Manifesto a favor dos Autos

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20 de dezembro de 2019

Na minha infância e adolescência, cresci ouvindo nas aulas de catequese que ao ler o Evangelho devemos colocar-nos na cena, ou seja, imaginar que enquanto está ocorrendo a cena do nascimento de Jesus, eu deveria ler aquilo como se eu fosse um dos reis magos, um dos jumentinhos que ali estavam ou até a palha que esquentava a manjedoura de Cristo, ler aquilo como se eu estivesse presente. Essa indicação se dava para que eu pudesse contemplar e vivenciar a cena a partir de diferentes perspectivas.

Muito teatral, não acham? Hoje em dia, sou ator e professor de teatro. Penso nestas questões, a partir, das artes do palco. Atualmente, principalmente na cidade de São Paulo, temos pouquíssimas representações teatrais de cenas como o auto de natal, a paixão ou outros autos que nos levam, por meio da arte, a nos aproximar de Cristo. É importante que as paróquias se articulem mais e tragam ao fiel uma cena que o ajude a contemplar a Deus. Também é de extrema importância que esses autos saiam de suas igrejas e se aproximem de cada pessoas, seja ela ou não católica.

Pensando assim, a Mirante Cia de Arte montou dois espetáculos com diferentes elencos. Um era um pout-pourri de Ariano Suassuna, com o Santo e a Porca e Auto da Compadecida, montado com alunos da Fapcom. Já o outro, é um Auto de Natal, montado com a Cia Trinitas, cia gestada atualmente por Mariana Chiuso e Rafael Morais.

Ambos os trabalhos foram dirigidos por Mariana Chiuso. Este trabalho, com universitários da Fapcom apresenta um dos maiores escritores do Brasil, Ariano Suassuna. Em suas peças, morais e com um teor crítico, Suassuna consegue fazer um apelo espiritual, trazendo seu público para um estado de oração e contemplação, vide a cena do julgamento do Auto da Compadecida.

“Uma comédia altamente moral e um apelo à misericórdia” e “o julgamento de alguns canalhas, dentre os quais, um bispo, um padre e um sacristão”. Essas duas frases faladas pelo palhaço na peça do Auto da Compadecida são importantes para entendermos onde o escritor queria chegar. Ele queria criticar atitudes pontuais do clero e ao mesmo tempo mostrar a fé do povo brasileiro, um povo pobre e sofredor, mas que nunca vai perder a fé em Deus, porque sabe que apesar de todos os  problemas que a vida lhes traz, a felicidade não está em uma ideia, mas em uma pessoa, que é Cristo. Assim como diria a musica “Andar com Fé”, de Gilberto Gil, “Andar com fé eu vou, porque a fé não costuma faiar”. Em nossa vida, a única coisa que só depende de nós é o amor ao próximo e a fé em Deus, porque por si só Deus ama é todos nós, mas ele também precisa do nosso amor .

Já no Auto de Natal, da Cia Trinitas, cia fundada dentro do EJC da Paróquia Santíssimo, é possível ver um auto de Natal contemporâneo. Ou seja, as questões trabalhadas na peça estão presentes nos dias atuais. É possível verificar isso quando vemos que lá está o menino que tem medo de assumir a vocação, o traficante, o bêbado, a prostituta, só que, no final, todos pretendem mudar suas formas de vida quando encontram a Sagrada Família. Assim, pode-se verificar que o Cristianismo é o encontro com uma pessoa que é Cristo, e que este encontro é para todos que estão dispostos a mudar e procurar melhorar.

É interessante um auto que tenha questões tão contemporâneas, pois mostra para o individuo que Jesus é divino, mas, ao mesmo tempo, é homem. Ele está muito próximo de nós. Quando um grupo de teatro faz um auto pensando no cotidiano, no homem de agora, ele mostra que está mais preocupado em aproximar Cristo das pessoas, do que ganhar aplausos.

 

 

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Em 2019, Cripta da Catedral da Sé completa 100 anos

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10 de mai de 2019

Ao descer as escadas para adentrar a Cripta da Catedral da Sé, uma sensação de mistério e recolhimento parece compor o local cheio de histórias e espiritualidade cristã. Ali, sete metros abaixo do altar-mor da Catedral, estão os restos mortais de bispos e arcebispos de São Paulo, falecidos desde 1748, do Cacique Tibiriçá, do Regente Feijó e do Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão.

Ao descer as escadas para adentrar a Cripta da Catedral da Sé, uma sensação de mistério e recolhimento parece compor o local cheio de histórias e espiritualidade cristã. Ali, sete metros abaixo do altar-mor da Catedral, estão os restos mortais de bispos e arcebispos de São Paulo, falecidos desde 1748, do Cacique Tibiriçá, do Regente Feijó e do Padre Bartolomeu Lourenço de Gusmão.

