‘Vou levar para todo o estado, ideias e iniciativas que já estão em andamento na Capital’

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03 de outubro de 2018

Nesta edição, o jornal O SÃO PAULO encerra a série de entrevistas com os candidatos ao Governo do Estado de São Paulo, apontados como os mais bem colocados na pesquisa Ibope, divulgada em 20 de agosto. 

Na ordem do 5º para o 1º colocado na referida pesquisa, foram entrevistados o Major Costa e Silva (DC), Luiz Marinho (PT), Márcio França (PSB), Paulo Skaf (MDB) e agora João Doria (PSDB). 

Todos os candidatos foram questionados pelo jornal sobre suas propostas para as áreas de saúde, segurança pública, educação e combate à corrupção, e responderam a perguntas dos leitores enviadas pelo Facebook.


Empresário e publicitário, o paulistano João Agripino da Costa Doria Junior concorre pela primeira vez ao Governo de São Paulo, dois anos após ter sido eleito como prefeito da Capital Paulista, em 1º turno, em 2016. Ele comandou a maior cidade do País durante 15 meses, renunciando ao cargo em abril deste ano para concorrer nestas eleições. “Reconheço que as pessoas ficaram chateadas comigo por causa da decisão, e eu respeito esse sentimento”, afirma nesta entrevista. 

Doria tentará manter a hegemonia do PSDB no Estado de São Paulo, já que, desde as eleições de 1994, o partido tem saído vencedor no pleito para governador. Ele garante que as áreas de saúde, educação e segurança pública serão os pilares de sua gestão, e, entre outros compromissos, assegura que irá aumentar o número de creches, a rede de Ensino Técnico, levar o programa Corujão da Saúde para todo o Estado, auxiliar as santas casas com recursos e ampliar as ações e a estruturas das policias para combater a criminalidade. A seguir, leia a íntegra da entrevista. 

 

O SÃO PAULO - QUAIS FORAM AS MOTIVAÇÕES DO SENHOR PARA RENUNCIAR AO CARGO DE PREFEITO DE SÃO PAULO, APÓS 15 MESES DE MANDATO, E SE CANDIDATAR AO GOVERNO DO ESTADO?

João Doria - Reconheço que as pessoas ficaram chateadas comigo por causa da decisão, e eu respeito esse sentimento. O que me levou a sair da Prefeitura foi a possibilidade de ter mais força, condições e recursos para trabalhar mais por mais gente, principalmente pelas que mais precisam. Uma parte dos serviços prestados pelo Governo do Estado fica na Capital. É o caso do Hospital das Clínicas, a rede de trilhos, as escolas. Tenho convicção que, como governador, vou ajudar a Prefeitura de São Paulo a fazer com que os compromissos que eu assumi em 2016 sejam todos concretizados. Como governador, vou levar para todo o Estado ideias e iniciativas que já estão em andamento na Capital. Também aceitei esse desafio para evitar que o mesmo populismo que já quebrou o Estado no passado e o Brasil mais recentemente se instale em São Paulo. Não podemos permitir que a velha política nos leve para o atraso novamente.
 

UMA PESQUISA IBOPE NO MÊS DE AGOSTO APONTOU QUE AS ÁREAS DE SAÚDE, EDUCAÇÃO E SEGURANÇA PÚBLICA SÃO AS PRINCIPAIS PREOCUPAÇÕES DOS PAULISTAS. SE ELEITO, QUAIS SERÃO AS PRIORIDADES DE AÇÃO DO SENHOR PARA CADA UMA DESSAS ÁREAS?

Esses são os principais pilares do nosso plano de Governo. Na educação, pretendemos valorizar o professor com melhores condições de trabalho e salários. Além disso, vamos ampliar o número de creches em parceria com as prefeituras e aumentar a rede de Ensino Técnico com mais Etec’s e Fatec’s.

Na sáude, vamos levar para todo o Estado o programa Corujão da Saúde, que foi um grande sucesso ao realizar parcerias com hospitais municipais e particulares. Nossa gestão vai criar mais 20 AMEs, seis novas unidades da rede Lucy Montoro, e 15 novos hospitais serão credenciados dentro da Rede Hebe Camargo de combate ao câncer. Auxiliaremos muito as santas casas com recursos.

