente à educação de seus filhos e à administração do lar ou ao trabalho profissional, que cada um de nós escolheu.  Fico sempre pensativa quando encontro nas redes sociais postagens tão desanimadoras em relação ao trabalho, como se ele fosse apenas um modo árduo de “ganhar a vida” e vivê-la somente fosse possível aos finais de semana, quando não se trabalha profissionalmente. Que triste perspectiva daquele que não vê em seu trabalho cotidiano, que ocupa grande parte de suas horas diárias, uma possibilidade de crescer, de servir, de se alegrar e amar. Uma grande oportunidade de mudar o mundo, de melhorá-lo. Afinal, se nos empenharmos por exercer nossas atividades com amor, visando o bem coletivo e a maior perfeição possível, estaremos, com certeza, melhorando a pequena parte do mundo que nos compete, e isso já significa muito. Além disso, quando exercemos com amor nossa ocupação profissional, ensinamos aos nossos filhos o verdadeiro valor do trabalho, mostramos a eles a alegria de aprendermos sempre e de contribuirmos para um mundo melhor. 

Em segundo lugar, havemos que pensar na ordem que cada uma das atividades ocupa em nossas vidas. Quando temos família, filhos pequenos, que precisam de orientação (educação) e cuidados, precisamos criar alternativas para podermos nos dedicar ao trabalho profissional e suprirmos as necessidades da família, sem delegarmos essa responsabilidade a outros. Não podemos nos esquecer: os pais são os primeiros e principais educadores. Como pais, temos o privilégio de ser os responsáveis por educar os filhos e conduzi-los no caminho da vida. Seremos nós que ensinaremos valores e virtudes aos pequenos, preparando-os para enfrentar a vida, e essa é uma missão com a qual nos comprometemos quando escolhemos estar abertos à vida. Se analisarmos com cuidado, veremos que, muitas vezes, nos submetemos a um ritmo frenético de trabalho, deixando o convívio familiar prejudicado. Daí a necessidade de pensarmos na ordem de importância que cada coisa deve ter em nossa vida – há coisas que podemos até perder sem tantos prejuízos e outras absolutamente não. Vamos nos dedicar a encontrar modos de conciliar nossa atividade profissional e nossa responsabilidade familiar – deixar orientações claras para aqueles que ficam com a criança na nossa ausência (avó, babá); verificar se as orientações estão sendo seguidas; encontrar modos de falar com a criança durante o dia (um telefonema, mensagens – dependendo da idade); dedicar um determinado tempo ao convívio com ela (estando inteiramente com ela nesse tempo); ver a possibilidade de buscá-la eventualmente na escola ou almoçar com ela mesmo que seja mais trabalhoso...Vamos criar saídas, encontrar meios. Se nos conscientizarmos da importância disso e nos empenharmos, conseguiremos.

 

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