CELAM se une ao Papa em oração pela paz no mundo

Por
08 de janeiro de 2020

Diante dos conflitos internacionais que estão fazendo sofrer tantas pessoas, a presidência do CELAM (Conselho Episcopal Latino-americano e do Caribe) enviou uma mensagem a todo o povo de Deus, pedindo que se juntem ao Papa em oração pela paz no mundo.

O Conselho recorda o pedido do Papa, que convida “as partes envolvidas a priorizar o caminho do diálogo, a resolução pacífica das disputas e o respeito irrestrito ao direito internacional”.

O CELAM convidou também a todas as conferências episcopais a criar momentos de oração, pedindo que haja diálogo entre os principais lideres envolvidos, pois somente desta forma será possível a paz.

Leia na integra a carta:

Caríssimos irmãos e irmãs:

Em unidade com o Papa Francisco, somamos  nossas orações pela Paz no Mundo, pelo fim dos conflitos que fazem sofrer famílias e povos inteiros e, em particular, pela grave tensão que se vive atualmente entre vários países: a guerra só traz morte e destruição. Neste contexto é oportuno recordar o que o Papa Pio XII disse: "o perigo é iminente, mas ainda há tempo. Nada se perde com a paz; tudo se perde com a guerra".

É por isso que nos juntamos ao apelo do Papa Francisco convidando todas as partes envolvidas a priorizar o caminho do diálogo, a resolução pacífica das disputas e o respeito irrestrito ao direito internacional.

Unimo-nos em oração com o Papa e rejeitamos todas as formas de violência e fratura social e apelamos às grandes nações do mundo, especialmente aos seus líderes, ao respeito mútuo, à concórdia e à boa compreensão, para que não poupem esforços para evitar um cenário de maior tensão.

Caminhemos e rezemos juntos para que nunca mais na nossa história tenhamos de nos envergonhar da forma como um ser humano eliminou o outro porque não foi capaz de dialogar e encontrar consenso para caminhar juntos.

Neste tempo de Epifania, quando recordamos a manifestação de Jesus como Salvador de todos os homens, convidamos as Conferências Episcopais da América Latina e do Caribe e as Conferências Episcopais do mundo, unidas ao Santo Padre, a realizar dias de oração pela Paz.

Que Maria, nossa Mãe, Rainha da Paz, nos conceda este presente.

A Presidência do CELAM

Comente

Papa pede orações pela paz em um mundo fragmentado

Por
02 de janeiro de 2020

“Rezemos para que os cristãos, os que seguem outras religiões e as pessoas de boa vontade promovam juntos a paz e a justiça no mundo”. Este é o convite que o Papa Francisco faz como intenção de oração para o mês de janeiro de 2020.

Na primeira edição do ano da iniciativa “O Vídeo do Papa”, o Pontífice faz um convite à reconciliação e à fraternidade em um mundo dividido e fragmentado. “A nossa fé leva-nos a difundir os valores da paz, da convivência, do bem comum”, ressalta o Santo Padre.

REDE MUNDIAL DE ORAÇÃO

As intenções mensais são confiadas à Rede Mundial de Oração do Papa (RMOP), uma Obra Pontifícia confiada à Companhia de Jesus, com um Diretor Mundial nomeado pelo Santo Padre. Tem como missão sensibilizar e mobilizar os cristãos, a partir de uma relação pessoal com Jesus, e todos os homens e mulheres de boa vontade, para os desafios do mundo e da missão da Igreja que o Santo Padre expressa nas suas intenções mensais de oração.

A instituição é conhecida também como “Apostolado da Oração”, fundado em 3 de dezembro de 1844, na França, pelo sacerdote jesuíta Francisco Xavier Gautrelet.

O Vídeo do Papa é uma iniciativa global que este no completa cinco anos, publicada em 14 idiomas – os últimos incluídos foram vietnamita, polonês, suaíli e kinyarwanda.  Em 2019 suas edições mensais foram vistas por mais de 12 milhões de pessoas nas redes sociais.