Na área de segurança, o nosso governo terá como lema mais Polícia na rua e bandido na cadeia. Instalaremos 22 novas unidades dos BAEPs, levando para todo o Estado o padrão Rota de policiamento. Outro foco importante é na investigação. Por isso, criaremos os DEICs Regionais, que vão atuar de forma incisiva em crimes como roubos de veículos, de carga, estabelecimentos bancários (incluindo caixas eletrônicos) e extorsão mediante sequestro. 

 

ESSA MESMA PESQUISA E UMA SONDAGEM FEITA COM OS LEITORES DO O SÃO PAULO INDICA GRANDE INSATISFAÇÃO COM A CORRUPÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. COMO PRETENDE COMBATER AS PRÁTICAS DE CORRUPÇÃO NOS ÓRGÃOS SOB O CONTROLE DO GOVERNO DO ESTADO?

Não há limite para a transparência. No nosso governo, vamos incentivar medidas de transparência. Daremos apoio irrestrito aos órgãos de controle, como o Ministério Público e o Tribunal de Contas do Estado (TCE). Também daremos autonomia à Corregedoria Geral da Administração.

 

O SENHOR GUSTAVO RAMOS DE OLIVEIRA NOS ENCAMINHOU A SEGUINTE QUESTÃO PELO FACEBOOK: “A POLÍCIA MILITAR DE SÃO PAULO É MUITO CRITICADA PELA TRUCULÊNCIA NAS ABORDAGENS E MOSTRA ALGUMAS DEFICIÊNCIAS NO COMBATE AO CRIME. QUAL O CAMINHO PARA MELHORAR ESSA SITUAÇÃO?”

Antes de mais nada, precisamos lembrar que a Polícia de São Paulo realizou 176 mil prisões em 2017, é a polícia que mais prende no Brasil. Precisamos lembrar, também, que possuímos a menor taxa de homicídios do País, com 7,5 mil homicídios para cada 100 mil habitantes. Há muito que ser feito,  mas vale lembrar que para todo desvio de conduta ou excesso da Polícia Militar ou Civil, há instrumentos para punição. Por isso, daremos total autonomia para as corregedorias.

 

TAMBÉM PELO FACEBOOK, RECEBEMOS A SEGUINTE PERGUNTA DA SENHORA MONICA GIOIELLE DALLA VECCHIA: QUAL O PLANO DE GOVERNO O CANDIDATO IRÁ OFERTAR ÀS MULHERES/ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E ABUSO SEXUAL E ÀS GESTANTES, DE FORMA QUE SEJAM ACOLHIDAS E DADA A ELAS A OPORTUNIDADE DE LUTAR PELA VIDA E EVITAR A PRÁTICA DO ABORTO?

A mulher deve ser protegida e receber as mesmas oportunidades que os homens na sociedade e no mercado de trabalho, e o Estado trabalhará para isso no nosso governo. Com relação aos crimes cometidos contra as mulheres, precisamos nos preparar para receber as vítimas de maneira mais humanizada e eficiente, facilitando as denúncias e criando uma porta aberta com os representantes da segurança do Estado, o que vai ajudar a repreender estes tipos de crimes. Para isso, antes de mais nada, vamos manter as delegacias da mulher abertas 24 horas por dia. Vamos criar mais 40 delegacias da mulher, também funcionando 24 horas/dia. Por fim, ampliaremos a rede de atenção e saúde da mulher, para oferecer um atendimento e acolhimento adequado para todas as mulheres em situação de vulnerabilidade, oferecendo o máximo de atendimento e conforto para valorização da dignidade e autonomia.

 

LEIA TAMBÉM: ‘Sonho em transformar São Paulo e dar mais oportunidades às pessoas’

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‘Cumpri todas as etapas e construí uma carreira limpa para chegar até aqui’

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19 de setembro de 2018

O jornal O SÃO PAULO dá sequência à série de entrevistas com os candidatos ao Governo do Estado de São Paulo. Nesta edição, a palavra está com Márcio França (PSB), atual governador que tenta a reeleição. Já foram ouvidos Major Costa e Silva (DC) e Luiz Marinho (PT). Os próximos serão Paulo Skaf (MDB) e João Doria (PSDB), fechando a lista dos cinco mais bem colocados na pesquisa Ibope, divulgada em 20 de agosto.

Os candidatos estão sendo questionados pelo jornal sobre suas propostas para as áreas de saúde, segurança pública, educação e combate à corrupção. Também respondem a perguntas dos leitores enviadas pelo Facebook.


