Opinião

Papa Francisco: ‘Miserando atque eligendo’

Sua Santidade, o Papa Francisco, nasceu em 17 de dezembro de 1936, na Argentina. Aos 17 anos, na sua Buenos Aires, na festa de São Mateus do ano de 1953, o jovem argentino Jorge Bergoglio sentiu-se atraído à vida religiosa quando ouviu o chamado, feito por Jesus ao Apóstolo Mateus: “Ao passar, Jesus viu um homem chamado Mateus, sentado na coletoria de impostos, e disse-lhe: ‘Segue-me’! Ele se levantou e seguiu-
-o” (Mt 9, 9). Quando foi eleito bispo, Dom Jorge Bergoglio, recordando o acontecimento que marcou sua vida na total consagração a Deus, escolheu para o seu brasão episcopal o mote e programa de vida de São Beda, o Venerável, monge inglês, que nasceu em 673 e faleceu em 735: “Miserando atque eligendo”, reproduzido anos mais tarde, também no brasão pontifício de Francisco. 
No dia 13 de março de 2013, o conclave, reunido em Roma, escolheu, como sucessor do Apóstolo Pedro, o Cardeal Jorge Bergoglio. O Espírito Santo de Deus “o olhou com misericórdia e o elegeu”. Assumiu o nome de Francisco e começou a governar a Igreja em 19 de março de 2013. Estamos, portanto, comemorando o seu sétimo ano à frente da Esposa de Cristo. Nestes anos conduzindo o rebanho do Salvador – “Sê pastor das minhas ovelhas” (Jo 21,16) –,
Francisco tem demonstrado carinho e sincera adesão ao itinerário proposto pelo Redentor do gênero humano em levar todas as pessoas ao conhecimento da verdade – “Ele quer que todos sejam salvos e cheguem ao conhecimento da verdade” (1 Tm 2,4) – e apresentar à humanidade o único mediador da salvação, “pois há um só Deus e um só mediador entre Deus e a humanidade: o homem Jesus, que se entregou como resgate por todos” (1Tm 2,5-6) .
Acompanhamos atentamente seu itinerário como pontífice e seu programa de artífice da paz. O Papa Francisco tem-nos apresentado a ponte que une todas as pessoas, sem distinção, ante o muro que separa e causa contendas, guerras e morte. Suas alocuções e outros documentos têm gerado profunda abertura e mostrado o quanto o diálogo é necessário em tempos tão frágeis. O mundo contemporâneo precisa de pessoas que transmitam palavras de aconchego e ternura. Além da sua humanidade com todas as pessoas que o cercam, o Papa Francisco tem dito, de muitas formas e gestos, a respeito da misericórdia divina.
Falar de Deus. Escrever sobre Deus. Há, de fato, uma importância relevante em tudo isso que estamos falando e escrevendo. Mais que falar e escrever, porém, as pessoas estão sedentas de gestos concretos de amor e ternura. Diante dos muitos encontros com as variadas multidões, o Papa Francisco tem chegado diretamente ao coração das pessoas, porque exprime verdadeiramente o amor incondicional de Deus por todos nós. À luz da Palavra revelada, o Pontífice tem levado às multidões o amor misericordioso da Trindade Santa.  
Entendemos, aceitamos e professamos nossa fé em Jesus Cristo, que nos revelou o amor trinitário das Pessoas Divinas. As pessoas humanas, amadas por Deus, devem anunciar os valores do Reino de Deus, pregado por seu Filho Altíssimo e, sobretudo e de todas as formas, gerar na inteira humanidade essa profusão de amor misericordioso. Francisco tem seguido seu itinerário como pontífice e artífice propagador das misericórdias divinas. Que o Altíssimo o cumule de força, coragem e ânimo no anúncio sempre fiel do Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo.

LEIA TAMBÉM: O nome misericordioso de Jesus

Para pesquisar, digite abaixo e tecle enter.