Catedral abriga manifestantes e é cercada pelo exército

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05 de fevereiro de 2019

Uma grande manifestação popular tomou as ruas para pedir a saída do presidente Nicolás Maduro, cujo mandato é considerado ilegítimo. Na quarta-feira, 23, um grupo de 700 manifestantes ficou encurralado na Catedral de Nossa Senhora do Monte Carmelo, em Maturín, cercada pelo exército venezuelano.

Dom Enrique Pérez Lavado, Bispo de Maturín, contou que seminaristas, sacerdotes e mais umas 700 pessoas que participavam das manifestações se refugiaram da repressão das autoridades na Catedral, que foi cercada pelos militares. O Padre Samael Gamboa teve de negociar com as forças de segurança para que permitissem que os manifestantes partissem em grupos e tivessem seus “direitos humanos preservados”.

Fonte: Catholic Herald

 

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Operação Acolhida a venezuelanos segue até 2020

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29 de janeiro de 2019

Foi anunciado pelo Ministro da Defesa, Fernando Azevedo e Silva, e pelo Governador de Roraima, Antonio Denarium (PSL), no dia 17, em Boa Vista (RR), que a Operação Acolhida - que promove a interiorização de imigrantes e refugiados venezuelanos - será prorrogada até março de 2020.

A decisão impossibilita o fechamento da fronteira com a Venezuela.

Na sexta-feira, 18, Denarium, Azevedo e Silva, e os ministros da Saúde, Luiz Henrique Mandetta; da Educação, Ricardo Vélez; da Cidadania, Osmar Terra; e o titular da Controladoria-Geral da União, Wagner Rosário, estiveram na fronteira do Brasil com a Venezuela e analisaram as instalações utilizadas pelo programa no município de Pacaraima, que é considerado a principal porta de entrada dos refugiados.

O Ministro da Defesa descartou qualquer possibilidade de interrupção da operação que antes estava prevista para 31 de março. O projeto foi lançado pelo Governo Federal em março de 2018, com a proposta de combater a crise humanitária provocada pela intensa migração venezuelana.

Fonte: Agência Brasil
 
 

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‘Campo de concentração’

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21 de novembro de 2018

“A Venezuela é um campo de concentração onde estão exterminando os próprios venezuelanos”, afirmou Dom Jaime Villarroel, Bispo de Carúpano, em uma entrevista coletiva no dia 31 de outubro. “Este regime que hoje Nicolás Maduro preside na Venezuela está cometendo um extermínio, matando nosso povo de fome e por falta de remédios”, denunciou o Bispo, Dom Jaime também denunciou a tortura praticada pelas autoridades venezuelanas contra inimigos políticos. 

Dom Jaime explicou que a crise tem sua origem em 1999, com a chegada de Hugo Chávez ao poder. Hoje, 80% das indústrias estão destruídas e a inflação mensal foi de 270% em setembro. O salário mínimo atual está entre quatro e seis dólares – cerca de R$ 20 – por mês. Em muitos lares, a alimentação não passa de um pouco de arroz todo dia.

O Bispo afirmou que, em 2017, morreram mais de 20 mil crianças recém-nascidas, por falta de atendimento médico. Muitas mães são obrigadas a dar à luz nos corredores dos hospitais, e 60% delas morrem durante o parto. Nos hospitais não há algodão, gaze ou álcool. 

Dom Jaime denunciou também a falta de liberdade de expressão: os meios de comunicação são “totalmente controlados pelo governo” e utilizados para a propaganda oficial. A Igreja também está sob o ataque do governo de Nicolás Maduro, que tentou “criar uma ‘Igreja Católica reformada’, nacionalista”, e sob o controle do governo.

O Bispo contou a história de um sacerdote venezuelano que foi abordado pelas autoridades: “No aeroporto internacional da Venezuela, detiveram-no. Apresentou as credenciais. Desnudaram-no, fizeram-no defecar, disseram-lhe que era uma pessoa suspeita de levar drogas, tiraram-no do aeroporto, ele perdeu o avião, roubaram o dinheiro que levava”.

Dom Jaime explicou que a Igreja tem procurado formar as consciências com o ensino de sua doutrina social, para que as pessoas não se deixem manipular por esse sistema, e assegurou que os bispos e padres venezuelanos se mantêm unidos, trabalhando pelo bem comum da população local.