Aos 55 anos, Márcio Luiz França Gomes está à frente do Governo de São Paulo desde abril, após o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) ter renunciado ao cargo para concorrer à Presidência da República. “Respeito muito o que passou, mas sou diferente, tenho outros projetos, outras ideias”, garante.

Márcio França sempre se manteve filiado ao PSB. Ele iniciou carreira política em 1989 como vereador em São Vicente, no litoral paulista, tendo sido reeleito. Em 1997, assumiu a Prefeitura daquela cidade, onde seguiu por dois mandatos, até 2004. Em 2006, foi eleito deputado federal por São Paulo e reconduzido ao cargo em 2010. Entre 2011 e 2012, atuou como secretário de Turismo no governo Alckmin, e, em 2014, foi eleito vice- -governador, no mesmo ano em que coordenou a campanha à Presidência da República de seu colega de partido, Eduardo Campos, que morreria em um acidente aéreo em meio àquela disputa eleitoral.

Márcio França afirma que, se eleito, vai ampliar investimentos em consultas e exames médicos, investir em tecnologia e inteligência para a atuação das polícias, aumentar os salários dos professores e tornar as aulas mais dinâmicas para os jovens na rede pública de ensino. A seguir, leia a íntegra da entrevista.

 

O SÃO PAULO - O SENHOR ASSUMIU O GOVERNO DO ESTADO APÓS A SAÍDA DE GERALDO ALCKMIN (PSDB), QUE CONCORRE À PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. POR QUE O SENHOR QUER SEGUIR COMO GOVERNADOR? SEU GOVERNO SERÁ UMA CONTINUIDADE DA GESTÃO DE ALCKMIN?

Márcio França - Quando o governador Alckmin me entregou o pavilhão de São Paulo, disse que estava deixando o governo em mãos honradas e experientes. Orgulho-me muito disso, porque cumpri todas as etapas e construí uma carreira limpa para chegar até aqui. Eu tinha a possibilidade de concorrer a outro cargo eletivo, mas decidi buscar a reeleição para manter as coisas boas que já existem, e, também, melhorar e ampliar muita coisa. Respeito muito o que passou, mas sou diferente, tenho outras ideias, outros projetos. Muitos, já estou colocando em prática. Outros, ainda não pude dar prosseguimento em função da lei eleitoral, que restringe uma série de ações, mas os farei assim que acabar o período eleitoral.

 

UMA PESQUISADO IBOPE, EMAGOSTO, APONTOU QUE AS ÁREAS DE SAÚDE, EDUCAÇÃO E SEGURANÇA PÚBLICA SÃO AS PRINCIPAIS PREOCUPAÇÕES DOS PAULISTAS. SE ELEITO, QUAIS SERÃO SUAS PRIORIDADES DE AÇÃO PARA CADA UMA DESSAS ÁREAS?

Temos 101 hospitais públicos em São Paulo, mais que em todo o País. Estamos construindo outros dois de alta capacidade. Mas, mesmo assim, temos que melhorar o atendimento. Acredito que precisamos investir na área de consultas e exames, utilizando os Amtonomia para a Polícia Civil. Paralelamente, precisamos dar oportunidades aos jovens vulneráveis. Já começamos e vamos aumentar, no ano que vem, o alistamento civil, para que os rapazes dispensados pelo Exército possam trabalhar conosco, recebendo remuneração e fazendo curso técnico pela rede estadual. Eu não estou achando isso somente agora. Já o fiz quando fui prefeito. Minha cidade era uma das mais violentas e os índices despencaram após este programa.

Sobre educação, vamos aumentar o salário dos professores logo no primeiro ano. Também investiremos em lousas digitais, porque precisamos tornar as aulas mais dinâmicas e atrativas para nossos jovens. Junto com isso, vamos motivar nossos alunos, oferecendo perspectivas a eles. Todos os alunos da rede pública terão direito a cursos técnicos a distância a partir do segundo ano e, após o Ensino Médio, terão uma vaga garantida na Universidade Virtual do Estado de São Paulo, com aulas ministradas pelos professores da USP, Unicamp, Unesp e Centro Paula Souza.

