Cristãos na Nigéria: ‘corremos o risco de extermínio’

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18 de janeiro de 2020

A Igreja na Nigéria faz um forte apelo contra a violência anticristã vivida no país africano. Em um vídeo enviado à Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre, o Sacerdote nigeriano Joseph Bature Fidelis, denuncia a perseguição vivida pelos cristãos nigerianos. “Nós, cristãos na Nigéria, somos realmente perseguidos. Todos os dias nossos irmãos são mortos nas ruas”, afirmou.

Padre Fidelis manifestou sua dor e preocupação pelos cristãos de seu país e pelos quatro seminaristas do Seminário Maior Bom Pastor, em Kaduna, sequestrados, no último dia 8, por pessoas ainda não identificadas. Os seminaristas são Pius Kanwai, 19, Peter Umenukor, 23, Stephen Amos, 23, e Michael Nnadi, 18.

Segundo a Polícia local, o ataque durou cerca de meia hora. Os bandidos invadiram a casa de formação e tiveram acesso ao dormitório que abriga 268 estudantes.

EXECUÇÃO NO NATAL

A onda de violência teve início em 26 de dezembro de 2019, com a divulgação de um vídeo com a execução brutal de dez cristãos, reivindicada pelo Estado Islâmico da Província da África Ocidental.

“Desde então a situação se deteriorou”, denunciou o Padre Joseph, fazendo um forte apelo: “Peço ao governo da Itália, país onde estudei, e a todos os governos europeus para que pressionem o nosso governo a fazer algo para nos defender”.  

O sequestro de membros da Igreja com o objetivo de extorsão se tornou uma triste realidade na Nigéria, mesmo após a Conferência Episcopal local ter proibido o pagamento de resgates pela libertação de padres, religiosos e seminaristas sequestrados.

HITÓRICO DE MORTES

A Nigéria e outros países africanos têm sido palco de perseguições contra cristãos e assassinatos de religiosos. Segundo a Agência Fides, após oito anos consecutivos em que o número mais elevado de missionários assassinados foi registrado na América, a partir de 2018 tem sido a África a ocupar o primeiro lugar nesta classificação.

As agências humanitárias informam que somente na Nigéria pelo menos 30 mil civis foram mortos e 30 milhões foram deslocados desde o início da ofensiva jihadista em 2009.

‘AGENTES DAS TREVAS’

Após os assassinatos dos cristãos no Natal, o presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, muçulmano, exortou a população a não cair na armadilha de se deixar dividir entre muçulmanos e cristãos por “assassinos de massa, sem consciência, sem Deus, que maculam o nome do Islã com suas atrocidades”. “Esses agentes das trevas são inimigos de nossa comum humanidade e não pouparão nenhuma vítima, sejam muçulmanos ou cristãos”, acrescentou o mandatário.

Os cristãos lamentaram várias vezes a falta de ação do governo local para garantir a segurança e prevenir a violência contínua e massacres anticristãos.

Segundo Padre Fidelis, são necessários o apoio e a ação dos governos europeus. “Caso contrário, corremos o risco de extermínio. O nosso povo sofre muito. Por favor, ajude-nos. Não fiquem calados diante deste imenso extermínio que está ocorrendo em silêncio”, afirmou o Sacerdote.

APELO DO PAPA

O Papa Francisco manifestou sua dor pelos “episódios de violência contra pessoas inocentes, entre as quais muitos cristãos perseguidos e mortos pela sua fidelidade ao Evangelho”. Durante seu discurso ao Corpo Diplomático, no dia 9, o Pontífice exortou a comunidade internacional a apoiar os esforços que estes países estão a fazer na luta para derrotar o flagelo do terrorismo, que está a cobrir de sangue partes cada vez mais extensas da África, bem como outras regiões do mundo.

“É necessário que se implementem estratégias que incluam intervenções não só no campo da segurança, mas também na redução da pobreza, na melhoria do sistema de saúde, no desenvolvimento e na assistência humanitária, na promoção da boa governança e dos direitos civis. Tais são os pilares dum real desenvolvimento social”, ressaltou o Santo Padre.

(Com informações de Vatican News, Agencia Fides e SIR)

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Jesus nos ensina a ir ao encontro dos enfermos

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12 de julho de 2019

Os 52 seminaristas da Arquidiocese de São Paulo estiveram espalhados, entre 30 de junho e 8 de julho, pelas seis regiões episcopais na Missão de Férias. Além das paróquias, os missionários acompanharam agentes de pastorais, participaram de ações evangelizadoras e vivenciaram as chamadas realidades de fronteira, com a Pastoral Carcerária, a Pastoral do Menor e a Pastoral do Povo da Rua.    


Uma das realidades visitadas foi a Capelania do Hospital Heliópolis, na zona Sul, que acolheu os seminaristas Lucas Martinez, Pedro Paulo Funari, Wellington dos Santos e Yago Ferreira. Pela manhã, os seminaristas visitavam e rezavam com os doentes, e no período da tarde, interagiam com famílias no bairro de Cidade Nova Heliópolis, na área de abrangência da Paróquia Santa Paulina, na Região Ipiranga. 


