A Maria não me disse seu sobrenome. Ela mora no Parque Edu Chaves, aqui em São Paulo, recebe muitos impressos religiosos, acha que todos são da Igreja e não sabe o que fazer com eles. 

Maria, nós precisamos distinguir os impressos que a Igreja envia às nossas comunidades, com celebrações, convocações para encontros e assembleias, e reflexão de nossos pastores. Esses materiais não têm nada a ver com os impressos que nos são enviados por gráficas católicas, associações e movimentos, muitos deles fazendo propaganda de si mesmos ou solicitando ajuda com boletos bancários. Não podemos confundir esses impressos, folhinhas, revistas e solicitações de ajuda, com documentos enviados pela Igreja, porque não o são.

Muitos fiéis nos mostram estampas bonitas de Nossa Senhora e de santos da Igreja com pedidos de contribuição. Muitos fiéis acabam se inscrevendo e contribuindo, muitas vezes até com sacrifício, privando-se até daquilo que é necessário para sua sobrevivência. Isso não é correto. 

A melhor ajuda que podemos fazer não é comprar revistas que a gente nem lê, não é ajudar instituições que não conhecemos de verdade, não é comprar quinquilharias ditas como milagrosas, como Terços perfumados, imagens com gravações de preces ou medalhas ditas poderosas. A melhor forma é ser dizimista em nossa paróquia ou comunidade, ajudando na manutenção do templo, na obra da evangelização e no socorro aos pobres. 

Então, Maria, descobriram seu endereço e estão enviando tanta coisa a você para que compre, pague ou contribua? Descarte tudo. Seja uma dizimista fiel, devolvendo a Deus um pouco de tudo aquilo que Deus lhe deu.