Papa: "Quaresma é um tempo de penitência, mas não de tristeza"

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19 de fevereiro de 2018

Cidade do Vaticano

Sob muita chuva, mas com a Praça São Pedro repleta de fiéis, turistas e romanos, o Papa Francisco rezou a oração do Angelus este domingo (18/02) e a precedeu com algumas palavras de reflexão sobre a Quaresma.

Inspirado no Evangelho de Marcos, Francisco propôs os três temas mencionados na leitura do dia: tentação, conversão e Boa Nova.

Assim como Jesus se preparou 40 dias no deserto, posto à prova por Satanás, para vencer as tentações nós devemos fazer o nosso ‘treinamento’ espiritual, disse o Papa.

“Somos chamados a enfrentar o mal mediante a oração para sermos capazes, com a ajuda de Deus, de derrotá-lo em nosso dia a dia. Infelizmente, o mal está à obra em nossa existência e ao nosso redor, aonde existem violências, negação do próximo, fechamentos, guerras e injustiças”.

Boa Nova exige do homem conversão e fé 

“Em nossa vida, precisamos sempre de conversão; não somos suficientemente orientados a Deus e devemos continuamente dirigir nossa mente e nosso coração a Ele. Para isto, é preciso ter a coragem de rechaçar tudo o que nos conduz fora do caminho, os falsos valores que atraem o nosso egoísmo”.

Frisando que “a Quaresma é um tempo de penitência, mas não de tristeza”, o Papa lembrou que é um compromisso alegre e sério para nos despojarmos de nosso egoísmo e de velhos ranços, e renovarmo-nos na graça do Batismo.

“ Somente Deus pode nos dar a verdadeira felicidade: é inútil perder tempo procurando-a em outros lugares, em riquezas, prazeres, poderes, carreira. ”

"O reino de Deus é a realização de todas as nossas aspirações mais profundas e autênticas porque é, ao mesmo tempo, salvação do homem e glória de Deus”.

O apelo de Jesus à conversão.

“Que Maria Santíssima nos ajude a viver esta Quaresma com fidelidade à Palavra de Deus e com oração incessante, como fez Jesus no deserto. Não é impossível! Trata-se de viver os dias desejando intensamente acolher o amor que vem de Deus e que quer transformar nossa vida e o mundo inteiro!”.

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Papa: vida humana possui uma dignidade intangível

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27 de janeiro de 2018

O Papa Francisco recebeu na Sala Clementina, esta sexta-feira (26/01), os participantes da plenária da Congregação para a Doutrina da Fé.

O Santo Padre agradeceu-lhes pelo compromisso cotidiano de apoio ao magistério dos bispos, pela tutela da retidão da fé e da santidade dos Sacramentos, e pela atenção a todas as questões que hoje requerem um discernimento pastoral importante, como examinar casos relativos a delitos graves e pedidos de dissolução do vínculo matrimonial em favor da fé.

Segundo o Papa, “essas tarefas são ainda mais atuais diante do horizonte, cada vez mais fluido e mutável, que caracteriza a autocompreensão do homem de hoje e influi em suas escolhas existenciais e éticas".

“O homem de hoje não sabe mais quem ele é e faz esforço para reconhecer como agir bem.”

Francisco reconheceu o esforço da Congregação para a Doutrina da Fé no estudo “acerca de alguns aspectos da salvação cristã, com o objetivo de reafirmar o significado da redenção”, tendo como referência algumas tendências que expressam um individualismo que confia nas próprias forças para salvar-se.

“Acreditamos que a salvação consiste na comunhão com Cristo ressuscitado que, graças ao dom de seu Espírito, nos introduziu numa nova ordem de relações com o Pai e entre os homens”, afirmou o Papa.

Francisco recordou também o estudo realizado pelo organismo sobre as implicações éticas de uma antropologia adequada no campo econômico-financeiro.

“Somente uma visão do ser humano como pessoa, ou seja, como sujeito essencialmente de relação e dotado de uma racionalidade peculiar e ampla, é capaz de agir conforme a ordem objetiva da moral. O Magistério da Igreja sempre reiterou com clareza, a esse propósito, que a atividade econômica deve ser conduzida segundo as leis e os métodos próprios da economia, mas no âmbito da ordem moral.”