Os restos mortais de Tibiriçá, por exemplo, foram levados da Igreja Imaculado Coração de Maria, no bairro de Santa Cecília, para a cripta da Catedral em 1930. Já o Padre inventor do balão teve o corpo transladado de Toledo, na Espanha, para a Capital Paulista em 2004, e foi também levado à cripta.

Mas as câmaras mortuárias, que são 32, das quais 18 já foram ocupadas, são apenas alguns dos elementos que valem a visita à cripta. Obras de arte e uma arquitetura única e capaz de deixar vislumbrado quem entra fazem parte do conjunto que contém mármore de carrara e pedra vulcânica no piso em branco e preto, contrastando com os arcos de tijolos com cor quente. Colunas e outros detalhes de granito e uma exposição permanente do Santo Sudário fazem parte do espaço.

No dia da visita da reportagem à cripta, turistas de diversos lugares do Brasil e do mundo conheceram o local pela primeira vez. Entre eles, da cidade do Rio de Janeiro (RJ), de Berilo (MG) e um grupo de Nova Iorque, nos Estados Unidos. Thais Amanda de Sousa estava com o esposo, Marcos de Figueiredo, e com a filha, Maria Isadora Sousa Figueiredo, de 7 anos de idade.

“Separamos a manhã para conhecer o centro da cidade e fiquei encantada em conhecer a cripta”, disse Thais, que veio do Vale do Jequitinhonha, região nordeste de Minas Gerais, e ouviu falar da cripta na secretaria da Catedral. A maioria dos turistas, porém, obtém informações sobre as visitas guiadas na internet e já chega à Catedral com o objetivo de conhecer o espaço.

 

ARQUITETURA E ARTE

A cripta foi projetada pelo arquiteto alemão Maximilian Emil Hehl, que projetou também a Catedral da Sé e a Catedral de Santos (SP). Com estilo neogótico, o templo – um dos cinco maiores deste estilo no mundo – foi inaugurado em 1954, ainda em fase de acabamento.

A cripta, por sua vez, foi inaugurada às 8h no dia 16 de janeiro de 1919, quando houve a celebração da primeira missa, presidida pelo Arcebispo à época, Dom Duarte Leopoldo e Silva, responsável pela pedra fundamental da Catedral da Sé, colocada no dia 29 de junho de 1913.

Dom Duarte faleceu no dia 13 de novembro de 1938, antes de a Catedral estar terminada. Na cripta, há uma capela, onde são celebradas missas em ocasiões especiais e acontecem concertos e eventos culturais. 

 

ESCULTURAS

O artista brasileiro Francisco Leopoldo é o autor de duas esculturas de mármore que estão nas laterais da cripta. Uma delas é a representação de Jó e a outra, de São Jerônimo, Doutor da Igreja e tradutor da Bíblia. Francisco era irmão de Dom Duarte e estudou na mesma escola de Victor Brecheret, em Paris, na França, sendo um escultor muito aclamado, tanto em sua época quanto ao longo dos anos.

 

CIDADÃO ILUSTRES

Abaixo da escada, estão os restos mortais de Tibiriçá (nascimento desconhecido-1562) e de Diogo Antônio Feijó (1784-1843). Tibiriçá foi o primeiro indígena a ser catequizado pelo Padre jesuíta José de Anchieta. Já Feijó foi padre e regente do Império, de 1835 a 1837, assumindo o comando do País na ausência de um monarca. Foi sepultado na Igreja da Ordem Terceira Carmelitana e só depois transladado para a cripta.

 

QUEM FOI BARTOLOMEU DE GUSMÃO?

Nascido em Santos (SP), o Padre Bartolomeu de Gusmão, conhecido também como “padre voador”, faleceu em 1724, aos 39 anos, em Toledo, na Espanha, lugar em que ficou sepultado por longo tempo e, só em 2004, foi transladado para o Brasil. 

Os experimentos com uma máquina voadora chamada de aeróstato (balão de ar quente) foram realizados em 8 de agosto de 1709, diante do rei de Portugal Dom João V. A experiência surgiu quando o Padre viu cascas de cebolas se elevarem no ar aquecidas por uma fogueira.

Estéban Náhuel é músico e trabalha como guia da cripta há cinco anos. Como fala Inglês e Espanhol, o jovem recebe muitos grupos estrangeiros e disse que a maior parte dos visitantes se surpreende ao saber que os restos mortais de pessoas tão importantes para a história do Brasil estão ali.

“Além disso, saber que foi um brasileiro, padre, que inventou o balão também é uma descoberta para a maioria dos visitantes”, disse Estéban, que explica todos os detalhes do espaço, bem com a história dos sepultados.

