‘Olhando para o crucificado, seremos salvos e curados’

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31 de março de 2020

O Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, presidiu a missa na manhã desta terça-feira, 31, na capela de sua residência, transmitida pela rádio 9 de Julho e pelo Facebook. A partir das liturgia do dia, ele refletiu sobre o dignificado da cruz como sinal de salvação.

MURMURAÇÃO DO POVO

Dom Odilo iniciou a homilia meditando sobre a primeira leitura (Nm 21,4-9), que narra a crise de fé do povo de Israel no deserto, que começou a murmurar contra Deus, com saudades da escravidão no Egito.

“Muitas vezes, encontramo-nos no meio do deserto e entramos em crise. Este tempo de pandemia é um tempo de deserto... É tempo favorável para voltarmos para nós mesmos e pensarmos na nossa própria vida”, afirmou o Cardeal.

SERPENTE DE BRONZE

Diante da murmuração, Deus enviou contra o povo serpentes venenosas que os mordiam. Deus, então, mandou Moisés fazer uma serpente de bronze colocada sobre uma haste que, quando elevada curava aqueles que a olhavam.No Evangelho (Jo 8,21-30), Jesus faz alusão à serpente de bronze, quando, ao ser questionado pelos fariseus sobre quem era, respondeu: “Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sabereis que eu sou”.

“Jesus se refere à sua crucificação. Olhando para o crucificado, seremos salvos e curados”, afirmou Dom Odilo, convidando todos a terem um crucifixo em um lugar de destaque na casa e a terem momentos de oração e meditação diante do crucificado.

“Esse é um sinal importante das nossas casas, das nossas famílias e de nós mesmos. Como católicos, nós nos identificamos pelo crucificado. Nós somos os discípulos daquele que entregou sua vida e ressuscitou nos dando a vida nova”, acrescentou o Cardeal. 

SOLIDARIEDADE

No fim da celebração, Dom Odilo renovou seu apelo aos fiéis para que não se esqueçam das necessidades dos mais pobres, doando às paróquias alimentos e materiais de higiene pessoal para que sejam distribuídos ás famílias carentes.

O Cardeal também recomendou aos católicos que continuem ajudando suas paróquias e comunidades por meio de dízimo e ofertas. Nesse período as igrejas estão fechadas, as paróquias precisam cobris suas despesas fixas, como contas, manutenção e o salário de funcionários. “Continue a oferecer o seu dízimo, a sua ajuda para que as paróquias e comunidades possam continuar a viver e a exercer a sua missão”, concluiu.

As missas presididas por Dom Odilo são transmitidas diariamente, às 7h, pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

(Colaboraram: Edilma Oliveira e Fred Oliveira)

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‘Deus não quer a morte do pecador, mas que ele mude de vida’

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30 de março de 2020

A misericórdia de Deus e o convite à conversão foram os destaques da liturgia da missa desta segunda-feira, 30, presisida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, na capela de sua residência e transmitida pela rádio 9 de Julho de pela página da Arquidiocese no Facebook.

Na homilia, Dom Odilo destacou que as leituras do dia apresenta duas mulheres e a atitude de Deus em favor delas. Na primeira leitura, da Profecia de Daniel (13,41c-62) a jovem Susana é acusada injustamente de ter cometido um ato impuro, sendo condenada a morte, e o profeta Daniel ergue sua voz seu favor e  demonstra a injustiça cometida e a salva.

“Levantar a voz significa não compartilhar com a injustiça. Onde existe condenação injusta, nós devemos sempre erguer nossa voz. Daniel gritou e a verdade apareceu e, assim, a inocente foi salva e os culpados condenados”, afirmou o Cardeal.

A MULHER ADÚLTERA

Já o Evangelho (Jo 8,1-11) mostra a mulher adúltera que foi salva por Jesus do apedrejamento. Quando interrogado sobre sua opinião, o Senhor respondeu: “Quem dentre vós não tiver pecado, seja o primeiro a atirar-lhe uma pedra”. “E o texto diz que os acusadores começam a se retirar um após o outro, a começar dos mais velhos”, destacou o Arcebispo.