ASSISTA AO VÍDEO:

ACESSE TAMBÉM:

Site oficial da Rede Mundial de Oração do Papa

 

Comente

O SÃO PAULO recorda mensagem de Paulo VI para o primeiro Dia Mundial da Paz

Por
02 de janeiro de 2020

Nesta primeira quinta-feira de 2020, a série “#TBT O SÃO PAULO” recorda mais uma edição histórica do semanário da Arquidiocese de São Paulo. A edição 622, publicada em 31 de dezembro de 1967, trouxe a instituição do Dia Mundial da Paz por São Paulo VI, em 8 de dezembro de 1967.

A data comemorativa foi uma iniciativa do então Pontífice, a ser celebrado no dia 1º de janeiro de cada ano, com o objetivo de concretizar, de maneira prática, o que foi estabelecido pelos documentos conclusivos do Concílio Vaticano II, cujo encerramento aconteceu exatamente dois anos antes, em 8 de dezembro de 1965.

ESTIMULO E ENGAZAMENTO

A primeira mensagem de São Paulo VI para esta data trazia consigo palavras de estímulo e engajamento: “Dirigimo-nos a todos os homens de boa vontade, para os exortar a celebrar o Dia da Paz, em todo o mundo, no primeiro dia do ano civil, 1º de janeiro de 1968. Desejaríamos que depois, cada ano, esta celebração se viesse a repetir, como augúrio e promessa, no início do calendário que mede e traça o caminho da vida humana no tempo que seja a paz, com o seu justo e benéfico equilíbrio, a dominar o processar-se da história no futuro”.

O desejo do Papa era que a comemoração não se restringisse aos católicos, uma vez que, segundo ele, a verdadeira celebração da paz só estaria completa se envolvesse todos os homens, não importando a religião.

“A proposta de dedicar à paz o primeiro dia do novo ano não tem a pretensão de ser qualificada como exclusivamente nossa, religiosa ou católica. Antes, seria para desejar que ela encontrasse a adesão de todos os verdadeiros amigos da paz”, dizia, em sua mensagem. No texto, ele expressava seu desejo de que esta iniciativa ganhasse adesão ao redor do mundo com “caráter sincero e forte de uma humanidade consciente e liberta dos seus tristes e fatais conflitos bélicos, que quer dar à história do mundo um devir mais feliz, ordenado e civil”.

Portanto, o Dia da Paz Mundial é um dia para ser celebrado por todos, independentemente de credo, etnia, posição social ou econômica.

EM 2020

A cada ano, um tema é utilizado para ilustrar o espírito que norteará os cristãos católicos na vivência da paz. Para 2020, que comemora o 53º aniversário do Dia Mundial da Paz, o tema escolhido por Francisco foi “A paz como caminho da esperança: diálogo, reconciliação e conversão”.

A princípio, o Papa diz que a esperança nos coloca no caminho da paz, ao passo que “a desconfiança e o medo enfraquecem os relacionamentos e aumentam o risco de violência”. Ele nos exorta a ser artesãos da paz, abertos ao diálogo em espírito de reconciliação, em uma jornada de conversão ecológica que leva a uma “nova maneira de ver a vida”.

“Nações inteiras – diz a mensagem – acham difícil se libertar das cadeias de exploração e corrupção que alimentam o ódio e a violência. Ainda hoje, a dignidade, a integridade física, a liberdade, incluindo a liberdade religiosa, a solidariedade comunitária e a esperança no futuro são negadas a um grande número de homens e mulheres, jovens e idosos.”

“Toda guerra – diz o Papa –, é uma forma de fratricídio que destrói a vocação inata da família humana para a irmandade.”

(Colaborou José Ferreira Filho)

Comente

Na Catedral da Sé, é tempo de ação de graças por 2018 e de rezar pela paz em 2019

Por
31 de dezembro de 2018

Para quem deseja se despedir de 2018 em clima de oração, a Catedral da Sé convida a participação na Solene Eucaristia e Te Deum, louvando e agradecendo a Deus pelo ano de 2018 e pedindo graças e bênçãos para o ano de 2019.

Nesta segunda-feira, 31, às 11h30, haverá a Adoração ao Santíssimo, seguida de celebração eucarística, com a entoação do canto do Te Deum, onde se agradecerá a Deus pelos dons e graças do ano de 2018.

