Editorial

Início das aulas e ideologia de gênero

Aproxima-se o início das aulas, e as preocupações com uniformes e materiais por parte dos pais ocupa um bom tempo e dinheiro no orçamento. Contudo, dentre tantas preocupações, existe uma maior, que ainda não está sendo considerada como prioritária por muitos pais: Como a escola está formando os seus filhos? Qual o tipo de orientação está sendo oferecida para as crianças em relação aos valores da pessoa e da família? Será que os livros e as aulas estão de acordo com o que os pais oferecem em casa? A escola complementa a formação dos filhos, mas a responsabilidade principal é dos pais.

A esse respeito, os pais devem estar atentos à chamada ideologia de gênero. Esse conceito se apresenta como um acolhimento para a diversidade de raças, etnias, sexo, sem distinção de religiões e classes sociais, com ampla liberdade de escolhas para seus valores. Aberto a uma ética flexibilizada e tolerante, sustenta em si uma visão opcional para a escolha de gênero, ou seja, o sexo masculino e o feminino são meras condições anatômicas que podem não condizer com os sentimentos da pessoa.  Em outras palavras, segundo essa ideologia, nascemos com um sexo, mas a criança poderá escolher o seu gênero, já classificados em mais de trinta opções, que poderá alternar-se diante das circunstâncias.

O assunto das “opções sexuais”, como a homossexualidade, é tão antigo quanto o mundo, (e merece atenção fora deste texto). Mas daí introduzir nas escolas uma ideologia que tem assustado os pais, confundido as crianças na identificação básica do que são – meninos ou meninas – é de uma irresponsabilidade enorme por parte de alguns educadores. 

 E é exatamente isso que tem invadido as escolas, mediante movimentos que se utilizam do discurso democrático de direitos humanos, de respeito às minorias e que concebe todas as opções sexuais como manifestações da normalidade. Uma corrente que se posiciona contrária ao fundamentalismo, ou seja, contrária às pessoas com opinião diversa, alicerçada em valores outros, principalmente cristãos, e que deveriam ser banidos da sociedade atual. Para essa corrente, os “tabus de família tradicional” devem dar espaço às novas “formas de famílias”: grupos originados de diferentes formas de uniões, com vínculos afetivos, transitórios ou não. 

Nessas novas “formas de famílias”, em que os filhos – muitas vezes sem vínculos sanguíneos – crescem dentro da educação de gênero fluido, não surpreende o envolvimento afetivo e sexual entre eles. E, por que não com os próprios “pais”, na quebra do “tabu do incesto”? Duras palavras de serem lidas, pior para quem as escreve, mas necessárias quando nos deparamos com um movimento que cresce, vestido de pele de cordeiro do amor universal, mas que leva em si o lobo para a destruição da família, coluna mestra das relações humanas, conduzindo a uma nova era em que uma ética caótica deverá imperar. É necessário estar atentos. Os pais não devem se preocupar só com o uniforme que veste o corpo, mas com o que estão colocando dentro do coração de seus filhos em sala de aula.
 

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