Jesus volta-se à mulher e diz “vá e de agora em diante não peques mais”. “Essa é a palavra da misericórdia. Houve pecado, porém Deus não quer a morte do pecador, mas que ele mude de vida. Deus não quer que morramos no nosso pecado, mas que nos convertamos e vivamos”, ressaltou Dom Odilo.  

RECONCILIAÇÃO

O Cardeal convidou todos a fazerem uma revisão de vida, reconhecerem os pecados e pedirem o perdão a Deus. Reconhecendo a impossibilidade da maioria dos fiéis de celebrarem o sacramento da Reconciliação, devido às recomendações de isolamento social para conter a pandemia, Dom Odilo recordou o que ensina a doutrina da Igreja a esse respeito.

“Quando é impossível se confessar, procure se colocar-se diante de Deus, em oração, arrepender-se, reconhecer os próprios pecados, renovar o propósito de levar uma vida santa, conforme os mandamentos e as bem-aventuranças, fazer penitência pelos nossos pecados e continuar a vida até que possamos novamente nos confessar”, orientou.

ATENÇÃO AO IDOSOS

Como tem feito todos os dias, no fim da missa, o Arcebispo reforçou seu pedido para que sejam seguidas as recomendações das autoridades para procurar ficar em casa, especialmente as pessoas idosas e consideradas dos grupo de risco para desenvolver a forma grave do COVID-19.

Ainda em relação aos idosos, Dom Odilo pediu que todos procurem ajudá-los em suas necessidades, para que não precisem sair de suas casas. “Vamos nos ajudar a assim evitar que as pessoas sejam contagiadas”, recomendou.

DOMINGO DE RAMOS

Por fim, O Cardeal recordou que no próximo domingo a Igreja celebra o Domingo de Ramos, abrindo a Semana Santa. Contudo, este ano, essas celebrações não acontecerão com a presença de fiéis.

Por isso, Dom Odilo pediu às pessoas acompanhem a celebração pelos meios de comunicação, em família, e manifestem sua sua participação colocando um ramo verde na porta de suas casas, mesmo que não sejam abençoados. “É o sinal de que somos católicos e estamos unidos na celebração da Semana Santa, aclamamos Jesus Cristo, nosso Senhor e Salvador”, afirmou.

As missas presididas por Dom Odilo são transmitidas diariamente, às 7h, pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

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'Cada uma olhe para sua comunidade e se sinta parte dela'

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28 de março de 2020

Neste sábado da 4ª semana da Quaresma, 28, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a eucaristia na capela de sua residência, transmitida pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

Na homilia, Dom Odilo refletiu sobre o trecho do Evangelho de São João (7, 40-53), que mostra as discussão em torno de quem era Jesus. “Uns acreditam nele, outro começaram a questionar. É um pouco do que continua acontecendo hoje. Jesus ainda mexe com as consciências, com as posições de cada um, tira-nos todos de nossa posição de conforto”, afirmou o Cardeal. 

O Arcebispo ressaltou que o tempo quaresmal é a oportunidade de cada cristão rever a sua posição em relação a Jesus Cristo. “Qual é nossa posição diante de Jesus? Deixemos que sua pessoa, seu exemplo e sua palavra nos questione, quando fala das questões mais eternas e mais profundas”, exortou.

FÉ DA IGREJA

Dom Odilo lembrou ainda, que o testemunho da Igreja, desde os apóstolos, é referência para crer em Jesus como verdadeiro Deus e verdadeiro homem.

Nesse sentido, o Cardeal recomendou a leitura do Catecismo da Igreja Católica como uma das principais fontes para aprofundar o conhecimento da fé professada pela Igreja.

“Acompanhemos bem este tempo precioso da Quaresma, em que Deus se manifesta próximo e nos dá sua palavra em abundância, para que possamos reconhecer os seus caminhos de misericórdia, bondade e salvação”, afirmou o Arcebispo.

ORAÇÃO PELOS DOENTES

No fim da missa, Dom Odilo transmitiu sua bênção a todos os doentes e àqueles que cuidam deles. “Estamos todos preocupados com aqueles que já estão doentes e que poderão ficar enfermos. Por isso, devemos nos cuidar. Cuidemos uns dos outros, continuemos a levar a sério as recomendações das autoridades”, acrescentou.