O Papa recordou que nessa assembleia os participantes debateram também a questão delicada do acompanhamento dos doentes terminais.

“ A esse respeito, o processo de secularização, levou ao crescimento do pedido de eutanásia em muitos países, como afirmação ideológica do desejo de poder do homem sobre a vida. Isso também levou a considerar a interrupção voluntária da existência humana como uma escolha de «civilização». ”

Segundo o Pontífice, “é claro que onde a vida não vale por sua dignidade, mas por sua eficiência e produtividade, tudo se torna possível. Nesse cenário é preciso reiterar que a vida humana, desde a concepção até a morte natural, possui uma dignidade que a torna intangível”.

Para Francisco, “a dor, o sofrimento, o sentido da vida e da morte são realidades que a mentalidade atual luta para enfrentar com um olhar cheio de esperança. Sem uma esperança confiável que ajude o homem a enfrentar também a dor e a morte, ele não consegue viver bem e conservar uma perspectiva confiante diante de seu futuro. Este é um dos serviços que a Igreja é chamada a prestar ao homem atual”.

O Papa concluiu o discurso, afirmando que a missão da Congregação para a Doutrina da Fé é eminentemente pastoral.

“ Pastores autênticos são aqueles que não abandonam o homem, nem o deixam em sua desorientação e erros, mas com verdade e misericórdia o trazem de volta para reencontrar no bem o seu rosto autêntico. ”

Segundo o Papa, “autenticamente pastoral é toda ação que pega o ser humano pela mão quando ele perdeu o sentido de sua dignidade e destino, para leva-lo com confiança a redescobrir o amor paterno de Deus, seu bom destino e os caminhos para  construir um mundo mais humano”.

“Esta é a grande tarefa da Congregação para a Doutrina da Fé e toda instituição pastoral na Igreja”, concluiu Francisco. 

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Papa: pecado rompe relação com Deus e com os irmãos

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03 de janeiro de 2018

Quem tem consciência de suas misérias e abaixa os olhos com humildade, sente sobre si o olhar misericordioso de Deus.

Dando continuidade a série de catequeses sobre a Santa Missa, o Papa Francisco dedicou a reflexão da primeira Audiência Geral do ano de 2018 ao Ato Penitencial.

“Na sua sobriedade – disse Francisco aos cerca de sete mil fiéis presentes na Sala Paulo VI -  ele favorece a atitude que deve ser assumida para celebrar dignamente os santos mistérios, ou seja, reconhecendo diante de Deus e dos irmãos os nossos pecados (...), pois todos somos pecadores”.

Mas para receber o perdão de Deus, devemos reconhecer nossos erros e pedir perdão, pois “o que o Senhor pode dar a quem já tem o coração cheio de si, do próprio sucesso?”, pergunta.

“Nada, porque o presunçoso é incapaz de receber perdão, saciado como é da sua presumível justiça”, respondeu o Papa, citando a parábola do fariseu e do publicano, em que somente o segundo volta para casa perdoado.

“Sabemos por experiência - recorda - que somente quem sabe reconhecer os erros e pede perdão recebe a compreensão e o perdão dos outros”:

“Escutar em silêncio a voz da consciência permite reconhecer que os nossos pensamentos são distantes dos pensamentos divinos, que as nossas palavras e as nossas ações são muitas vezes mundanas, guiadas, isto é, por escolhas contrárias ao Evangelho.”

Por isto – explica o Pontífice – no início da Missa “cumprimos comunitariamente o ato penitencial mediante uma fórmula de confissão geral, pronunciada na primeira pessoa do singular. Cada um confessa a Deus e aos irmãos que “pequei muitas vezes, em pensamentos e palavras, atos e omissões””:

“Sim, também em omissões, ou seja, ter deixado de fazer o bem que poderia ter feito. Muitas vezes nos sentimos muito bons porque – dizemos – “não fiz nenhum mal”. Na realidade, não basta não fazer mal ao próximo, é preciso escolher fazer o bem, aproveitando as ocasiões para dar um bom testemunho de que somos discípulos de Jesus”.

