Fé e Cidadania

Famílias e as misericórdias de Deus

Como as famílias entendem o anúncio de Cristo Jesus proclamando o Reino de Deus? O que sugeriu o Papa Francisco com o Jubileu Extraordinário da Misericórdia? Como nossas famílias devem seguir na vivência cotidiana tanto as resoluções do Sínodo Ordinário sobre as Famílias quanto as benesses oferecidas no ocorrido Ano da Misericórdia? 

Dom Odilo Pedro Scherer tem nos orientado sobre as conclusões do Sínodo Ordinário sobre as Famílias, a partir da Exortação Apostólica Amoris Laetitia (AL), para o bem de nossas famílias; e, como pastor da Igreja em São Paulo, tem nos conduzido a buscar sempre na misericórdia de Deus nosso eficiente itinerário de santidade de vida.

Aproveitando as belíssimas proposições do Papa, aprofundamos nosso bem querer às famílias, igreja doméstica, no desejo efetivo e operoso de torná-las uma porta aberta para a santidade querida por Deus. “Na realidade, o amor social, reflexo da Trindade, é o que unifica o sentido espiritual da família e a sua missão fora de si mesma, porque torna presente o querigma com todas as suas exigências comunitárias. A família vive a sua espiritualidade própria, sendo ao mesmo tempo uma igreja doméstica e uma célula viva para transformar o mundo” (AL 324). 

As pessoas se alegram quando são acolhidas e bem recebidas na Igreja. Sentem-se parte integrante e fazem da Igreja a extensão da sua casa. Quando bem recebidas, também sentem o desejo de transmitir aos outros o acolhimento à luz da Palavra de Deus. Assim, tornam-se portadoras da mensagem salutar do Evangelho de Cristo Jesus junto aos seus familiares e amigos. Acontece, portanto, a propagação e dilatação do Reino anunciado pelo Altíssimo Filho de Deus, Jesus Cristo, a todas as pessoas. “Eu quero amor e não sacrifícios, conhecimento de Deus e não holocaustos” (Os 6,6). “Não é a observância da lei que salva, mas a fé em Jesus Cristo, que, pela sua morte e ressurreição, traz a salvação com a misericórdia que justifica” (MV nº 20).

As pessoas estão carentes da mensagem salutar que encontramos nas passagens da Boa Nova trazida pelo Filho de Deus. Simultaneamente, precisamos apresentar a Trindade Santa falando pessoalmente com cada membro que compõe a Igreja. As pessoas procuram Deus e querem encontrá- -Lo. Precisamos oferecer a cada pessoa um encontro amoroso, acolhedor e misericordioso com Deus, para orientá-la a viver em comunidade. 

A Igreja dever ser a porta aberta para acolher novos membros e, ao mesmo tempo, deve oferecer o conhecimento do anúncio querigmático contido no Evangelho da Alegria proclamado por Cristo Jesus. Momento privilegiado para falar de Deus e celebrar a vida com a Trindade Santa é a Santa Missa. Na Eucaristia, vivemos o céu estando ainda da terra; vivemos o hoje saboreando e antevendo as delícias do Eterno. 

O Papa Francisco tem apresentado com alegria suas expectativas pastorais à Igreja. Em tempos de sínodo arquidiocesano, Dom Odilo Pedro Scherer tem se mostrado incansável no seu múnus de pastor junto à Igreja em São Paulo, vislumbrando as obras de misericórdia. 

As Sagradas Escrituras devem nortear as famílias, juntamente aos documentos emitidos pelo Papa Francisco e às orientações pastorais arquidiocesanas promulgadas por Dom Odilo Pedro Scherer.  Seja, de fato, tempo de profunda alegria e operosa benesse a todas as famílias que vivem a proposta do Reino de Deus e praticam intensamente as obras de misericórdia. 

As opiniões da seção “Fé e Cidadania” são de responsabilidade do autor e não refletem, necessariamente, os posicionamentos editoriais do O SÃO PAULO

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