Uma missa realizada na sexta-feira, 5, no Centro de Quimioterapia do Hospital Heliópolis, marcou o encerramento da Missão dos seminaristas no local. A Capelania realiza, há sete anos no local, um serviço de humanização e espiritualidade e, atualmente, possui um trabalho ecumênico que conta com voluntários católicos e evangélicos, coordenados pelo Padre José Lino Mota Freire, Capelão. A Capelania também conta com uma equipe da Pastoral da Saúde. 

APOIO ESPIRITUAL 
Meire Angela Achkar Bonetti, coordenadora do Centro Integrado de Humanização, foi quem acolheu a proposta da Capelania em 2012, nomeada de “projeto de humanização e espiritualidade”, e fez com que chegasse aos diretores da unidade hospitalar, os quais demostram grande apoio ao projeto até hoje. Dom Tomé Ferreira da Silva, à época Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga, foi quem direcionou o pedido ao Padre José Lino.


“Com a Capelania, nós temos um trabalho voltado para a espiritualidade, o que sempre vai, de alguma forma, melhorar a atmosfera hospitalar, pois sabemos que é um ambiente de pessoas que estão fragilizadas e precisando de um apoio. Todo o apoio físico, psicológico e social nós oferecemos, mas essa força espiritual é muito importante”, disse Meire Angela à reportagem.

FORÇA NA FRAGILIDADE 
“É muito edificante ver a abertura das pessoas e dos funcionários e o desejo muito grande de Cristo que está no coração de todas as pessoas. Nós não viemos fazer uma assistência social ou trazer um conforto mundano às pessoas. Nós viemos trazer Cristo e encontramos uma abertura muito bonita de todos e uma força interior muito forte mesmo em meio à doença”, afirmou o seminarista Pedro Paulo.


O Evangelho proclamado para os doentes na missa de encerramento, em que Jesus utiliza da misericórdia com os pecadores e diz ir ao encontro dos doentes, também ficou marcado para os seminaristas, que frisaram a importância da missão para formação sacerdotal. 


“É muito edificante encontrar pessoas doentes, com câncer e outras enfermidades, com a fé tão fortalecida e revigorada. Nós viemos aqui nos propondo a trazer  Jesus e acabamos recebendo, de cada um deles, um pouco de Jesus”, concluiu o seminarista Wellington dos Santos.

ORAÇÃO E AÇÃO
Entre as visitas realizadas pelos seminaristas junto à Pastoral Carcerária, aconteceu uma ao Centro de Detenção Provisória de Franco da Rocha (SP). O Centro não está na área de abrangência da Arquidiocese de São Paulo, mas da Diocese de Bragança Paulista (SP), que, segundo informaram os seminaristas, não mantém qualquer trabalho de evangelização na unidade.


“Conhecemos o local do castigo, ou seja, a solitária, para onde os presos são enviados quando cometem alguma irregularidade. Tivemos dificuldades para entrar, mas depois que conseguimos o acesso, vimos que é uma situação bem precária. Durante as visitas, muitos vieram falar conosco na gaiola [local em que o acesso é restrito, pois contém grades e telas], e reclamaram do frio, porque não tinham agasalho, nem colchões suficientes”, contou o seminarista Douglas da Silva Gonzaga


Além disso, os missionários salientaram que a Pastoral Carcerária é bem quista pelas pessoas em situação de cárcere porque atua para atender às suas necessidades. “A Igreja Católica é a única que faz as visitas durante a semana no horário em que fomos. São realizados momentos de oração e leitura da Palavra, mas também de assistência social”, continuou Douglas. Ele falou ainda sobre o trabalho da Pastoral para ajudar as pessoas, sobretudo as mulheres, que, ao deixarem os centros de detenção, por não terem família, ficam sem ter para onde ir. (Por Nayá Fernandes)
 

JUNTOS AOS IRMÃOS EM SITUAÇÃO DE RUA

Os seminaristas Alex Paulo, Celso Ricardo, Dêvisson Luan Dias e Jonathan Gasques foram enviados à Missão Belém, para estar com o povo em situação de rua e viver sua realidade. Nos três primeiros dias, a Missão aconteceu na região central de São Paulo (Praça da Sé, Parque Dom Pedro II, Anhangabaú e Glicério) e também na região da Cracolândia. 


“Fizemos uma experiência de viver como os pobres, para os pobres e com os pobres, experimentando o acontecimento de Belém, como aquele vivido pelo Verbo Encarnado, Jesus, em meio à pobreza. Cerca de 60 irmãos em situação de rua foram acolhidos nas casas da Missão Belém durante esses três primeiros dias”, contou Dêvisson. 


