‘Os padres não caem do céu, surgem da comunidade’

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11 de agosto de 2017

Na missa da Festa da Transfiguração do Senhor, na Catedral da Sé, no domingo, 6, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, conferiu os ministérios de Leitor e Acólito a um grupo de seminaristas da Arquidiocese. A celebração marcou o início do mês das vocações no Brasil, cujo primeiro domingo recorda a vocação para os ministérios ordenados.

A missa foi concelebrada por padres formadores do Seminário Arquidiocesano Imaculada Conceição e pelo Coordenador da Pastoral Vocacional, Padre Messias de Moraes Ferreira.

O Leitorato foi conferido aos seminaristas Àlvaro Moreira Gonçalves, Eldino José Pereira, Francisco Ferreira da Silva, Jonathan Aparecido Lopes Gasques e Sulliver Rodrigues do Prado. Já aos seminaristas Benedito Aparecido Maria de Borba, Fabio Nunes dos Santos, Hernane Santos Modena e Luiz Carlos Ferreira Tose Filho foi conferido o Acolitato.

 

Chamado ao serviço

Na homilia, Dom Odilo explicou que os ministérios recebidos pelos seminaristas são um primeiro chamado ao serviço no processo formativo que antecede a ordenação. “Os ministros leitores são encarregados de ajudar a Igreja a realizar a parte mais importante da sua missão: o anúncio da Palavra de Deus... Na celebração, na pregação, mas de muitas outras formas: na Catequese, nos cursos de formação cristã, na leitura bíblica, nos retiros, nas missões. Tudo isso é evangelizar”, afirmou. 

Quanto ao ministério dos acólitos, o Cardeal ressaltou que não se resume ao serviço do altar, mas ao serviço daquilo que se celebra no altar, o mistério central da redenção: Jesus que continua a se doar pela humanidade. “Os acólitos, ajudando os sacerdotes a bem celebrar, ajudam o povo de Deus a se oferecer a Cristo no altar. Os acólitos estão em função da Eucaristia, a serviço do culto eucarístico”. 

Dom Odilo pediu, ainda, a toda a comunidade que sempre reze pelas vocações, pelos seminaristas, pelos padres e diáconos, para que, “com a graça de Deus, com a ajuda de todos e com o próprio esforço e a resposta de cada um ao chamado de Deus, possam realizar bem a sua vocação, seu serviço a Deus e aos irmãos na Igreja”. O Arcebispo também reforçou o pedido para sempre rezarem pelo ministério dos bispos e do Papa. “Nós também somos sacerdotes, precisamos da oração de todos”, acrescentou. 

O Cardeal Scherer recordou, ainda, os 13 diáconos seminaristas da Arquidiocese que estão realizando uma experiência missionária na Amazônia e no Nordeste nos meses de julho e agosto e que, no final de novembro, serão ordenados sacerdotes.

 

Oração nas paróquias

Dom Odilo agradeceu as paróquias que realizam um trabalho de promoção vocacional. “Os padres não caem do céu, surgem da comunidade. O Papa São Joao Paulo II dizia que a vocação é uma resposta de Deus providente a uma comunidade orante, que pede. ‘Pedi ao Senhor da messe que envie operários’. Deus ouve e chama”, disse. 

“Que bom seria se em cada comunidade e paróquia houvesse vocacionados. Precisamos trabalhar muito para isso. Será que Deus parou de chamar? Deus continua a chamar. Talvez nós estejamos um pouco distraídos e não ouvimos o chamado ou não o acolhemos devidamente”, completou o Arcebispo.

No final da celebração, agentes da Pastoral Vocacional depositaram flores na imagem de Nossa Senhora, Mãe das Divinas Vocações, e um dos jovens vocacionados fez uma saudação a Dom Odilo. 
 

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Seminaristas da Arquidiocese recebem ministérios de leitor e acólito

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07 de agosto de 2017


Na manhã deste domingo, 6, Festa da Transfiguração do Senhor, o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, presidiu missa na Catedral da Sé, na qual conferiu os ministérios de leitor e acólito a um grupo de seminaristas da Arquidiocese.

A celebração marcou o início do mês vocacional no Brasil, cujo primeiro domingo recorda a vocação para os ministérios ordenados. No processo formativo dos candidatos ao sacerdócio, o leitorato e o acolitato antecedem a ordenação diaconal. 

Na homilia, Dom Odilo explicou que os ministérios são um primeiro chamado ao serviço. “Os ministros leitores são encarregados de ajudar a Igreja a realizar a parte mais importante da sua missão, o anúncio da Palavra de Deus...”. Quando aos acólitos, o Cardeal ressaltou que esses não apenas servem ao altar, mas servem “aquilo que se celebra no altar, o mistério central da nossa redenção, Jesus que continua e se doar pela humanidade”.