Fonte: ACI
 

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Igreja ajuda 5 mil venezuelanos por dia

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15 de outubro de 2018

“Em média, 5 mil pessoas recebem comida e água todos os dias e, em alguns casos, roupas, remédios e itens de higiene pessoal. A Igreja tem feito isso com a ajuda de empresários e organizações locais, nacionais e internacionais”, explicou o Arcebispo de Villavicencio, Dom Oscar Urbina Ortega, Presidente da Conferência Episcopal da Colômbia. O Arcebispo ressaltou que a Colômbia está comprometida a ajudar os venezuelanos em sua luta diária para tentar reconstruir este País. 

A Venezuela vive a pior crise política, social e econômica de sua história. Itens de necessidade básica como papel higiênico e remédios estão em falta, enquanto a inflação pode chegar a 1 milhão por cento no final deste ano. A violência se espalha pelo País e o governo de Nicolás Maduro reprime violentamente os opositores, que pedem a mudança de regime e o retorno à democracia. 

Fonte: CNA
 

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Países latino-americanos condenam intervenção militar na Venezuela

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17 de setembro de 2018

O Grupo de Lima, que reúne países latino-americanos incluindo o Brasil, condenou qualquer ação ou declaração que "implique uma intervenção militar ou o exercício da violência, a ameaça ou o uso da força na Venezuela". A declaração do bloco foi divulgada após o secretário-geral da Organização dos Estados Americanos (OEA), Luis Almagro, ter afirmado que não se pode descartar uma ação militar para tirar Nicolás Maduro do poder.

Além do Brasil, apoiaram a manifestação os governos da Argentina, do Chile, da Costa Rica, Guatemala, de Honduras, do México, Panamá, Paraguai, Peru e de Santa Lúcia. O Grupo de Lima foi criado em agosto do ano passado para buscar uma saída pacífica à crise da Venezuela.

Na nota, disponível no portal do Itamaraty, os países reafirmam "o compromisso de contribuir para a restauração da democracia na Venezuela e para superar a grave crise política, econômica, social e humanitária que esse país atravessa, por meio de uma saída pacífica e negociada". Para isso, comprometem-se a adotar ações baseadas no Direito Internacional.

O Grupo de Lima cobra do regime venezuelano o fim das violações dos direitos humanos, a libertação dos presos políticos, o respeito à autonomia dos poderes do Estado. Afirma ainda que o governo Maduro tem de assumir "a responsabilidade pela grave crise que a Venezuela vive hoje".

O governo venezuelano anunciou que denunciará Almagro, nas Nações Unidas, por estimular a intervenção militar no país.

"A Venezuela denunciará na ONU e em outras instâncias internacionais Almagro que, de forma vulgar e grotesca, tem usado a Secretaria-Geral da OEA para promover a intervenção militar em nossa Pátria e atentar contra a paz na América Latina e Caribe", disse, em sua conta no Twitter, a vice-presidente Delcy Rodríguez. Para ela Almagro pretende reviver "os piores expedientes de intervenção militar imperialistas" no continente.

*Com informações da EFE

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‘A Igreja é um dos pilares da vida na Venezuela’

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11 de setembro de 2018

“Estávamos acostumados aqui a ir à missa e depois esquecer. Agora, as pessoas vão e procuram o sacerdote para ver se tem comida, dinheiro, trabalho e algum remédio”, contou Ximena García, que trabalha para a Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre. Ela explicou que a Igreja se tornou o centro das comunidades. Como todo venezuelano, os bispos e os padres também precisam se esforçar para obter seu galão de gasolina e encontrar comida e medicamentos. E eles fazem isso não só para si mesmos, mas para toda a comunidade que os procura. 

O sucessor de Hugo Chávez, presidente Nicolás Maduro, está no poder há cinco anos e se recusa a deixá-lo. Para contornar a autoridade da Assembleia Nacional, dominada pela oposição, Maduro convocou uma Assembleia Constituinte, elegendo ilegalmente uma grande maioria de apoiadores do seu regime e usurpando, na prática, a autoridade do Poder Legislativo que lhe era contrário. Em maio deste ano, Maduro foi reeleito para um mandato de seis anos, numa eleição considerada fraudulenta e ilegítima pela oposição e por boa parte da comunidade internacional. 