 

SELO COMEMORATIVO

A Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos do Brasil lançará, em 5 de setembro de 2019, selos comemorativos por ocasião do centenário da cripta. Será uma série de seis selos, que estão sendo desenvolvidos por um desenhista. O lançamento acontecerá na cripta.

“Essa iniciativa é muito importante, pois envolve um meio de comunicação antigo, o selo e, ao mesmo tempo, abre possibilidades de exploração do espaço. Estamos trabalhando diversas perspectivas de detalhes. Um dos selos, por exemplo, homenageará Dom Duarte Leopoldo”, explicou Camilo Cassoli, do Estúdio Centro.

 

CONCERTOS ESPECIAIS

Para comemorar os 100 anos de inauguração da cripta, serão realizados 30 concertos temáticos em diferentes espaços da Catedral da Sé. Os concertos, promovidos pelo Estúdio Centro, começarão em junho. A programação será divulgada posteriormente nas redes sociais da Catedral da Sé.

 


 

SERVIÇO

Para entrar na Cripta, é necessário adquirir o ingresso na secretaria da Catedral da Sé. A visita é acompanhada de um guia e custa R$ 7,00 por pessoa. Crianças de até 7 anos não pagam.

 

HORÁRIOS:

Segunda-feira: das 9h às 11h30 e das 13h às 16h30

Terça, quarta e quinta-feira: das 9h30 às 16h30

Sexta-feira: das 10h às 16h30

Sábado: das 9h às 15h30

Domingo: das 12h30 às 15h30

Praça da Sé, s/n – Centro

Contatos 

(11) 3107-6832

Site 

Facebook

 

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‘São Francisco na arte de mestres italianos’

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25 de fevereiro de 2019

Obras de Tiziano Vecellio, Orazio Gentileschi, Guido Reni e até mesmo de Pietro Perugino estão à mostra no Museu de Arte Brasileira da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP) até o dia 12 de abril. A exposição é aberta ao público e reúne obras de mestres italianos que homenagearam, em suas trajetórias, São Francisco de Assis, o Santo italiano que viveu entre os séculos XII e XIII, na Itália.

Artistas consagrados que viveram nos séculos XV, XVI e XVIII retrataram, de diferentes maneiras, o pobrezinho de Assis em suas obras. São Francisco é protagonista numa mostra que reúne 18 obras trazidas de diferentes lugares da Itália e que já aconteceu no Rio de Janeiro (RJ) e em Belo Horizonte (MG).

Entre os organizadores e apoiadores da mostra estão a Embaixada da Itália no Brasil, o Consulado Geral da Itália em São Paulo, a Casa Fiat, o Grupo Comolatti, o Museu Nacional de Belas Artes e a Fundação Armando Alvares Penteado.

A abertura oficial da mostra aconteceu no dia 14, e contou com a presença de autoridades e convidados, entre eles o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo; Guglielmo Picchi, subsecretário do Ministério do Exterior da Itália; Celita Procopio de Carvalho, presidente do Conselho de Curadores da FAAP; Antonio Bernardini, embaixador da Itália no Brasil; e Sergio Comolatti, presidente do Grupo Comolatti.

 

A MOSTRA

A exposição já passou pela Casa Fiat de Cultura, em Belo Horizonte, e pelo Museu Nacional de Belas Artes, no Rio de Janeiro, e conta com a curadoria de Giovanni Morello, especialista em História da Arte, e de Stefano Papetti, diretor da Pinacoteca Civica Di Ascoli. A maior parte das obras é oriunda de coleções públicas de regiões diversas da Itália. O conjunto apresenta as fases mais relevantes da representação de São Francisco por meio de trabalhos que se integraram à cultura local e que ainda encontram espaço na cultura ocidental por seus valores artístico, histórico e simbólico.

“Desde sempre, a imagem de Francisco de Assis, o Pobrezinho, tocou a sensibilidade dos artistas. Comovidos pelo carisma emanado por Francisco, muitos pintores da época eram entusiastas em contar sua história”, afirmou Morello.

 

 

IMAGENS, ESTIGMAS E CONVERSAS SAGRADAS

A mostra divide-se em três núcleos: Imagens, Os Estigmas e Conversas Sagradas. No primeiro deles, telas que trazem as primeiras representações de São Francisco de Assis – uma figura franzina, por conta das privações que sofria, mas imbuído de uma grande força espiritual. Deste período, San “Francesco d’Assisi e quattro disciplinati” (1499), de Perugino, e São Francisco contemplando um crânio (c.1604-07), de Ludovico Cardi, conhecido como Cigoli.

O segundo núcleo volta-se ao tema dos estigmas, cicatrizes recebidas por Francisco, em 1224, quando então meditava no monte Alverne. Apesar de sua manifestação física, os estigmas são tradicionalmente considerados de origem espiritual, reproduzindo as cinco chagas de Jesus Cristo.