O Papa explica que “confessar tanto a Deus como aos irmãos sermos pecadores” nos ajuda a compreender a “dimensão do pecado”, que “nos separa de Deus, nos divide também dos nossos irmãos, e vice-versa”:

“O pecado rompe: rompe a relação com Deus e rompe a relação com os irmãos, a relação na família, na sociedade, na comunidade. O pecado rompe sempre: separa, divide”.

“As palavras que dizemos com a boca são acompanhadas pelo gesto de bater no peito – fazemos assim - reconhecendo que pequei por minha culpa e não dos outros” diz Francisco, que observa:

“Acontece muitas vezes que, por medo ou vergonha, apontamos o dedo para acusar os outros. Custa admitir sermos culpados, mas nos faz bem confessá-lo com sinceridade. Mas confessar os próprios pecados”.

E o Papa recordou então a história que um velho missionário costumava contar, de uma senhora que ao confessar-se, contava os erros do marido:

“Depois passou a contar os erros da sogra e depois os pecados dos vizinhos. Em determinado momento, o confessor disse a ela: “Mas senhora, me diga: acabou?” – “Não, sim, disse...” – “Muito bem: a senhora acabou com os pecados dos outros. Agora comece a dizer os seus...” 

Após a confissão dos pecados – continuou o Santo Padre - suplicamos à Bem-aventurada Virgem Maria, aos Anjos e Santos que roguem ao Senhor por nós. Também aqui – enfatiza – “é preciosa a comunhão dos Santos, a intercessão deste amigos e modelos de vida que nos sustenta no caminho em direção à plena comunhão com Deus, quando o pecado será definitivamente aniquilado”.

O Santo Padre explica então que além do “Confesso”, o “ato penitencial pode ser feito com outras fórmulas”, como “Piedade de nós, Senhor”, “Contra ti pecamos”, “Senhor mostra-nos a tua misericórdia/ e nos dê a tua salvação”:

“Especialmente no domingo se pode fazer a bênção e aspersão de água em memória do Batismo, que apaga todos os pecados. É também possível, como parte do Ato Penitencial, cantar o Kyrie eléison: com antiga expressão grega, aclamamos o Senhor – Kyrios – e imploramos a sua misericórdia”.

O Papa Francisco recorda então “luminosos exemplos de figuras “penitentes” nas Sagradas Escrituras, que “caindo em si após terem cometido o pecado, encontram a coragem de tirar a máscara e abrir-se à graça que renova o coração”.

E cita o Rei Davi, o filho pródigo, São Pedro, Zaqueu, a Samaritana:

“Comparar-se com a fragilidade do barro do qual fomos formados é uma experiência que nos fortalece: nos coloca diante de nossas fraquezas, nos abre o coração para invocar a misericórdia divina que transforma e converte. E é isto o que fazemos no Ato Penitencial no início da Missa”.

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Papa: fazer teologia de joelhos e com o santo povo de Deus

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30 de dezembro de 2017

Uma das últimas audiências do ano do Papa Francisco foi aos membros da Associação Teológica Italiana, recebidos no Vaticano no dia 29 de dezembro.

A Associação, composta por 330 teólogos, completou 50 anos em 2017, nascida no espírito de serviço e de comunhão indicado pelo Concílio Vaticano II. Para Francisco, a Igreja deve sempre referir-se a este evento como uma nova etapa de evangelização. 

“Por isso, lhes peço que continuem a permanecer fiéis e ancorados ao Concílio e à capacidade que, naquela ocasião, a Igreja mostrou de deixar-se fecundar pela perene novidade do Evangelho de Cristo.”

Francisco ressaltou ainda o estilo da Associação de “fazer teologia juntos”. De fato, não se pode pensar em servir a Verdade de um Deus que é Amor de modo “individualista, particularista ou, pior ainda, numa lógica competitiva”.

“A pesquisa dos teólogos não pode ser pessoal; mas de pessoas que estão mergulhadas numa comunidade teológica a mais ampla possível, da qual se sentem e realmente fazem parte, envolvidas em laços de solidariedade e também de amizade autêntica. Este não é um aspecto secundário do ministério teológico!”

Intelecto e religiosidade

Um ministério, continuou o Papa, do qual a Igreja tem grande necessidade. Para ser fiéis autênticos, recordou, não é necessário ter realizado cursos acadêmicos de teologia. Há um sentido das realidades da fé que pertence a todo o povo de Deus, inclusive de quem não tem meios intelectuais para expressá-lo.