Nos dias seguintes, os seminaristas visitaram os sítios de acolhida (São Miguel Arcanjo e Rainha da Paz) da Missão Belém. “Vimos que os irmãos transformam os ambientes das casas em lugares muito aconchegantes e com clima de uma verdadeira família. Há também muitos idosos que são acolhidos e recebem dos missionários o carinho, a atenção, a oração e os sorrisos necessários para viver a velhice com dignidade”, disse Dêvisson. (NF)

DEIXAI VIR A MIM OS PEQUENINOS

Junto à Pastoral do Menor da Arquidiocese de São Paulo, durante a Missão de Férias, os seminaristas mantiveram o foco da missão no contato com alguns projetos sociais apoiados pela Arquidiocese de São Paulo e mantidos pelo Centro Social Nossa Senhora do Bom Parto. Divididos em várias unidades, os centros acolhem crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade e os ajudam por meio de atendimento em creches, cursos profissionalizantes, escolas e abrigo para crianças especiais e que sofreram maus tratos. 
Os seminaristas estiveram também nas unidades da Fundação Casa Masculina, localizada no bairro do Brás, e na Fundação Casa feminina, na Mooca. Música, meditação da Palavra de Deus e atividades como vôlei e futebol fizeram parte da programação. (NF)

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Seminaristas anunciam o Evangelho no Cambuci

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12 de julho de 2019

Os seminaristas da Arquidiocese de São Paulo Gabriel dos Santos (do Propedêutico), Gabriel de Oliveira e Leonardo de Oliveira (ambos da Filosofia) e Eldino José (da Teologia) estiveram em Missão de Férias na Paróquia Nossa Senhora dos Remédios, no bairro do Cambuci, no Setor Pastoral Aclimação.
A Missão teve início em 29 de junho, quando os seminaristas foram acolhidos e participaram da missa presidida pelo Padre Ricardo Cardoso Anacleto, Pároco, durante a qual foram enviados para anunciar o evangelho de Cristo no território da Paróquia. 
Ao longo dos dias de Missão, eles colaboraram na festa junina paroquial, que foi prestigiada por Dom Eduardo Vieira dos Santos, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Sé.
Durante a semana, os seminaristas evangelizaram por meio de visitas e orações pelas ruas, casas, lares de repouso para idosos, creches, entre outros lugares. 
 

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‘Este é nosso campo de missão’, afirma Cardeal Scherer

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12 de julho de 2019

                                                                                                                                                           

Na segunda-feira, 8, aconteceu a avaliação da Missão de Férias dos seminaristas da Arquidiocese de São Paulo, no Seminário de Teologia Bom Pastor, no Ipiranga. Participaram do encontro os seminaristas, formadores, padres e leigos que acolheram os grupos de missionários, além do Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano. 
Os representantes dos 11 grupos partilharam as experiências vividas ao longo da semana e destacaram as dificuldades e os aprendizados no contato com as variadas realidades pastorais da cidade. 

PÁRÓQUIAS
Ao relatarem as visitas feitas às casas, os seminaristas chamaram a atenção para o grande número de idosos e enfermos que vivem na cidade, muitas vezes sozinhos. Ao mesmo tempo, os missionários se depararam com testemunhos de amor de familiares que se sacrificam para cuidar dessas pessoas. 
Outro aspecto salientado pelos estudantes foi a receptividade dessas famílias, que abriram suas casas para acolhê-
-los e rezar com eles. Em muitos casos, encontraram pessoas que se afastaram da Igreja Católica por motivos banais, mas que ainda cultivam profunda fé e estão necessitadas apenas de uma palavra de carinho para que se interessem em retornar para a comunidade. 
Além de visitarem as casas, os seminaristas conheceram mais de perto as iniciativas pastorais das paróquias, realizaram encontros de formação, conheceram os desafios dos párocos no pastoreio das comunidades e participaram de momentos de oração e convívio fraterno com os fiéis. 

FRONTEIRA 
Os missionários que acompanharam os trabalhos do Hospital Heliópolis e das pastorais do Menor, Carcerária e do Povo da Rua compartilharam a experiência, para muitos inédita, com realidades de vulnerabilidade social na cidade. 
Na maioria dos relatos, os seminaristas enfatizaram o papel essencial da Igreja nessas realidades. De igual modo, os estudantes chamaram a atenção para a dedicação e abnegação de leigos, sacerdotes e religiosos que se dedicam integralmente ao serviço da caridade às pessoas que sofrem. 
Os missionários enfatizaram, ainda, o número insuficiente de agentes para atender a grande demanda de pessoas que necessitam de assistência espiritual e pastoral nessas realidades de fronteira. Outro aspecto ressaltado pelos seminaristas foi a necessidade do despertar de consciência sobre a responsabilidade da sociedade para enfrentar os problemas sociais urgentes da cidade. 

