São Judas Tadeu é o apóstolo da esperança

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02 de novembro de 2017

Cerca de 300 mil pessoas passaram pelo Santuário de São Judas Tadeu, no Jabaquara, na zona Sul de São Paulo, para celebrar a festa do apóstolo e mártir, no sábado, 28 de outubro. Desde as 5h foram celebradas 14 missas, uma a cada hora. A
última delas, campal, foi presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano. Às 18h30, milhares de fiéis seguiram em procissão pelas ruas do bairro com a imagem do padroeiro.
A festa foi preparada com uma novena que neste ano teve como tema “Com Maria e São Judas Tadeu ao encontro do Senhor”, no contexto do tricentenário do achado da imagem de Nossa Senhora Aparecida no rio Paraíba do Sul. Em cada dia, foram aprofundados aspectos do encontro da Mãe de Jesus em diferentes circunstâncias: Anunciação; visita a Santa Isabel; em Belém; com os primeiros discípulos de Jesus; na família de Jesus; na Cruz; na Ressureição e em Pentecostes.

Testemunho dos apóstolos
Na homilia, Dom Odilo destacou que a liturgia do dia celebrava São Simão e São Judas Tadeu, dois apóstolos que deram a vida por Cristo, foram testemunhas de sua Ressurreição e, por isso, por meio deles, é possível aproximar-se de Jesus e de Seu Evangelho.
Referindo-se à devoção popular de São Judas como padroeiro das causas difíceis, o Cardeal recordou que a causa mais importante da vida é não perder o caminho de Deus e não perder a companhia do Senhor.
O Arcebispo ressaltou, ainda, uma questão urgente para a Igreja em São Paulo: a renovação da ação evangelizadora na cidade. Para isso, citou o primeiro sínodo arquidiocesano que está sendo celebrado. “O sínodo será um grande esforço coletivo de todo o povo para fazemos uma grande avaliação e revisão, para dali tirar novos propósitos, escutando o que Deus e a Igreja nos dizem. Por outro lado, precisamos escutar a voz do nosso tempo, olhar ao nosso redor para discernir o que Deus nos pede neste tempo”, afirmou Dom Odilo, invocando a intercessão de São Judas Tadeu para o caminho sinodal.

História
Segundo a tradição cristã, São Judas Tadeu nasceu em Caná da Galileia, na Palestina. Era filho de Alfeu e irmão de Tiago, chamado o Menor, que também foi discípulo de Jesus. Ele é citado explicitamente nas Escrituras pelo evangelista São João. Na ceia, Judas Tadeu perguntou a Jesus: “Mestre, por que razão hás de manifestar-te só a nós e não ao mundo?” Jesus lhe respondeu, afirmando que teriam manifestação dele todos os que guardassem sua Palavra e permanecessem fiéis a seu amor (Jo 14,22).
Após Pentecostes, São Judas Tadeu iniciou sua pregação na Galileia, passou pela Samaria e outros povoados judaicos. Em seguida, foi evangelizar a Mesopotâmia, Síria, Armênia e Pérsia. Neste País, recebeu a companhia de outro apóstolo, Simão. A pregação e o testemunho de Judas Tadeu impressionaram os pagãos que se convertiam. Isso provocou a inveja e fúria contra o Apóstolo, que foi trucidado, a golpes de cacetetes, lanças e machados, por volta do ano 70.
O Novo Testamento contém uma brevíssima carta atribuída ao Apóstolo, na qual ele faz uma severa advertência contra os falsos mestres e um convite a manter a pureza da fé. Nos versículos 22 e 23, propõe pontos fundamentais de um programa de vida cristã: fé, oração, auxílio mútuo, confiança na misericórdia de Jesus Cristo. Seus restos mortais atualmente se encontram em Roma, na Basílica de São Pedro.
Para o Padre Sergio José Hemkemeier, Reitor do Santuário São Judas Tadeu, mais do que o santo das causas difíceis ou impossíveis, este é o apóstolo da esperança, pois os fiéis vão ao Santuário “de Cristo, que cura, conforta e traz sentido e vida nova às pessoas”.