“É nesta fé viva do santo povo fiel de Deus que todo teólogo deve sentir-se mergulhado e do qual deve sentir-se também amparado, transportado e abraçado. Isso não exclui, porém, que exista sempre a necessidade daquele específico trabalho teológico com o qual, como dizia São Boaventura, se possa chegar ao credibile ut intelligibile, isto é, àquilo que se crê enquanto é compreendido. É uma exigência da plena humanidade dos próprios fiéis.”

Na perspectiva de uma Igreja em saída missionária, acrescentou ainda Francisco, o ministério teológico se torna particularmente importante e urgente. Para o Papa, a teologia é “imprescindível” para repensar os grandes temas da fé cristã dentro de uma cultura profundamente transformada devido ao desenvolvimento científico e técnico sem precedentes e de uma cultura cristã onde nasceram visões distorcidas do Evangelho.

“Necessita-se de uma teologia que ajude todos os cristãos a anunciar e mostrar, sobretudo, o rosto salvífico de Deus, o Deus misericordioso, especialmente na presença de alguns desafios inéditos que envolvem hoje toda a humanidade”, disse Francisco, citando entre eles a crise ecológica, as desigualdades sociais e as migrações de inteiros povos e o relativismo teórico, mas também prático.

Três conselhos

Antes de concluir seu articulado discurso, o Papa deu outros três conselhos aos teólogos: não perder a capacidade de maravilhar-se, de fazer teologia de joelhos e na Igreja, isto é, no santo povo fiel de Deus.

Francisco se lembrou de uma confissão de uma senhora portuguesa, que de tão religiosa confessava pecados que não existiam, demonstrando grande conhecimento. “Ao final, contou o Papa fiquei com vontade de lhe perguntar: ‘a senhora estudou na Gregoriana?’. Era realmente uma mulher simples, simples… Mas tinha a intuição, tinha o sensus fidei, aquilo que na fé não pode errar.”

O Papa se despediu dos teólogos fazendo votos de que as pesquisas da Associação possam fecundar e enriquecer todo o povo de Deus. 

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Superar desequilíbrios e intrigas é pedido de Papa à Cúria Romana

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23 de dezembro de 2017

O Papa Francisco apresentou na quinta-feira, 21, seus votos de feliz Natal à Cúria Romana. No encontro, direcionado a todos os organismos da Santa Sé, o Santo Padre destacou o Natal como uma festa da fé.

O Natal é também apontado pelo Pontífice como uma ocasião em que Deus faz germinar nas pessoas sementes de esperança, de caridade e de fé, sementes que, segundo Francisco, têm também de brotar dentro da Igreja Católica.

O Santo Padre sublinhou a importância de superar na Igreja uma lógica desequilibrada e degenerada de intrigas e de pequenos grupos. O Papa falou sobre a reforma em curso da Cúria Romana e às pessoas que nela estão a trabalhar, e alertou para o perigo da quebra de confiança, dos que se aproveitam da maternidade da Igreja.

(Com informações da Canção Nova)

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Papa: "É preciso coragem para rezar o Pai Nosso"

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23 de dezembro de 2017

Na noite de quarta-feira (20/12) o Papa Francisco participou mais uma vez do programa televisivo ‘Pai Nosso’, transmitido pelo canal TV2000, da Conferência Episcopal Italiana, CEI.

Neste 9º e último capítulo da série, ficou impressa a afirmação do Papa, conversando com o capelão do cárcere de Pádua, Pe. Marco Pozza,  de que “é preciso coragem para rezar o Pai Nosso”.

“Digam ‘papai’ e acreditem realmente que Deus é o Pai que me acompanha, me perdoa, me dá o pão, está atento a tudo o que peço e me veste melhor do que as flores do campo…. Acreditar – continuou o Papa – é também um grande risco. E se não for verdade?”.

“ É preciso ousar, ousar, mas todos juntos. Por isso, rezar juntos é tão bonito: porque nos ajudamos uns aos outros a ousar. ”

Para elucidar o conceito do amor de Deus, que nos dá o que comer, o Papa propôs uma recordação de sua infância:

“Quando o pão caia no chão, nos ensinavam a pegá-lo e beijá-lo. Jamais se jogava pão fora. O pão é o símbolo da unidade da humanidade, do amor de Deus. Quando sobrava, as avós e as mães o botavam de molho no leite e faziam um bolo, ou outra coisa, mas nunca se jogava fora”.