RENOVAÇÃO MISSIONÁRIA
“Vocês fizeram o que os discípulos fizeram ao voltar da missão, contaram a Jesus as experiencias que viveram”, afirmou Dom Odilo, após ouvir todos os relatos. 
O Cardeal ressaltou que a semana missionária é uma grande oportunidade de os futuros padres da Arquidiocese conhecerem a realidade social, humana e religiosa da cidade. “Este é o nosso campo de missão, é para isso que vocês estão se preparando”, disse. “Com o passar dos anos, vocês terão um mosaico das realidades de nossa Arquidiocese. Esse é o objetivo dessa experiência missionária”, continuou. 
Ainda segundo o Arcebispo, os missionários não só tomaram contato com experiências positivas, como também com exemplos negativos que os ajudarão a discernir sobre a melhor maneira de agir quando forem sacerdotes. Isso ganha um significado especial no contexto do sínodo arquidiocesano de São Paulo, que tem como objetivo a conversão e renovação missionaria da Igreja na cidade.

COLABORAÇÃO DAS COMUNIDADES
Aos leigos que acompanharam os seminaristas na missão, Dom Odilo dirigiu um especial agradecimento, enfatizando que eles também colaboram no processo formativo dos futuros padres com seus exemplos e percepções da realidade pastoral em que estão inseridos. 
Os padres que acolheram os missionários ressaltaram o quanto a presença dos seminaristas foi positiva para as comunidades e pastorais. “É muito gratificante saber que nossos paroquianos puderam sentir que ajudam na formação dos seminaristas ao acompanhá-los na missão”, destacou o Padre Rafael Alves Pereira Vicente, Pároco da Paróquia Cristo Rei, na Região Brasilândia. 
Padre Gilson Frank dos Reis, da Missão Belém, enfatizou que a experiência de encontro com a população em situação de rua permitiu que os seminaristas vissem essa realidade sob uma nova perspectiva. “A população de rua, muitas vezes, é invisível aos olhos das pessoas. A partir do momento que nos aproximamos dela e conhecemos suas histórias, nós nos tornamos sacerdotes mais sensíveis a essa realidade e ajudamos o povo a enxergar esses irmãos que necessitam da nossa atenção e cuidado”, disse. 
Padre Ricardo Cardoso Anacleto, Pároco da Paróquia Nossa Senhora dos Remédios, na Região Sé, definiu a experiência missionária como surpreendente. Ele explicou que o território de sua Paróquia é marcado por um grande contraste social, com a presença de pessoas com poder aquisitivo elevado e, ao mesmo tempo, outras em situação de extrema pobreza. Na avaliação do Sacerdote, isso reflete a realidade de muitas paróquias da Arquidiocese e permite aos seminaristas uma experiência do desafio cotidiano dos párocos e fiéis das comunidades. 

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Em missão, seminaristas são enviados a diferentes realidades da cidade

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04 de julho de 2019

Os seminaristas da Arquidiocese de São Paulo foram enviados no domingo, 30 de junho, pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, para a Missão de Férias. Até o próximo dia 7, os seminaristas estarão espalhados pelas seis regiões episcopais e também atuarão nas pastorais do Menor, Carcerária e do Povo da Rua, para uma intensa vivência missionária.  
“Estamos enviando os seminaristas para participar de nossa Semana Missionária da Arquidiocese de São Paulo, para uma experiência que estamos realizando há vários anos e que se mostra bonita e frutuosa também para a formação dos futuros sacerdotes. Peço a todos a constante oração, apoio e incentivo aos seminaristas, para que eles possam realizar bem a sua formação e a sua missão”, disse Dom Odilo, na bênção de envio aos seminaristas. 

ESPÍRITO MISSIONÁRIO 
Uma das metas da Missão de Férias dos seminaristas é despertar nas paróquias e outras estruturas da Arquidiocese um espírito missionário capaz de impulsionar a ação evangelizadora e missionária da Igreja na metrópole e propiciar aos futuros sacerdotes uma experiência de pastoral urbana missionária, para prepará-los à evangelização na cidade.
No total, divididos em grupos, 52 seminaristas das casas de formação da Teologia, Filosofia e Propedêutico estarão em missão nas Paróquias São José (Região Lapa), Santo Antônio (Região Ipiranga), Nossa Senhora das Dores (Região Santana), Imaculada Conceição (Região Belém), Cristo Rei (Região Brasilândia) e Nossa Senhora dos Remédios (Região Sé), escolhidas para a Missão de Férias este ano.  
Ao longo da semana, os seminaristas, acompanhados de agentes pastorais, vão participar de ações de evangelização e conhecer as chamadas realidades de fronteira, como a dos cárceres, com a Pastoral Carcerária; dos projetos sociais assistidos pela Pastoral do Menor; e das principais dificuldades dos que vivem nas ruas, com a Pastoral do Povo da Rua.    