O Arcebispo renovou seu apelo para que os fiéis continuem a viver a Quaresma de uma forma nova, mantendo-se unidos à Igreja. “A Igreja está mais ativa do que nunca, mesmo que não seja presencialmente”, afirmou o Cardeal, recordando, como exemplo, o momento de oração conduzido pelo Papa Francisco nesta sexta-feira, no Vaticano. “Mesmo com a Praça São Pedro vazia, todos estávamos unidos, acompanhando pelo meios de comunicação”, destacou.

UNIDOS À COMUNIDADE

Dom Odilo novamente recomendou que o povo se mantenha unido espiritualmente às suas paróquias, mas também esteja atento às suas necessidades materiais.

“O mundo está preocupado com as questões econômicas e nós também estamos preocupados com como iremos pagar as despesas fixas que continuam. Cada paróquia está se organizando para que cada paroquiano possa continuar a doar o seu dizimo. Cada uma olhe para sua comunidade e se sinta parte dela”, ressaltou o Cardeal.

De igual modo, o Arcebispo recordou as necessidades das instituições da Igreja que promovem o serviço da caridade. “Temos muitas obras que precisam do apoio para continuarem cuidando dos muitos pobres de nossa cidade”, concluiu.  

 As missas presididas por Dom Odilo são transmitidas diariamente, às 7h, pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

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‘As misericórdias de Deus são sempre novas, não acabam nunca’

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27 de março de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, presidiu na manhã desta quinta-feira, 27, na 4a Semana da Quaresma, a missa em sua residência episcopal, que tem sido diariamente transmitida pelas mídias sociais da Arquidiocese de São Paulo e pela rádio 9 de Julho.

A mensagem central da liturgia do dia é a confiança na misericórdia de Deus que se renova sempre em favor da humanidade.

Onde se põe a confiança?

Na homilia, ao recordar a primeira leitura do dia (Ex 32, 7-14), Dom Odilo lembrou que o povo pecou ao cair na idolatria, e que Deus encarregou Moisés de ir ao encontro dele para pedir a misericórdia divina.

“Quem sabe se esse tempo de pandemia, de susto, de um pouco de pavor, de medo de todo mundo com essa doença, se isso também não é para nos fazer colocar os pés no chão, sobre onde estamos colocando o verdadeiro valor da vida, o que estamos fazendo da vida, onde está se pondo a própria confiança”, disse o Arcebispo.

Buscar a misericórdia divina

Dom Odilo lembrou que Moisés intercedeu a Deus para que olhasse pelo povo, a Ele lembrou da misericórdia que já teve no passado e pediu perdão e misericórdia para o presente: “As misericórdias de Deus são sempre novas, não acabam nunca”, e essa misericórdia que salva e não os próprios méritos humanos.

Nesse sentido, Dom Odilo afirmou que a Quaresma é um tempo penitencial, de reconhecer os próprios pecados e de pedir a misericórdia de Deus, de procurar a confissão dos pecados: “Não o podemos fazer agora por causa das circunstâncias, mas o podemos fazer mediante a nossa atitude, nosso pedido,  nossa oração e nossa conversão pessoal, voltando-se para Deus”.

Preces

No momento das preces comunitárias, o Arcebispo rezou para que Deus converta o coração daqueles que vivem imersos na ganância, apegados aos bens materiais e se esquecem de Deus. “Tudo passa. A riqueza também é ilusória, a saúde é ilusória, quem se apega aos bens deste mundo está em uma grande ilusão”.

Também pediu a Deus para que fortaleça e conforte o Papa Francisco, e que abençoe a Igreja em São Paulo: as paróquias, os padres, as pessoas nas comunidades, bem como os pobres, os doentes e as famílias.

Unidos aos santos

Ao final da missa, o Arcebispo exortou que individualmente ou em família, os fiéis rezem pelos santos, que intercedem por todos junto a Deus, e que testemunharam com a própria vida a fé cristã.