Dessa seção, um dos grandes destaques da exposição, “San Francesco riceve le stimmate” (c. século XVI, anos 60), um óleo sobre tela de Tiziano com quase três metros de altura, que traz a aparição do Cristo Ressuscitado ao Santo, vendo-se às suas costas uma cruz em fogo; e “San Francesco consolato da un angelo musicante” (1607-1608), óleo sobre cobre de Guido Reni, que retrata o momento seguinte ao dos estigmas, quando Francisco recebe em sonhos a aparição de um anjo tocando uma melodia, em uma clara referência à mesma experiência vivida por Jesus no Jardim das Oliveiras.

A mostra encerra-se com o núcleo Conversas Sagradas, em que São Francisco aparece associado à Virgem Maria em glória e a outros santos de devoção dos fiéis e dos comitentes, como atesta a esplêndida “Virgem com o Menino entre os santos Sebastião, Antônio, Francisco e Roque” (c. 1530), obra de Nicola Filotesio.

 

 

 

 

VISITA À BASÍLICA

 

 Para quem já conhece ou para aqueles que não tiveram a oportunidade de visitar a cidade de São Francisco, Assis, a mostra oferece uma experiência imperdível: uma sala de realidade virtual que possibilitará ao visitante caminhar pela Basílica Superior de Assis (1228), uma das mais importantes e belas basílicas da Itália, que guarda obras- -primas do pintor italiano Giotto (1266-1337), artista símbolo dos períodos medieval e pré-renascentista.

 

SOBRE A BASÍLICA

Situada na cidade de Assis, na Itália central, a Basílica Superior faz parte do complexo da Basílica de São Francisco. A construção foi iniciada em 1228, dois anos após a morte de Francisco, a pedido do Papa Gregório IX, e os principais arquitetos e artistas daquele período e região estiveram envolvidos na construção do edifício, que muito contribuiu para a difusão do estilo artístico gótico na Itália. Em 1253, a obra foi concluída e inaugurada pelo Papa Inocêncio IV.

Na sala de Realidade Virtual da exposição “São Francisco na Arte de Mestres Italianos”, por meio do uso de óculos de tecnologia 3D, o público poderá visitar a nave da Basílica e apreciar obras-primas do pintor Giotto: o ciclo de afrescos “Le storie di San Francesco”, que mostra 28 episódios da vida de São Francisco, pintados entre 1292 e 1296. Ligada à sala de Realidade Virtual, encontra-se uma sala de vídeo que também mostra o ciclo de afrescos para aqueles que preferirem não utilizar os óculos.

 

COM ÓCULOS ESPECIAIS

Os óculos possuem um sistema de audioguia, que vai conduzir o visitante desde a fachada da Basílica, explicando seus aspectos arquitetônicos e a escolha da colina para a construção, conhecida como “Monte do Inferno”, no período medieval, onde eram enterrados os condenados e executados. A viagem segue para a nave da Basílica, na qual ganham destaque descritivo nove afrescos de Giotto: “Francisco homenageado por um homem simples”; “A renúncia aos bens paternos”; “A visão dos tronos celestiais”; “A prova do fogo de frente ao sultão”; “Oração aos passarinhos”; “Francisco recebe os estigmas no Monte Alverne”; “A morte de Francisco”; “O pranto de Clara e de suas companheiras sobre o corpo do santo” e “A liberação do herege arrependido”.

 

SERVIÇO
Exposição “São Francisco na Arte de Mestres Italianos na Casa Fiat de Cultura”
Curadoria: Giovanni Morello e Stefano Papetti
Data: até 12 de abril de 2019
Horário de funcionamento: Segundas, quartas, quintas e sextas-feiras, das 10h às 19h (última entrada às 18h);
Aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h (última entrada às 17h).
(Fechado às terças-feiras, inclusive quando feriado)
Local: Museu de Arte Brasileira, da FAAP
Endereço: Rua Alagoas, 903, Higienópolis
Telefone: (11) 3662-7198
Entrada gratuita
Agendamento de visitas educativas:
(11) 3662-7200 / museu.educativo@faap.br

 

 

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IV Seminário de Patrimônio Sacro trata sobre a Igreja em São Paulo

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04 de dezembro de 2018

Nesta semana, entre os dias 8 e 10, acontecerá o “IV Seminário do Patrimônio Sacro - Arquitetura e Arte em São Paulo, do colonial ao moderno”. Serão abordados detalhes sobre a formação da Igreja em São Paulo, com destaque para aspectos da arquitetura, pintura, vitrais e esculturas, e os estilos do patrimônio sacro paulistano.

De acordo com a programação, a abertura das atividades será feita pelo Abade do Mosteiro de São Bento, Dom Mathias Tolentino Braga, e o encerramento, no dia 10, pelo Arcebispo Metropolitano de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer.