O programa nasceu da colaboração entre a SPC (Secretaria para a Comunicação) e a emissora da CEI e teve a participação de expoentes leigos da cultura. A partir da série foi criado também o livro ‘Pai Nosso’ publicado pela editoras Rizzoli e Vaticana.

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Papa: Maria nos ajude a desenvolver anticorpos contra vírus dos nossos tempos

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09 de dezembro de 2017

Cidade do Vaticano (RV) - Na tarde desta sexta-feira (08/12), Solenidade da Imaculada Conceição, o Papa Francisco foi à Praça de Espanha, localizada no centro de Roma, para rezar diante da imagem da Virgem Maria,  renovando o tradicional ato de homenagem aos pés do monumento à Imaculada.

A seguir, a oração proferida pelo Papa Francisco.

“Maria Imaculada, pela quinta vez venho aos seus pés como bispo de Roma, para fazer-lhe uma homenagem em nome de todos os habitantes dessa cidade. Quero agradecer-lhe pelo cuidado constante com que a Senhora acompanha o nosso caminho, o caminho das famílias, das paróquias, das comunidades religiosas; o caminho daqueles que todos os dias, e com muito esforço,  atravessam a cidade de Roma para trabalhar, o caminho dos doentes, idosos e todos os pobres, e os imigrantes aqui, provenientes de terras de guerra e fome. Obrigado, porque assim que dirigimos à Senhora um pensamento, um olhar ou uma Ave Maria fugaz, sentimos sempre a sua presença materna, terna e forte.”

“Ó Mãe, ajuda essa cidade a desenvolver os anticorpos contra alguns vírus dos nossos tempos: da indiferença, que diz: “Não me diz respeito”; da má educação cívica que despreza o bem comum; do medo do diferente e do estrangeiro; conformismo disfarçado de transgressão; a hipocrisia de acusar os outros, enquanto se fazem as mesmas coisas; a resignação à degradação ambiental e ética, a exploração de muitos homens e mulheres. Ajude-nos a rejeitar esses e outros vírus com os anticorpos que vem do Evangelho. Faça  com que tenhamos o bom costume de ler todos os dias uma passagem do Evangelho e sob o seu exemplo, de proteger no coração a Palavra, para que, como uma boa semente, dê fruto em nossa vida.”

“Virgem Imaculada, cento e setenta e cinco anos atrás, pouco distante daqui, na igreja de Sant’Andrea delle Fratte, a Senhora tocou o coração de Afonso de Ratisbonne, que naquele momento de ateu e inimigo da Igreja, tornou-se cristão.

A Senhora se mostrou a ele como Mãe da graça e da misericórdia. Concede também a nós, especialmente na provação e na tentação, manter o olhar fixo em suas mãos abertas, que deixam cair sobre a terra as graças do Senhor, e nos despojar da arrogância orgulhosa, para nos reconhecer como realmente somos: pequenos e pobres pecadores, mas sempre filhos seus. E assim, pegando em suas mãos, nos deixar reconduzir a Jesus, nosso irmão e salvador, e ao Pai celeste, que nunca se cansa de nos esperar e nos perdoar quando retornamos a Ele.”

“Obrigado, ó Mãe, por nos ouvir sempre! Abençoa a Igreja aqui em Roma, e abençoa também esta cidade e o mundo inteiro”.

A Imaculada e os Papas

Em 8 de dezembro de 1854, o Papa Pio IX declarou o Dogma da Imaculada Conceição, na Bula “Ineffabilis Deus”.

Três anos mais tarde, em 8 de dezembro de 1857, o Papa abençoou e inaugurou o monumento da Imaculada na Praça de Espanha.

O Papa Pio XII foi o primeiro a enviar flores à Praça de Espanha na Solenidade da Imaculada.

São João XXIII, em 1958, dirigiu-se à Praça de Espanha e depositou aos pés do monumento um cesto contendo rosas brancas. Sucessivamente, visitou a Basílica de Santa Maria Maior.

