Cristãos na mira do autoritarismo e do ódio étnico e religioso

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18 de setembro de 2018

O Cardeal Charles Bo, maior autoridade eclesiástica do País, denunciou a perseguição à etnia kachin, de maioria cristã: “vilarejos são bombardeados e incendiados, mulheres são estupradas, igrejas são destruídas, cidadãos são utilizados como escudos humanos ou para desarmar minas terrestres”, afirmou o Cardeal em uma conferência sobre a paz na Coreia do Sul, no início do mês. Dom Charles lembrou também que uma série de bombardeios aéreos militares obrigou 7 mil pessoas a saírem de suas casas em abril deste ano.

uma ditadura militar para se tornar uma democracia nos últimos anos. Dom Charles explica que democracia é ainda muito frágil: os militares detêm o poder supremo, tendo sob seu comando três ministérios chaves, enquanto o governo civil tem pouco ou nenhum controle sobre o que fazem. Além do autoritarismo militar, o Cardeal também identifica uma outra causa por trás da perseguição étnica e religiosa: o crescente nacionalismo e extremismo budista, que tem instigado o ódio e reprimido a liberdade religiosa.

Fonte: Catholic Herald

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Arcebispo condena violência xenofóbica

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17 de setembro de 2018

“Mais uma vez, nós tivemos que ver imagens, transmitidas pelos meios de comunicação, de sul-africanos bem vestidos e nutridos saqueando lojas pertencentes a estrangeiros, agredindo esses proprietários, ameaçando-os de morte e deixando um rastro de destruição e de vidas arruinadas”, denunciou Dom Buti Joseph Tlhagale, Arcebispo de Joanesburgo. A violência xenofóbica e racista irrompeu depois que um comerciante estrangeiro matou um criminoso que tentou assaltá-lo a mão armada.

Lembrando que 80% da população do País se declara cristã, o Arcebispo exortou ao respeito do mandamento de “amar ao próximo como a si mesmo” e condenou todo ódio baseado na diferença de nacionalidade, de raça, de tribo ou de religião. Cerca de 280 mil estrangeiros vivem como refugiados no País.

Fonte: Fides

 

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Violento protesto contra falta de recursos básicos

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18 de setembro de 2018

Em Baçorá, um violento protesto contra a corrupção e a falta de recursos básicos tem provocado o incêndio e a destruição de prédios públicos. Enquanto a temperatura ultrapassa frequentemente os 48 graus, a poluição da água já adoeceu milhares de moradores locais nas últimas semanas; os hospitais estiveram tão cheios que muitos pacientes ficaram deitados no chão esperando um atendimento, que nunca veio. A cidade também tem sofrido com a falta de eletricidade: nos últimos meses, a interrupção do fornecimento de energia elétrica tem se repetido frequentemente.

A falta de água limpa e os cortes de energia elétrica não são tudo; os manifestantes também protestaram contra a corrupção do governo e a interferência iraniana nos assuntos do Iraque. Além de diversos prédios do governo, os manifestantes também incendiaram o consulado iraniano; os funcionários puderam fugir antes do ataque. O principal porto da região foi forçado a fechar.

O governo respondeu ao protesto com violência: pelo menos 12 manifestantes foram mortos e dezenas ficaram feridos. Um toque de recolher foi decretado e vigorou entre 16h e 23h do sábado, 8.

O Arcebispo caldeu de Bassora, Dom Habib al Naufali, pediu que o governo se atenha a critérios morais na execução de seus deveres, considerando a situação de extrema injustiça que motivou a revolta. O Arcebispo também convocou os fiéis a rezar pelos manifestantes mortos e pelas pessoas privadas de seus direitos mais fundamentais.

Fontes: Fides/ Iraqi News/ BBC/ Vox

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Estados perdem competitividade por causa de violência, aponta pesquisa

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14 de setembro de 2018

Pesquisa da organização não governamental (ONG) Centro de Liderança Pública (CLP), divulgada nesta sexta-feira, 14, aponta que estados brasileiros estão perdendo competividade por causa da violência.

É o caso, por exemplo, do Acre, que perdeu oito posições no ranking nacional em decorrência da violência, e agora está na última colocação. Na área de segurança pública, passou de 5º colocado (em 2015) para 20º (em 2018).