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Arquidiocese de Natal celebra ação de graças pelos protomártires do Brasil

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02 de novembro de 2017

No sábado, 28 de outubro, com intensa programação, a Arquidiocese de Natal agradeceu a Deus pela canonização dos Protomártires do Brasil. Pela manhã, a programação foi dedicada ao Dia Nacional da Juventude, e à tarde aconteceram shows religiosos. Às 17h, o Cardeal Cláudio Hummes, Arcebispo Emérito de São Paulo, presidiu missa no monumento dedicado aos Mártires, na comunidade de Uruaçu, no município de São Gonçalo do Amarante (RN).
No domingo, 29, a Arquidiocese de Natal celebrou mais uma missa em ação de graças pela canonização dos protomártires do Brasil, no Santuário dos Mártires, em Natal (RN). A missa começou às 10h e foi presidida por Dom Jaime Vieira Rocha,
Arcebispo Metropolitano de Natal e Referencial da Comissão Episcopal para os Ministérios Ordenados e a Vida Consagrada; e, em nível nacional, membro da Comissão Episcopal para a Amazônia, da CNBB.
A canonização dos mártires de Cunhaú e Uruaçu aconteceu no dia 15 de outubro, na Praça de São Pedro, no Vaticano.

Fontes: CNBB e Arquidiocese de Natal

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Nova sede: que possa produzir unidade na Igreja e comunhão do episcopado

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24 de outubro de 2017

 A bênção do novo prédio da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), onde funciona temporariamente o secretariado geral, abriu a reunião do Conselho Permanente da entidade, nesta terça-feira, dia 24 de outubro. A cerimônia foi conduzida pelo arcebispo de Brasília (DF) e presidente da Conferência, cardeal Sergio da Rocha.

Durante a cerimônia de bênção do prédio, localizado na 905 Norte, em Brasília, foi lida a “parábola dos talentos” (Mateus 25, 14-30). Em sua fala, o cardeal Sergio da Rocha refletiu sobre o trecho do Evangelho ressaltando que a passagem “nós pensar na nossa responsabilidade em fazer frutificar os dons que Deus nos concede”. Apontando a nova casa da sede da Conferência como “dom e graça de Deus”, ressaltou os esforços para que “esse dom possa produzir muitos frutos e promover, acima de tudo, a unidade na vida da Igreja e a comunhão do episcopado”.

Cerimônia

A bênção teve início logo cedo, antes da primeira sessão da reunião do Conselho Permanente da CNBB, com a presença dos presidentes da Comissões Episcopais Pastorais e dos regionais da Conferência, colaboradores, assessores, representantes de organismos eclesiais e do governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg.

Dom Leonardo Steiner iniciou a cerimônia agradecendo às pessoas que colaboraram e trabalharam no projeto e na construção da sede provisória, algumas delas que já não estão à serviço da CNBB. Também agradeceu à agência de desenvolvimento Adveniat e ao Banco Bradesco, pelo apoio financeiro, e à arquidiocese de Porto Alegre, na pessoa do arcebispo, dom Jaime Spengler, que doou as cruzes que serão colocadas nas paredes das salas e quartos do prédio. Ele esclareceu que não se tratava de uma inauguração, mas da bênção do espaço. “Vamos benzer o prédio para que Deus nos acompanhe”, afirmou.

Após a leitura do Evangelho, com a parábola dos talentos, dom Sergio afirmou que “Aquele que nos chamou é fiel”, lembrando do patrão que oferece os dons aos seus servos. Também desejou bendizer a Deus, “que tem construído esta casa, não o prédio em si, mas a Igreja”, fruto da bondade conduzido pelo Espírito de Deus.

Dom Sergio também agradeceu e ressaltou a colaboração das pessoas que estão à serviço da Igreja no Brasil e que contribuíram para a execução do projeto, em particular a dedicação e o empenho de dom Leonardo Steiner na construção da sede provisória, a quem agradeceu, na pessoa de seu auxiliar, aos que participaram da construção. Os agradecimentos também foram manifestados à empresa Qualy, responsável pela obra, e ao “tão bonito e generoso” empenho dos colaboradores na mudança para o novo local.

O governador do Distrito Federal manifestou alegria em participar da cerimônia e desejou sucesso à entidade no “lugar especial para tomada de decisões inspiradas por Deus para o ponto de vista espiritual, social e político exercido pela CNBB no contexto da vida nacional”. Rollemberg aproveitou para pedir orações por “chuvas generosas” na região de Brasília, que passa por uma profunda crise hídrica, com uma das principais fontes de abastecimento de água, o reservatório do Descoberto, com nível de abaixo dos 10% do volume.

