Encontro sobre Pacto Educativo Global é adiado para outubro

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03 de março de 2020

O Pacto Educativo Global, encontro promovido pelo Papa Francisco para reacender o empenho para e com as jovens gerações, será realizado entre os dias 11 e 18 de outubro, em Roma. A adesão ao pacto será assinada em 15 de outubro. As datas foram divulgadas em comunicado da Congregação para a Educação Católica, que organiza o encontro, por meio da Sala de Imprensa da Santa Sé.

O evento mundial sobre o tema “Reconstruir o Pacto Educativo Global” estava anteriormente previsto para 14 de maio, com uma série de encontros complementares entre os dias 10 e 17, como a “Aldeia da Educação”, com as melhores experiências educativas internacionais, ilustradas por jovens estudantes provenientes do mundo inteiro. De fato, o Papa Francisco convidou todos os agentes e responsáveis do campo da educação e da pesquisa para se fazerem presentes.

A motivação para a mudança das datas está ligada às incertezas, em escala mundial, sobre a propagação do Covid-19. No comunicado da Congregação, a precaução para permitir uma maior e serena participação possível dos interessados.

ALIANÇA PESSOAL E COMUNITÁRIA

O Pacto Global não se limita às instituições escolásticas e universidades, mas, na convicção que o compromisso educativo deva ser compartilhado por todos, envolve os representantes das religiões, dos organismos internacionais e das diversas instituições humanitárias do mundo acadêmico, econômico, político e cultural. Nessa ótica, a ampla e variada participação desejada pelo Papa Francisco compreende não uma dimensão secundária ao Pacto Educativo, mas constitua a premissa e o propósito de tal aliança.

A Congregação para a Educação Católica continua trabalhando para esse encontro, segundo as intenções manifestadas pelo Papa Francisco: “procuramos juntos encontrar as soluções, iniciar os processos de transformação sem medo e olhar o futuro com esperança. Convido cada um a ser protagonista dessa aliança, assumindo um compromisso pessoal e comunitário para cultivar juntos o sonho de um humanismo solidário, respondendo às expectativas do homem e ao projeto de Deus”.

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Meu filho vai para a escola

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29 de janeiro de 2020

O período de licença-maternidade de Juliana Paula Torrecillas terminou quando seu filho, Raphael, tinha apenas 7 meses de vida. A bancária, casada com Eduardo Torrecillas, precisou, então, es- colher um berçário que atendesse às suas necessidades. Mesmo confiante com a decisão que tomara, foi impossível evitar a angústia e as lágrimas ao levar seu bebê ainda tão pequeno à escola.

“É um sentimento de abandono por estar deixando outra pessoa cuidar do seu filho. Uma cobrança se o que estou fazendo está certo, pois ele vai ser cuidado por outra pessoa que não a mãe”, contou Juliana ao O SÃO PAULO. Seu choro continuou por mais alguns dias, mas cessou na medida em que percebia que Raphael estava sendo bem cuidado.

Juliana disse que conversar com outras mães, algumas delas colegas de trabalho, contribuiu para que a preocupação fosse minimizada. No início, ela levava e buscava o filho todos os dias e aproveitava para acompanhar o desenvolvimento de seu bebê na instituição.

Em 2020, Raphael, que hoje tem 5 anos, concluirá a etapa da educação infantil e, em 2021, irá para o primeiro ano do Ensino Fundamental. A aceitação do novo ciclo está sendo pensada em conjunto com a atual escola e Juliana afirmou perceber no filho uma ansiedade positiva com a mudança de fase.

MEDO DA ESCOLA

“O primeiro dia de aula para os pais é bastante tante angustiante devido aos medos e inseguranças relacionados à proteção e ao cuidado. Na opinião deles, na escola a criança não receberá o tratamento semelhante ao de casa. Eles tentam sempre fazer o melhor para seus filhos e muitas vezes acreditam que, naquele novo ambiente, o amor, o cuidado, a atenção e o carinho não serão os mesmos do ambiente familiar. Portanto, sentem-se culpados e com medo do que acontecerá”, salientou a Psicóloga Infantil e Psicopedagoga clínica e educacional, Mariana Bechara Ximenes.

Esse receio por parte dos pais se reflete na criança, que se sente insegura, conforme explicou Mariana. De acordo com ela, durante a fase primária da infância, é comum o sentimento de medo do abandono, também conhecido como “ansiedade de separação”. Para evitá-lo, é preciso que os pais transmitam segurança aos filhos, inclusive de forma não verbal.

É importante, ainda, escolher uma institução de ensino de confiança e estabeler com ela uma relação de diálogo: “A minha dica é pensar nos benefícios que a escola trará para essa criança, como independência, convivência com outras crianças, desenvolvimento da criatividade e imaginação, descoberta de coisas novas, entre outros. Pensar nos pontos positivos ajudará a manter a tranquilidade e passará confiança para a criança nesse difícil momento”, frisou a psicopedagoga.

