Cultura

A ‘Imitação de Cristo’

Escrita durante a primeira metade do século XV, a “Imitação de Cristo” ocupa um lugar de destaque na literatura devocional cristã, sobretudo porque já foi lida e meditada por inúmeras gerações que desejavam o aprofundamento na vida interior. Trata-se de um verdadeiro testemunho de renovação espiritual numa época de hostilidade às coisas religiosas. Tal como as grandes obras que ultrapassam seu tempo, a “Imitação de Cristo” permanece entre as mais importantes e piedosas do catolicismo. Suas páginas inspiram à conversão interior para que, com um coração puro e com o auxílio da graça, seja possível compreender e, de modo especial, viver plenamente o Evangelho. 

É comumente aceito que a “Imitação de Cristo” tenha sido escrita pelo monge e escritor alemão Tomás de Kempis. Ele nasceu em 1380, em Kempen, na Renânia do Norte (perto de Colônia), foi ordenado sacerdote em 1413 e faleceu no dia 24 de julho de 1471. Produziu diversos opúsculos que representam muito bem a literatura devocional, mas sua obra mais célebre é a “Imitação de Cristo”, composta por quatro partes, nas quais o Autor apela a uma vida interior que segue o exemplo de Cristo, valorizando a Eucaristia como uma das formas mais eficazes para reforçar a fé. 

Para essa nova edição foi utilizada a clássica tradução popular do Padre Leonel Franca, SJ (1893-1948), com o texto revisto e com a grafia atualizada. 

Assim começa a “Imitação de Cristo”: “‘Quem me segue não anda nas trevas’, diz o Senhor. São palavras de Cristo, com as quais nos admoesta que imitemos sua vida e costumes, se queremos verdadeiramente ser iluminados e livres de toda a cegueira do coração. Seja pois nosso principal estudo meditar na vida de Jesus Cristo”. 

Mais adiante, o autor explica: “Não temos neste mundo senão um só interesse, o da nossa salvação, e ninguém pode salvar-se senão em Jesus Cristo e por Jesus Cristo; a fé em sua palavra, obediência a seus mandamentos, a imitação de suas virtudes, eis a vida do verdadeiro cristão, não há outra; tudo o mais é vaidade.”

 

FICHA TÉCNICA:

Autor: Tomás de Kempis
Páginas: 328
Editora: Ecclesiae
 
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