Na terça-feira, 1o de janeiro, às 11h, haverá missa no contexto do Dia Mundial da Paz. Esta missa será transmitida pela rádio 9 de Julho, em AM 1.600 kHz e em www.radio9dejulho.com.br.

LEIA TAMBÉM

Mensagem do Papa para o Dia Mundial da Paz de 2019

 

 

 

Comente

No Natal, redescobrir os laços de fraternidade que nos unem

Por
25 de dezembro de 2018

Ao meio-dia desta terça-feira, 25, no horário do Vaticano, na sacada central da Basílica de São Pedro, o Papa Francisco dirigiu sua mensagem natalina aos fiéis do mundo inteiro.

“Queridos irmãos e irmãs, Feliz Natal! Aos fiéis de Roma, aos peregrinos e a todos os que, das diversas partes do mundo, estão sintonizados conosco, renovo o jubiloso anúncio de Belém: ‘Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade’, disse o Pontífice.

Como os pastores, os primeiros que acorreram à gruta, disse o Papa, ficamos maravilhados com o sinal que Deus nos deu: “Um Menino envolto em panos e deitado numa manjedoura”. Em silêncio, ajoelhemos e O adoremos!

O que o Menino nos diz neste dia?

Francisco perguntou a todos:  “O que aquele Menino, que nasceu para nós da Virgem Maria, quer nos dizer neste dia­­? Qual a sua mensagem universal?”. E respondeu:

“Ele nos diz que Deus é um bom Pai e nós somos todos irmãos. Esta verdade está na base da visão cristã da humanidade. Sem a fraternidade que Jesus Cristo nos concedeu, os nossos esforços por um mundo mais justo não têm sentido e até os nossos melhores projetos correm o risco de se tornar sem alma. Por isso, as minhas felicitações natalinas são os votos de fraternidade”.

Seus votos de Fraternidade vão às pessoas de todas as nações e culturas; às de ideias diferentes, mas capazes de se respeitar e ouvir umas às outras; e às pessoas das diferentes religiões.

Revelação do rosto de Deus

Ainda de acordo com o Papa, “Jesus veio revelar o rosto de Deus a todos os que procuram. O rosto de Deus manifestou-se em um rosto humano, concreto; não sob a forma de um anjo, mas de homem, nascido em um tempo e lugar concretos. Assim, com a sua encarnação, o Filho de Deus nos indica que a salvação passa por meio do amor, da hospitalidade, do respeito pela nossa pobre humanidade, com a sua variedade de etnias, línguas, culturas. Mas, todos somos irmãos em humanidade!”

Logo, disse Francisco, as nossas diferenças não constituem um dano nem um perigo, pelo contrário, são uma riqueza, como nos ensina a nossa experiência de família, onde há um laço indissolúvel de amor. E expressou seus sinceros votos de que este Natal faça com que todos redescubram os laços de fraternidade que unem a humanidade e interligam todos os povos.

Israelenses e Palestinos 

“Que este Natal permita a Israelenses e Palestinos retomar o diálogo e embocar um caminho de paz; que possam colocar um ponto final em um conflito que, há mais de setenta anos, dilacera a Terra que o Senhor escolheu para mostrar seu rosto de amor”.

O Santo Padre fez seus votos de Natal, acompanhados de seus apelos. também a outros povos:

Síria 

“Que o Menino Jesus permita, à amada e atormentada Síria, reencontrar a fraternidade depois destes longos anos de guerra. Que a Comunidade Internacional trabalhe com decisão para uma solução política que acabe com as divisões e os interesses de parte, de modo que o povo sírio, especialmente os que foram obrigados a deixar as suas terras e buscar refúgio em outros lugares, possa voltar a viver em paz na sua pátria”.

Iêmen 

“Penso no Iêmen, com a esperança de que a trégua mediada pela Comunidade Internacional possa, finalmente, levar alívio a tantas crianças e às populações exaustas pela guerra e a carestia”.

África

“Penso na África, onde milhões de pessoas refugiadas ou deslocadas precisam de assistência humanitária e segurança alimentar. O Deus Menino, Rei da Paz, faça calar as armas e surgir uma nova aurora de fraternidade em todo o Continente, abençoando os esforços de quantos trabalham para favorecer percursos de reconciliação a nível político e social”.

