Capelães exercem o mandato confiado por Jesus: cuidar dos doentes

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21 de abril de 2020

“Os doentes receberam sempre as maiores atenções de Jesus. As páginas dos Evangelhos relatam frequentes encontros Dele com pessoas acometidas de vários tipos de enfermidade, às quais nunca deixou de dar sua carinhosa atenção. Ao enviar os discípulos em missão, recomendou-lhes que anunciassem a todos o Reino de Deus e cuidassem (“curassem”) dos doentes (cf. Lc 10,9). A cura dos enfermos é sinal de que o Reino de Deus está próximo”, escreveu o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, em artigo para a sessão Encontro com o Pastor, por ocasião do Dia Mundial dos Enfermos, em fevereiro deste ano.

Ouvir as dificuldades dos enfermos, ajudá-los para que tenham esperança no tratamento, dar apoio aos familiares e fazer com que todos não percam a fé mesmo nos momentos de maior fragilidade é a missão da Pastoral da Saúde, que se torna ainda mais especial neste momento de pandemia.

Nos hospitais públicos e privados, há sacerdotes que atuam como capelães. No Instituto de Infectologia Emílio Ribas, essa é a atuação do Padre João Inácio Mildner, Assistente Eclesiástico da Pastoral da Saúde da Arquidiocese de São Paulo.

“As instituições de saúde surgem com o trabalho da Igreja. Muitos santos e santas doaram suas vidas em favor dos enfermos, mesmo custando a própria vida. Fico imaginando São Camilo de Lellis, São João de Deus, Santa Tereza de Calcutá, Santa Dulce dos pobres vivendo nestes tempos de pandemia que estamos. Com certeza não se acomodariam”, disse o Padre João ao O SÃO PAULO. Ele lembrou, ainda, que cuidar dos doentes é uma missão deixada pelo próprio Jesus.

A IGREJA OS AMA

O Instituto de Infectologia Emílio Ribas, na região central da cidade, referência no tratamento de doenças infectocontagiosas, está com os leitos da Unidade de Terapia Intensiva (UTI) 100% ocupados.

A Capelania Católica, apesar das restrições para atuação e do cancelamento de algumas atividades, continua na ativa, na assistência religiosa aos doentes.

“Temos consciência que pouco podemos fazer, mas o que podemos, fazemos com amor. A presença de Igreja junto aos hospitais neste momento é muito importante. O fato de o doente isolado saber que no hospital tem padre, que a Igreja está em oração por ele e por sua família, que a Igreja os ama, faz um bem enorme. Para os profissionais da saúde, essa presença é um porto seguro. É importante que eles saibam que não estão sozinhos nesta missão do cuidar e que que toda a Igreja está em oração por eles”, afirmou o Padre João Mildner.

HIGIENE E PREVENÇÃO

O Capelão do Emílio Ribas comentou que com a suspensão das visitas dos familiares ao instituto de infectologia, aumentou a demanda dos pacientes por itens de higiene. “Por isso, a Capelania, com o apoio do Santuário Nossa Senhora de Fátima, no Sumaré, está fornecendo dezenas de kits higiene pessoal para todos os pacientes. Estamos atentos também a outras necessidade”, comentou.

Também de acordo com o Sacerdote, todos estão atentos às recomendações do Ministério da Saúde e da Secretaria de Estado da Saúde para se proteger do vírus, pois, conforme afirmou, é preciso “cuidar de si para cuidar dos outros”.

OLHAR NOS OLHOS

O Padre José Wilson Correia da Silva, Coordenador da Pastoral da Saúde dos Hospitais Camilianos da Regional Sudeste, é o Capelão do Hospital Geral de Itapevi, na área de abrangência da Diocese de Osasco. Atualmente, porém, tem atuado no Hospital São Camilo, na Pompeia, onde há pacientes com a COVID-19.

“Devido aos equipamentos de proteção individual, os pacientes não nos enxergam muito bem, por isso, temos que estabelecer outros meios de contato. Não posso tocá-los, só quando é necessária a Unção dos Enfermos, mas com luvas. É difícil, pois nós estamos acostumados a olhar nos olhos, ver o rosto das pessoas. É um pouco constrangedor porque tira um pouco nossa espontaneidade, mas eles acabam nos reconhecendo pela voz”, relatou o Padre José Wilson.