 

ESSA MESMA PESQUISA E UMA SONDAGEM FEITA COM OS LEITORES DO O SÃO PAULO INDICAM GRANDE INSATISFAÇÃO COM A CORRUPÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. COMO PRETENDE COMBATER AS PRÁTICAS DE CORRUPÇÃO NOS ÓRGÃOS SOB O CONTROLE DO GOVERNO DO ESTADO?

Começo dando o exemplo. Estou na vida pública há quase 30 anos e não respondo a processo criminal. É algo incomum, não é? Além disso, manteremos uma intensa fiscalização para que nenhuma prática dessa natureza aconteça. Se algo for identificado e provado algum malfeito, tomaremos as medidas necessárias para a correção.

 

PELO FACEBOOK DO JORNAL, A LEITORA LEILANE FRANÇA NOS ENVIOU A SEGUINTE PERGUNTA: “QUAL SERÁ O PLANO DE GOVERNO DO CANDIDATO EM RELAÇÃO AO MONOTRILHO/ METRÔ PARA A PERIFERIA DA CIDADE DE SÃO PAULO?”

São Paulo transporta mais de 7 milhões de pessoas todos os dias em trens e ferrovias. Para se ter uma ideia, isso é mais de 80% do que todo o Brasil transporta em ferrovia. Mas, claro, precisamos de mais. Por isso, deixo claro o meu compromisso de não parar nenhuma obra no Estado e, além disso, realizarmos novos investimentos.

 

TAMBÉM PELO FACEBOOK, RECEBEMOS A SEGUINTE QUESTÃO DA SENHORA MONICA GIOIELLE DALLA VECCHIA: “QUAL O PLANO DE GOVERNO QUE O CANDIDATO IRÁ OFERTAR ÀS MULHERES/ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E ABUSO SEXUAL E ÀS GESTANTES, DE FORMA QUE SEJAM ACOLHIDAS E DADA A ELAS A OPORTUNIDADE DE LUTAR PELA VIDA E EVITAR A PRÁTICA DO ABORTO?”

Determinei que todas as delegacias da Capital ficassem abertas 24 horas por dia, coisa que não estava acontecendo. Farei o mesmo no interior, intensificando investimentos e apoiando as delegacias das mulheres. É inadmissível qualquer tipo de crime dessa natureza e precisamos combater com rigor. Sobre as gestantes, é obrigação do Estado dar toda a atenção médica para atendê-las da melhor maneira, evitando e combatendo o aborto.

 

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Conselho Nacional de Segurança Pública vai atuar para conter violência

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17 de setembro de 2018

O presidente Michel Temer instala hoje, 17, o Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, no Ministério da Justiça. Integrarão o órgão representantes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios que vão propor diretrizes para prevenir e conter a violência e a criminalidade.

O Conselho Nacional de Segurança Pública e Defesa Social, com atribuições, funcionamento e composição estabelecidos em regulamento, terá a participação de representantes da União, dos estados, do Distrito Federal e dos municípios, além de integrantes da sociedade civil.

O conselho está previsto na Lei 13.675, sancionada em junho, que instituiu o Sistema Único de Segurança Pública (Susp) e criou a Política Nacional de Segurança Pública e Defesa Social (PNSPDS). Em agosto, foi assinado o decreto para execução do plano e atuação do conselho.

O Ministério da Segurança Pública será o gestor do conselho, ao orientar e acompanhar as atividades dos órgãos integrados ao Susp, além de promover ações como apoiar programas para aparelhar e modernizar os órgãos de segurança, promover a qualificação profissional, coordenar atividades de inteligência na área e desenvolver a doutrina de inteligência policial.

Em várias ocasiões, o ministro Raul Jungmann afirmou que o conselho nacional será integrado por agentes e órgãos de segurança pública. Segundo ele, o conjunto de ações contidas no plano dará um “rumo”  à política de segurança pública do país.

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‘Quero ser governador para fazer um governo que olhe para as pessoas’

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12 de setembro de 2018

Nesta edição, o jornal O SÃO PAULO dá sequência à série de entrevistas com os cinco candidatos ao governo do Estado de São Paulo mais bem colocados na pesquisa Ibope, divulgada em 20 de agosto.

Os candidatos respondem a questões formuladas pela equipe do jornal, referentes às áreas de saúde, educação, segurança pública e combate à corrupção; e a outras indagações dos leitores enviadas pelo Facebook.