Nos dias 8 e 9, as atividades serão no auditório do Mosteiro de São Bento, das 9h às 17h; e no dia 10, na Igreja da Ordem Terceira do Carmo, das 9h às 12h.

Fonte: Organização do IV Seminário do Patrimônio Sacro
 

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Arte para todos no Theatro Municipal de São Paulo

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14 de outubro de 2018

Quem passa em frente ao Theatro Municipal de São Paulo e se depara com a construção imponente pode até pensar que a programação não é para todos ou que, para entrar e conhecer o teatro, é preciso um longo e difícil processo. 

O Theatro Municipal faz parte da Fundação Theatro Municipal de São Paulo, que oferece opções para todos os públicos, desde os amantes de música clássica até os que gostam de dança ou de música popular: ensaios gratuitos, apresentações especialmente pensadas para as crianças e que dialogam com a contemporaneidade, corais, balé, escola de dança, museu e muitas outras opções de arte e cultura.

 

HISTÓRIA

O Theatro Municipal de São Paulo começou a ser construído em 1903 e apenas oito anos mais tarde foi concluído. Durante esse período, vários detalhes foram pensados para representar a elite paulistana, principalmente provinda do comércio do café. De lá para cá, diversos aspectos históricos foram preservados, mas outros sofreram alterações por causa de reformas e tentativas de representação contemporâneas.

Em 12 de setembro de 1911, com a ópera de Hamlet, de Ambrósio Thomas, o Theatro Municipal foi inaugurado e, desde então, passou a proporcionar as impressões artísticas vindas da Europa. Imponente e rebuscado, idealizado nos moldes do teatro da Ópera de Paris, na França, o teatro foi construído para satisfazer os parâmetros europeus de cultura da então aristocracia cafeeira. 

Com a instalação do teatro, a vida cultural de São Paulo tornou-se rota das grandes óperas internacionais. Em 1922, um evento mudou o rumo e a história de São Paulo e do Theatro Municipal. A Semana de Arte Moderna, um dos mais importantes acontecimentos artísticos brasileiros, aconteceu ali, e grandes nomes da literatura, das artes plásticas e da música nacional estiveram no local, tais como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Anita Malfati e Villa Lobos.

Entre 1986 e 1991, sob responsabilidade do Patrimônio Histórico do Município, houve uma recuperação de elementos decorativos internos e externos datados de sua inauguração, além da modernização dos equipamentos de palco, luz e som. Em 1991, a fachada do Theatro Municipal foi totalmente recuperada, e a construção foi reinaugurada para a comemoração de seus 80 anos de fundação.
 

MUSEU

O Museu do Theatro Municipal, por sua vez, está instalado em um espaço abaixo do Viaduto do Chá. No início, o museu ficava nas dependências do próprio teatro. Em 1985, o acervo foi abrigado pelo Edifício Martinelli, onde permaneceu por dez anos. Os arquivos reúnem mais de 20 mil programas, 6 mil fotos e o maior acervo de partituras de música erudita da América Latina. Em 1981, o Municipal foi tombado pelo Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico (Condephaat). 

A história está publicada no site do próprio Theatro Municipal (www.theatromunicipal.org.br) e no site da Prefeitura de São Paulo e, além dos textos, o site do teatro oferece uma visita virtual, na qual é possível ouvir áudios que descrevem todos os detalhes do projeto artístico e arquitetônico do teatro, enquanto se observa as fotos dos espaços.

Uma equipe de quase 900 pessoas, entre técnicos, artistas e funcionários, é responsável por zelar pelo funcionamento do teatro. Além disso, o Theatro Municipal coordena escolas de música e dança. Fazem parte das equipes fixas do teatro a Orquestra Sinfônica Municipal, a Orquestra Experimental de Repertório, o Balé da Cidade de São Paulo, o Quarteto de Cordas da Cidade de São Paulo, o Coral Lírico e o Coral Paulistano. 

 

PRAÇA DAS ARTES

Criada como extensão das atividades do Theatro Municipal, a Praça das Artes é um complexo cultural dedicado à música, dança, ao teatro e às exposições. É sede da Escola de Dança e da Escola Municipal de Música de São Paulo, além de abrigar grupos artísticos da Fundação Theatro Municipal de São Paulo. Em contraponto à arquitetura e tradição do Theatro, a Praça conecta-se à cidade e busca apresentar, principalmente, iniciativas contemporâneas nas artes.

A Praça das Artes está localizada entre a Rua Conselheiro Crispiniano e a Avenida São João. A primeira parte do complexo foi inaugurada em dezembro de 2012 em uma área de 29 mil m² que passou a ser ocupada em 2013 e faz parte da revitalização cultural do centro histórico de São Paulo.

A Praça das Artes é palco de exposições, tanto de itens do acervo histórico do Theatro Municipal como também de mostras de arte contemporânea, dentre outras que reafirmam sua pluralidade artística.
 

