Liturgia e Vida

‘Não tenhais medo, pequenino rebanho!’

19º DOMINGO DO TEMPO COMUM – 11 DE AGOSTO DE 2019

O católico, por definição, tem um coração universal! Nós acreditamos que Jesus é Deus e o único Salvador e que, portanto, todos os homens, de todos os lugares e de todos os tempos, são chamados a fazer parte da Sua Igreja. O próprio Senhor manifestou ser essa a Sua vontade, quando ordenou aos apóstolos: “Ide e fazei em todas as nações discípulos meus, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, e ensinando-lhes a observar tudo o que Eu vos prescrevi” (Mt 28,18s). 

Contudo, se olharmos ao redor, veremos que há ainda tanto a fazer! Muitos jamais conheceram o Senhor ou receberam apenas uma caricatura Dele. Outros simplesmente rejeitaram o Evangelho. Se pensarmos em certos governantes e ricos do mundo, sentiremos que a constatação do Salmo 2 é ainda válida: “Os reis da terra se insurgem e os poderosos fazem aliança contra o Senhor e o Seu Cristo” (Sl 2,2)…

 
Ora, ver que o Senhor ainda não é conhecido e amado poderia entristecer um cristão que ama verdadeiramente a Deus e aos homens. Diante das dificuldades normais da vida cotidiana, essa tristeza poderia levá-lo a uma perigosa tentação de desânimo. Por isso, o Senhor nos conforta no Evangelho deste domingo: “Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai dar a vós o Reino” (Lc 12,32)! 

Não somos egoístas que pensam apenas na sua própria relação com Deus. Também não nos fechamos em grupinhos, acomodados no falso sentimento de superioridade diante dos que não creem. Afinal, o Senhor disse: “A quem muito foi dado, muito será pedido” (Lc 12,48). Porém, nem por isso deixamos de agradecer e reconhecer que recebemos um dom incomparável: a fé em Jesus Cristo. 

Por Ele, temos coragem e otimismo, pois “esta é a vitória que vence o mundo: a nossa fé” (1Jo 5,4)! Por meio dela, possuímos o que ainda esperamos: a visão de Deus no Céu. Por ela, temos a certeza sobrenatural daquilo que ainda não podemos enxergar. A fé, diz a Carta aos Hebreus, foi o que, desde o Antigo Testamento – mas também depois da vinda de Cristo! – tornou os homens justos e ricos em boas obras aos olhos de Deus (cf. Hb11,2ss). 

A Sabedoria afirma “que os santos participariam solidariamente dos mesmos bens e correriam os mesmos perigos” (Sb 18,9). Neste mundo, nós, cristãos, compartilhamos das mesmas tribulações: o zelo pelos que não conhecem o Evangelho, as incompreensões, os sofrimentos espirituais e corporais dos irmãos na fé… Mas participamos da comunhão de todos os bens da Igreja: a fé, a esperança, a caridade, a graça santificante, os sacramentos… Todas as Igrejas do mundo são nossa casa e nossa família! E esperamos participar juntos do bem maior: aquele banquete infinito em que Deus será tudo em todos. 

Por isso, estamos atentos e vigilantes! Por isso, não esmorecemos! Por isso, não caímos no desânimo ou no medo… E ouvimos uma vez mais da boca do Senhor: “Não tenhais medo, pequenino rebanho, pois foi do agrado do Pai dar a vós o Reino”.

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