A ordem de publicação das entrevistas é do 5º para o 1º colocado na referida pesquisa. Na semana passada, o entrevistado foi Major Costa e Silva (DC). Nesta edição, a palavra será de Luiz Marinho (PT). Nas próximas semanas, falarão Márcio França (PSB), Paulo Skaf (MDB) e João Doria (PSDB).


Luiz Marinho tem 59 anos e é bacharel em Direito. Foi ministro do Trabalho (2005-2007) e da Previdência Social (2007-2008) no governo Lula e prefeito de São Bernardo do Campo (SP) por dois mandatos (2009-2016).

Marinho crítica as gestões do PSDB no Estado de São Paulo desde 1995 e assume alguns compromissos com o eleitor, como o de dobrar os salários dos professores em quatro anos, reformar as escolas degradadas, reestruturar as polícias Civil e Militar, combater a violência contra as mulheres e reorganizar os órgãos do Governo do Estado de São Paulo “para que funcionem de maneira eficiente”. A seguir, leia a íntegra da entrevista.

 

O SÃO PAULO - O QUE O MOTIVA A SER CANDIDATO AO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO?

Luiz Marinho - Primeiro queria me apresentar. Sou um caipira nascido na cidade de Cosmorama, na região de São José do Rio Preto, e fui criado em Santa Rita do Oeste. Em 1975, mudei-me com a família para o Parque São Rafael, na zona Leste da Capital, onde comecei minha militância nos movimentos sociais. Em 1978, entrei na Volks. Daí, fui para o sindicato onde virei presidente, depois fui para a CUT, fui ministro do Trabalho e da Previdência, prefeito de São Bernardo do Campo e agora estou aqui. E quero ser governador para retirar São Paulo do estado de paralisia que se encontra após esses 24 anos de governos tucanos. Para fazer um governo que olhe para as pessoas, que cuida da vida das pessoas. Não que atrapalhe, como acontece hoje.

 

 

RECENTE PESQUISA IBOPE APONTA QUE AS ÁREAS DE SAÚDE, EDUCAÇÃO E SEGURANÇA PÚBLICA SÃO AS PRINCIPAIS PREOCUPAÇÕES DOS PAULISTAS. SE ELEITO, QUAIS SERÃO SUAS PRIORIDADES DE AÇÃO PARA CADA UMA DESSAS ÁREAS?

Na educação, já firmei o meu compromisso de dobrar os salários dos professores em quatro anos. Eu acredito no papel transformador da educação. Para isso, temos de atrair para as escolas profissionais qualificados, comprometidos e bem remunerados. O ambiente escolar precisa ser agradável e acolhedor, com bibliotecas, espaços para arte, cultura, esporte. Iremos fazer reformas nas escolas degradadas que são a porta de entrada da violência.

Na saúde, iremos acabar com esta situação que vemos hoje de o paciente ficar de fila em fila para fazer os exames até iniciar o tratamento. Oferecemos exames unificados para agilizar esse processo e garantir que as pessoas tenham acesso a serviço de saúde com qualidade.

Já na área da segurança pública, quero reestruturar as polícias Civil e Militar, oferecer valorização salarial gradual e aumentar o número de delegados e investigadores. O PSDB desmontou a Polícia Civil, poucos casos são esclarecidos por falta de profissionais para fazer a investigação. Vamos ampliar o atendimento das delegacias à população e daremos atenção especial para combater a violência contra as mulheres. São Paulo não pode aceitar esta frequência de 35 nismos e instrumentos de participação social nas instituições do Estado. Vamos prestigiar as ouvidorias, conselhos. Criaremos plataformas, tecnologias de acesso às informações públicas e mecanismos de transparência para que a população restabeleça a confiança nos agentes públicos e participe diretamente da vida pública. Queremos a população junto ao gestor público para que seja impulsionado o aprimoramento dos recursos de divulgação, visibilidade, transparência e participação, que são excelentes mecanismos de combate à corrupção e ao desvio dos recursos do Estado.

 

ESSA MESMA PESQUISA E UMA SONDAGEMFEITA COMOS LEITORES DO O SÃO PAULO INDICA GRANDE INSATISFAÇÃO COM A CORRUPÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. COMO PRETENDE COMBATER AS PRÁTICAS DE CORRUPÇÃO NOS ÓRGÃOS SOB O CONTROLE DO GOVERNO DO ESTADO?

