A Maria das Dores, do Jardim Rincão, quer saber como surgiu e quem idealizou a sequência litúrgica da missa. 

Bela pergunta, Maria das Dores. É claro que a missa começou na quinta-feira antes da Paixão de Jesus, na última Ceia. O livro dos Atos dos Apóstolos nos fala que os primeiros cristãos eram perseverantes ao ensinamento dos apóstolos, à comunhão fraterna, à fração do pão e às orações. 

Nessa frase já há todos os elementos da missa que permaneceram ao longo da história. Os primeiros cristãos ouviam o depoimento dos apóstolos – a liturgia da Palavra -, reuniam-se em profunda comunhão fraterna, partiam o pão e oravam juntos. 

É esse esquema que temos até hoje. Nós nos reunimos aos domingos para celebrar a Páscoa de Jesus, ouvimos a Palavra de Deus do Antigo e do Novo Testamento, ouvindo, assim, o próprio Jesus. Depois, o sacerdote repete as Palavras de Jesus na última ceia, e pão e vinho se tornam o corpo e o sangue de Cristo. Nós nos alimentamos desse alimento sagrado. 

Esse esquema vem sendo repetido ao logo do tempo. Lembre-se, por exemplo, Maria das Dores, do episódio de Emaús. Os dois discípulos que voltavam para casa depois da morte de Cristo ouviram a Palavra do próprio Cristo que caminhava com eles, e, quando Jesus repetiu o gesto de partir o pão, eles reconheceram que Jesus estava com eles. Isso é muito lindo. 

Todos nós reconhecemos Jesus ao partir o pão. A Liturgia foi reformada em vários momentos, mas sempre manteve a mesma estrutura. E sendo repetida igualmente em todo o mundo, ela é para todos nós um sinal da nossa unidade.

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