O Sacerdote comentou, ainda, que a missão dos camilianos é promover a saúde e assistir o doente, mesmo com risco para a própria vida. São Camilo de Lellis é um exemplo de entrega em favor dos enfermos. Após ter passado por um processo de conversão, criou a Ordem dos Ministros dos Enfermos (Camilianos). Morto em 14 de julho de 1614, ele foi canonizado em 1746, tornando-se padroeiro dos enfermos.

AUXÍLIO A PACIENTES E MÉDICOS

Padre José Wilson ressaltou que no início as visitas religiosas foram suspensas, mas os próprios profissionais de saúde solicitaram que retornassem, pois os pacientes não recebem visitas dos familiares: “Depois dos profissionais da saúde, a única pessoa com quem o doente tem contato presencial é o sacerdote capelão, pois nem os agentes de pastoral estão podendo fazer visitas”.

O Sacerdote também destaca o papel da interação que é feita com médicos, enfermeiros, fisioterapeutas e todos que estão assistindo diretamente os doentes. “Houve um grande envolvimento e colaboração entre nós. Nossa missão é se aproximar mais desses profissionais e dar um pouco mais de assistência, pois eles também sofrem”, afirmou, comentando, ainda, que muitos profissionais da saúde não estão voltando para casa por causa do medo de contagiar algum familiar.

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Paróquia Santa Terezinha: aos 25 anos, disposta para a missão

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14 de novembro de 2019

Na Rua Jorge Palmiro Mercado, 143, na Vila Terezinha, foi construído um centro comunitário que, anos depois, transfomou-se em uma pequena capela, dedicada à Sagrada Família. A administração inicial foi confiada às religiosas da Congregação das Irmãs Paulinas. 
Com o passar do tempo, o local se tornaria a Comunidade Santa Terezinha, que pertenceu à Paróquia Santo Antônio, na Vila Brasilândia, até 10 de dezembro de 1994, quando a comunidade dedicada à Padroeira das Missões tornou-se uma paróquia. 
“Em uma reunião com Dom Angélico Sândalo Bernardino [na época, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Brasilândia], decidiu-se que a Paróquia Santo Antônio deveria ter menos comunidades e que a Santa Terezinha seria uma paróquia”, contou, ao O SÃO PAULO, Terezinha Micheleto Catarino, que acompanhou com proximidade o início da caminhada paroquial. 
Terezinha falou, ainda, sobre o desafio da Paróquia de testemunhar o Cristo em meio a uma realidade de mazelas sociais, como o consumo de drogas entre os mais jovens. No entanto, os sinais da fé são mantidos, como nas procissões em honra aos padroeiros de suas cinco comunidades – Santa Terezinha, Nossa Senhora de Lourdes, São José do Icaraí, Santo Eugênio de Mazenod e São Joaquim. Segundo a paroquiana, todas as comunidades se envolvem nas festas, evidenciando a grande união entre elas, e demonstram o empenho cotidiano em anunciar o Cristo a todas as pessoas.

A EXEMPLO DA PADROEIRA 
Padre Gilberto dos Santos Martins, Pároco desde 2017, reiterou que existe uma grande devoção e curiosidade dos paroquianos sobre a vida de Santa Terezinha. A admiração com a Santa, afirma, é para além dos pedidos e agradecimentos, pois aqueles que buscam conhecê-la tentam imitar suas virtudes.
“Santa Terezinha nos inspira. A Paróquia tem esse espírito missionário e muitas iniciativas são realizadas ao longo do ano, como visitas às casas, aos doentes, às mães, crianças e oração do Terço. É uma paróquia que tem disposição para a missão”, disse, completando que essa inspiração contribuiu para a vivência do primeiro ano do sínodo arquidiocesano de São Paulo.