Península Coreana

“Que o Natal fortaleça os vínculos fraternos, que unem a península da Coreia, e permita prosseguir no caminho de aproximação empreendido para se chegar a soluções compartilhadas e a todos assegurar progresso e bem-estar”.

Venezuela

“Que este tempo de bênção permita à Venezuela reencontrar a concórdia e, a todos os componentes da sociedade, trabalhar fraternalmente para o desenvolvimento do país e prestar assistência aos setores mais vulneráveis da população”.

Ucrânia

“O Recém-nascido leve alívio à amada Ucrânia, ansiosa de ter uma paz duradoura, que tarda a chegar. Só com a paz, respeitadora dos direitos de cada nação, é que o país poderá se recuperar das tribulações sofridas e restabelecer condições de vida dignas para os seus cidadãos. Solidário com as comunidades cristãs daquela Região, rezo para que possam tecer relações de fraternidade e amizade”.

Nicarágua

“Que, diante do Menino Jesus, os habitantes da querida Nicarágua redescubram ser irmãos, que não prevaleçam as divisões e as discórdias, mas todos trabalhem para favorecer a reconciliação e, juntos, construir o futuro do país”.

Colonizações ideológicas

O Santo Padre recordou também os povos que sofrem colonizações ideológicas, culturais e econômicas, que veem dilaceradas a sua liberdade e identidade e sofrem por causa da fome e da carência de serviços educativos e sanitários.

Por fim, Francisco dirigiu seu pensamento às inúmeras pessoas que não têm voz e sofrem por causa do nome do Senhor Jesus:

“Meu pensamento vai, de modo particular, aos nossos irmãos e irmãs que celebram a Natividade do Senhor em contextos difíceis, para não dizer hostis, especialmente onde a comunidade cristã é uma minoria, por vezes frágil ou desconsiderada. Que o Senhor conceda a eles e a todas as minorias, a graça de viver em paz e ver reconhecidos os seus direitos, sobretudo a liberdade religiosa”.

Crianças

Francisco concluiu sua Mensagem de Natal pedindo ao Menino Jesus, hoje contemplado na manjedoura, que proteja todas as crianças da terra e todas as pessoas frágeis, indefesas e descartadas.

“Que todos nós possamos receber a paz e o conforto do Nascimento do Salvador, para que, sentindo-nos amados pelo único Pai celeste, possamos nos reencontrar e viver como irmãos!

Após a sua Mensagem de Natal, o Santo Padre concedeu a sua Bênção apostólica “Urbi et Orbi” à Cidade de Roma, aos peregrinos presentes na Praça São Pedro e a todos os fiéis espalhados pelo mundo.

Comente

50 mil velas pela paz na Síria e no Oriente Médio

Por
07 de dezembro de 2018

Após a oração do Ângelus do domingo, 2, o Papa Francisco acendeu uma vela branca que simboliza uma “chama de esperança e de paz” na Síria e em todo o Oriente Médio. A iniciativa é parte de uma campanha da Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN). 

“O tempo do Advento é tempo de esperança”, lembrou o Santo Padre. “Gostaria de fazer minha a esperança de paz das crianças da Síria, da amada Síria, martirizada por uma guerra que já dura oito anos”, comentou. Ele aderiu à campanha que planeja envolver mais de 50 mil crianças, de diversas religiões e em muitas cidades atingidas pela guerra. 

De acordo com a ACN, as crianças rezaram e fizeram nas velas alguns desenhos sobre a paz: cruzes, pombas e mensagens de esperança. “Que essa chama de esperança e tantas pequenas chamas se espalhem nas trevas da guerra! Rezemos e ajudemos os cristãos a permanecer na Síria e no Oriente Médio como testemunhos de misericórdia, de perdão e de reconciliação”, afirmou o Papa Francisco. 

Na terça-feira, 3, o Papa recebeu em audiência privada o presidente do Estado da Palestina, Mahmoud Abbas. Conforme nota da Sala de Imprensa da Santa Sé, eles conversaram sobre “o caminho de reconciliação interno do povo palestino, além dos esforços para reativar o processo de paz entre israelenses e palestinos e chegar a uma solução de dois Estados, desejando um renovado empenho da comunidade internacional de ir ao encontro das legítimas aspirações de ambos os povos”.