PROGRAMAÇÃO

No domingo, 14, haverá um concerto cênico para crianças da Orquestra Experimental de Repertório João e Maria. Os ingressos custam de R$ 10,00 a R$ 20,00. Em outubro, o teatro retoma a temporada lírica com Pelléas et Mélisande, obra de Claude Debussy. A ópera será uma remontagem da produção de 2012, dirigida por Iacov Hillel, e marca o centenário de morte do compositor. Os ingressos custam de R$ 20,00 a R$180,00.

Com entrada gratuita, o Happy Hour, um recital de piano e violino, acontece na segunda-feira, 15, às 18h. Para participar, é preciso retirar os ingressos com uma hora de antecedência. 

Outras informações e a programação completa podem ser obtidas no site ou na bilheteria do teatro.

 

VISITAS EDUCATIVAS

Qualquer pessoa pode inscrever-se para realizar uma visita ao Theatro Municipal. A inscrição individual é realizada diretamente no guichê ao lado da bilheteria, uma hora antes do horário da visita, por ordem de chegada, e a entrada é totalmente gratuita.

As visitas acontecem de quarta-feira a sexta-feira às 11h, 13h, 15h e 17h, e aos sábados, às 14h e às 15h, e têm duração de aproximadamente uma hora e meia.

(Com informações do site www.theatromunicipal.org.br)
 

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Papa Francisco: "arte, uma beleza que faz bem para a vida e cria comunhão"

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28 de setembro de 2018

O Papa Francisco recebeu em audiência, nesta sexta-feira (28/09), na Sala do Consistório, no Vaticano, os diretores da associação Promotores das Artes nos Museus Vaticanos, por ocasião de seu 35º aniversário de fundação.

“ Durante todos estes anos, a sua generosidade contribuiu notavelmente na restauração de vários tesouros de arte conservados nos Museus Vaticanos. ”

"Vocês levaram adiante uma tradição que atravessa os séculos, imitando os gestos daqueles que entraram na história da Igreja através da porta da arte, por exemplo, subvencionando os afrescos e os sarcófagos nas catacumbas, as grandes Catedrais românicas e góticas, e as obras de Michelangelo, Rafael, Bernini e Canova.”

 

A arte é uma beleza que cria comunhão

Segundo o Papa, a arte, “na história, perdia apenas para a vida no testemunho ao Senhor. De fato, ela foi e ainda é a estrada principal que conduz à fé mais do que muitas palavras e ideias, pois partilha com a fé o mesmo caminho, o da beleza”.

“ A arte é uma beleza que faz bem para a vida e cria comunhão, porque une Deus, o ser humano e a Criação numa única sinfonia, porque une o passado, o presente e o futuro, porque atrai ao mesmo local e envolve no mesmo olhar pessoas diferentes e povos distantes. ”

Para Francisco, a celebração do 35º aniversário de fundação dos Promotores das Artes nos Museus Vaticanos, “significa recordar com gratidão tudo isso, mas significa também renovar a consciência de uma missão importante: a de conservar uma beleza tão salutar para o ser humano”.

 

Arte, fonte de harmonia e paz

“Contemplar a grande arte, expressão da fé, nos ajuda a reencontrar o que conta na vida. De fato, a arte cristã conduz dentro de si e se eleva acima de si mesma: nos leva ao Amor que nos criou, à Misericórdia que nos salva e à Esperança que nos espera.”

“Infelizmente, hoje, em nosso mundo inquieto, dilacerado e desfigurado por egoísmos e lógicas de poder, a arte representa, talvez mais que no passado, uma necessidade universal, enquanto fonte de harmonia e paz”, concluiu o Papa.

 

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Exposição mostra história de São Paulo por meio de escrituras públicas

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20 de setembro de 2018

O Tribunal de Justiça (TJ) de São Paulo abriu a exposição Memórias Notariais: série de documentos históricos, que apresenta 13 registros, como a escritura de emancipação de Dumont (Alberto Santos Dumont, inventor brasileiro que construiu os primeiros balões dirigíveis com motor a gasolina) ou a escritura de bens de Assis Chateaubriand, o Chatô. Com entrada gratuita, a exposição pode ser vista no Salão dos Passos Perdidos, na entrada principal da sede do TJ, na Praça da Sé. A visitação é aberta de segunda a sexta-feira, das 12h30 às 18h30, até 28 de setembro.

Os documentos mostram a história de lugares e personalidades paulistas por intermédio das escrituras públicas arquivadas nos cartórios, com o apoio da Seção São Paulo do Colégio Notarial do Brasil. Há documentos raros, como as escrituras de compra e venda da Casa Rosa das Rosas (1913) e de constituição de condomínio do Copan, considerado ponto turístico da capital.