JUBILEU DE PRATA
No domingo, 10, o Arcebispo Metropolitano de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, presidiu missa no contexto das comemorações pelo jubileu de prata, que vem sendo celebrado desde o dia 10 de dezembro de 2018.
Na homilia, Dom Odilo destacou que a ressurreição é o princípio da fé católica, e que Jesus, certa vez, comparou o céu a um banquete: “Quando nós celebramos a missa, anunciamos o banquete do altar”.
Ele lembrou, ainda, que a vida de todos deve ser um testemunho de fidelidade a Deus, por meio da caridade, pois, só assim, é possível viver a vida eterna: “Que Deus nos dê a graça de receber a perseverança e a fé que vêm pela prática do bem”, concluiu.
A solene missa pelos 25 anos da Paróquia Santa Terezinha acontecerá em 10 de dezembro, presidida por Dom Devair Araújo da Fonseca, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Episcopal Brasilândia.
                                             

(Colaborou: Jorge Vicente)

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Cardeal Scherer compartilha experiências de missão

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26 de outubro de 2019

Por ocasião do Mês Missionário Extraordinário, o Cardeal Odilo Pedro Scherer se reuniu com padres, diáconos, religiosos e leigos da Arquidiocese de São Paulo, na segunda-feira, 21, para partilhar as visitas missionárias que ele fez ao Haiti, em fevereiro, e a Moçambique, em agosto, países onde há atividades missionárias de brasileiros. 
Dom Odilo explicou que o objetivo da visita a Moçambique foi acompanhar de perto as missões mantidas pelo Regional Sul 1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) na Diocese de Pemba, além de motivar os missionários brasileiros.  
Ao todo, 12 brasileiros, entre padres, religiosos e leigos, participam do projeto batizado “Missão África-Pemba”, nas aldeias de Nangade, Mazeze e Metoro.
O pedido para a cooperação missionária em Moçambique foi feito pelo Bispo de Pemba, Dom Luís Fernando Lisboa, brasileiro radicado naquele país há 17 anos. 

POBREZA
O Cardeal Scherer chamou a atenção para a extrema pobreza existente na região. Ele elencou como maiores problemas a falta de saneamento básico, desnutrição, maternidade precoce, analfabetismo, sistema de saúde pública extremamente precário, violência, exploração do trabalho em minas de metais e pedras preciosas, prostituição, malária, hanseníase e Aids. 
A situação de pobreza em Moçambique se deve, sobretudo, aos problemas políticos do país, antiga colônia portuguesa que se tornou independente em 1975, após quase dez anos de conflito. 
Após a independência, explodiu uma guerra civil entre grupos étnicos rivais. Nos 16 anos de combates, morreram 1 milhão de pessoas, algumas de fome e milhares por ferimentos ou mutilações causadas por explosões de minas. A guerra civil terminou oficialmente em 4 de outubro de 1992, em Roma, com a assinatura do Acordo Geral de Paz, que ainda não teve frutos concretos na vida daquele povo.

EDUCAÇÃO
Dom Odilo ressaltou que a Igreja Católica em Moçambique desempenha um papel fundamental no desenvolvimento da população. Milhares de pessoas nunca pisaram em uma escola. O sistema público de ensino é bastante precário. Cerca de 40% da população é analfabeta. Grande parte da rede de ensino disponível é mantida pela Igreja Católica, com subsídios do Estado. 
O Cardeal também chamou a atenção para a fé viva do povo moçambicano. “É um povo alegre, festivo e muito devoto”, afirmou. Ele destacou, ainda, a dedicação e entrega dos missionários. “Admiro muito esses missionários, pois a situação é extremamente precária, estão expostos a doenças, violências...” 