ESPíRiTO EVANGÉLICO 
Os missionários são chamados a escutar, com atenção e espírito evangélico, o que as pessoas visitadas falam. Também devem se informar sobre as atividades da paróquia, conversar sobre a realidade de cada família e os desafios do bairro e motivar a oração e a reflexão da Palavra de Deus.
Pessoas doentes, desempregadas, vítimas de violência, solitárias e marginalizadas receberão atenção especial dos seminaristas, assim como aquelas que estão afastadas do convívio da comunidade de fé. 
Periodicamente, após cada dia de visita, os seminaristas avaliam as atividades realizadas, refletem sobre as realidades encontradas e a maneira como a Igreja pode se fazer mais presente aos moradores de cada bairro. A Missão de Férias dos seminaristas será concluída na manhã da segunda-feira, 8, no Seminário de Teologia Bom Pastor, com um encontro avaliativo sobre todas as atividades realizadas e a celebração de missa, com a presença do Cardeal Odilo Scherer.

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‘Ser aquele que serve imitando Jesus’

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09 de janeiro de 2019

Aos 37 anos, o quinto dos 13 filhos do casal Rosa Ferreira da Silva e Cirilo Costa da Silva foi ordenado diácono em 15 de dezembro, na Catedral da Sé, pela imposição das mãos do Cardeal Odilo Pedro Scherer.

“Minha família achava impossível ter alguém que pudesse ser padre na família, por vários motivos, entre esses a pobreza”, recordou o Diácono Francisco Ferreira da Silva.

ORIGENS E VOCAÇÃO

Francisco nasceu e foi criado na cidade de Venha-Ver, no Rio Grande do Norte, e conta que desde os 10 anos de idade sentiu-se chamado à vida sacerdotal. Ele deve ser ordenado padre em 2019.

“Na época, eu admirava o trabalho do padre Gilseppe Caldeira, no qual senti um grande impulso para seguir minha caminhada. Em 1998, viajei para São Paulo, onde terminei o Ensino Fundamental e procurei a Pastoral Vocacional da Arquidiocese de São Paulo. Fui acompanhado, aprovado e com grande apoio do Padre Pasquale Priolo, da minha Paróquia de origem [San Gennaro, no bairro da Mooca], cursei Filosofia, de 2004 a 2006”, detalha.

Francisco permaneceu por um tempo fora do seminário, período em que disse ter repensado a vocação. “Retornei em 2013 para o Propedêutico, em 2014 fui aprovado para continuar”, recorda.

EXPERIÊNCIA COM CRISTO

O Diácono conta que em sua trajetória vocacional sempre teve o apoio da família e dos padres por onde passou realizando trabalhos pastorais: “Foi uma longa caminhada, com altos e baixos. Seguindo os ensinamentos de Jesus, estou vencendo. Como meu lema reza, quando fiz a experiência do encontro com Jesus, senti que Ele é a verdade e quem crer n`Ele vivencia a liberdade verdadeira”.

Para Francisco, “ser diácono significa ser aquele que serve imitando Jesus, que se fez servidor de todos. Pretendo exercer segundo os ensinamentos da Igreja fazendo e realizando as tarefas que são próprias do diácono: administrar o Batismo, distribuir a comunhão, assistir e abençoar o Matrimônio em nome da Igreja, visitar e levar a comunhão aos doentes, e, sobretudo, viver o ofício da caridade”, conclui.

 

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‘Espero ajudar para que outras pessoas possam conhecer Jesus Cristo’

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04 de janeiro de 2019

Como muitos jovens católicos, Carlos André Romualdo participava ativamente das atividades na igreja que frequentava, a Paróquia Espírito Santo, na Região Episcopal Brasilândia, especialmente nas pastorais dos cerimoniários e da Catequese.

Em 2008, incentivado pelo Padre Jaime Estevão Gomes, então pároco, Carlos André participou de encontros de discernimento vocacional e no ano seguinte, após a aprovação da Pastoral Vocacional, ingressou no Seminário Propedêutico Nossa Senhora da Assunção.

Carlos André foi ordenado diácono pela imposição das mãos do Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, em 15 de dezembro, na Catedral, após uma longa e frutuosa etapa de preparação.

TRAJETÓRIA FORMATIVA

Seguindo o itinerário dos seminaristas da Arquidiocese, entre 2010 e 2012, Carlos André morou no Seminário de Filosofia Santo Cura D´Ars, e entre 2013 e 2016, no Seminário de Teologia Bom Pastor.

Entre março de 2017 e março de 2018, morou na Fazenda da Esperança, em Guaratinguetá (SP), e no retorno a São Paulo foi reintegrado ao Seminário de Teologia, onde teve continuidade o seu processo formativo.

O novo diácono tem como lema “Somos salvos na esperança” (Rm 8,24), inspirado em uma meditação sobre a virtude teologal da Esperança. “Na Fazenda, pude fazer um grande ‘mergulho’ no carisma da Esperança. Pude ‘beber’ do testemunho do Frei Hans e Nelson, fundadores da Fazendas da Esperança”, afirma.

A caminho da ordenação sacerdotal, que deve ocorrer em 2019, o Diácono Carlo André já sabe sobre como vivenciará o ministério diaconal: “Com a tônica do serviço, sobretudo no que concerne à ajuda para que outras pessoas possam conhecer Jesus Cristo”.