Tal gesto foi repetido também pelos Papas Paulo VI, São João Paulo II e Bento XVI.

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Dia Mundial da Paz: “Migrantes e refugiados em busca da Paz”

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25 de novembro de 2017

Cidade do Vaticano (RV) – Foi publicada, na manhã desta sexta-feira (24/11), no Vaticano, a Mensagem do Papa Francisco para o Dia Mundial da Paz, que será celebrado no dia 1° de janeiro, que tem como tema: “Migrantes e refugiados: homens e mulheres em busca de Paz”.

O Santo Padre inicia sua Mensagem desejando a todos “Paz”, aquela que os anjos anunciaram aos pastores na noite de Natal. A paz é uma aspiração profunda de todas as pessoas e de todos os povos, sobretudo daqueles que mais precisam, como os migrantes e os refugiados.

De fato, recorda, na sua mente e no seu coração os mais de 250 milhões de migrantes no mundo, dos quais 22 milhões e meio são refugiados. Estes últimos ”são homens e mulheres, crianças, jovens e idosos, que procuram um lugar onde viver em paz!. E, para encontrá-lo, estão dispostos a arriscar a própria vida em viagens longas e perigosas e a passar por sofrimentos incríveis.

“Com espírito de misericórdia, diz Francisco, abraçamos todos os que fogem da guerra e da fome ou se veem constrangidos a deixar a própria terra por causa das discriminações, perseguições, pobreza e degradação ambiental. Mas, não basta abrir os nossos corações ao sofrimento dos outros. Acolher o outro requer um compromisso concreto, uma corrente de apoio e de beneficência, uma atenção vigilante e abrangente.

Praticando a virtude da prudência, salientou o Papa, os governantes saberão acolher, promover, proteger e integrar os migrantes, mediante medidas práticas, favorecendo uma maior integração. Os governantes devem assegurar-lhes justos direitos e desenvolvimento harmônico.

E o Santo Padre pergunta: Por que há tantos refugiados e migrantes? Como resposta, cita São João Paulo II, que, em sua Mensagem para o Dia da Paz no ano 2000, colocando como principal aumento de refugiados no mundo “os efeitos de uma sequência infinita de guerras, conflitos, genocídios, “limpezas étnicas”, que caracterizaram o século XX. Mas, até agora, infelizmente, nada mudou.

No entanto, Francisco citou outras razões que causam um contínuo aumento do número de migrantes: o desejo de uma vida melhor; a reunião da própria família; encontrar oportunidades de trabalho ou de instrução. Mas, citando também a sua Encíclica Laudato si’, explica que o trágico aumento de migrantes é causado pela fuga da miséria, agravada pela degradação ambiental.

A maioria migra seguindo um percurso legal, mas há quem toma outros caminhos, por causa do desespero, da falta de acolhida nos países, para os quais representam riscos, peso, desprezo da sua dignidade. Quem age assim, às vezes por causas políticas, ao invés de construir a paz, semeia violência, discriminação racial e xenofobia.

Por isso, exortou Francisco, convido todos a encarar as migrações com confiança, como oportunidade para construir um futuro de paz, com base na fraternidade, na solidariedade e na partilha.

Oferecer aos refugiados, migrantes e vítimas de tráfico humano a possibilidade de viver em paz, afirma o Papa, exige uma estratégia que contemple quatro ações: acolher, proteger, promover e integrar.

O Santo Padre conclui sua Mensagem para o Dia Mundial da Paz desejando que seja este espírito a animar o processo que, no decurso de 2018, levará à definição e aprovação, por parte das Nações Unidas, de dois pactos globais: um, para migrações seguras, ordenadas e regulares; outro, concernente aos refugiados.

Estes pactos representarão um ponto de partida para propostas políticas e medidas práticas. Por isso, é importante que sejam inspirados por sentimentos de compaixão, coragem e diálogo, para que se possa construir uma paz duradoura. (MT)

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Vaticano: inauguração do Presépio e a iluminação da árvore de Natal

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29 de outubro de 2017

Cidade do Vaticano (RV) – No próximo dia 7 de dezembro, às 16h30, hora local, será inaugurado o Presépio e a iluminação da árvore de Natal na Praça São Pedro. Será a Abadia Territorial de Montevergine a oferecer o Presépio que será montado para o Natal de 2017.