ASSISTA AO VÍDEO DA VISITA MISSIONÁRIA DE DOM ODILO A MOÇAMBIQUE 

HAITI 
Logo após o terremoto que devastou o Haiti em 2010, os missionários da Missão Belém, associação de fiéis nascida na Arquidiocese de São Paulo, foram para a capital do país, Porto Príncipe, para atender as vítimas da catástrofe natural que causou centenas de milhares de mortos e ainda deixa rastros de destruição pela cidade. 
A Missão Belém realiza seu trabalho em Warf Jeremie, uma comunidade construída sobre um lixão à beira do mar, junto a um canal de esgoto a céu aberto. “Ali, a Missão iniciou seu trabalho, indo ao encontro das necessidades básicas da população, dedicando uma atenção especial às crianças”, contou Dom Odilo.  
A primeira obra foi uma creche destinada a poucas dezenas de crianças, para lhes oferecer um ambiente limpo e seguro para passar o dia, com alimentação, educação e cuidados médicos. “Alguns missionários vivem ali em tempo integral, dedicados a essa obra, que, no decorrer de oito anos, desenvolveu-se muito, a ponto de acolher, atualmente, mais de 200 crianças e adolescentes na creche e na escola que se está desenvolvendo”, explicou o Padre Gianpietro Carraro, fundador da Missão Belém.

HOSPITAL
Durante sua última viagem ao Haiti, Dom Odilo abençoou a pedra fundamental do mais novo projeto da Missão Belém: um hospital que terá pelo menos 1,5 mil m², e vai compreender um pronto-socorro, um bloco operatório para internação e uma maternidade. 
Padre Gianpietro explicou, ainda, que o hospital estava previsto para ficar pronto em março de 2020. Porém, a crise política acirrada no país nos últimos meses pode atrasar a conclusão das obras. 
O Cardeal Scherer enfatizou que a obra da Missão Belém no Haiti contribui, com eficácia, para alimentar a esperança de um futuro melhor para essa população sofrida. 

ASSISTA AO VÍDEO DA VISITA MISSIONÁRIA DE DOM ODILO AO HAITI 

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Rádio 9 de Julho: 20 anos anunciando o Evangelho para a metrópole

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05 de novembro de 2019

Na quarta-feira, 23, a rádio 9 de Julho comemora 20 anos de sua reabertura, após permanecer fechada entre 1973 e 1999. Para celebrar a data, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, presidiu missa no Mosteiro da Luz, na região central da cidade, no sábado, 19, com a participação de ouvintes, comunicadores, colaboradores e benfeitores da emissora da Arquidiocese. 
“Durante um período, a rádio esteve muda, fechada. Graças a Deus, foi reaberta, para continuar sua missão de ser a voz da Igreja Católica entre as muitas vozes na nossa cidade”, afirmou Dom Odilo no início da missa. 

FORÇA MISSIONÁRIA 
Na homilia, o Cardeal destacou o Dia Mundial da Missões, celebrado no domingo, 20, para ressaltar o papel da rádio na propagação da fé na cidade. Ele acentuou a importância dos profissionais, comunicadores e de todos aqueles que apoiam com orações e ajuda material para que a Arquidiocese continue a realizar sua ação evangelizadora pelas ondas do rádio. 
No fim da missa, Dom Odilo entregou a Dom Devair Araújo da Fonseca, Diretor da rádio, a bênção apostólica do Papa Francisco enviada à direção, profissionais e colaboradores da rádio 9 de Julho, por ocasião dos 20 anos de reabertura. 

LONGA HISTÓRIA
Embora comemore, em 2019, os 20 anos de reabertura, a rádio 9 de Julho tem uma história de 66 anos. 
A emissora foi fundada em 1953, com autorização temporária para preparar e comemorar o quarto centenário de fundação da cidade de São Paulo, em 1954. Quando terminaram os festejos, o Presidente da República em exercício, Café Filho, a ofereceu à Arquidiocese de São Paulo.
O início das transmissões, ainda que em caráter experimental, ocorreu oficialmente em 2 de março de 1956, e a rádio funcionou até 1973, quando sua concessão foi declarada extinta pelo regime militar.