 

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Diáconos para servir o povo de Deus

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10 de dezembro de 2018

“Respondendo e compondo, com nossas vidas, o maravilhoso e divino desenho que Deus traçou para cada um de nós em vista do bem de todos, temos a alegria de convidá-los para a Celebração Eucarística na qual seremos ordenados diáconos.” 

A mensagem acima faz parte do convite para a ordenação diaconal que acontecerá no sábado, 15, às 15h, na Catedral da Sé e será presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer. Serão ordenados oito diáconos permanentes e quatro seminaristas, que posteriormente também serão ordenados sacerdotes.

 

VOCAÇÕES

Antonio Monge, 54, é da Paróquia Assunção de Nossa Senhora, na Região Episcopal Sé. Casado há 25 anos com Flavia Bresciani e pai de Susanna e Giovanna Bresciani, Antonio, ainda jovem, rezou, pedindo a Nossa Senhora que sua vida não fosse uma folha em branco. Aos 16 anos, buscando descobrir sua vocação, escreveu uma carta à fundadora do Movimento dos Focolares, Chiara Lubich, na Itália. “Qual minha surpresa, ao receber uma resposta, na qual ela gentilmente me respondeu, clareando meu caminho.”, contou Antonio à reportagem do O SÃO PAULO

Aos 49 anos, Edson Francisco Breda é membro da Paróquia Nossa Senhora de Loreto, na Região Episcopal Santana. Casado há 25 anos com Kelly Cristina Breda e pai de Edson Francisco, Emerson Francisco e Stefani Breda, disse que, desde jovem, gostava de estudar Teologia e, após os 40 anos, decidiu ingressar na academia para fazer graduação na PUC-SP. “Este meu interesse pela Teologia quando jovem já era uma manifestação sobrenatural da ação do Espírito Santo, um chamamento para servir mais e melhor”, afirmou. 

Sérgio Vlainich, 63, é da Paróquia São Carlos Borromeu, na Região Episcopal Ipiranga. Casado com Angela Gomes Vlainich há 36 anos e pai do Felipe Vlainich, Sérgio começou seu caminho vocacional a partir da preparação para a primeira Eucaristia do filho. “Fomos convidados para participar da equipe do Batismo, na qual estamos há 16 anos.”

 

SERVIÇO

Para Edson Chagas Venceslau da Silva, 59, casado há 36 anos com Viviane Moser Chagas da Silva e pai da Talita, do Diogo e da Bárbara, para ser diácono “é preciso ter um coração dócil, para viver e testemunhar com a vida aquilo que se prega”. Ele participa da Comunidade Cristo Ressuscitado, pertencente a Paróquia Nossa Senhora Aparecida de Vila Souza, na Região Episcopal Brasilândia.

Para Geneval Candido da Silva, 71, da Paróquia Cristo Libertador, na Região Episcopal Brasilândia, o diaconato é o dom de Deus para o exercício da vida. “O diácono é apóstolo de Cristo humilde, manso e servidor”, disse o esposo de Durvalina Antônio e pai de Maicon Candido.

Marcelo dos Reis, 47, pertence à Paróquia Nossa Senhora da Candelária, na Região Episcopal Santana, é casado há 26 anos com Antonia Gomes da Silva Reis, participa do Encontro de Casais com Cristo e é Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão. “O diaconato para mim será sinônimo de servir o povo de Deus em tudo que for necessário. Que eu possa ser digno de exercer este ministério aonde Deus me enviar”, disse. 

Norberto Celestino Pereira é bacharel em Direito e participa da Paróquia São Roque, na Região Episcopal Santana. Ele sempre esteve entrosado em movimentos paroquiais, com objetivo missionário e foi apresentado à Escola Diaconal São José. “O exercício diaconal é estar disponível a serviço da Palavra, da liturgia e da caridade”, afirmou. 

Welton Tadeu Marcondes de Oliveira Santos, 42, é casado com Lílian Motta Santos e pai de quatro filhos: Luana, Lucas, Letícia e Larissa. Atualmente, participa da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, na Região Episcopal Santana. “Nossos filhos são coroinhas e nós catequistas e Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão. Após um período de discernimento e incentivado pela minha esposa, procurei o pároco, que me encaminhou para a Escola Diaconal. Como diácono permanente, casado, pai de família e no meio em que vivo, sinto que devo ser sinal da presença do Cristo Servo, servindo os irmãos”, enfatizou.

 

SEMINARISTAS

Carlos André Romualdo tem 29 anos e sua Paróquia de origem, ou seja, onde participava quando se sentiu chamado por Deus para a vida sacerdotal, é a Paróquia Espírito Santo, na Região Episcopal Brasilândia. “Para mim, a tônica com a qual poderei me valer quando penso no exercício do ministério diaconal é a do serviço, sobretudo no que refere à ajuda para que outras pessoas possam conhecer a pessoa de Jesus Cristo.” 

