Liturgia e Vida

O Significado da Assunção de Nossa Senhora

Dentre todas as vocações dadas por Deus a Suas criaturas, a mais sublime foi a da Virgem Maria! “Bendita entre todas as mulheres” (Lc 1,42), Ela foi escolhida e criada para conceber, gestar, dar à luz, amamentar e educar o Filho de Deus encarnado. O Senhor a quis para ser Sua própria Mãe neste mundo! Para ser digna desta vocação, Nossa Senhora recebeu três graças: foi preservada do pecado original; permaneceu sempre virgem, antes, durante e depois do parto; e foi assunta em corpo e alma aos Céus.

Este último privilégio é o que comemoramos na Solenidade da Assunção de Nossa Senhora: “A imaculada Mãe de Deus, a sempre virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial” (Pio XII, Munificentissimus Deus). 

A morte é consequência do pecado (Catecismo 1008). Pode ser definida como a separação entre o corpo e a alma. Cristo, mesmo sem ter pecado, aceitou passar pela morte dolorosa para nos dar a possibilidade de superar o pior dos efeitos do pecado: a perda da comunhão com Deus e a consequente condenação eterna. Mas, até que Ele volte no Último Dia, permanecem em nós diversas outras consequências do pecado. Por exemplo, neste mundo, a morte física continua a existir: é dolorosa, causa-nos medo, desintegra-nos e leva-nos à corrupção. 

No momento da morte, nossa alma comparecerá à presença de Deus para o Juízo Particular, “que colocará a vida em relação à vida de Cristo, seja por meio de uma purificação (Purgatório), seja para entrar de imediato na felicidade do céu, seja para condenar-se de imediato para sempre” (Catecismo 1022). Já estará definido irremediavelmente o nosso destino eterno de salvação ou de condenação, pois haverá terminado o tempo propício para o acolhimento da graça de Deus. 

Porém, devido ao pecado, o nosso corpo permanecerá na terra apodrecendo. Somente antes do Juízo Universal, que se dará no final dos tempos, Deus ressuscitará os nossos corpos, que se unirão novamente às nossas almas. Nesse dia, Cristo fará o Julgamento público da História. E então não apenas na alma, mas também no corpo ressuscitado, “os maus irão para o castigo eterno, e os justos irão para a Vida Eterna” (Mt 25,46). 

Nossa Senhora, no entanto, é uma exceção a essa regra geral! Tendo sido preservada do pecado original, Ela já se encontra no Céu não apenas espiritualmente, como os outros santos, mas inclusive com o seu corpo. Já participa plenamente da glória celestial. Ela é a Rainha dos Céus! Assim como recebera a santidade por antecipação – concebida sem mancha, Ela também é glorificada por antecipação, em corpo e alma. 

Por isso, Ela é para a Igreja um modelo de santidade, resplandecente de beleza, que nos mostra aquilo que queremos ser. Ela é a Estrela do Mar, que nos mostra o caminho a ser seguido. “Aurora e esplendor da Igreja triunfante, Ela é consolo e esperança para o povo ainda em caminho” (Prefácio da Assunção). 

 

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