Eles dedicaram especial atenção à situação da cidade de Jerusalém, “destacando a importância de reconhecer e preservar a sua identidade e o valor universal da cidade santa para as três religiões abraâmicas” - Judaísmo, Cristianismo e Islamismo. Além disso, falaram a respeito da urgência de se promover “percursos de paz e diálogo” com a participação das comunidades religiosas, para se combater o extremismo e o fundamentalismo. 

 

LEIA TAMBÉM: Presidência da CNBB visita o Papa Francisco no Vaticano 

 

 

Comente

Evento sobre a paz reúne líderes de religiões em São Paulo

Por
15 de novembro de 2018

O Cônego José Bizon, Diretor da Casa da Reconciliação, organismo referencial da CNBB para o Ecumenismo e o Diálogo Inter-Religioso e cuja administração está sob a responsabilidade da Arquidiocese de São Paulo, foi um dos oradores do 4º movimento Você e a Paz em São Paulo, que premiou o Instituto CrediPaz com o troféu “Você e a Paz”, na categoria “Instituição que realiza”.

O evento realizado no sábado, 10, reuniu representantes do Catolicismo, Protestantismo, Judaísmo e Espiritismo no Auditório Oscar Niemeyer, do Parque do Ibirapuera, na zona Sul de São Paulo. Criado e idealizado pelo representante do Espiritismo, Divaldo Franco, a iniciativa existe desde 1998. 

Desenvolvido inicialmente em Salvador (BA), há 20 anos, o evento não possui conotação religiosa ou política e tem como propósito central desenvolver a cultura de paz por meio da conscientização quanto à necessidade de se contribuir para a conquista de um mundo com mais harmonia, tolerância, respeito e amor. 

 

TROFÉU ‘VOCÊ E A PAZ’

Fundado em 2009, o CrediPaz oferece crédito como um caminho rentável e, assim, pretende construir pontes p ara a inclusão social. Além disso, realiza catequeses e promoção de valores para a organização dos grupos que devem trabalhar com o crédito de forma solidária. 

“Fundamos a CrediPaz sem jamais imaginar que tão rápido chegaria a muitos, mas ainda somos pequenos e esta homenagem nos dá credibilidade e nos anima a redobrar o trabalho”, afirmou ao O SÃO PAULO Lorian von Fürstenberg, fundadora e presidente do Instituto CrediPaz, que realiza alguns projetos em parceria com a Caritas

Dom Devair Araújo da Fonseca, Bispo Auxiliar da Arquidiocese de São Paulo, esteve no evento e representou o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano. 

 

LEIA TAMBÉM: MEC investiga questão anulada do Enem

 

Comente

No centenário do fim da Primeira Guerra Mundial, ONU lembra importância do multilateralismo

Por
13 de novembro de 2018

De conflitos e crises econômicas a doenças e mudança climática, problemas globais exigem “mais do que nunca” um fortalecimento da cooperação internacional, disse o secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, a líderes mundiais no domingo (11) no Fórum de Paris sobre a Paz, marcando o centenário do fim da Primeira Guerra Mundial.

O Fórum de Paris sobre a Paz, o primeiro do gênero, é uma iniciativa do governo francês liderada pelo presidente Emmanuel Macron. Realizado até terça-feira (13) na capital francesa e classificado como “um fórum global para projetos de governança”, o evento reúne dezenas de líderes mundiais e representantes de organizações internacionais para uma série de mesas-redondas para debater e reafirmar comprometimento comum para enfrentar os grandes desafios do mundo atual.

Destacando que cooperação internacional – ou “multilateralismo” – se tornou uma “necessidade”, Guterres observou que países trabalhando juntos “geraram resultados incontestáveis”, incluindo redução da mortalidade infantil e extrema pobreza durante as últimas décadas; batalhas importantes vencidas contra ameaças à saúde pública, como varíola, pólio e AIDS; e diversos esforços de sucesso na prevenção de conflitos e construção da paz.

“Durante os últimos 100 anos, o desejo de resolver conflitos pacificamente com base em regras comuns foi transformado em um sistema universal de instituições nas esferas política, econômica, social e ambiental”, disse o secretário-geral da ONU.