Francisco Ferreira da Silva, por sua vez, tem 37 anos e sua Paróquia de origem é a São Januário, localizada no bairro da Mooca. Natural da cidade de Venha Ver (RN), filho de Rosa Ferreira da Silva e Cirilo Costa da Silva, ele veio de uma família numerosa de 13 irmãos. “Desde os 10 anos de idade já me senti chamado a seguir de uma forma mais concreta o chamado de Deus; a princípio, minha família achava impossível ter alguém que pudesse ser padre na família, por vários motivos, entre eles a pobreza. Em 1998, em viagem pra São Paulo, procurei a Pastoral Vocacional da Arquidiocese, fui acompanhado, aprovado e hoje estou terminando a Teologia. Ser diácono pra mim significa ser aquele que serve imitando Jesus, que se fez servidor de todos”, disse Francisco. 

Mineiro de Poços de Caldas (MG), Hernane Santos Módena tem 40 anos e ingressou no Seminário da Arquidiocese de São Paulo em 2014: “Acredito que a semente da vocação sempre esteve plantada no meu ser. Foram muitos os amigos, entre sacerdotes e leigos, que ajudaram a regá-la para que ela germinasse e crescesse. Tenho uma profunda gratidão à minha família, à Igreja, aos formadores, amigos, benfeitores, às comunidades paroquiais que me acolheram para o estágio pastoral, e a todo povo de Deus, que me ajudou a ser um cristão melhor, e a me preparar para o exercício do ministério do diaconato.” 

Luiz Carlos Ferreira Tose Filho nasceu no bairro Jardim Tremembé, na zona Norte de São Paulo. Aos 29 anos, o jovem disse à reortagem que o período do seminário é de grande importância. “É um tempo de preparação e de discernimento maior sobre a vocação. No decorrer desses anos, trabalhei em algumas paróquias e fiz missão em diversas realidades. E chegando no município de Venha Ver (RN) neste ano de 2018, fui aprovado para a ordenação diaconal. Quero colocar minha vocação à disposição para bem servir o Povo de Deus”, continuou.

 

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Dom Odilo confere ministérios de Leitor e Acólito a 5 seminaristas

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09 de agosto de 2018

No sábado, 4, na memória litúrgica de São João Maria Vianney, Patrono dos Sacerdotes, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, presidiu missa na Vila Brasilândia, e conferiu os ministérios de Leitor e Acólito a cinco seminaristas. 

A celebração foi realizada na quadra da Escola Estadual Martin Egídio Damy, nas imediações da igreja-matriz da Paróquia Espírito Santo, na Região Brasilândia. A missa também marcou o início do mês dedicado às vocações no Brasil, cujo primeiro domingo recorda a vocação para os ministérios ordenados. 

Padres que atuam como formadores no Seminário Arquidiocesano concelebraram, dentre eles o Padre Messias de Moraes Ferreira, Coordenador da Pastoral Vocacional; Padre Cícero Alves de França, Reitor do Seminário de Teologia Bom Pastor; Padre Frank Antônio de Almeida, Reitor do Seminário de Filosofia Santo Cura D’Ars; e Padre José Adeildo Pereira Machado, Reitor do Seminário Propedêutico Nossa Senhora da Assunção.

 

CHAMADOS AO SERVIÇO

O ministério de Leitor (Leitorato) foi conferido aos seminaristas Claudinês Venancio da Silva e Felipe Batista da Silva. Já aos seminaristas Álvaro Moreira Gonçalves, Francisco Ferreira da Silva e Sulliver Rodrigues do Prado, foi conferido o ministério de Acólito (Acolitato). No processo formativo dos candidatos ao sacerdócio, esses ministérios antecedem a ordenação diaconal.

“A grande importância do Leitorato é que esse ministério é uma confirmação da Igreja para conosco, rumo aquilo que esperamos, que é o sacerdócio. Para mim, é algo muito marcante esse primeiro ministério. Eu me senti como uma pessoa comprometida a anunciar verdadeiramente o Evangelho da Salvação”, disse o seminarista Felipe Batista da Silva, em entrevista ao O SÃO PAULO.

Na homilia, Dom Odilo explicou que os ministérios recebidos pelos seminaristas são um primeiro chamado ao serviço: “A Igreja, por meio deste rito, confere aos que se preparam para o sacerdócio aquilo que será sua vida e missão: o ministério de Leitor para cuidar do anúncio da Palavra, da Catequese, da formação e da fé do povo de Deus; o ministério de Acólito para preparar a celebração da Eucaristia. Eles recebem da Igreja essa missão que depois se liga à vida sacerdotal.”

“Recebendo o Acolitato, sou convidado de modo especial a participar do mistério da Igreja, que tem como fonte inesgotável a Eucaristia, que sustenta o povo de Deus. Estou consciente da responsabilidade de auxiliar os presbíteros e os diáconos no desempenho das funções na Igreja de Jesus Cristo.”, afirmou à reportagem o seminarista Francisco Ferreira da Silva.