Vamos fortalecer e ampliar os mecanismos e instrumentos de participação social nas instituições do Estado. Vamos prestigiar as ouvidorias, conselhos. Criaremos plataformas, tecnologias de acesso às informações públicas e mecanismos de transparência para que a população restabeleça a confiança nos agentes públicos e participe diretamente da vida pública. Queremos a população junto ao gestor público para que seja impulsionado o aprimoramento dos recursos de divulgação, visibilidade, transparência e participação, que são excelentes mecanismos de combate à corrupção e ao desvio dos recursos do Estado.

 

O SENHOR JUVANI LAGO NOS ENCAMINHOU A SEGUINTE QUESTÃO PELO FACEBOOK: “O CANDIDATO PRETENDE REDUZIR O NÚMERO DE SECRETARIAS E CARGOS DE CONFIANÇA NO GOVERNO DE SÃO PAULO?”

Pretendo tomar conhecimento de todo os órgãos existentes no Estado e reorganizá-los para que funcionem de maneira eficiente. A população precisa de serviços públicos de qualidade na saúde, educação, e na formação e qualificação dos nossos jovens. Eu acredito no papel transformador da educação. Para essas três áreas básicas funcionarem, precisamos de mais professores. Todos os dias, recebemos queixas de escolas que foram fechadas e alunos dispersos e sem interesse por conta do número de aulas vagas, por falta de professor, escolas degradadas, sem laboratórios, bibliotecas.

Nos 24 anos do PSDB em São Paulo, o Estado foi desmontado e as pessoas abandonadas à própria sorte. Precisamos reestruturar a saúde e a segurança pública também com mais profissionais para atender a população. A escalada da criminalidade é fruto direto da falta de delegados e investigadores para atuar na Polícia Civil.

Neste caso, como pode ver, senhor Juvani, teremos primeiro que tomar conhecimento de quem e o que faz, para daí reorganizar a máquina do Estado para que ele venha deslanchar todo o seu potencial de desenvolvimento, levando as pessoas a ter acesso à educação, saúde, trabalho e segurança.

 

TAMBÉM PELO FACEBOOK, RECEBEMOS A SEGUINTE PERGUNTA DA SENHORA MONICA GIOIELLE DALLA VECCHIA: “QUAL O PLANO DE GOVERNO O CANDIDATO IRÁ OFERTAR ÀS MULHERES/ ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E ABUSOSEXUAL, E ÀS GESTANTES, DE FORMAQUE SEJAMACOLHIDAS E DADA A ELAS A OPORTUNIDADE DE LUTAR PELAVIDA E EVITAR A PRÁTICA DO ABORTO?”

Na nossa gestão, iremos fazer valer a Lei Maria da Penha. Iremos instituir e abrir unidades das delegacias das mulheres por todas as regiões do Estado. Pretendemos capacitar profissionais nas áreas da saúde e segurança para atender adequadamente as vítimas de violência. É preciso também pensar em políticas públicas voltadas para as mulheres e preparar os homens e as gerações futuras para que tenham a oportunidade de ter acesso aos valores da igualdade, respeito e inclusão das mulheres.

Nós temos de levar às regiões do Estado casas como a Casa da Mulher Brasileira, cuja unidade de São Paulo, pronta há mais de dois anos, permanece fechada por falta de compromisso e sensibilidade dos governos do PSDB em São Paulo. Concebida e realizada pelo Governo Federal na gestão do PT, a Casa da Mulher Brasileira é um espaço de abrigo para as mulheres vítimas da violência, com a oferta de assistência psicossocial e profissional para auxiliar a mulher neste momento de dor e ajudá-la a superar essa situação.

 

 

 

 

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Bancos e governo se reúnem para debater restauração do Museu Nacional

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05 de setembro de 2018

Após a destruição do Museu Nacional do Rio Janeiro por um incêndio há três dias, o presidente Michel Temer faz mais uma reunião nesta quarta-feira, 5, no Palácio do Planalto para discutir o assunto.

Ele chamou autoridades da cultura e representantes de instituições bancárias públicas e privadas na tentativa de organizar o grupo que vai atuar no processo de  restauração do museu.

Temer quer montar uma espécie de rede de apoio para reconstrução do Museu Nacional no menor tempo possível. As parcerias devem definir mecanismos para que as empresas se associem na reconstrução do edifício e na busca pela recomposição do acervo destruído pelas chamas.