65 anos

O presidente da CNBB também recordou os 65 anos da entidade, completados no último dia 14. Para ele, “é um dom, um presente de Deus poder celebrar 65 anos de amor fiel do Senhor que nos acompanha, mas também da dedicação generosa de tanta gente que tem construído essa história”. Também neste quesito, dom Sergio voltou a agradecer “a tantos irmãos e irmãs que tem construído a história da Igreja no Brasil, a história da CNBB e, particularmente, neste último período dedicado tanto para construir esta casa que nos acolhe.

Após a primeira sessão do Conselho, os colaboradores da CNBB prepararam um momento de confraternização e homenagem aos bispos. Na oportunidade, a equipe que coordenou as comemorações dos 65 anos da entidade convidou um grupo de colaboradores para entregar uma placa comemorativa aos membros da Presidência e aos presidentes dos 18 regionais da Conferência. Um quadro com um mosaico do símbolo da CNBB, pintado por colaboradores e assessores foi entregue ao secretário-geral, dom Leonardo Steiner, em sinal de agradecimento e satisfação dos colaboradores em contribuir por meio de seu trabalho com a ação evangelizadora da Igreja.

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CNBB lança subsídios para o Mês da Bíblia, celebrado em setembro

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01 de setembro de 2017

A Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico-Catequética da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) disponibilizou dois subsídios de apoio aos fiéis que desejam celebrar o Mês da Bíblia, agora em setembro. A data foi criada em 1971, com a finalidade de instruir os fiéis sobre a Palavra de Deus.

O texto-base segue o tema e o lema do Mês da Bíblia 2017, “Para que n’Ele nossos povos tenham vida” e “Anunciar o Evangelho e doar a própria vida”, respectivamente. De acordo com dom José Antônio Peruzzo, presidente da Comissão, a inspiração da temática provém do Documento de Aparecida de 2007, intitulado “Discípulos missionários de Jesus Cristo, para que n’Ele nossos povos tenham vida”.

Trata-se, segundo o bispo, do convite para conhecer Jesus e sua proposta de vida e partilhá-la com as demais pessoas. “O Documento de Aparecida estabelece essa conexão entre discipulado e missão com duas faces da mesma moeda. O discipulado leva necessariamente à missão e a missão se alimenta do discipulado”, afirma.

No contexto específico da realidade brasileira e da caminhada da Igreja no Brasil, o livro escolhido para refletir no mês de setembro está associado à memória de São Jerônimo, tradutor da bíblia para o latim e modelo de divulgador dos estudos bíblicos. “Naturalmente, o chamado Mês da Bíblia significa Ano da Bíblia, e até mesmo a caminhada contínua da Bíblia, no sentido que não se pode limitar a um tempo determinado”, afirma dom Peruzzo.

O texto-base oferece pistas para compreender a Primeira Carta de Paulo aos Tessalonicenses, que retrata uma comunidade dos inícios do Cristianismo, com dificuldades, resistências e superações. Tal comunidade está inserida na periferia de uma grande cidade do Império Romano, Tessalônica, onde busca-se transformar a sociedade vigente, com a força do anúncio do Evangelho. “Quem quer conhecer belos traços de Paulo, evangelizador entusiasmado, disporá de muitas indicações nessas páginas. Tanto Paulo quanto os tessalonicenses se deixam conhecer nestas linhas”, conclui o bispo.

O subsídio traz uma explicação do tema e lema do mês da Bíblia, apresenta o contexto atual do mês, com alguns eventos que marcam a conjuntura do ano de 2017, em âmbito eclesial e político. Além disso, como forma de apresentação ao tema e ao lema também traz uma apresentação do apóstolo Paulo e seu método missionário. A publicação está à venda no site da Editora da CNBB.

Encontros Bíblicos

O outro subsídio de apoio, também ofertado pela Comissão, é um roteiro de encontros bíblicos, com cinco encontros, que tem a finalidade de ajudar as comunidades, grupos de famílias, grupos de reflexão, círculos bíblicos, que buscam orientar-se na luz da Palavra de Deus.

De acordo com o assessor da Comissão, padre Antonio Marcos Depizzoli, os encontros ajudarão a meditar o testemunho dos cristãos de Tessalônica, os sofrimentos de vida e a presença fraterna dos irmãos em comunidade. “Acolhamos a graça desse tempo e deixemos que a Palavra soe em nosso coração e ressoe a partir do coração!”, exorta.

O subsídio também encontra-se disponível para venda no site da Edições CNBB.

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