O PRIMEIRO DIA PASSOU, MAS ...

Mariana explicou que é necessário firmeza por parte da família, pois, mesmo passados alguns dias, a criança ainda pode  demostrar   resistência quando vai à escola. O comum é que, dentro de duas semanas, ela já esteja habituada: “Muitos  pais acabam permitindo que a criança domine a situa ção por sentirem- se  culpados. Garanto que isso é extremamente ruim, e a adaptação da criança será muito mais demorada”, afirmou Mariana.

Para ela, é importante que a escola esteja atenta ao período de adaptação da criança, que os profissionais estejam disponíveis para sanar as dúvidas da família e que eles busquem conquistar a confiança dos novos alunos.

Outro aspecto citato pela psicopedagoga foi a importância de que as regras estabelecidas em casa sejam semelhantes às aplicadas na escola, pois, caso contrário, a criança se sentirá desorientada, apresentando birras e mau humor. Por isso, é fundamental escolher instituições com a mesma concepção de educação da família.

DIÁLOGO CONSTANTE

Thalia Santana Ferreira, casada há sete anos com Claudecir Fernandes, matriculou o filho mais velho, João Miguel, 4, somente quando a família, que é da Bahia, chegou ao estado de São Paulo. Na época, ele tinha 2 anos de idade.

Pelo fato de o menino não estar habituado a conviver com outras crianças, Thalia precisou dialogar com o filho, ensinando-o, entre outras coisas, que no ambiente da escola deve haver respeito pelos colegas e professores.

Os pais de João se revezavam para levar e buscar o filho e conversavam com os educadores sobre as atividades realizadas durante o dia. A aproximação entre escola, família e criança fez com que João fosse, aos poucos, sentindo-se confortável no ambiente.

No início de fevereiro, João começará a pré-escola. Thalia agora explica ao filho sobre as mudanças que existirão na nova escola.

Thalia e Claudecir também são pais de Henzo Gabriel, de 1 ano e 3 meses, que só irá para a creche com a mesma idade do irmão, aos 2 anos, pois o casal acredi ta que a adaptação nessa idade ocorre mais rapi- damente.

 

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Igreja no Brasil lançará ações voltadas ao Pacto Educativo Global

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29 de janeiro de 2020

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) irá lançar, na sexta-feira, 31, o projeto “A Igreja no Brasil, com o Papa Francisco, pelo Pacto Educativo Global”. A iniciativa é uma parceria da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e a Educação, a Associação Nacional de Educação Católica (Anec), a Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) e outros organismos.

No lançamento, será apresentado o Pacto Educativo Global, a ser celebrado pelo Papa Francisco, em 14 de maio de 2020, no Vaticano. O convite foi lançado pelo Pontífice no dia 12 de setembro de 2019, com o objetivo de “reconstruir o pacto educativo global” e celebrar os 5 anos da Encíclica Laudato Si', sobre o cuidado da casa comum. A liderança do Papa nesse processo já havia sido apontada pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), quando a instituição indicou que a humanidade carece de “uma autoridade moral” capaz de liderar uma aliança mundial pela educação, como o Papa Francisco.

CONVITE DO PAPA

Em setembro de 2019, o Pontífice fez um convite, por meio de uma mensagem em vídeo, a educadores e jovens para a participação do evento no Vaticano. Ele explicou que se trata de um “encontro para reavivar o compromisso em prol e com as gerações jovens, renovando a paixão por uma educação mais aberta e inclusiva, capaz de escuta paciente, diálogo construtivo e mútua compreensão”.

Para alcançar esses objetivos globais, Francisco indica três passos ou três “coragens”: a coragem de colocar no centro a pessoa, a coragem de investir as melhores energias e a coragem de formar pessoas disponíveis para se colocarem ao serviço da comunidade.

NO BRASIL

O evento que acontecerá na sede da CNBB, em Brasília (DF), será apresentado uma proposta de caminho de vivência, partilha de experiências em preparação à celebração do Pacto Educativo Global para a Igreja no Brasil e um itinerário pós 14 de maio.

O projeto prevê uma série de atividades, como um Seminário Nacional de Educação, sensibilização sobre o pacto na 58ª Assembleia Geral dos Bispos do Brasil, em abril deste ano, e uma plataforma online para partilha de projetos e práticas educativas na perspectiva do humanismo solidário e da ecologia integral proposta pela encíclica Laudato Si'.

ASSISTA AO VÍDEO DO CONVITE DO PAPA FRANCISCO:

(Com informações de CNBB e Vatican News)

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MEC suspende início das inscrições para o Prouni

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28 de janeiro de 2020

Inicialmente programadas para terem início nesta terça-feira (28), as inscrições para o Programa Universidade para Todos (Prouni) foram suspensas pelo Ministério da Educação nesta segunda-feira, 27. O ministério ainda não estipulou nova data.

