INTERNACIONAL

Haiti

Presidente Jovenel Moïse sob pressão

Por Gustavo Catania Ramos
07 de novembro de 2019

o setor médico participou dos protestos contra o governo nas ruas de Porto Príncipe

No Haiti, a posição do presidente Jovenel Moïse está cada vez mais frágil. Depois dos universitários, dos trabalhadores têxtis e dos artistas,  o setor médico participou dos protestos contra o governo nas ruas de Porto Príncipe , capital do país, no dia 30 de outubro. 
Centenas de profissionais da área de saúde se manifestaram, exigindo melhores condições de trabalho e um aumento de salários. A saúde no país enfrenta uma de suas piores crises: falta de material, ruína de infraestruturas e escassez de medicamentos. “Atravessamos uma situação que supera mesmo a medicina da guerra”, manifestou-se um médico durante o protesto. 
O Haiti, depois de dois meses de manifestações, está completamente paralisado. Diversas escolas estão fechadas devido à violência de algumas manifestações contra o governo. Diante da degradação de condições de vida e da péssima qualidade dos serviços públicos, a crise política e institucional se espalha sobre a ilha. A oposição exige a renúncia imediata do presidente Moïse. A grande corrupção no país, atinge tanto as elites políticas quanto as econômicas, isso é uma das maiores causas dos protestos.
A Organização das Nações Unidas (ONU) afirmou que ao menos 42 pessoas morreram depois de dois meses de manifestações. Desse total, 19 foram mortas pela Polícia, e as outras mortes ocorreram por indivíduos armados ou em consequência de outros ataques ainda desconhecidos. 
“As forças de segurança sob o comando do presidente Jovenel Moïse recorreram a uma força excessiva. Esses fatos devem, sem demora, ser objeto de uma investigação aprofundada e eficaz”, declarou Erika Guevara-Rosas, diretora da Anistia Internacional para as Américas. 
A Anistia Internacional afirmou que “os policiais, armados de armas semiautomáticas, atiraram com balas reais na direção dos manifestantes, descumprindo, assim, o direito internacional referente aos direitos humanos e às normas relativas ao recurso à força”.


Fontes: Vatican News/ Le Monde.fr

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