INTERNACIONAL

Estados Unidos

História de religiosa e ex-estrela do basquete vira documentário

Por Gustavo Catania Ramos
16 de outubro de 2019

Melhor jogadora de basquete universitário à sua época, Shelly Pennefather hoje é religiosa e vive no Mosteiro das Clarissas

Em 1991, a jogadora de basquete Shelly Pennefather recebeu uma oferta de contrato para ganhar 200 mil dólares anuais em um time profissional, o que seria um dos maiores salários em sua categoria. Inesperadamente, a jogadora negou a proposta e hoje é religiosa enclausurada em um Mosteiro das Clarissas no Estado da Virgínia.  A história da Irmã Rose Marie – nome que adotou após se tornar religiosa – tornou-se tema de documentário produzido pelo canal americano de esporte ESPN. 


A história da Religiosa chama atenção, pois ela era considerada a melhor jogadora do basquete universitário. No ensino médio, ganhou três campeonatos estaduais do Estado de Denver e, na universidade de Villanova, fez 2.408 pontos em jogos oficiais, recorde da instituição tanto no basquete feminino quanto no masculino. Em 1987, ganhou o Troféu Wade, concedido à melhor jogadora de basquete universitário feminino. 


De família católica, Irmã Rose Marie é filha de uma mulher que ia à missa diariamente. Seu pai, que sempre reunia a família para a oração do Terço, a ensinou a jogar basquete e foi o grande incentivador de sua carreira. 


Após sair da universidade, Shelly foi jogar basquete profissional no Japão. Longe de seus amigos e de sua família, sentiu-se muito solitária e desejou voltar para os Estados Unidos. Como seu time perdia todos os jogos, teria de ficar mais dois meses no Japão antes de voltar para o seu País. Assim, fez uma promessa que, caso seu time ficasse entre os seis melhores, iria gastar seu tempo nos Estados Unidos em um trabalho voluntário com as Irmãs Missionárias da Caridade, na Pensilvânia. O time ficou em terceiro lugar, e Shelly cumpriu sua promessa. 


Nesse trabalho voluntário, a jogadora teve, diante do Sacrário, uma forte experiência da presença de Cristo na Eucaristia, e decidiu tornar-se religiosa. Escolheu uma congregação de carisma franciscano. “Fiquei fascinada por São Francisco de Assis, que finalmente ajudou Santa Clara a iniciar uma ordem chamada Clarissas”, contou à ESPN.


O Mosteiro das Clarissas, na cidade de Alexandria, possui uma das regras mais rígidas do País. A família pode visitá-la apenas duas vezes por ano, mas a conversa ocorre separada por uma tela. Neste ano, Irmã Rose Marie pôde abraçar sua família pela primeira vez desde a profissão de seus votos, em 1994 – neste Mosteiro, as religiosas podem fazê-lo apenas uma vez a cada 25 anos. O evento ganhou destaque no documentário, e muitos membros da família, jogadoras e técnicos tiveram a oportunidade de abraçar a religiosa.


“Gostaria que todos pudessem viver a minha vida um pouco para ver. É tão tranquila. Sinto que não estou subestimando a vida. Estou vivendo-a ao máximo”, expressou Irmã Rose Marie.

Fonte: ESPN

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