Enquanto Nicolás Maduro se recusa a deixar o poder, com o apoio de seus partidários e dos militares, a economia enfrenta a pior crise da história. A inflação já ultrapassou 80 mil por cento ao ano e pode chegar a 1 milhão por cento no final de 2018. Como resposta, o governo de Maduro tem cortado “zeros” da moeda. Há pouco tempo, para comprar 2 quilos e meio de frango, era preciso pagar 14,6 milhões de bolívares, equivalentes a cerca de R$ 8,00. 

Nesse contexto de crise, Ximena explica: “o trabalho da Igreja hoje é realmente um dos pilares da vida na Venezuela e é um testemunho não só de fortaleza, mas um testemunho de muita esperança, um testemunho vivo de Jesus nas ruas”. Para as pessoas que sofrem na Venezuela, a Igreja e a ajuda internacional, que têm feito chegar às pessoas alimentos e remédios, são essenciais.

Fonte: ACI
 

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Venezuela: bispos denunciam volência e repressão do governo

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14 de agosto de 2018

Conferência Episcopal alerta: "estão sendo violadas as leis e o Estado de Direito está sendo atropelado, enquanto uma multidão de pessoas pede comida, medicamentos, eletricidade, transportes públicos, gás, salários decentes e menos inflação

Caracas


A Conferência Episcopal da Venezuela (CEV) acusou o governo de Nicolas Maduro de querer estabelecer uma espiral de violência no país e promover “a quebra da justiça”, afirmando que estão sendo violadas as leis e que o Estado de Direito está sendo “atropelado”.

 

Repressão e violência

Em comunicado divulgado em meio a investigações e prisões relacionadas ao atentado contra Maduro em 4 de agosto, os bispos afirmam que tudo o que tem a ver com a justiça “está saindo do controle das leis” e se transformando em “perseguições e amedrontamento”.

“Perseguir, submeter e processar arbitrariamente é o componente observado, enquanto uma multidão de pessoas pede comida, medicamentos, eletricidade, transportes públicos, gás, salários decentes e menos inflação”, alega a CEV, lamentando que aqueles que “se sentem empoderados estão usando violência repressiva.

 

Defensores de direitos humanos sejam vigilantes

Na semana passada, a Comissão Justiça e Paz da Conferência Episcopal da Venezuela solicitou ao Governo Maduro que parasse com a repressão violenta contra os cidadãos e pediu aos grupos de defesa dos direitos humanos que estejam atentos contra possíveis violações.

Agora, a CEV exorta os órgãos de segurança do Estado a mudar de atitude e compreender que o país está atravessando um momento de grandes sacrifícios e sofrimentos, reiterando o pedido para que cesse a repressão.

Da mesma forma, os bispos venezuelanos convidam os cidadãos a não sucumbirem à esta realidade dolorosa e seguirem na busca pela verdade.

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Cardeal pede eleições transparentes como remédio para a crise

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11 de janeiro de 2018

O Cardeal Jorge Urosa Savino, Arcebispo de Caracas, pediu, em sua mensagem de Ano Novo, por eleições “com transparência e em cujos resultados o povo possa confiar”.

“O ano de 2017 foi trágico para a Venezuela, marcado por violência política e um total de mais de 120 pessoas mortas em ataques a manifestações populares”, disse o Cardeal. No entender de Dom Jorge, para resolver a crise venezuelana – que afundou o País na superinflação, carência de alimentos e medicamentos básicos e aumento da violência – “é preciso realizar as eleições determinadas pela constituição. Mas, para isso, é necessário garantir condições justas e razoáveis para eleições com transparência e em cujos resultados o povo possa confiar”.

Fonte: CNA
 

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Eleições para assembleia constituinte

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29 de julho de 2017

No domingo, 30, serão realizadas eleições para escolher os responsáveis por reescrever a onstituição venezuelana. As eleições foram convocadas pelo Presidente Nicolás Maduro e, segundo a oposição, o procedimento é ilegal e tem como objetivo aumentar o poder do governante e permitir que ele continue no comando do País.

A Procuradora-Geral da Venezuela, Luisa Ortega Díaz, denunciou a ilegalidade da convocação da assembleia constituinte da forma como está sendo feita por Maduro. Ela foi rotulada de “golpista” e o Ministério Público foi destituído de suas funções, que passaram à Defensoria do Povo.  A Procuradora foi proibida de deixar o País e seus bens e contas bancárias estão congelados. Funcionários do Ministério Público passaram a ser perseguidos e atacados pelos “coletivos” que apoiam o governo.