Algumas das alternativas para viabilizar o projeto se baseiam na Lei Rouanet, principal política de incentivos fiscais. Pela lei, empresas e cidadãos (pessoas físicas) ao aplicarem em cultura, poderão ter dedução do Imposto de Renda.

O percentual disponível é de 6% do tributo para pessoas físicas e 4% de IRPJ para pessoas jurídicas.

Para o diretor do Museu Nacional, Alexander Kellner, o ideal é definir recursos diretos do Orçamento da União de 2019.

Nas reuniões que participou ontem, 4, em Brasília, ele ressaltou a importância do edifício do museu por onde passaram os integrantes da família real brasileira e que a sociedade tem de contribuir nesse processo.

 

Integrantes

Devem participar da reunião no Palácio do Planalto, o ministro da Cultura, Sérgio Sá Leitão, os presidentes do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), Dyogo Oliveira, e diretores da entidade e da Federação Brasileira dos Bancos (Febraban), Murilo Portugal Filho.

Também foram convidados os presidentes da Caixa Econômica Federal, Nelson Antônio de Souza, do Banco Safra, Rossano Maranhão Pinto, do Banco Santander, Sérgio Agapito Lires Rial, do Banco BTG Pactual, Roberto Balls Sallouti, do Banco Bradesco, Octavio de Lazari Junior, e do Itaú Unibanco, Cândido Botelho Bracher.

São esperados ainda o presidente em exercício da Petrobras, Rafael Mendes Gomes, do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), Kátia Bogéa, do Instituto Brasileiro de Museus (Ibram), Marcos Mantoan e Eneida Braga, uma das diretoras do órgão.

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‘Fiquei cansado de não encontrar um candidato com quem me identificasse’

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05 de setembro de 2018

Em 7 de outubro, os mais de 33 milhões de eleitores no Estado de São Paulo poderão votar em um candidato à Presidência da República, em dois para o Senado, em um para a Câmara Federal e outro para a Assembleia Legislativa, além de um governador, o homem ou a mulher que comandará o maior estado do país entre 2019 e 2022, com seus mais de 45 milhões de habitantes, distribuídos em 645 municípios.

Nesta edição, o jornal O SÃO PAULO inicia uma série de entrevistas com os candidatos ao governo do Estado de São Paulo. Foram convidados a participar, por meio de contato com suas equipes de assessoria de imprensa, os cinco primeiros colocados na pesquisa Ibope divulgada em 20 de agosto. A ordem de publicação será do 5º para o 1º colocado na pesquisa, a saber: Major Costa e Silva (DC), Luiz Marinho (PT), Márcio França (PSB), Paulo Skaf (MDB) e João Doria (PSDB).

Os candidatos responderão a questões formuladas pela equipe do jornal, referentes às áreas de saúde, educação, segurança pública e combate à corrupção; e a outras indagações enviadas pelos leitores por meio de nossa página no Facebook.


O primeiro entrevistado da série é Adriano da Costa e Silva, o Major Costa Silva, 41 anos, candidato pelo partido da Democracia Cristã (DC), antigo PSDC. Nascido na Capital Paulista, ele tem formação na Academia Militar das Agulhas Negras, sendo bacharel em Ciências e Aplicações Militares.

O Major afirma que lançou sua candidatura por estar “cansado de não encontrar um candidato” com quem se identificasse, e garante que as áreas de Educação e Segurança são as que receberão maior atenção de investimentos em seu governo. Ele analisa, ainda, que nenhuma das áreas da administração pública deve ser tratada isoladamente, “mas a integração entre as secretarias de estado sob coordenação central deverá garantir a efetividade das ações e o melhor aproveitamento dos esforços”. Leia a seguir a íntegra da entrevista.

 

O SÃO PAULO - O SENHOR TEM UMA BIOGRAFIA CONSOLIDADA NO EXÉRCITO BRASILEIRO. O QUE LHE MOTIVA SER CANDIDATO AO GOVERNO DO ESTADO DE SÃO PAULO PELO PARTIDO DA DEMOCRACIA CRISTÃ?

Major Costa e Silva - Também sou eleitor e fiquei cansado de não encontrar um candidato com quem me identificasse. Acabava votando no “menos pior”. Vivemos um período de grande tensão no que tange ao futuro do País e vimos a população pedindo os militares no poder, mas entendo que esse pedido nunca foi por uma intervenção armada, mas sim de valores. Por isso, tirei minha farda e vim me oferecer como opção para esta desejada mudança. Como cristão, o partido veio junto com o ideal!