Dom Odilo também convidou que todos se unam amanhã, sexta-feira, 27, às 14h (no horário de Brasília), a um momento de oração que o Papa Francisco vai presidir na entrada da Basílica de São Pedro, a ser transmitido pelo site Vatican News. Será um momento especial de súplica e adoração, a ser concluído com a bênção Urbi et Orbi.

O Arcebispo Metropolitano também rezou uma oração para que todos sejam protegidos da doença causada pelo novo coronavírus:

Senhor, Jesus, Salvador do Mundo,

Esperança que não conhecesse desilusão,

Tem piedade de nós e livra-nos do mal.

A ti imploramos:

A vitória sobre o flagelo deste vírus que se difunde rapidamente

A cura dos doentes,

A proteção dos que tem saúde,

O auxílio para quem cuida da saúde dos outros.

Mostra-nos o teu rosto misericordioso e salva-nos com teu grande amor

Tudo isso te pedimos pela intercessão de Maria,

tua e nossa mãe, que fielmente nos acompanha.

Tu que vives e reinas pelos séculos dos séculos,

Amém!

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‘24 horas para o Senhor’ poder ser vivida em oração pessoal

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19 de março de 2020

Desde o ano de 2014, nos dias que antecedem a celebração do 4o Domingo da Quaresma tem sido realizada as “24 horas para o Senhor”, um momento de oração penitencial realizado por católicos na igrejas em todo o mundo.

Este ano, porém, com as restrições de contato social impostas pela pandemia do novo coronavírus (COVID-19) não será possível que a atividade aconteça nas igrejas entre os dias 20 e 21 de março.

Entretanto, isso não significa que as “24 horas para o Senhor” deixarão de acontecer. Na audiência geral da quarta-feira, dia 18, o Papa Francisco convidou os fiéis a viver este momento por meio da oração pessoal.

Francisco lembrou que este é “um evento importante da Quaresma para a oração e para se aproximar do sacramento da reconciliação” e encorajou os fiéis a “se aproximarem de maneira sincera à misericórdia de Deus na confissão e a rezar especialmente por quem vive na provação por causa da pandemia”.

Um comunicado do Pontifício Conselho para a Promoção da Nova Evangelização informou que foi anulada a celebração penitencial que seria presidida pelo Pontífice em 20 de março, na Basílica de São Pedro.  

“Todavia, pedimos aos fiéis que mantenham o caráter penitencial das 24 horas para o Senhor, por exemplo, meditando e rezando diante do Crucifixo. A todos os fiéis, inclusive aqueles que podem celebrar as ‘24 horas para o Senhor’, pedimos que rezem pelo Santo Padre, pelos Bispos, Sacerdotes e por todos aqueles que, na sociedade, devem enfrentar esta situação”, lê-se na nota do Pontifício Conselho.

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Dom Odilo: ‘Todos temos necessidade de conversão’

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28 de fevereiro de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, presidiu a missa com a o rito de imposição das cinzas na quarta-feira, 26 de fevereiro, iniciando o tempo litúrgico da Quaresma.

Dom Odilo iniciou a homilia citando a oração da liturgia do dia, que diz: “Concedei-nos, ó Deus, iniciarmos com este dia de jejum o tempo da Quaresma, para que a penitência nos fortaleça no combate contra o espírito do mal”. O Arcebispo destacou, ainda, que a Palavra de Deus proclamada na celebração traz um apelo à conversão das intenções e dos propósitos de vida, para que estejam orientados para Deus e seus mandamentos, e se conformem com os caminhos de Deus. “Todos temos necessidade de conversão”, sublinhou.

“Quantas vezes, desviamo-nos e escolhemos outros caminhos contrários aos mandamentos de Deus! E acabam entrando em nossa vida certos apegos ao mal, que nos são até cômodos e agradáveis, mas nos afastam de Deus, fazem muito mal a nós e aos outros. São as paixões desordenadas, os vícios que corrompem, é a vida superficial e irresponsável”, acrescentou o Cardeal.

‘DE QUE LADO ESTAMOS?’