“O horror destes grandes conflitos globais não pode ser esquecido. Mas o horror nunca deve prevalecer sobre a esperança”, afirmou em suas observações iniciais ao fórum. “Foi essa mesma esperança que deu origem ao desenvolvimento do multilateralismo no século 20”, declarou, referindo-se à criação da Liga das Nações, em 1919, e das Nações Unidas, após a Segunda Guerra Mundial, em 1945.

Cenário atual

Citando uma análise das causas do primeiro conflito global feita pelo historiador Christopher Clark, que afirmou em seu livro “The Sleepwalkers” que a guerra começou porque líderes mundiais da época estavam “cegos” e “aprisionados em percepções destorcidas de seus inimigos”, o secretário-geral da ONU destacou “muitos paralelos” entre o mundo na primeira metade do século 20 e o atual. Ele disse que isto está “nos dando motivos para temer que uma série de eventos imprevisíveis possa acontecer”.

Por exemplo, a crise financeira de 2008, similar à crise de 1929 – embora contida e revertida graças a “um arsenal sem precedentes de instrumentos orçamentários e monetários” – levou a uma “desestabilização das classes médias” e à “indignação das pessoas pela traição das elites”.

Outro exemplo de similaridade citado pelo chefe da ONU foi o crescimento do totalitarismo na década de 1930. “Não estamos na mesma situação”, afirmou, “mas o que estamos vendo hoje é a polarização da vida política e da própria sociedade, que está levando a uma erosão perigosa de direitos e liberdades fundamentais, de princípios democráticos e do Estado de Direito”.

“Um enfraquecimento do espírito democrático de compromisso e uma indiferença às regras coletivas são venenos gêmeos para o multilateralismo”, acrescentou, citando como principais exemplos uma divisão no Conselho de Segurança da ONU sobre o conflito na Síria, crescentes “confrontos comerciais” e a “crise de confiança” enfrentada pela União Europeia.

“Mais de 1 milhão de homens e mulheres de 125 países serviram em missões de manutenção da paz durante os últimos 70 anos para evitar a propagação de crises, proteger civis e apoiar processos políticos”, afirmou, acrescentando que tais atos possuem “custo-benefício”.

Citando dados do Escritório de Contabilidade do Governo dos Estados Unidos, ele disse que uma operação nacional de paz na República Centro-Africana, por exemplo, teria custado aos EUA dez vezes mais do que a missão da ONU, MINUSCA.

“O quadro multilateral se mostrou indispensável na resolução de crises de proliferação nuclear”, acrescentou o chefe da ONU, se referindo à união do Conselho de Segurança em negociações sobre situações no Irã e na Coreia do Norte, que geraram soluções negociadas em 2015 e em 2018.

Grandes desafios à frente

Uma questão-chave pela qual esforços multilaterais são particularmente essenciais, destacou o secretário-geral, é mudança climática. Conforme o mundo se prepara para a Conferência sobre Mudança Climática na Polônia (COP 24) em dezembro, o secretário-geral alertou a urgência de ação.

“A mudança climática está se movendo mais rápido do que nós”, lamentou. “O gelo marinho do Ártico está diminuindo, a desertificação está se espalhando e o branqueamento de corais é amplo”, disse, se referindo às descobertas mais recentes do Painel Intergovernamental sobre Mudança Climática, que “excederam até mesmo as previsões mais pessimistas”.

Citando demografia e migração como o segundo maior desafio de nossa época, Guterres pediu para líderes mundiais “retomarem seus sentidos”.

“Em um contexto de mudança climática, desigualdades e conflitos, a migração irá permanecer como um fenômeno duradouro”, afirmou. “Sem cooperação internacional, e se nos escondermos atrás de nossas fronteiras nacionais, nós iremos sacrificar nossos valores coletivos, e perpetuar a tragédia de migrantes sendo explorados pelos piores traficantes”.

Ao passo que a “transformação digital está virando de cabeça para baixo nossas economias e sociedades”, o chefe da ONU identificou a tecnologia como o terceiro grande desafio mundial à frente. Ele citou inteligências artificiais reestruturando o mercado de empregos e a natureza de empregos em si, o aumento de crimes cibernéticos e a lacuna entre inovação e nossos panoramas legais.