REABERTURA 
Após longo processo para tentar reavê-la, em 1996, o então Presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, devolveu a emissora à Arquidiocese, que tinha como Arcebispo o Cardeal Paulo Evaristo Arns. Em 23 de outubro de 1999, a emissora foi oficialmente reinaugurada pelo Cardeal Cláudio Hummes, Arcebispo à época.
Atualmente, a emissora, mantida pela Fundação Metropolitana Paulista, mesma mantenedora do jornal O SÃO PAULO, está sob a presidência do Cardeal Odilo Pedro Scherer, com a direção de Dom Devair, e conta com uma equipe de comunicadores, padres e religiosos voluntários, sempre empenhada no serviço à comunicação. 
Ao longo de sua história, a rádio acompanhou grandes acontecimentos da vida da Igreja e da sociedade, como a cobertura do Concílio Vaticano II (1962-1965), a visita do Papa Bento XVI a São Paulo, em maio de 2007, bem como a V Conferência Geral do Episcopado da América Latina e do Caribe, em Aparecida (SP), naquele ano, e o centenário da Arquidiocese, em 2008. 

RENOVAÇÃO
A rádio 9 de Julho chega aos 20 anos investindo na renovação da programação e em maior interatividade com o público. “Já foram feitas algumas mudanças, algumas alterações diretas na programação, outras estão sendo realizadas, e outras ainda vão começar a ser feitas, porque a intenção é conquistar novos ouvintes, sem perder aquilo que nós temos. Hoje, a rádio tem bons índices de audiência”, explicou Dom Devair. 
“É claro que aqui nos deparamos com algumas limitações: as pessoas que ouvem rádio na frequência AM são de um grupo talvez reduzido, mas é exatamente por isso que a rádio tem ampliado sua participação nas redes sociais, porque assim alcança mais pessoas”, acrescentou o Bispo.

INTERATIVIDADE
Além do site e do aplicativo “rádio 9 de  Julho” para smartphones (no sistema operacional Android), que permitem ouvir a rádio via internet, a emissora tem potencializado sua interação com os internautas em redes sociais como o Facebook, pelo qual alguns programas são transmitidos ao vivo, além da produção de conteúdos exclusivos para a rede, com informações sobre os bastidores dos programas e interações com os ouvintes. Recentemente, começaram as interações via Instagram, rede de compartilhamento de fotos e vídeos.
A maior interação acontece por meio do WhatsApp exclusivo da rádio, pelo qual os ouvintes mandam mensagens e participam da programação, pelo número (11) 3932-1600. Esses canais digitais também ampliam a interação com os amigos evangelizadores, que colaboram financeiramente com a manutenção dos meios de comunicação da Arquidiocese de São Paulo.

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Expo-missionária: ‘Batizados e enviados’

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22 de outubro de 2019

Segue até o dia 31, a Expo-missionária 2019 na Catedral da Sé. Em exposição desde o dia 1º, a amostra tem o mesmo tema do Mês Missionário Extraordinário, convocado pelo Papa Francisco: “Batizados e enviados”.

Padre Pedro Facci, que é Superior Regional do Pontifício Instituto das Missões Exteriores (PIME), contou ao O SÃO PAULO que o evento vem do desejo do Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, em apresentar as iniciativas missionárias da Igreja em São Paulo.

A amostra reúne fotografias, objetos e subsídios de diferentes institutos missionários e está em exposição na Catedral da Sé, pois segundo o Padre Pedro, o local é o coração da Arquidiocese.

O Sacerdote rememorou, ainda, que o maior desafio do PIME é a evangelização e presença da Igreja no Amazonas e no Amapá. Há, também, um extenso trabalho na África e na Ásia, pois neste continente há o maior número de não cristãos no mundo.

Por fim, o Sacerdote relembrou que no sábado, 19, na Catedral de Crema, norte da Itália, houve a beatificação do Padre Alfredo Cremonesi, exemplo moderno de atividade missionária, um testemunho oportuno de fé neste Mês Missionário Extraordinário.

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Região prepara agentes para o ‘Mês Missionário Extraordinário’

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20 de setembro de 2019

Na manhã do sábado, 14, na Paróquia Nossa Senhora da Conceição, aconteceu um encontro de formação, com a participação de mais de 180 pessoas que farão visitas no mês de outubro, por ocasião do ‘Mês Missionário Extraordinário’.

O encontro contou com momentos de sensibilização, motivação e orientação concreta para a realização das visitas missionárias nas áreas de abrangência das paróquias do Setor Tatuapé: Cristo Rei, São José do Maranhão, São Judas, Santo Antônio de Lisboa, Nossa Senhora do Bom Parto e Nossa Senhora da Conceição.