 

RECENTE PESQUISA IBOPE APONTOU QUE AS ÁREAS DE SAÚDE, EDUCAÇÃO E SEGURANÇA PÚBLICA SÃO AS PRINCIPAIS PREOCUPAÇÕES DOS PAULISTAS. SE ELEITO, QUAIS SERÃO SUAS PRIORIDADES DE AÇÃO PARA CADA UMA DESSAS ÁREAS?

Precisamos reestruturar todo o sistema de saúde, definindo melhor a atribuição do Estado e das prefeituras num conjunto de perfeita sinergia. Quanto à educação e à segurança pública, iniciaremos com um programa de valorização profissional com investimentos pontuais e reposição salarial na medida das possibilidades. Mudar a cultura é importante, para garantir à Polícia o respaldo jurídico para trabalhar e a segurança social de suas famílias; resgatar do professor o orgulho de ser educador e combater a doutrinação ideológica em sala de aula.

Há de se considerar que nenhuma dessas áreas poderá ser tratada de forma isolada, mas a integração entre as secretarias de estado sob coordenação central deverá garantir a efetividade das ações e o melhor aproveitamento dos esforços.

 

ESSA MESMA PESQUISA E UMA SONDAGEM FEITA COM OS LEITORES DO O SÃO PAULO INDICA GRANDE INSATISFAÇÃO COM A CORRUPÇÃO NA ADMINISTRAÇÃO PÚBLICA. COMO PRETENDE COMBATER AS PRÁTICAS DE CORRUPÇÃO NOS ÓRGÃOS SOB O CONTROLE DO GOVERNO DO ESTADO?

Mudar as regras de transparência e divulgação das contas públicas é o primeiro passo para garantirmos uma melhor fiscalização e acompanhamento dapopulação. Atualmente, os portais de transparência são muito complicados e pouco acessíveis a quem desconhece os trâmites da administração pública. Não se combate a corrupção sozinho, mas com a ajuda do povo.

 

O SENHOR ARTUR DELICADO NOS ENVIOU A SEGUINTE QUESTÃO PELO FACEBOOK: “COMO O CANDIDATO PRETENDE RACIONALIZAR OS RECURSOS MATERIAIS, FINANCEIROS E TECNOLÓGICOS, DESDE SUA ORIGEM ATÉ A APLICAÇÃO, PARA O MELHOR DESENVOLVIMENTO DO ESTADO DE SÃO PAULO?”

Para essa racionalização, é necessário que se definam prioridades. Educação e Segurança são as que elegi como mais emergenciais. Deveremos escalonar os investimentos e reduzir o custeio dessas e das demais áreas. Para tanto, iniciaremos uma auditoria nas contas e nos cargos públicos para melhor distribuir os recursos e cortar gastos desnecessários. A aplicação de novas tecnologias deve garantir uma sensível melhoria nos serviços públicos e a consequente redução de gastos. O acompanhamento constante de indicadores de gestão, com métricas adequadas e conectadas com a realidade, será o mecanismo que permitirá a correção dos rumos de cada projeto a fim de atingirmos os objetivos institucionais desejados no tempo adequado e sem desperdício.

 

TAMBÉM PELO FACEBOOK, RECEBEMOS A SEGUINTE QUESTÃO DA SENHORA MONICA GIOIELLE DALLA VECCHIA: “QUAL O PLANO DE GOVERNO DO CANDIDATO PARA OFERTAR ÀS MULHERES/ADOLESCENTES VÍTIMAS DE VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E ABUSO SEXUAL E ÀS GESTANTES, DE FORMA QUE SEJAM ACOLHIDAS E DADA A ELAS A OPORTUNIDADE DE LUTAR PELA VIDA E EVITAR A PRÁTICA DO ABORTO?”

Atualmente, já existem em algumas prefeituras as redes de apoio à mulher vítima da violência e os Conselhos Tutelares têm efetuado um razoável acompanhamento dos casos de violência contra crianças e adolescentes. Na Região Metropolitana de São Paulo, existem diversas unidades de acolhimento e centros de tratamento e apoio a mulheres vítimas de violência que serão ampliados para cobrirmos também o interior do Estado. A estrutura já existe, mas precisa ser ampliada e universalizada.

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