Sede da ONU. Foto: Elif Gulec/ONU

Multipolaridade não é a solução

“Nosso mundo no presente parece caótico, mas está se movendo em direção à multipolaridade multidimensional”, explicou Guterres, que destacou que “seria errado classificar esta multipolaridade, em si, como a solução”.

“Sem o sistema multilateral e respeito às regras internacionais, arriscamos um retorno unicamente para relações de poder, mecanismos de recompensa-sanção e um ciclo de conflitos congelados”, disse. “É por isto que não irei me sentar e observar uma agressão ao multilateralismo justamente quando ele é mais necessário”.

O secretário-geral reconheceu a dificuldade de líderes políticos explicarem um compromisso multilateral aos seus constituintes, à medida que “pessoas frequentemente veem o que ele dita, não o que ele mantém”.

Para atacar isto, ele pediu “para Estados renovarem seus pactos com cidadãos” e disse que “precisamos de um multilateralismo inclusivo que seja relacionado intimamente à sociedade civil e à comunidade empresarial”, buscando solucionar desigualdades através da Agenda 2030 conhecida para o Desenvolvimento Sustentável.

“Minha missão é simples: ser mais eficaz para poder servir melhor às pessoas para as quais somos uma necessidade e uma esperança”, explicou o secretário-geral da ONU.

Visão de “um planeta” destaca caminho multilateral

Ecoando o pedido do secretário-geral para “reafirmar os ideais de ação coletiva”, a presidente da Assembleia Geral da ONU, María Fernanda Espinosa, que teve um discurso feito em seu nome durante o debate, disse que “multilateralismo não representa em nenhum sentido uma ameaça à soberania ou aos interesses nacionais de Estados-membros”.

“Isto oferece a única maneira de responder desafios complexos que nenhum país pode superar por conta própria”, segundo comunicado.

A presidente do Conselho Econômico e Social da ONU, Inga Rhonda King, também destacou o papel central que a ONU desempenha na solução de algumas questões humanitárias essenciais, encerrando suas observações com um pedido ao Conselho de Segurança para fortalecer cooperação internacional, com uma referência ao renomado físico Stephen Hawking.

“Em seu último livro, Hawking explicou que, quando vemos a Terra do espaço, nós nos vemos como um todo, nós vemos a unidade, e não as divisões”, disse King, encorajando membros do Conselho de Segurança a verem o mundo como “um planeta, uma raça humana”.

Comente

Papa Francisco: "a paz se faz com humildade, doçura e magnanimidade"

Por
26 de outubro de 2018

A paz passa pela humildade, a doçura e a magnanimidade: foi o que disse o Papa Francisco na homilia da missa celebrada na manhã de sexta-feira (26/10) na capela da Casa Santa Marta.

Refletindo sobre a Primeira Leitura, extraída da Carta de São Paulo aos Efésios, Francisco recordou que Paulo dirigiu aos cristãos um verdadeiro “hino à unidade” quando estava na prisão, evocando a “dignidade da vocação”.

 

A dificuldade dos acordos de paz

O próprio Jesus, destacou o Papa, “antes de morrer, na Última Ceia, pediu ao Pai a graça da unidade para todos nós”. E mesmo assim, constatou Francisco, estamos acostumados a respirar o “ar dos conflitos”: todos os dias, na tv e nos jornais, se fala de conflitos, “um atrás do outro”, de guerras, “sem paz, sem unidade”. Não obstante “se façam pactos” para deter qualquer tipo de conflito, pois esses mesmos acordos não são respeitados. Deste modo, “a corrida armamentista, a preparação às guerras, à destruição, avança”.

Também as instituições mundiais – hoje vemos – criadas com a melhor vontade de ajudar a unidade da humanidade, a paz, se sentem incapazes de encontrar um acordo: que há um veto aqui, um interesse lá… E têm dificuldade em chegar a acordos de paz. Enquanto isso, as crianças não têm o que comer, não vão à escola, não são educadas, não há hospitais porque a guerra destrói tudo. Temos uma tendência à destruição, à guerra, à desunião. É a tendência que semeia no nosso coração a inimigo, o destruir a humanidade: o diabo. Paulo, neste trecho, nos ensina o caminho rumo à unidade, que ele diz: “A unidade está coberta, está ‘blindada’ – podemos dizer – com o vínculo da paz”. A paz leva à unidade.