A formação foi assessorada pelo Cônego Marcelo Álvares Matias Monge, Coordenador do Setor Tatuapé; pelo Padre José Mário Ribeiro, Pároco da Paróquia Nossa Senhora da Conceição; pelo Padre Mauri Sebastião Rodrigues, SMM; por Luís Clovis Vieira, da Paróquia Santa Rosa de Lima, da Região Episcopal Brasilândia; e pelas psicólogas Mônica Resende e Thaís Vega.

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CNBB e POM realizam eventos que marcam o mês e a campanha missionária 2019

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13 de setembro de 2019

No próximo dia 17, às 16h30, no contexto de realização da reunião do Conselho Episcopal Pastoral (Consep) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), serão lançados o Mês Missionário Extraordinário, a ser celebrado pela Igreja em outubro, a Campanha Missionária 2019 e a exposição “Rostos da Missão”, organizados pelas Pontifícias Obras Missionárias (POM) e a CNBB. Na sequência, às 17h30, será realizada uma coletiva com jornalistas na Sala de Imprensa da CNBB para apresentar essas iniciativas.

“Enquanto o mundo constrói muros, a Igreja no Brasil e no mundo se esforça para construir pontes que interligam realidades diferentes em ações solidárias”, reforça o bispo auxiliar do Rio de Janeiro e secretário-geral da CNBB, dom Joel Portella.

O Mês Missionário Extraordinário, convocado pelo papa Francisco, em outubro de 2017, tem o tema “Batizados e enviados: A Igreja de Cristo em missão no mundo”. O mês missionário quer despertar a consciência da missão ad gentes, além fronteiras.

Realizada no Brasil desde 1972, no mês de outubro, a Campanha Missionária ganhou este ano um maior impulso eclesial com a feliz coincidência do Mês Missionário Extraordinário e do Sínodo para a Amazônia.

A Exposição “Rostos da Missão: Batizados e enviados” deseja dar maior visibilidade aos projetos missionários ad gentes e ao projeto Igrejas Irmãs da Igreja no Brasil. A exposição será organizada em três espaços da CNBB, apresentando imagens de diferentes contextos da missão, audiovisuais com testemunhos e fotografias com rostos de missionários e missionárias brasileiros que atuam nos cinco continentes.

A exposição ficará aberta à visitação de 17 de setembro a 31 de outubro de 2019, das 9h às 16h, na sede da CNBB em Brasília (Setor de Embaixadas Sul 801 – Asa Sul – Brasília/DF). A visitação será feita por meio de agendamento pelo e-mail imprensa@pom.org.br.

História e contexto – Em 22 de outubro de 2017, Dia Mundial das Missões, o Papa Francisco durante o ângelus anunciava publicamente para toda Igreja sua intenção de proclamar um Mês Missionário Extraordinário (MME) em outubro de 2019, para celebrar o centenário da carta Apostólica Maximum Illud, de seu predecessor o Papa Bento XV. “Batizados e enviados: a Igreja de Cristo em missão no mundo” é o tema do MME. Despertar em medida maior a consciência da missão ad gentes e retomar com novo impulso a transformação missionária da vida e da pastoral é o objetivo deste mês.

A ação está em sintonia com a exortação apostólica Evangelii Gaudium: “A ação missionária é o paradigma de toda obra da Igreja” (EG, 15). Deste modo, a Campanha Missionária 2019 foi enriquecida com a convocação do Papa Francisco.

A Campanha Missionária no Brasil, realizada desde 1972, produz materiais de animação missionária para todas Igrejas Particulares do Brasil, tais como: novena missionária, cartazes, santinhos com oração missionária, envelopes e vídeos com testemunhos missionários.