Ainda referindo-se à oração inicial, o Arcebispo reforçou que o cristão deve ser um aliado de Deus no combate contra o espírito do mal. “Neste início da Quaresma, devemos perguntar, sinceramente: de que lado estamos? Do lado de Deus? Ou somos aliados do espírito do mal que combate contra Deus e contra tudo que é de Deus?”, indagou.

“A Quaresma é um caminho penitencial, durante o qual somos chamados a rever nossas posições e a voltarmos para Deus, a nos converter, a nos arrepender de nossos pecados, a nos purificar mediante a acolhida da misericórdia de Deus que sempre estende-nos a mão e nos levanta de nossas quedas”, continuou Dom Odilo.

FRATERNIDADE E VIDA

O Cardeal Scherer também falou sobre a Campanha da Fraternidade de 2020, aberta nessa ocasião, cujo tema é “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso”.

“A Igreja, mais uma vez, apresenta sua firme convicção e posição em favor da vida humana, da inviolabilidade e da dignidade da pessoa humana. Não cabe ao homem apossar-se do dom da vida, nem para suprimi-la, diante do aborto ou da eutanásia, ou mesmo mediante as muitas formas de violência direta ou indireta, nem para desrespeitá-la e vilipendiá-la por muitas formas”, afirmou Dom Odilo (leia mais nas páginas 10 e 11).

“Que o tempo penitencial da Quaresma ajude todos nós a tomarmos consciência novamente do dom precioso da vida humana e da vida da natureza e desperte em nós atitudes de verdadeira conversão e fraternidade”, concluiu o Cardeal.

No fim da celebração, o Arcebispo entregou o manual da Campanha da Fraternidade para leigos e religiosos representantes das regiões episcopais e vicariatos ambientais da Arquidiocese, como forma simbólica de envio para implementação da CF na Igreja em São Paulo.

(Colaborou: Daniel Gomes)

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‘A Campanha da Fraternidade é um grito em favor da vida’, diz Cardeal Scherer

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Quaresma: tempo para desligar o celular e conectar-se com o Evangelho

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27 de fevereiro de 2020

Na manhã desta Quarta-feira de Cinzas, 26, durante a Audiência Geral, na Praça São Pedro, o Papa Francisco fez uma catequese na qual refletiu sobre a relação da Quaresma com o deserto, recordando que Jesus, no início de seu ministério, retirou-se no deserto por 40 dias para rezar e jejuar, sendo tentado pelo diabo.

“No deserto, encontra-se a intimidade com Deus, o amor do Senhor. Jesus gostava de retirar-se todos os dias para lugares desertos para rezar. Ele nos ensinou a procurar o Pai, que nos fala no silêncio”, disse Francisco.

DAR ESPAÇO PARA A PALAVRA

“A Quaresma é o tempo propício para abrir espaço à Palavra de Deus. É o tempo para desligar a televisão e abrir a Bíblia. É o tempo para se desligar do telefone celular e conectar-se com o Evangelho. É o tempo de renunciar a palavras inúteis, conversinhas, fofocas, mexericos e se aproximar do Senhor. É o tempo de se dedicar a uma ecologia saudável do coração, fazer uma limpeza nele”, acrescentou o Papa, reforçando que: “Jesus, chamando-nos no deserto, nos convida a prestar atenção no que interessa, no que é importante, no essencial”.

O Santo Padre ressaltou, ainda, que vive-se em um ambiente poluído pela violência verbal, por muitas palavras ofensivas e nocivas, que a rede amplifica. Hoje, insulta-se como se dissesse ‘Bom dia’. Somos submergidos de palavras vazias, publicidades e anúncios falsos. Acostumamo-nos a ouvir tudo sobre todos e corremos o risco de cair num mundanismo que atrofia os nossos corações. Custamos para distinguir a voz do Senhor que nos fala, a voz da consciência, do bem. Jesus, chamando-nos no deserto, nos convida a prestar atenção no que interessa, no que é importante, no essencial”, completou.

LUGAR DO ESSENCIAL

“O deserto é o lugar do essencial”, sublinhou o Papa, convidando todos a olharem para suas vidas e observarem quantas coisas inúteis os circundam. “Seguimos mil coisas que parecem necessárias, mas na realidade não são. Nos fará bem nos libertar de muitas realidades supérfluas a fim de redescobrir o que interessa e reencontrar o rosto de quem está ao nosso lado.”