 

CULTIVAR A VOCAÇÃO 

Tradicionalmente, o rito de instituição de leitores e acólitos é realizado na Catedral da Sé. Segundo o Cardeal, este ano a Paróquia Espirito Santo, na Região Episcopal Brasilândia, foi escolhida para que o povo acompanhe de perto a preparação para o sacerdócio e se interesse pelo mês dedicado à oração pelas vocações, pois “os padres vêm da nossas comunidades, das nossas familias e das nossas paróquias”, afirmou.

“A vocação é como uma chama pequenina que se acende, que precisa ser cultivada para não apagar, como uma planta que nasce, que precisa ser cultivada para não morrer. A vocação é um chamado de Deus, chamado que Deus faz para o seu serviço”, apontou Dom Odilo. 

Segundo o Arcebispo Metropolitano, a família também é uma vocação e um chamado de Deus, pois são nas famílias que surgem as vocações: “Os pais precisam estar atentos para apoiar e acompanhar os filhos que por acaso despertem para o desejo de servir a Deus, sendo sacerdotes, missionários ou religiosos”, disse, afirmando, ainda, sobre a importância das famílias que cultivam a vida cristã e a fé para o despertar das vocações: “A Igreja pede que cada família seja como uma pequena igreja, uma pequena comunidade.”

 

MISSÃO SACERDOTAL  

O Arcebispo de São Paulo recordou, também, o exemplo de São João Maria Vianney, que com seu testemunho mostrou que o sacerdote precisa se aproximar mais de Deus e viver uma vida santa: “Santo cura D’Ars ajudou as pessoas a se aproximarem de Deus para também transformar a sua vida em santidade e viver uma vida santa.” 

Por fim, comentou: “Nós estamos a serviço do pão descido do céu para matar a fome do mundo, matar a fome de Deus, fome de Jesus Cristo, fome da Eucaristia e a fome de fé. Estamos a serviço dele que é o verdadeiro Pão da Eucaristia e da Palavra, pão que é Jesus que veio para matar toda fome.” 

 

(Colaborou: Jenniffer Silva)
 

 

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Regional Oeste I realiza o primeiro encontro de Formação Missionária para Seminaristas

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07 de novembro de 2017

Com o intuito de mostrar a importância da evangelização na Igreja a partir da formação dos futuros sacerdotes, o Regional Oeste I, por meio do Conselho Missionário de Seminaristas (COMISE), realizou no Seminário Maior Maria Mãe da Igreja (SEMMAI), em Campo Grande (MS), o primeiro encontro de Formação Missionária para Seminaristas (FORMISE).

O encontro teve a participação do Padre Maico Ferreira (Missionário São José), da Diocese de Três Lagoas (MS), que compartilhou com os seminaristas suas experiências e vivências missionárias. “Estar em missão, é você poder tocar na vida do outro, e, além disso, deixar ser tocado por ele, porque a riqueza do outro pode tocar quem está aberto para a missão”, disse o Padre.

Alinhado ao pedido do Papa Bento XVI onde se pede que: “[…] todos os missionários sejam preparados e formados, cada qual a sua condição, de maneira a estarem à altura das exigências do trabalho futuro”, e com o objetivo de promover uma experiência vivencial, os seminaristas realizaram uma ação missionária e visitaram duas instituições localizadas em Campo Grande: o Cotolengo e a Comunidade Católica Irmãos de Assis.

Cotolengo é uma obra iniciada por São José Benedito Cotolengo, mas propagada por São Luís Orione que tem como missão melhorar a qualidade de vida proporcionando inclusão social às pessoas com deficiência múltipla. Por sua vez, a Comunidade Católica Irmãos de Assis, tem como missão anunciar o amor que não é amado e testemunhar a alegria que vem do coração de Deus a inúmeras crianças e adolescentes.

Ao final do encontro, os seminaristas concluíram que a formação foi positiva e que encontros como este devem ocorrer com mais frequência devido a riqueza da partilha e principalmente, da ação missionária. “Em resumo, a formação missionária possibilitou uma consciência melhor sobre a evangelização.  A missão existe desde sempre na vida da Igreja e, por isso, toda a Igreja é por natureza missionária e incumbida do papel essencial de ir aos que estão longe de Cristo. Possibilitar experiências como esta aos futuros sacerdotes do nosso Regional é fundamental para formarmos padres que motivem uma Igreja em saída e em estado permanente de missão”, disse Padre Juan Diego, reitor do seminário, fazendo menção à insistente solicitação do Papa Francisco.

Como reflexão, o reitor também destacou um trecho da nova ratio fundamentalis que apresenta o caminho formativo como uma formação integral, comunitária e missionária: “Uma vez que o ‘discípulo sacerdote’ sai da comunidade cristã e a essa retorna, para servi-la e guiá-la como pastor, a formação se caracteriza naturalmente como ‘missionária’ […]. A ideia de fundo é que os Seminários possam formar discípulos missionários ‘enamorados’ do Mestre, pastores ‘com o cheiro das ovelhas’ (Papa Francisco) que vivam no meio delas para servi-las e conduzi-las à misericórdia de Deus.” (RFIS, Introdução, 3).

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