Informações:
Lançamento do Mês Missionário Extraordinário, Campanha Missionária 2019 e exposição “Rostos da Missão: Batizados e enviados”
Abertura: 17 de setembro, às 16h30
Período de exposição: 17 de setembro à 31 de outubro de 2019
Horário: 9h às 16h
Local: Sede da CNBB em Brasília (Setor de Embaixadas Sul 801 – Asa Sul – Brasília/DF)
Visitação feita através de agendamento pelo e-mail imprensa@pom.org.br

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Conselho Missionário do Regional Sul 1 realiza encontro estadual

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04 de setembro de 2019

De 30 de agosto a 1º de setembro, aconteceu em Itapetinga (SP), na Casa de Retiro Sagrado Bethânia, o 39º Encontro Estadual Missionário do Conselho Missionário (Comire) Regional Sul 1 da CNBB, com a participação de representantes das dioceses do estado de São Paulo e dos organismos ligados ao Comire.

Com o tema “batizado e enviado” e lema “a Igreja de Cristo em missão no mundo”, em sintonia com o Mês Missionário Extraordinário, Padre Maurício da Silva Jardim, Diretor das Pontifícias Obras Missionárias do Brasil (POM), abordou a temática a partir das inspirações pastorais do pontificado do Papa Francisco, citando como exemplo, o Dia Mundial das Missões, celebrado em 22 de outubro de 2017, quando durante o Ângelus, o Pontífice falou para toda Igreja sobre sua intenção de proclamar um Mês Missionário Extraordinário em outubro deste ano, afim de celebrar o centenário da carta Apostólica Maximum Illud, escrita pelo Papa Emérito Bento XV.

Ao longo dos três dias de encontro, foi refletido sobre a vivência dos missionários do POM sobre as realidades das quais vieram. Um momento marcante foi a apresentação dos resultados da construção de três poços artesianos na Diocese de Pemba, organizada pelo Comire e pela Infância e Adolescência Missionária (IAM), que visa arrecadar fundos para o Projeto Missionário na Diocese de Pemba (Moçambique, na África), que ajudará a construir três poços artesianos para parte da população pobre da região.

Dom José Luiz Bertanha, Bispo Emérito de Registro (SP) e até então Referencial da Animação Missionária no Regional Sul 1, acolheu o novo Bispo Referencial, Dom José Carlos Chacorowshi.

O seminarista Congregação dos Missionários Saletinos, Diego Silva, representou a Infância e Adolescência Missionária da Região Episcopal Santana, e afirmou encerrar esta experiência com “o coração agradecido e inflamado de paixão pela missão”.

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'Vocês certamente alegram o coração de Deus'

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17 de agosto de 2019

A comitiva da Regional Sul 1 da CNBB encerrou a visita pastoral na Paróquia do Menino Jesus de Imbhua, com uma missa celebrada na Aldeia de Nanganda, no sábado, 17. 

Na região, vive o povo da etnia Maconde, principal protagonista da revolução que na década de 1970 culminou com a independência de Moçambique, até então colônia de Portugal.

A missa foi presidida pelo Cardeal Scherer, Arcebispo de São Paulo, que foi calorosamente recebido com cantos de boas-vindas. Um coral com cerca de 70 vozes, ao ritmo de uma coreografia solene, piedosa e envolvente, animou a Santa Missa, também essa celebrada à sombra de uma mangueira. Todos os cantos foram em língua nativa Maconde.

Missionários trazem Jesus e a alegria

No inicio da missa, Dom Odilo saudou os líderes da aldeia, os missionários locais e explicou que está fazendo uma visita missionaria a várias missões da Diocese de Pemba. Ele agradeceu à população local a calorosa acolhida que recebeu. Disse que veio para confirmá-los na fé e, também, que a visita é importante para conseguir mais ajudas para as missões.

Foi a primeira vez que a paróquia recebeu a visita de um Cardeal.

Na homilia, Dom Odilo destacou que há muitas gerações, missionários vieram a para a África, de longe, da Europa, e trouxeram para cá Jesus e a semente do Evangelho.

“O Evangelho narra a visita de Maria a sua prima Isabel. Foi uma visita missionária, pois Maria levou consigo Jesus e, com Ele, a alegria. Assim também fizeram os missionários na África, e assim continuam a fazer os nossos missionários brasileiros que hoje estão no vosso meio: trazem Jesus e, com Ele, a alegria”, disse o Cardeal.