Sobre isso, Jesus dá o exemplo por meio do jejum. “Jejuar é saber renunciar às coisas vãs, supérfluas, para ir ao essencial. Jejuar não é apenas para emagrecer, jejuar é ir ao essencial, é buscar a beleza de uma vida mais simples”, disse Francisco.

Por fim, o Papa  afirmou que o deserto “é o lugar da solidão”. “Ainda hoje, perto de nós, existem muitos desertos, muitas pessoas sozinhas. São pessoas sós e abandonadas. Quantos pobres e idosos estão ao nosso lado e vivem em silêncio, sem fazer barulho, marginalizados e descartados! Falar sobre eles não faz audiência. Mas o deserto nos leva a eles, àqueles que, em silêncio, pedem a nossa ajuda em silêncio. Muitos olhares silenciosos que pedem a nossa ajuda. O caminho no deserto quaresmal é um caminho de caridade para com os vulneráveis. Oração, jejum e obras de caridade: eis o caminho no deserto quaresmal”, concluiu o Pontífice.

(Com informações de Vatican News - foto Vatican Media)

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Papa Francisco publica mensagem para a Quaresma

 

 

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Cardeal Scherer presidirá missa de abertura da Quaresma na Catedral da Sé

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25 de fevereiro de 2020

Na Quarta-feira de Cinzas, 26 de fevereiro, tem o início o Tempo da Quaresma, período de preparação para a Páscoa, no qual os católicos são chamados à conversão e renovação da fé e das promessas do Batismo, bem como às práticas do jejum, esmola e oração.

No Brasil, também acontece neste período a Campanha da Fraternidade (CF), voltada ao aprofundamento da vida cristã.

O tema da CF 2020 será “Fraternidade e Vida: Dom e Compromisso” e o lema “Viu, sentiu compaixão e cuidou dele” (Lc 10,33-34).

Na Catedral da Sé, às 15h, haverá a missa de abertura da Quaresma, com o rito de imposição das cinzas, presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano. Essa celebração também acontecerá em todas as paróquias da Arquidiocese, em horários próprios.

Antes da missa na Catedral, o Arcebispo Metropolitano concederá, às 14h, uma coletiva de imprensa para falar sobre o início da CF 2020 e o início da Quaresma. A atividade é restrita à imprensa. Não haverá credenciamento prévio de jornalistas, mas pede-se aos que pretendem comparecer, que informem pelo e-mail imprensa@arquisp.org.br.

 

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Papa Francisco publica mensagem para a Quaresma

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25 de fevereiro de 2020

A mensagem para a Quaresma deste ano tem o título inspirado na 2ª carta de São Paulo aos Coríntios: “Em nome de Cristo, suplicamo-vos: reconciliai-vos com Deus” (2 Cor 5, 20).

Neste tempo quaresmal, o Pontífice estende a todos os cristãos o que escreveu aos jovens na Exortação apostólica Christus vivit: fixar os braços abertos de Cristo crucificado e deixar-se salvar sempre de novo: “A Páscoa de Jesus não é um acontecimento do passado: pela força do Espírito Santo, é sempre atual e permite-nos contemplar e tocar com fé a carne de Cristo em tantas pessoas que sofrem.”

LEIA A ÍNTEGRA DA MENSAGEM

Face a face com o Senhor

Francisco insiste numa contemplação mais profunda do Mistério pascal, recordando que a experiência da misericórdia só é possível “face a face” com o Senhor crucificado e ressuscitado.

“Um diálogo coração a coração, de amigo a amigo. Por isso mesmo, é tão importante a oração no tempo quaresmal. Antes de ser um dever, esta expressa a necessidade de corresponder ao amor de Deus, que sempre nos precede e sustenta”.

O cristão reza ciente da sua indignidade de ser amado, aponta o Papa. A oração poderá assumir formas diferentes, mas o que conta verdadeiramente aos olhos de Deus é que ela escave dentro de cada um de nós, chegando a romper a dureza do nosso coração, para o converter cada vez mais a Ele e à sua vontade.