O Arcebispo agradeceu, ainda, as paróquias que realizam um trabalho de promoção vocacional. “Os padres não caem do céu, surgem da comunidade. O Papa São Joao Paulo II dizia que a vocação é uma resposta de Deus providente a uma comunidade orante, que pede. ‘Pedi ao Senhor da messe que envie operários’. Deus ouve e chama”.

“Deus continua a chamar. Talvez nós estamos um pouco distraídos e não ouvimos o chamado ou não o acolhemos devidamente. Fato é que em nossa Arquidiocese precisamos trabalhar muito pelas vocações”, acrescentou Dom Odilo.

Oração pelos cristãos perseguidos

Mais cedo, também na Catedral, Dom Odilo presidiu missa pelo Dia Internacional de Oração pelos Cristãos Perseguidos, iniciativa promovida pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN).  A data surgiu em referência a fuga de milhares de cristãos do norte do Iraque, em 2014, expulsos pelos extremistas do grupo Estado Islâmico. Este ano, as intenções não se concentram apenas aos cristãos do Oriente Médio, mas se estende às perseguições em todo o planeta. A África, por exemplo, é o continente onde atualmente morrem mais pessoas por serem cristãos do que em qualquer outro lugar do mundo.

Leia as reportagens completas sobre as duas celebrações na próxima edição do jornal O SÃO PAULO.

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Seminaristas cultivam ardor missionário nas férias

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31 de julho de 2017

Os formadores e seminaristas das três casas de formação que compõem o Seminário Arquidiocesano Imaculada Conceição se reuniram, no dia 10, com o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, para a avaliação da Missão de Férias dos seminaristas, realizada entre os dias 1º e 9. 

O encontro também contou com a presença dos Bispos Auxiliares da Arquidiocese Dom José Roberto Fortes Palau e Dom Eduardo Vieira dos Santos, além de padres e leigos das paróquias e pastorais que acompanharam os estudantes na atividade missionária. 

Para Dom Odilo, além da realização da missão, a avaliação é um momento importante para ajudar a enriquecer e proporcionar uma reflexão sobre o que foi feito, de maneira que a missão seja proveitosa para o povo e também para os seminaristas. “A dimensão missionária deve estar sempre presente no dia a dia do trabalho pastoral do padre secular”, disse, recordando tanto o Documento de Aparecida como a Exortação Apostólica Evangelii Gaudium , do Papa Francisco. 

Divididos em grupos, os seminaristas visitaram paróquias das seis regiões episcopais e algumas pastorais de fronteira, como a Pastoral do Menor, Pastoral Carcerária e a Missão Belém, junto às pessoas em situação de rua. Confira alguns relatos enviados ao O SÃO PAULO pelos seminaristas  

(Colaborou Nayá Fernandes)

Paróquia Santa Terezinha – Região Lapa

“No processo, pude aprender que a doação, a motivação e o esforço colocados na missão, serviram para mim como aula vocacional e de experiência primária de pastoral que colocarei em prática. No âmbito do missionário, aprendi que a formação sacerdotal leva o candidato a presbítero a ter convicção, fé e espírito missionário em sua caminhada. Com simplicidade, juntamente com os companheiros de missão, pude tentar aproximar a realidade da família e da igreja, entre jovens e pessoas da terceira idade, não esquecendo também das crianças, buscando aproximar diversidades. A Paróquia tem em suas proximidades os índios Tupi Guarani, cultura indígena participante da Paróquia; a nossa missão pôde ser incentivo para que continuem nessa caminhada missionária. A missão teve, na minha formação, um impacto que mostra a realidade que o sacerdote enfrentará ao longo de sua vida missionária dentro de seu ministério. Com as emoções vividas e sentidas, histórias ouvidas, situações compartilhadas e dores observadas, a missão faz com que nos tornemos sensíveis a olhar para o próximo, trazendo a reflexão evangélica na qual Jesus nos convida a participar da vida missionária sacerdotal, e diria ainda mais: ‘vocacional’, de viver a doação no sentido completo do humano que o cristão deve ser”. (Geovane dos Santos)

 

Paróquia Mãe de Deus – Região Brasilândia 

“Dentre as diversas atividades que tivemos, a principal foi visitar as casas dos paroquianos, uma ação enriquecedora em diversos aspectos. Primeiramente, podemos ressaltar que rezar e compartilhar a Palavra de Deus com as famílias reforça a certeza de que Nosso Senhor habita em cada um de nossos lares. Além disso, nos lembra de que o próprio Filho de Deus quis passar pelas dificuldades e alegrias de uma família humana. 

Por outro lado, aqueles que visitamos não foram os únicos a receber algo: nós também recebemos ao escutar a trajetória dessas pessoas e aprender com suas experiências. Muitas vezes, encontramos pessoas idosas ou enfermas, as quais doaram suas vidas pela comunidade e dão testemunho de uma sincera e madura relação com Deus. 

