Sínodo Arquidiocesano

‘Deus habita esta cidade: somos suas testemunhas!’

O caminho pelo qual andamos, no Tempo Litúrgico do Natal, é o caminho de busca e de encontro permanente com Jesus Cristo na manjedoura de Belém. 

Os presépios espalhados pela cidade interpelam-nos a tomar uma nova direção, um novo rumo, pois se Cristo faz morada em nós e nasce como novidade em nossa cidade a cada dia, então cada espaço no qual habitamos é uma pequena Belém que deve resplandecer o próprio Cristo e seu Evangelho a serviço da vida plena para todos. 

A interpelação que vem do Natal, que acabamos de celebrar com muita festa, é a de que sejamos, sempre mais, fiéis discípulos de Jesus Cristo e anunciadores vigorosos do seu Evangelho, tendo como exemplo o testemunho dos pastores de Belém e dos Magos do Oriente. 

Assim, iniciamos o ano de 2019 com o empenho eclesial de prosseguir com o sínodo arquidiocesano de São Paulo, caminho de “comunhão, conversão e renovação pastoral missionária”. 

O caminho sinodal a ser percorrido neste ano envolverá as regiões episcopais e os vicariatos ambientais que realizarão suas assembleias sinodais em quatro sessões, a partir do mês de maio.

Por outro lado, nesta coluna, vamos enfatizar e refletir alguns dados provenientes da pesquisa de campo feita nas paróquias, em setembro do ano passado, e da pesquisa específica elaborada pelos párocos, a fim de que já tenhamos elementos concretos que possam nos orientar na renovação pastoral e missionária da Arquidiocese de São Paulo. 

Vale insistir que a missionariedade é o objetivo central do sínodo arquidiocesano de São Paulo, pois é ela que muda os corações dos cristãos, que renova a Igreja, fazendo-a “sair” ao encontro dos pobres, dos excluídos, dos afastados da comunidade católica, dos jovens, das crianças, das famílias, dos trabalhadores, dos estudantes, dos educadores, dos hospitais, enfim, de todos os que precisam do Evangelho de Jesus. É a missionariedade que renova a atitude pastoral da Igreja e a faz deixar para trás práticas, costumes e estruturas que, por corresponderem a outros momentos históricos, atualmente já não favorecem a transmissão da fé. É a missionariedade que faz a Igreja a viver a “comunhão” espelhando-se na Trindade Santíssima na qual tem sua origem. É a missionariedade que faz a Igreja ser o vivo sinal da presença transformadora de Deus na cidade. 

Que a nossa Igreja em São Paulo seja, toda ela, missionária e que a cidade possa exclamar com louvores: “Deus habita esta cidade, somos suas testemunhas”!

Padre José Arnaldo Juliano dos Santos é Teólogo-Perito do sínodo arquidiocesano 
 

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