INTERNACIONAL

NIGÉRIA

Mediador de conflito étnico, sacerdote é assassinado

Por Gustavo Catania Ramos
16 de outubro de 2019

O Sacerdote morreu carbonizado, pois um grupo de homens armados o emboscou e ateou fogo ao veículo
 

O Padre David Tanko, da Diocese de Jalingo, Nigéria, foi assassinado, na quinta-feira, 29 de agosto, dentro de seu carro enquanto se dirigia à cidade de Takum para um encontro com outros sacerdotes a fim de dialogar sobre os conflitos entre os grupos étnicos Tiv e Jukun. O Sacerdote morreu carbonizado, pois um grupo de homens armados o emboscou e ateou fogo ao veículo. 


O Sacerdote exercia seu ministério na Paróquia São Pedro, na localidade de Amadu, e o assassinato ocorreu na cidade de Kufai Amadu, no estado de Taraba, nordeste do país. 


O Bispo de Jalingo, Dom Charles Hammawa, disse que recebeu a notícia emocionado. “Isso é triste. A diocese está de luto”. 


“Estamos pregando a paz e fazendo esforços para levar ambos os grupos em crise a uma mesa-redonda”, disse o Prelado segundo a imprensa local. 


O presidente do Conselho do estado de Taraba, Shiban Tikari, afirmou aos meios locais de comunicação que o crime foi realizado por uma milícia da etnia Tiv. Já o presidente da Nigéria, Muhammadu Buhari, reagiu energicamente ao assassinato e prometeu empreender mais esforços para acabar com o conflito. 


“O assassinato de um sacerdote católico enfatiza a urgência de enfrentar esse conflito duradouro e embaraçoso. Em nome do governo federal e de toda a população do país, apresento minhas condolências à comunidade católica, ao governo e ao povo de Taraba, pelas perdas decorrentes da violência que abala as comunidades”, disse o presidente do país. 


O chefe de Estado salientou a necessidade do diálogo entre as etnias envolvidas para a solução do problema: “A solução a longo prazo, e duradoura, depende da vontade daqueles que estão envolvidos em ouvir a razão e em dar uma chance à paz”.


“É hora de os líderes dos grupos étnicos se encontrarem e elaborarem um plano para uma paz duradoura. O impacto dessa violência persistente na vida social e econômica das pessoas é incalculável”, concluiu.


Fontes: Vatican News/ ACI Prensa

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