Conhecemos também a Comunidade Nossa Senhora Aparecida, localizada em um conjunto habitacional do Projeto Cingapura, criado pela Prefeitura de São Paulo. Essa comunidade marcada por dificuldades distintas de sua matriz- paroquial nos mostrou a importância de pessoas comprometidas, as quais se esforçam e agem de maneira profética em meio aos problemas sociais de nossa grande cidade. 

Certamente, este período de missão foi tempo de crescimento espiritual e aprendizado pastoral para nós. As pessoas têm sede de Deus! Notar isso renovou o nosso propósito vocacional”. 

(Afonso Ferreira de Lima, Antonio Carlos Bueno Ramalho, Francisco Ferreira da Silva, João Lins e Vitor Battisti) 

 

Pastoral do Menor

“Os seminaristas conheceram de abrigos e creches até cursos profissionalizantes, incluindo o trabalho da pastoral junto à Fundação Casa. São trabalhos realizados em vista da defesa e promoção dos direitos das crianças e adolescentes. A missão se deu no anúncio do amor de Deus para com cada um, mas também na convivência, na acolhida, na brincadeira, na escuta, no abraço dado a cada um dos que foram visitados. 

Foi uma experiência rica, de modo a alargar o coração e fazer com que, como futuros padres da Igreja de São Paulo, tenhamos um coração sempre aberto às necessidades dos outros, incluindo os jovens e crianças que muitas vezes têm seus direitos feridos”.

(Álvaro Moreira Gonçalves, Dyetry Amaral de Miranda, Pedro Paulo Funari, Ricardo Dias da Silva, Miguel Lisboa Aguiar, Hernane Santos Modena e Benedito Aparecido Borba, com a Pastoral do Menor Arquidiocesana)

 

 

 

Missão Belém – Povo de Rua 

“Estivemos com os missionários da Missão Belém, onde tivemos nossa convivência acompanhada pelo responsável, Padre Gilson Frank dos Reis, que nos recebeu de braços abertos nessa grande família. E em meio às dificuldades que os moradores de rua passam cotidianamente, tivemos experiências que muito nos marcaram. Posso dizer que a minha vida mudou, minha concepção de ter um novo olhar para os irmãos. Pude conversar com cada morador de rua e ver suas feridas, sobretudo por estarem perdidos nas drogas, no álcool. Sem contar os diversos que sofrem pela perda familiar, muitos deles, pelo abandono. A fraqueza humana na dor, e cada olhar, cada pessoa. Foi possível sentir que, dentro de cada um existe o seu valor, aquilo que Deus proporcionou a cada filho seu, o valor da vida, que cada um de nós, muitas das vezes não valorizamos. O Senhor Jesus, nosso Redentor, nos chama a ter misericórdia para com todos, a acolher com o mesmo amor que Deus nos dá constantemente. Como disse Santa Paulina, ‘nunca, jamais desanimeis, embora venham ventos contrários’”. (Eldino José Pereira)

“Em meio a tanta tristeza, pudemos ver um pouco de esperança, conhecendo o grandioso trabalho que a Missão Belém realiza junto dessas pessoas, oferecendo abrigo, comida, tratamento e, principalmente, dando a chance de um novo recomeço, restaurando a sua dignidade de seres humanos e Filhos de Deus”. (Gustavo da Silva Vieira)

 

Unidade Prisional em Franco da Rocha - Pastoral Carcerária

“Estar dentre os reeducandos dos presídios de Franco da Rocha (SP) foi de grande importância para nós. Ficamos muito receosos antes de iniciar a Missão, com medo do que poderia acontecer. Acabamos sendo surpreendidos. Surpreendidos pela acolhida, pelo testemunho do Evangelho dado por vários dos reeducandos, e pela esperança encontrada em cada olhar, esperança essa que motiva muitos a persistir na mudança e na vida de oração e súplica a Deus.

Realizamos diversos momentos de oração, e o que mais nos tocou foram os momentos em que rezávamos juntos a Ave-Maria. Foi diante da imagem de Nossa Senhora Aparecida que, com muita devoção, vivenciamos o quão importante é Maria e sua intercessão na vida de muitos deles. Na Missão, devemos acolher todos os que vêm até nos com uma palavra amiga, com um sorriso no rosto e com Cristo no coração. 

Percebemos que se realizou em nossa vida, missão e vocação o que Santo Agostinho nos diz em um de seus escritos: ‘Na procura de Deus é Ele quem se adianta e vem ao nosso encontro.’ Fomos enviados aos presídios procurando encontrar Deus em cada um dos irmãos que por nós passaram e fomos surpreendidos pelo Cristo com seu sagrado coração a nos esperar para nos acolher”.

(Wellington Tombini, Jonatas Brandão, Sulliver Rodrigues e Felipe Batista)
 



 

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