De acordo com a pesquisa, desde 2016, “a disputa pelo controle de fronteiras do tráfico de drogas na região, levou a um enorme aumento da violência, de 2015 para 2016, o número de homicídios subiu 86%. Só no Acre, são 1,4 mil quilômetros de fronteiras com a Bolívia e o Peru, os maiores produtores de cocaína do mundo”.

Outro estado com queda no quesito segurança foi Roraima, que caiu da 4ª posição (2015) para 26ª (2018), ficando a frente apenas de Pernambuco (27ª).

As cinco unidades da Federação melhor avaliadas no combate à criminalidade são: São Paulo, Santa Catarina, Distrito Federal, Mato Grosso do Sul e Rondônia.

Em sua sétima edição, o ranking de competitividade, elaborado pela organização em conjunto com a Tendências Consultoria Integrada e Economist Intelligence, avalia dez quesitos de gestão pública: sustentabilidade ambiental, capital humano, educação, eficiência da máquina pública, infraestrutura, inovação, potencial de mercado, solidez fiscal, segurança pública e sustentabilidade social.

Para a diretora executiva da CLP, Luana Tavares, o trabalho conclui a necessidade de uma atuação mais ostensiva dos gestores na área de segurança pública. Ela propõe a “otimização dos serviços e maior investigação dos crimes em um trabalho conjunto das polícias civil e militar”. Também afirmou que a maioria dos estados não tem priorizado ações para o cumprimento da meta das Nações Unidas de diminuir em 50% as mortes no trânsito até 2020.

 

Rio de Janeiro perde posições com crise financeira

Enfrentando uma grave crise financeira, o estado do Rio de Janeiro vem perdendo posições no ranking geral. Em 2015, estava no oitavo lugar, em 2018, passou para o 13º.

No quesito eficiência da máquina pública, caiu do 10º para o 15º lugar. Em solidez fiscal, está na última posição. Um dos motivos para ficar em último, conforme a pesquisa, é que o Rio de Janeiro acumula uma dívida superior a R$ 90 bilhões, consequência da política de desonerações tributárias e do “excessivo gasto com a máquina pública”, que teriam levado à redução da arrecadação no estado.

Na avaliação de Luana Tavares, a “situação de calamidade financeira” tem impedido uma reversão do quadro no Rio de Janeiro.
 

Alagoas sobe de posição

Já Alagoas teve o maior avanço na classificação nacional, subindo oito pontos e garantindo a 16ª posição.

A pesquisa indica que o estado reestruturou a dívida com a União, “reduzindo o pagamento de juros e, por consequência, a quantidade de recursos destinados a este fim”.

Dos dez pontos analisados, Alagoas registrou alta em oito e teve o melhor resultado em solidez fiscal. Na área de segurança pública, subiu sete posições.

 

Ranking geral

No ranking geral, São Paulo lidera, mantendo a posição desde 2017, seguido por Santa Catarina (2º), Distrito Federal (3º) e Paraná (4º).

Os demais estados estão nas seguintes posições: Rio Grande do Sul (5º), Minas Gerais (6º), Mato Grosso do Sul (7º), Espírito Santo (8º), Paraíba (9º), Goiás (10º), Mato Grosso (11º), Ceará (12º), Rio de Janeiro (13º), Rondônia (14º), Tocantins (15º), Alagoas (16º) Amazonas (17º), Roraima (18º), Rio Grande do Norte (19º), Pernambuco (20º), Piauí (21º), Bahia (22º), Pará (23º), Amapá (24º), Sergipe (25º), Maranhão (26º) e Acre (27º).

 

LEIA TAMBÉM: IDH do Brasil tem leve variação e país mantém 79ª posição no ranking

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Matéria sobre violência sofrida por mulheres no campo ganha prêmio 'Dom Helder Câmara'

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29 de agosto de 2018

Ângela Bastos, jornalista profissional, foi a grande vencedora do prêmio Dom Helder Câmara da última edição dos Prêmios de Comunicação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) com a matéria “Sozinhas – A história das mulheres que sofrem violência no campo”. Nela, trabalhadoras rurais de Santa Catarina denunciam a cultura de dominação masculina marcada por agressões físicas, psicológicas, torturas, abusos sexuais, feminicídios.