A Assembleia Nacional, sob con-trole da oposição, está em confronto aberto com o Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), acusando seus representantes de violarem a constituição para favorecer o Presidente. O TSJ tentou fechar a Assembleia Nacional no dia 29 de março, mas voltou atrás três dias depois. A Assembleia nomeou 33 novos juízes para o TSJ, mas a Corte rejeitou as nomeações e declarou que elas são juridicamente nulas. Nicolás Maduro afirmou que os magistrados nomeados pela Assembleia Nacional serão presos e terão seus bens e contas bancárias congelados. Um deles, Ángel Zerpa, já foi detido por agentes do Serviço Bolivariano de Inteligência Nacional (Sebin).

Enquanto isso, os protestos contra o governo se intensificam e, com eles, a repressão do governo. Uma greve geral de 24 horas foi realizada na quinta-feira, 20. Apenas naquele dia, foram presas 261 pessoas. A oposição promoveu uma consulta popular, colhendo 7,5 milhões de assinaturas contra a convocação de uma assembleia constituinte.

Desde o início dos protestos, a repressão do governo já matou 98 pessoas. Mais de 1,4 mil venezuelanos foram feridos e mais de 3,5 mil foram detidos.  O Secretário de Estado do Vaticano, Cardeal Pietro Parolin, condenou a violência de grupos ligados ao governo contra as pessoas que estavam próximas à Igreja do Carmo, em Caracas, participando da consulta popular da oposição. Os participantes se refugiaram na igreja. Uma pessoa morreu, vítima do ataque. O Arcebispo de Caracas, Cardeal Urosa Savino, ficou com os manifestantes no local e negociou com as autoridades até que todos pudessem sair em segurança.

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O Papa recebe bispos da Venezuela

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09 de junho de 2017

O Papa Francisco recebeu na manhã desta quinta-feira, 08, no Vaticano os membros da Presidência da Conferência Episcopal da Venezuela. “O Papa – referiu Dom Diego Rafael Padron Sanchez, Bispo de Cumaná e presidente da Conferência Episcopal venezuelana, já estava muito bem informado sobre a situação, mas esta audiência confirma as suas informações e marca uma aproximação maior à conferência episcopal e fortalece nossas atividades e nossas decisões”.

“O Papa, acrescentou, está muito preocupado e sente a necessidade do povo venezuelano”. O bispo disse em seguida que é necessário “reconhecer a vontade do povo que pede alimentos, medicamentos, liberdade e eleições livres e, antes das eleições, um referendo popular sobre a Assembleia Constituinte”

Os bispos da Venezuela encontraram o Papa em um momento difícil para o país. Nos protestos que tiveram início em abril contra o presidente Nicolas Maduro já perderam a vida mais de 65 pessoas. A última vítima, quarta-feira, um rapaz de 17 anos foi morto em Caracas nas manifestações que eclodiram após o Conselho Nacional Eleitoral ter convocado para o dia 30 de julho eleições para a Assembleia Constituinte. “Queremos encontrar o Santo Padre que demostrou grande interesse, uma grande preocupação, um grande amor pela Venezuela que vive esta situação difícil”, dissera dias atrás o Cardeal Jorge Urosa Savino, Arcebispo de Caracas.

Os Bispos “esperam que o Papa Francisco se manifeste o quanto antes sobre a situação da Venezuela para que o mundo saiba sobre a gravidade da situação” daquilo que esta acontecendo. Dom Padron está convencido de “que o governo tenta a todo custo se manter no poder, subjugando e silenciando o povo, através da manobra de uma nova Assembleia constituinte para não realizar novas eleições”.

Para sair da crise humanitária e política “é necessário o diálogo entre as duas partes e o respeito dos quatro pontos indicados na carta do Cardeal Parolin: libertação dos presos políticos, abertura de corredores humanitários, processo eleitoral e respeito da Assembleia Nacional”. Mas, por enquanto, “não existem as condições”. Quando ao envio de ajudas humanitárias do exterior, em particular dos remédios, Dom Padron afirmou que duas semanas atrás foi assinada a autorização, mas a burocracia e os entraves alfandegários estão deixando tudo como está. (SP)

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