Quanto mais nos deixarmos envolver pela sua Palavra, tanto mais conseguiremos experimentar a sua misericórdia gratuita por nós. O convite do Pontífice, portanto, é não deixar passar em vão este tempo de graça, na presunçosa ilusão de sermos nós o dono dos tempos e modos da nossa conversão a Ele.

Não interromper o diálogo com o Senhor

Esta nova oportunidade, prossegue Francisco, deve suscitar em nós um sentido de gratidão e sacudir-nos do torpor em que nos encontramos, às vezes estimulados por um “uso pervertido” dos meios de comunicação.

“Não obstante a presença do mal, por vezes até dramática, tanto na nossa existência como na vida da Igreja e do mundo, este período que nos é oferecido para uma mudança de rumo manifesta a vontade tenaz de Deus de não interromper o diálogo de salvação conosco.”

Colocar o Mistério pascal no centro da vida, acrescenta o Papa, significa sentir compaixão pelas chagas de Cristo crucificado presentes nas inúmeras “vítimas inocentes das guerras, das prepotências contra a vida desde a do nascituro até à do idoso, das variadas formas de violência, dos desastres ambientais, da iníqua distribuição dos bens da terra, do tráfico de seres humanos em todas as suas formas e da sede desenfreada de lucro, que é uma forma de idolatria”.

Encontro de Assis

Para reverter este cenário, Francisco chama em causa a partilha na caridade e uma nova maneira de gerir a economia, mais justa e inclusiva, recordando a convocação para esta Quaresma de jovens economistas em Assis, de 26 a 28 de março. O magistério da Igreja nos lembra que a política é uma forma eminente de caridade.

Intercessão de Maria

“Invoco a intercessão de Maria Santíssima sobre a próxima Quaresma, para que acolhamos o apelo a deixar-nos reconciliar com Deus, fixemos o olhar do coração no Mistério pascal e nos convertamos a um diálogo aberto e sincero com Deus. Assim, poderemos tornar-nos aquilo que Cristo diz dos seus discípulos: sal da terra e luz do mundo.”

(Com informações de Vatican News)

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Iniciativas de práticas quaresmais nas paróquias da Arquidiocese de São Paulo

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06 de abril de 2019

Na Quaresma, a Igreja propõe três práticas que são muito importantes à tradição cristã: a oração, a esmola e o jejum. Neste tempo, os cristãos se dedicam de forma intensa a essas práticas, que fazem parte de uma preparação mais eficaz para a festa da Páscoa.

 

'NEM EU TE CONDENO'

O Papa Francisco convocou os fiéis na sexta-feira, 29 de março, para participar de mais uma edição das “24 Horas de Oração para o Senhor”, cujo tema norteador deste ano é o versículo do Evangelho de João: “Nem eu te condeno” (Jo 8,11).

A iniciativa nasceu em Roma há seis anos, porém logo se tornou mundial, unindo espiritualmente o Santo Padre às Igrejas espalhadas nos cinco continentes, e oferecendo a todos a possibilidade de fazer a experiência pessoal da infinita misericórdia de Deus. A Catedral Metropolitana de São Paulo, em comunhão com outras igrejas da Arquidiocese, atendeu ao apelo do Papa Francisco, com a celebração de missa, via-sacra, adoração ao Santíssimo, reza do Terço, mutirão de confissões e visita pastoral aos doentes. No sábado, 30 de março, às 12h, uma celebração eucarística encerrou as atividades.

 

DEUS MISERICORDIOSO

A Paróquia Nossa Senhora da Consolação, na Região Episcopal Sé, também aderiu à iniciativa “24 Horas de Oração para o Senhor” e realizou diversas atividades durante todo o período de vigília, algumas delas para além do espaço da igreja-matriz.

Quem passava pela Praça da República, na região central da cidade, via uma cena que não era comum: fiéis cantavam em torno do Santíssimo Sacramento em adoração, ao mesmo tempo em que aconteciam atendimentos de confissões e direção espiritual aos que passavam pelo local.