O prêmio “Dom Helder Câmara” se deu por força de uma festa jubilar, em 2002, quando a CNBB completava 50 anos de existência. O objetivo é justamente premiar reportagens e trabalhos jornalísticos voltados à promoção humana e social, cuja finalidade coincida com as propostas da Igreja no Brasil. Ao dar o nome de Dom Helder ao prêmio, a CNBB quis prestar uma homenagem a um dos fundadores da Conferência, que é reconhecido como um grande comunicador na Igreja e na sociedade.

Para essa premiação podem concorrer trabalhos na categoria de jornal, desde que tenham matérias jornalísticas publicadas em impresso (ainda que tenham versões eletrônicas); revista ou matérias publicadas em formato de série. E foi justamente nessa categoria em que Ângela inscreveu o seu trabalho. Sua reportagem deu visibilidade inédita à temática da violência no campo, especialmente no isolamento da área rural de um dos estados de maior IDH do país, e mobilizou organizações nacionais.

Segundo a jornalista, a matéria nasceu de uma vontade e curiosidade de saber o porquê que em um determinado momento houve o aumento no número de casos de violência contra as mulheres, no interior de Santa Catarina.

A matéria “Sozinhas – A história das mulheres que sofrem violência no campo” retrata a história de mulheres “maceradas em um cotidiano de violência física, psicológica e financeira”. É o caso de Eraci Terezinha Eichelberger Seibert, 63 anos, que vive em São Miguel do Oeste, proibida pelo marido de se despedir dos pais no leito de morte. Também de Lucimar Roman, 53 anos, moradora de São José do Cedro, escorraçada e mandada embora pelo marido com três filhos pequenos. Elas duas autorizaram a equipe de Ângela a fazer fotografias suas, já as outras que foram entrevistas se esconderam atrás do anonimato por medo de represálias.

Questionada sobre como o seu trabalho pode ajudar outras mulheres que também estão passando pela mesma situação a denunciarem seus agressores, a jornalista é enfática. “Eu penso que a matéria ela tem uma relevância muito grande porque ela tira essa situação da invisibilidade. Em muitos lugares que eu tenho ido apresentar a matéria, falar nas universidades, nos sindicatos, nas associações de moradores, as pessoas se surpreendem porque a gente também tem uma imagem de que o campo é um lugar de paz, de fartura, de segurança”, diz.

Como resultado de seus esforços, Ângela conta que após a publicação da matéria se instalou um amplo debate em Santa Catarina. “Se temos toda essa riqueza que dizem que temos em Santa Catarina, então não se pode ter uma situação onde as mulheres sejam submetidas a essas atrocidades, não é verdade? Então se instalou um amplo debate a respeito dessa questão envolvendo legislativo, envolvendo também o judiciário e, a partir daí, as pessoas pararam para olhar”, diz. Ainda de acordo com ela, foram realizados seminários itinerários por todo o Estado e um dos instrumentos que foram utilizados para o debate foi justamente o documentário realizado.

Quando soube que tinha ganhado o prêmio Dom Helder Câmara, Ângela se sentiu “orgulhosa”. “O prêmio Dom Helder Câmara tem um significado muito grande para mim porque quando eu era adolescente, eu comecei a atuar em grupo de jovens e eu tinha dom Helder como um líder para mim, porque ele nunca se calou mesmo num período de opressão, mesmo num período de ditadura. E ele defendia os pequenos, os pobres (…), então para mim dom Helder foi muito importante e eu acho que de alguma forma na minha vida profissional eu continuo sendo inspirada por dom Helder, pois busco dar voz a essas pessoas”, finalizou.

A Cerimônia

A cerimônia de entrega desta e das outras categorias dos Prêmios de Comunicação da CNBB, que incluem ainda as categorias de TV, Rádio, Internet, Cinema ocorreu no dia 20 de julho, nos estúdios da TV Aparecida e foi exibida nos canais de TV de inspiração católica no Brasil.

