Saúde

O polvo de crochê pode ajudar os bebês prematuros?

Em 2013, foi criado na Dinamarca o projeto Octo. Por meio do chamado polvo de crochê, os bebês prematuros seriam estimulados a lembrarem-se de quando ainda estavam na barriga da mãe, ficando, assim, ainda mais tranquilos. Isso seria possível pelos tentáculos macios do polvo de crochê, que por serem semelhantes ao cordão umbilical, dariam conforto e sensação de segurança aos prematuros que precisassem ficar nas incubadoras. 

No Brasil, o projeto foi aderido no início de 2017. Os benefícios, no entanto, não são comprovados pelo Ministério da Saúde, que emitiu a seguinte nota: “Foi divulgado pela mídia, que o contato do recém-nascido com tentáculos do polvo simulariam o contato do bebê com o cordão umbilical intraútero. Contudo, as evidências mostram que o cordão umbilical, a placenta e as paredes uterinas oferecem outros estímulos e sensações (cheiro, sons, texturas, umidade e o pulsar). Além disso, o recém-nascido, ‘senhor de seu corpo e suas sensações’, sabe que o ambiente se modificou. O ritmo do corpo materno já foi perdido (Montagner, 2006), podendo ser parcialmente recuperado já que se oferece de outra forma, através da posição canguru”, consta na nota divulgada pela Coordenação do Departamento de Ações Programáticas Estratégicas do Ministério da Saúde.

Como no Brasil esse projeto tem pouco tempo, acredito que ainda seja cedo para dizer que ele não traz benefícios. Tudo o que pudermos fazer para ajudar no desenvolvimento do recém-nascido é válido e é esse o objetivo do projeto Octo. Quem sabe com o tempo, tenhamos mais evidências e assim possamos ampliar o uso dos polvos de crochê. 

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