O presépio em estilo do século 18, de acordo com a tradição napolitana, será construído por uma oficina de artesãos de Nápoles e será montado sobre uma grande superfície de aproximadamente 80 metros quadrados, com uma altura máxima de sete metros, inspirado nas obras da Misericórdia e representado por 20 figuras, com uma altura variável de dois metros. Ospersonagens terão suas cabeças e membros em Terracota policromada, olhos de cristal e vestidos de tecido.

A acompanhar o Presépio estará a já tradicional majestosa árvore doada, este ano, pela Arquidiocese de Elk, na Polônia. Será um imponente abeto vermelho, de 28 metros de altura, com uma circunferência máxima de 10 metros na base. O corte será realizado pelo Corpo Florestal local, que estará depois presente em Roma com uma sua delegação. A árvore será transportada em um percurso rodoviário de mais de 2.000 km que atravessará o centro da Europa. A ornamentação foi produzida por crianças internadas em divisões de oncologia de alguns hospitais italianos. Essas crianças, junto com seus pais, participaram de um programa de cerâmica-terapia recreativa em laboratórios hospitalares permanentes, idealizados, coordenados e administrados pela Fundação Condessa Lene Thun Onlus. As crianças produziram esferas e estrelas de argila que posteriormente foram reproduzidas em material sintético para a ornamentação.

Este ano, os pequenos artistas serão acompanhados pelos seus coetâneos das áreas atingidas pelo terremoto no centro da Itália, pertencentes à Arquidiocese de Spoleto-Norcia. Na manhã de 7 de dezembro, a delegação polonesa, a napolitana, junto com alguns pequenos artistas, serão recebidos em audiência pelo Santo Padre para a apresentação oficial dos presentes. À tarde, como de costume, na Praça São Pedro terá lugar uma breve cerimônia para a inauguração do Presépio e a iluminação da magnífica árvore de Natal com a prestigiosa ornamentação. A árvore e o Presépio permanecerão iluminados até a noite de domingo, 7 de janeiro de 2018, dia em que se comemora o Batismo do Senhor e se conclui, na liturgia, o Tempo do Natal. (SP)

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Calendário de eventos do Papa Francisco para os próximos meses

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28 de outubro de 2017

Cidade do Vaticano (RV) - A Viagem Apostólica ao Chile e ao Peru, de 15 a 22 de janeiro de 2018, a Missa de 2 de novembro no Cemitério americano de Netuno e a Missa por ocasião do primeiro Dia Mundial dos Pobres no dia 19 de novembro na Basílica de São Pedro: estes são alguns dos compromissos do Papa Francisco para os meses de novembro, dezembro de 2017 e janeiro de 2018, confirmados no calendário de celebrações presididas pelo Pontífice e divulgado pelo Escritório para as Celebrações Litúrgicas.

 Papa celebra a Missa por ocasião de finados, no dia 2 de novembro, na cidade italiana de Netuno, e depois, no dia 3, na Basílica do Vaticano, celebra a Missa em sufrágios dos cardeais e bispos que morreram durante o ano. No dia 19 está prevista a Missa na comemoração do Dia Mundial dos Pobres, instituído no final do Jubileu da Misericórdia, e no domingo sucessivo, 26 de novembro, a partida para a viagem apostólica a Myanmar e Bangladesh.

Em 8 de dezembro, Solenidade da Imaculada Conceição, Francisco realiza o tradicional ato de veneração à Imaculada na Praça de Espanha, no centro de Roma. No dia 12 de dezembro, como todos os anos desde o início do pontificado, na Basílica de São Pedro, o Santo Padre celebra a Missa na Festa de Nossa Senhora de Guadalupe, Padroeira da América. Serão realizadas na Basílica Vaticana todas as celebrações de Natal: da Missa da Noite, às 21h30, (hora local) de domingo 24 de dezembro, à Solenidade da Epifania do Senhor, no sábado, 6 de janeiro.

No domingo, 7 de janeiro, o Papa Francisco celebra a Missa na Festa do Batismo de Jesus na Capela Sistina, onde batiza algumas crianças. As celebrações do mês de janeiro se encerram no Chile e Peru na peregrinação que o Papa realiza de 15 a 22 àquele mês. (SP)

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