A mostra tem ainda duas escrituras de escravos de 1871 e o documento datado de 1623, no qual o tabelião Simão Borges Sequeira, da então Vila de São Paulo, relata o assassinato de um índio que iria se converter ao catolicismo.

Os amantes do futebol podem ver as escrituras públicas dos principais estádios dos clubes paulistas: Parque São Jorge, Palestra Itália, Morumbi, Vila Belmiro e o estádio do Juventus, localizado na Rua Javari.
 

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A dança e o colorido de grupo folclórico mexicano na Praça São Pedro

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29 de agosto de 2018

Na Audiência Geral desta quarta-feira, chamou a atenção pelo colorido e a exuberância das vestimentas a presença do grupo folclórico mexicano “Manos del mundo”.

Os participantes são descendentes dos antigos maias, do Estado mexicano de Quintana Roo (Yucatán). Eles estavam acompanhados por Dom Pedro Pablo Elizondo Cárdenas, L.C., bispo dede Cancún-Chetuma.

O grupo dançou diante do Papa seguindo uma antiga coreografia maia, evocando a história da aparição da Virgem de Guadalupe ao índio São Juan Diego.

"Manos del Mundo" está presente em Roma nestes dias para participar de eventos culturais de promoção do Estado mexicano de Yucatán.

 

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Este mês, Metrô tem exposições fotográficas e parcerias com museus

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04 de julho de 2018

No mês de julho, novas atrações da tradicional Linha da Cultura levam arte, cultura e entretenimento aos usuários nas estações da capital paulista. Em parceria com o Museu de Arte Sacra, o Metrô apresenta a mostra “Cidades invisíveis”.

A partir do próximo sábado (7), a sala de exposições do museu na Estação Tiradentes (Linha 1-Azul) abriga obras do artista plástico Luiz Martins. O acervo conta com esculturas, fotografias e vídeos inspirados no livro de mesmo nome do escritor italiano Italo Calvino, e retrata a relação do homem com o ambiente urbano.

A partir do dia 10, terça-feira, a Vitrine Cultural da Estação Trianon-Masp (Linha 2-Verde) recebe pinturas da exposição “Histórias Afro-Atlânticas”, que está na íntegra no MASP. Quem passar pela estação pode conferir as obras “Zeferina” e “João de Deus Nascimento”, do pintor Dalton Paula, “Cabeça de homem”, de Antonio Rafael Pinto Bandeira e “O Menino”, de Arthur Timótheo da Costa.

No mês em que é comemorado o Dia do Rock (13 de julho), entra em cartaz na Estação República (Linha 3-Vermelha) a exposição “Rock e seus impactos”, que – já a partir do dia 10 – reúne imagens de performances de alunos da School of Rock Brasil.

O projeto, presente em mais de 10 países, tem como objetivo transformar vidas através do poder da música, com trabalhos voltados para o trabalho em equipe e inclusão social.

Ainda na Linha 3-Vermelha, a Estação Santa Cecília recebe, também no dia 10, a mostra “Joias do mar: vidas microscópicas que contam a história do planeta”. A exposição apresenta imagens de foraminíferos, seres minúsculos que habitam os oceanos há milhões de anos, e que ajudam cientistas no estudo do ambiente marinho atual e suas transformações ao longo da história.

Para conhecer a programação completa da Linha da Cultura, acesse:
http://www.metro.sp.gov.br/cultura/linha-cultura/index.aspx.

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São Paulo enCANTADA

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24 de janeiro de 2018

Uma das mais conhecidas canções sobre a cidade São Paulo, “Sampa”, em que as avenidas Ipiranga e São João ficaram eternizadas na composição de Caetano Veloso, está longe de ser a única que declara o amor pela maior cidade do Brasil e uma das maiores do mundo. “São mais de 3 mil títulos”, contou ao O SÃO PAULO , Assis Ângelo, jornalista, estudioso da cultura popular brasileira e fundador do Instituto Memória Brasil (IMB). 

Durante mais de 20 anos, o paraibano de João Pessoa pesquisou sobre as canções que falam da Capital Paulista, dos seus pontos turísticos ou de seus bairros, e chegou a um total de mais de 7 mil autores. Agraciado com o Título de Cidadão Paulistano, em 1998, Assis está reunindo todo esse material para “doar” a São Paulo, como ele mesmo disse, o “Roteiro Musical da cidade de São Paulo – pequena enciclopédia da música brasileira”, com a organização de um acervo que existe há mais de 40 anos.

“Quero escrever uma enciclopédia incluindo títulos, autores e contando a história de cada música, incluindo o gênero, quem fez, quando e o porquê. Esse é um grande desejo meu, um belo projeto”, continuou Assis, que tem 65 anos e mora no bairro de Campos Elíseos. 