Houve a participação de padres de outras paróquias, paroquianos e demais pessoas que passavam pela praça. A reflexão diante das pessoas abordadas era a misericórdia do pai, com base na parábola do Filho Pródigo (Lucas 15,11-32), proclamada no 4º Domingo da Quaresma.

Segundo o Padre José Roberto Pereira, Pároco, tanto na igreja quanto na praça houve intensa participação das pessoas: “Para nós, foi uma experiência muito válida, e os padres ficaram felizes. Foi um tempo muito bom, um tempo de graça, de mudança e de conversão para muitos e para nós, e também na realidade extrema que foi estar na Praça da República”

Também na Região Sé, a Paróquia Nossa Senhora do Brasil realizou um retiro de Quaresma, com os paroquianos no Mosteiro de Itaici, no município de Indaiatuba (SP), no último fim de semana.

Em 19 de março, no Largo São José do Belém, no Belenzinho, no dia da festa do padroeiro, foram colocados confessionários na praça para o atendimento de confissões dos fiéis que se dirigiam à igreja-matriz ou passavam pelo local.

 

PROTAGONISMO JOVEM 

O grupo Juventude Praticando o Amor (Jupra), da Paróquia Imaculado Coração de Maria, na Região Episcopal Brasilândia, realizou encontros quaresmais, com base na Campanha da Fraternidade 2019, que tem como tema “Fraternidade e Políticas Públicas” e lema “Serás libertado pelo direito e pela justiça” (Is 1,27).

“O objetivo vai além de vivenciar a Quaresma. É também partilhar as dificuldades das comunidades, e com isso construir um projeto para aplicar políticas públicas nos bairros e, principalmente, trazer a união dos jovens da Paróquia”, disse Bruna Amorim, coordenadora do Jupra, ao O SÃO PAULO.

A proposta foi realizar os encontros durante o mês de março em diferentes comunidades que pertencem à Paróquia, para que todos tivessem a oportunidade de vivenciar o tempo quaresmal por meio da reflexão e partilha, com base no tema da CF 2019.

Segundo Manoel Junior, integrante do Jupra, outro objetivo dos encontros foi “trazer um pouco mais do nosso protagonismo jovem e refletir sobre como podemos resolver os problemas em si e ir além disso, fazer alterações também em nossas comunidades, pois são políticas que faltam em nossos bairros”, afirmou.

 

AO ENCONTRO DOS NECESSITADOS

A Paróquia Bom Jesus dos Passos, na Região Episcopal Brasilândia, propôs aos fiéis uma arrecadação de produtos para crianças recém-nascidas, como roupas, fraldas e itens de higiene pessoal. As doações serão recebidas durante o ofertório da missa da Quinta-feira Santa, às 20h, na igreja-matriz (rua Professor João Machado, 856, Moinho Velho).

Segundo o Padre Airton Pereira Bueno, Pároco, a iniciativa surgiu da própria comunidade durante as reuniões em preparação para a Semana Santa. Além da prática da esmola, o principal objetivo é atender ao convite do Papa Francisco de uma “Igreja em saída, que vai ao encontro dos necessitados”. As doações serão destinadas a instituições de caridade que atendem crianças recém-nascidas.

“Sempre fazemos arrecadação de alimentos para famílias carentes, então, pensamos também nas crianças e órfãos que nascem sem condições dignas de vida. Foi assim que surgiu a proposta de arrecadarmos na Quinta-feira Santa, dia da instituição da Eucaristia e do serviço, como um gesto de solidariedade quaresmal”, disse o Pároco.

O Santuário São Judas Tadeu, na Região Episcopal Ipiranga, também atendeu à iniciativa da esmola e está arrecadando ovos de Páscoa (de qualquer tipo e tamanho), ou barras de chocolate, caixas de bombons, para fazer mais feliz a Páscoa das crianças carentes da região. As doações, que podem ser entregues na secretaria paroquial (avenida Jabaquara, 2.682), serão destinadas a 101 crianças atendidas pelas Obras Sociais do Santuário, como o Centro de Educação Infantil (CEI) São Judas Tadeu.

 

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