Confira a matéria da Ângela Bastos

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Pesquisa mostra que violência é maior em cidades com pouco investimento

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21 de agosto de 2018

Um relatório preliminar feito pelo Instituto de Desenvolvimento Econômico e Social de Fronteiras (Idesf), apresentou que municípios que fazem fronteira com outros  países e que recebem menos investimentos para educação, saúde e com pouca oportunidade de empregos com carteira assinada, sofrem mais com a violência.

Luciano Stremel Barros, que é presidente do Idesf, alertou que em 2016, em Foz do Iguaçu (PR), foram registrados 99 assassinatos, o que corresponde a um grupo de 37,5 vítimas em 100 mil habitantes.

Paranhos (MS) é a cidade com maior registro de violência, em um grupo de 32 cidades. Com 13 mil habitantes, a cidade apresenta uma taxa de 109,7 assassinatos por grupo de 100 mil habitantes. A segunda colocada Coronel Sapucaia, também no Mato Grosso do Sul, o índice de letalidade corresponde a 67 homicídios por grupo de 100 mil pessoas. 

O alto índice de violência nas duas cidades pode ser resultado de disputas entre facções criminosas que se instalaram em municípios paraguaios.

O documento final deve ser apresentado nas próximas semanas. Além do diagnóstico, o instituto apresentará quatro eixos que seriam indispensáveis para o desenvolvimento dessas cidades: educação, saúde, emprego/ renda e finanças. 

Dos resultados já adquiridos, destaca-se o aumento na apreensão de drogas, que no ano passado cresceu 42% em comparação a 2016. O dado corresponde ao aumento de 300 toneladas, para 427, 5 toneladas em 2017. 

O governo do estado do Mato Grosso do Sul afirmou que programas sociais de atendimento à população estão sendo implantados no estado, cuja proposta é garantir as pessoas de menor renda o acesso à educação, saúde e geração de empregos.

Na segunda-feira, 13, o ministro da Segurança Pública, Raul Jungmann, anunciou que o Governo Federal fará o reforço na vigilância nas cidades de fronteira com a presença de 250 agentes da Força Nacional; uma nova parceria com a Força Aérea Brasileira também deve ser anunciada nos próximos dias.

Fonte: Agência Brasil
 

 

 

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Justiça faz novo esforço para julgar ações de violência contra mulher

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20 de agosto de 2018

Tribunais de Justiça de todos os estados e do Distrito Federal começam hoje (20) esforço concentrado para julgar casos de violência contra a mulher que tramitam nesses órgãos. O mutirão é parte da 11ª edição da Semana Justiça pela Paz em Casa, promovida há cinco anos. No total, em todas as edições, ocorreram 140 mil audiências, foram definidas 127 mil sentenças e expedidas 65 mil medidas protetivas.

De acordo com o Conselho Nacional de Justiça (CNJ), atualmente, tramitam mais de 1 milhão de processos relativos à violência doméstica na Justiça brasileira. Justamente para tentar acelerar a conclusão desses casos, a campanha ocorre três vezes por ano: em março, em homenagem ao Dia da Mulher; em agosto, para marcar a promulgação da Lei Maria da Penha, e em novembro, durante a semana internacional de combate à violência de gênero, estabelecido pela Organização das Nações Unidas (ONU).

Um levantamento sobre as iniciativas das varas e juizados especializados nesses crimes para esta semana mostra metas como a de Goiás, onde mais de mil audiências de processos referentes à Lei Maria da Penha estão previstas. Apenas em Goiânia, estão agendados 200 julgamentos. No Rio de Janeiro, o objetivo é realizar 1.391 audiências e, na Paraíba, mais de 400 audiências, até 24 de agosto.

No Piauí, estão previstas 300 audiências preliminares, de instrução e julgamentos no Fórum Central de Teresina. Em Porto Velho, dois Juizados de Violência Doméstica e Familiar contra a Mulher farão, em média, 50 audiências por dia durante a semana, totalizando 268 audiências. Apenas em junho deste ano, tramitaram 6.772 processos nos dois Juizados. Em Mato Grosso do Sul, estão programadas 150 audiências concentradas no tema.

Os tribunais também organizam, ao longo da campanha, debates e exposições com delegados especializados, promotores e outros profissionais que atuam nas investigações desse tipo de violência.

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