A primeira música dedicada à Capital Paulista é de 1917/1918. “Há cem anos, Alberto Marino compunha a valsa choro ‘Rapaziada do Brás’, que era originalmente instrumental e ganhou letra em 1960, com os versos de Alberto Marino Júnior. Aliás, o bairro do Brás é o mais cantado, seguido pela Mooca. O disco foi gravado de modo independente pelo próprio compositor, em 1927”, contou Assis.

Outra canção que também foi gravada de modo instrumental, em 1922, e só posteriormente ganhou letra é o Hino Nacional Brasileiro. “É o primeiro hino do País que fala de um bairro, o Ipiranga”, recordou o Pesquisador. 

Tom Zé é o compositor com maior número de canções sobre a cidade. O baiano de Irará é autor de “São, São Paulo” e de “Augusta, Angélica e Consolação”. As ruas e avenidas lembradas por Tom Zé também são muitas vezes citadas por compositores de diferentes estilos musicais. Carol Naine, uma das indicadas para o Prêmio da Música Brasileira em 2017, compôs “Consolação” e “Passo Torto”; um projeto dos músicos Kiko Dinucci, Rodrigo Campos e Romulo Fróes fez “Samuel”, uma música que retrata a rua Augusta sob o olhar de um garoto que mora na periferia da cidade. “Tem um mano tocando ali/ Nem é tão diferente assim/ Nem é longe de casa aqui”, diz a canção. É na Augusta também que se contextualiza a canção “Rua Augusta”, considerada um dos primeiros hinos do rock brasileiro nos anos 1960. A música foi o maior sucesso de Ronnie Cord (Ronaldo Cordovil), um dos ídolos do período pré-Jovem Guarda e foi regravada por Raul Seixas. 

 

ECLÉTICA

É por ali, entre a Augusta, a Consolação e a Paulista que Fábio de Lima Martin, 32, passa grande parte dos seus dias. Ele nasceu na zona Sul de São Paulo, mas morou até os 25 anos na zona Norte. Com os fones no ouvido, ele vai de casa até o trabalho, a pé ou de bicicleta, e tem um gosto musical extremamente eclético, como ele mesmo disse à reportagem. “Acho que eu tenho a mesma personalidade da cidade de São Paulo”, disse sorrindo, em mais um dia de trabalho na Produtora 8 milímetros.

Mais velho de quatro irmãos, Fábio viveu sua primeira infância no Mandaqui até os 4 anos de idade. Dos 4 aos 11, no Jardim Brasil, e dos 11 até os 25, no Jardim São Paulo. “Acho que a zona Norte tem vida própria e eu não queria mesmo sair de lá, mas a vida da gente dá voltas e hoje não quero sair da Vila Mariana, onde moro”, contou. 

Formado em Fotografia, Fábio disse que foi no Jardim São Paulo que começou a “tomar posse” da cidade onde nasceu. “Brincava na rua e ia para a escola sozinho e, desde então, percebi o quanto a confusão paulistana fazia parte de mim. Aliás, tenho muito orgulho de dizer que nasci aqui”, continuou ele. Os cafés e bares da Augusta e as diferentes opções de salas de cinema e teatro na Paulista são os lugares preferidos desse paulistano filho de paulistanos, que disse “não ter vontade nenhuma de morar fora de Sampa, a não ser por períodos curtos, para ter outras experiências profissionais”. 

Ao ser perguntado sobre as músicas que embalam sua experiência com a cidade, Fábio teve dificuldades em decidir. “É complicado, pois eu gosto de tanta coisa”, brincou. Talvez por isso, o cantor e compositor Criolo afirmou que “Não dá pra descrever numa linda frase de um postal tão doce/ Cuidado com doce/ São Paulo é um buquê/ Buquês são flores mortas num lindo arranjo”. Crítico, com sua música “Não Existe Amor em SP”, Criolo faz um retrato marcante da Capital Paulista. 

“São Paulo é a cidade mais cantada em verso e prosa e, naturalmente, em todas as notas musicais. São artistas do Brasil inteiro e alguns do exterior que aqui passaram e deixaram suas marcas com partituras e em discos gravados.  ‘Baião no Brás’, de Luiz Gonzaga com Humberto Teixeira é um exemplo disso.  Ary Barroso, mineiro de Ubá, também compôs sobre São Paulo. Tom Jobim é autor de ‘Te amo São Paulo’ e Paulo Vanzolini, paulistano, é compositor de ‘Ronda’, samba canção que a Inezita Barroso gravou em seu primeiro disco, em 1953. Isso sem contar o grande Adoniran Barbosa, que teve suas músicas gravadas pelos Demônios da Garoa”, citou Ângelo Assis.

Assim, a eclética São Paulo continua a encantar quem nela vive ou por aqui passa. Ela é esta complexa cidade repleta de tons e letras diferentes, que assustam e atraem ao mesmo tempo.

 

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