Comportamento

Tempo de recomeçar, de viver a esperança

E então estamos iniciando um novo ano! Apesar do velho e tão “batido” jargão – “Ano novo, vida nova” –, é muito importante considerarmos que realmente é tempo de renovar as esperanças. É tempo de planejar novas rotas, repensar atitudes e posturas, propor-nos mudanças e, evidentemente, fazer o mesmo em relação à nossa família. Ao iniciarmos um novo ano, novo período em nossa vida, adotar uma postura otimista e esperançosa é de grande valia; afinal, disso é feita a vida: de começos e recomeços, de oportunidades, de decisões, de quedas e superações.

A esperança é uma virtude importante para levarmos a cabo nossa vida com dignidade e alegria, sem nos tornarmos “reclamões” e desagradáveis, pessimistas e pesados no convívio.

Podemos pensar neste início de ano em cada um de nossos filhos, em suas características, necessidades, potenciais e dificuldades e, diante de tudo isso, planejar como podemos ajudá-los a crescer neste ano que se inicia. Se forem pequenos, menores de 4 anos, as metas serão mais nossas do que deles, ou melhor, serão pensadas por nós e para guiar nossa conduta com eles. Se forem um pouquinho maiores, acima dos 5 anos, podemos ajudá-los a identificar esses pontos e pensar em metas para crescer nos aspectos que identificarem como “fracos”, em atitudes que podem exercitar para aproveitar melhor seus pontos fortes. Enfim, eles podem ter uma participação mais ativa nesse planejamento de metas pessoais.

Compartilhar com os filhos as metas que nos colocamos para crescer como pais também pode ser muito interessante quando as crianças forem maiores de 6 anos. Mostrar que também nos movimentamos, também buscamos o crescimento, também temos aspectos que podem melhorar, é um grande exemplo de humildade, otimismo e esperança.

Quanto maiores, mais poderão participar do planejamento de metas, não somente próprias, mas também das nossas. Que experiência interessante ouvir como os filhos percebem nossas atitudes e nossas intervenções. Conhecer melhor os sentimentos que despertamos em cada um deles no exercício do nosso papel de pais pode ser um dado muito importante para balizar nossas metas pessoais - o que pensamos transmitir e o que cada um compreende pode ter uma distância que não conseguimos imaginar sem ouvi-los.

Ouvir suas percepções e opiniões não significa exatamente agir de acordo com elas; afinal, como adultos, contamos com uma visão, uma experiência e uma responsabilidade muito grande no processo educativo dos filhos e estas nos conferem certa autoridade da qual não vale a pena abdicar, lembrando sempre que a autoridade é um precioso serviço. Mas, conhecendo as percepções e sentimentos dos filhos, podemos repensar nossas posturas, nossa comunicação, planejar ações que talvez sejam mais eficazes no relacionamento com cada um em particular.

Sim, iniciar um novo ano é uma excelente oportunidade para todos. Precisamos aproveitar essa oportunidade. Como é bom e produtivo termos metas - nos impulsionam, nos direcionam, tornam a vida mais dinâmica e cheia de sentido. Melhor ainda, ensinamos aos filhos, desde pequenos, que sempre é tempo, que em tudo podemos melhorar e que de tudo podemos ver o lado bom, que é aquele que nos ajuda a crescer. Mas lembrem-se: não coloquem grandes metas nem para vocês mesmos e muito menos para os filhos. Metas precisam ser palpáveis, factíveis, compatíveis. Se forem mirabolantes, não serão alcançadas e poderão trazer desânimo

Que 2019 seja um ano de mudanças e crescimento para cada um de nós.

Simone Ribeiro Cabral Fuzaro é fonoaudióloga e educadora. Matém o blog educandonacao.com.br
 

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