Liturgia e Vida

‘A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos’ (Lc 10,2)

14º Domingo do Tempo Comum – 7 DE JULHO DE 2019

Nosso Senhor Jesus Cristo sabia que, até o fim dos tempos, haveria sempre muito trabalho a fazer na sua Vinha, isto é, na Igreja. Por isso, disse aos Apóstolos: “A messe é grande, mas os trabalhadores são poucos. Por isso, pedi ao dono da messe que mande trabalhadores para a colheita” (Lc 10,2). Essas palavras, recolhidas pelo Evangelho, ressoaram e continuarão a ressoar até o fim dos tempos: há muito a ser feito e poucos para colaborar. 

Sempre haverá pessoas sedentas da Eucaristia, da Palavra e do perdão dos pecados, cuja saciedade somente a Igreja lhes poderá oferecer. Haverá sempre homens e mulheres que não conhecem a Deus ou que necessitam de bons conselhos, ensinamentos sobre a fé, correções fraternas ou da consolação e amizade dos irmãos. Haverá sempre tristes e enfermos a serem amparados. Sempre haverá vivos e mortos necessitados de orações.

Isso sem falar das necessidades corporais! O Senhor disse: “Vós sempre tereis pobres convosco” (Jo 12,8)! Haverá famintos, sedentos, nus, sem teto, encarcerados, órfãos, enlutados, deprimidos… Ou seja, além da administração dos sacramentos e do ensino da Doutrina, a Igreja terá sempre um horizonte ilimitado de pessoas e situações em que será chamada a atuar com obras de misericórdia corporais ou espirituais. 

A Igreja não “resolverá” ou aliviará todos os problemas do mundo, tampouco conseguirá abrir todos os corações à salvação. Talvez, não conseguirá sequer resolver todos os seus problemas internos. O desserviço dos trabalhadores infiéis aumentará a faina e o cansaço dos demais trabalhadores da messe. Estes precisarão, em alguns casos, esperar pacientemente até à “colheita final”, quando o Senhor enviará os seus Anjos para – conforme as palavras de Cristo – retirar do meio do trigo o joio semeado pelo inimigo, atirando-o na fornalha de fogo (cf. Mt 13,24ss). 

Ao constatarmos, porém, que o serviço da Igreja é quase interminável, nós não nos sentimos oprimidos ou desanimados! Ao contrário, comprometemo-nos a fazer a nossa parte, na certeza de que, mais do que o resultado “numérico” alcançado, o Senhor leva em conta a generosidade e a fé que colocamos em nosso trabalho. 

Cada um, a partir da sua posição, deve trabalhar generosamente! Os padres em suas paróquias, ensinando, administrando os sacramentos, acompanhando os enfermos e pobres e, principalmente, orando por seus fiéis. Os leigos procurando ter uma vida profunda de oração, fazendo apostolado com seus amigos e familiares, organizando catequeses, grupos de oração e formação, procurando ser o fermento no meio da massa. 

Trabalhando com generosidade, vamos nos surpreender com os frutos! E iremos nos maravilhar porque o Senhor fará coisas grandes com instrumentos tão débeis. Sentiremos como que dirigidas a nós as palavras do Senhor aos discípulos: “Ficai alegres porque vossos nomes estão escritos no céu” (Lc 10,20).

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