“Jesus é a nossa vida. Vida eterna, que nunca acaba. Essa certeza é o que motiva a Igreja a enviar missionários para todo o mundo”, prosseguiu.

“Hoje, a África não apenas recebe missionários, mas também os envia. Se nos tempos passados o continente europeu enviou missionário para todas as partes do mundo, hoje é ela que os recebe, provenientes tanto da África quanto da América. O mundo precisa de missionários africanos”, concluiu.

Expressão de generosidade

No ofertório, os fiéis trouxeram os frutos da terra e do seu trabalho: cocos, mandioca, milho, feijão, aves e legumes. Não foram ofertas simbólicas, mas expressão da generosidade de um povo que, mesmo sendo pobre, expressa, dessa forma, a sua gratidão a Deus e aos missionários. Um povo que não aceita comparecer diante de Deus de mãos vazias.

Ao fim do ofertório, o Cardeal Scherer agradeceu e abençoou os ofertantes: “Obrigado pelas vossas ofertas. Foi um gesto muito bonito! Que Deus abençoe a vossa terra, os vossos campos. Que tenhais boas colheitas para que nunca vos falte o alimento”.

Cerca de 500 pessoas participaram da celebração eucarística, incluindo representantes das comunidades muçulmana e evangélica.

Ao final da missa, Dom Odilo agradeceu à piedade, as belas músicas e danças da missa em honra a Deus. “Vou contar em São Paulo como vocês rezam bem na missa. Vocês certamente alegram o coração de Deus e o coração de Nossa Senhora”.

(Com informações do Padre Michelino Roberto)

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Cardeal Odilo Scherer: ‘Vocês são os templos vivos de Deus’

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16 de agosto de 2019

No quarto dia de visita pastoral à Diocese de Pemba, em Moçambique, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, inaugurou duas obras sociais: os projetos Santa Clara e São Francisco de Assis. Também abençoou a construção da futura igreja paroquial, em Nangade, nas proximidades da fronteira com a Tanzânia.

Os projetos estão sendo instalados pelos missionários brasileiros da Fraternidade O Caminho, na Missão São Miguel Arcanjo.

TEMPLOS VIVOS

Em pouco mais de um ano de presença e com a ajuda das dioceses do Regional Sul 1 da CNBB (Estado de São Paulo), os missionários liderados pela Irmã Hadasse, 43, e o Frei Boaventura dos Pobres de Jesus, 35, já criaram uma escola de educação infantil (projeto Santa Clara), um centro de nutrição (Projeto São Francisco), e já ergueram as paredes de uma igreja que será a futura paróquia.

“Estas são as paredes do templo paroquial que vocês estão construindo. Elas são as paredes, vocês são a Igreja de Cristo. Vocês são os templos vivos de Deus”, disse o Cardeal, no momento da bênção da igreja em construção.

Em entrevista ao O SÃO PAULO, Irmã Hadasse contou que a ideia de criar um centro de nutrição veio do desejo de salvar da morte crianças em grave situação de desnutrição. Assim, fizeram um convênio com um posto hospitalar local.

“Muitas das crianças que atendemos são soropositivas, o que agrava muito a situação. A pobreza é grande, mas a esperança deste povo é maior”, afirmou a religiosa.

TESTEMUNHO DA FÉ NAS ADVERSIDADES

Antes de chegar em Nangade, Dom Odilo visitou a Missão de Macumia, local fortemente afetado pelo ciclone que em março fez grandes estragos em Moçambique.

A Igreja local – São João Bosco – que completa 60 anos em 2019, foi parcialmente destruída e completamente destelhada.

Na Missão de Macuia atua um pequeno grupo de religiosas da Congregação das Carmelitas Teresas de São José e  três religiosos da Congregação dos Padres Cavanis. Além da Igreja, há um centro social e uma escola secundária.

A região é também uma das que recentemente sofreram com ataques realizados por grupo terrorista desconhecido, que na semana passada invadiu e queimou todas as casas e celeiros de uma aldeia próxima da missão. Os moradores conseguiram fugir e não houve mortos.

(Com informações do Padre Michelino Roberto)

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