 

Abrir o coração

Eis então o chamado a um comportamento digno “do chamado” recebido, “com toda humildade, doçura e magnanimidade”.

Para fazer a paz, a unidade entre nós, “humildade, doçura – nós que estamos acostumados a nos insultar, a gritar... doçura – e magnanimidade”. Deixa para lá, mas abra o coração. Mas é possível fazer a paz no mundo com essas três pequenas coisas? Sim, é o caminho. É possível chegar à unidade? Sim, aquele caminho: “humildade, doçura e magnanimidade”. E Paulo é prático, e continua com um conselho muito prático: “suportai-vos uns aos outros no amor”. Suportai-vos uns aos outros. Não é fácil, sempre escapa o juízo, a condenação, que leva à separação, à distância …

 

Acordo desde o início

Acontece o mesmo quando se cria uma distância entre os membros de uma mesma família, notou o Papa. E “o diabo fica feliz” com isso, é o “início da guerra”. O conselho é então “suportar”, “porque todos nós causamos incômodo, impaciência, porque todos nós – recordou – somos pecadores, todos temos os nossos defeitos”. São Paulo recomenda “preservar a unidade do espírito por meio do vínculo da paz”, “certamente sob a inspiração das palavras de Jesus na Última Ceia: ‘Um só corpo e um só espírito’”. Depois segue em frente e “nos faz ver o horizonte da paz, com Deus; assim como Jesus nos fez ver o horizonte da paz na oração: ‘Pai, que sejam um, como eu e Ti’. A unidade”.

Francisco recordou ainda que no Evangelho de Lucas proclamado hoje, Jesus aconselha a encontrar um acordo com o nosso adversário “enquanto estais a caminho”: um “belo conselho”, comentou o Pontífice, porque “não é difícil encontrar um acordo no início do conflito”.

O conselho de Jesus: entre num acordo no início, fazer as pazes no início: esta é humildade, isso é doçura, isso é magnanimidade. Pode-se construir a paz em todo o mundo com essas três pequenas coisas, porque essas atitudes são a atitude de Jesus: humilde, manso, perdoa tudo. O mundo hoje necessita de paz, as nossas famílias necessitam de paz, a nossa sociedade necessita de paz. Vamos começar em casa a praticar essas coisas simples: magnanimidade, doçura e humildade. Vamos avante nesta estrada: de fazer sempre a unidade, consolidar a unidade. Que o Senhor nos ajude neste caminho.

Comente

Semana pela Paz promove atividades gratuitas em São Paulo

Por
14 de setembro de 2018

Entre 16 e 21 de setembro, a Rede Brasil do Pacto Global da ONU e o governo estadual de São Paulo realizam a Semana Pela Paz. O evento promoverá atividades culturais e debates sobre direitos humanos, inclusão de minorias, xenofobia e feminicídio. Os dias de mobilização incluem ainda a Conferência Estadual de Jornalismo pela Paz. A programação é gratuita.

No dia 19 de setembro, a semana terá um seminário sobre empregabilidade de grupos vítimas de discriminação — os egressos do sistema prisional, pessoas em situação de rua, indivíduos com deficiência, migrantes e refugiados e pessoas trans. O público-alvo do encontro são os departamentos de recursos humanos do setor privado. Para participar desse evento, é necessário fazer uma inscrição prévia — clique aqui.

A Conferência Estadual do Jornalismo pela Paz discutirá temas como as fake news, o jornalismo na periferia e o uso da comunicação pelo ativismo. Também é preciso se inscrever com antecedência para participar — clique aqui.

Em 2018, a Semana Pela Paz comemora o 70º aniversário da Declaração Universal dos Direitos Humanos, adotada em 1948 pela comunidade internacional. A iniciativa é mais uma etapa do projeto O Mundo Que Queremos, uma parceria entre o governo estadual e o Pacto Global das Nações Unidas.

Confira a programação clicando aqui.

 

 

Comente

Páginas

Para pesquisar, digite abaixo e tecle enter.