A decisão foi tomada após o Tribunal Regional Federal (TRF) da 3ª Região suspender a divulgação do resultado das inscrições no Sistema de Seleção Unificada (Sisu). Segundo o MEC, o cronograma do do Sisu e o do Prouni, ambos programas de acesso à educação superior, só serão divulgados após uma decisão final da justiça.

O Sisu oferta vagas em instituições públicas de ensino superior. Já o Prouni oferta bolsas de estudo em instituições particulares de ensino superior. Mas ambos utilizam notas do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Como foi comprovada a falha na correção de algumas provas do Enem, a justiça atendeu o pedido da Defensoria Pública da União (DPU) de suspender a divulgação dos resultados do Sisu. A ideia é não comprometer a transparência e a lisura do procedimento que dá acesso às vagas, seja de um programa, seja de outro.

Segundo a DPU, em seu pedido, a revisão das notas pode provocar alteração nos resultados finais de todos os candidatos. E essa alteração, ainda que de décimos, pode ser a diferença entre conseguir ou não a vaga pretendida.

O MEC, no entanto, vai disponibilizar aos estudantes a consulta de bolsas do Prouni, uma vez que se trata apenas de uma informação. Com isso, a consulta das mais de 251 mil bolsas relativas ao processo seletivo 1/2020 já está aberta.

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Mapa da Desigualdade revela múltiplos desafios da capital

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16 de novembro de 2019

Olhar as desigualdades da capital paulista não apenas a partir das questões de renda é um dos propósitos do Mapa da Desigualdade, apresentado anualmente pela organização sem fins lucrativos Rede Nossa São Paulo (nossasaopaulo.org.br). 
Com 53 indicadores referentes à população, meio ambiente, segurança viária, direitos humanos, habitação, saúde, educação, cultura, esporte, trabalho e renda, o Mapa da Desigualdade 2019, lançado no começo deste mês, permite verificar os gargalos em serviços e equipamentos públicos nos 96 distritos da cidade e pode ajudar na definição das políticas públicas. 
Elaborado com base em dados fornecidos pela Prefeitura de São Paulo, o Mapa traz ainda o chamado “Desigualtômetro”, que afere a distância entre o melhor e o pior indicador. De acordo com Carolina Guimarães, coordenadora da Rede Nossa São Paulo, dos 37 indicadores analisados no “Desigualtômetro”, em 20 houve aumento das desigualdades, em 15 se verificou diminuição e dois permaneceram iguais ao aferido em 2018.

VIVE-SE MENOS NA CIDADE TIRADENTES
Um morador da Cidade Tiradentes (zona Leste) vive 11 anos a menos que a média da população da cidade: 57,3 anos ante 68,7 anos. Já em Moema (zona Sul) registrou-se a maior média, 80,6 anos. 
Ao O SÃO PAULO, Carolina mencionou um dado que ajuda a explicar a diferença entre esses distritos: na Cidade Tiradentes morreram 67 pessoas de até 15 anos de idade; em Moema, quatro. “Na Cidade Tiradentes, há um percentual elevado de mortalidade infantil, além de problemas de infraestrutura. Pensar nessas complexidades ajuda a entender os resultados. Por exemplo: não se investe o necessário em saneamento básico, pois isso não dá retorno imediato ao setor público ou ao setor privado, mas este é um investimento com resultados em longo prazo, que eleva tanto a expectativa de vida quanto a qualidade de como se vive”, explicou. 

TRABALHO E RENDA
A Cidade Tiradentes também é a lanterna quando o assunto é o índice de empregos formais, uma realidade para apenas 0,2% da população economicamente ativa neste distrito. Esse indicador é 247 vezes inferior ao registrado na Barra Funda (zona Oeste), em que 59,2% da população têm emprego formal. 
Na avaliação de Carolina, o poder público e as empresas podem ajudar a gerar oportunidades se estiverem atentos às realidades locais. “Marsilac (zona Sul), por exemplo, é um lugar com muita área verde, mas não há emprego. Promover o ecoturismo poderia ser uma alternativa”, analisou. “Diferentes setores precisam pensar como, a partir dos ativos que têm, podem conseguir soluções, porque, devido à desigualdade, há um impacto tanto social quanto econômico”, complementou.

SAÚDE: MELHORIAS E CONTRASSENSOS
Em números gerais, o atendimento de saúde apresentou melhorias no comparativo entre 2018 e 2019: o tempo médio de espera para consulta com um clínico geral caiu de 45,3 dias para 19,3 dias. Em relação às equipes da Estratégia de Saúde da Família, a redução foi ainda maior: de 20,7 dias para 4,4 dias. 
No entanto, há contrassensos. Marsilac, onde a quantidade de Unidades Básicas de Saúde (UBSs) é a melhor da cidade (3,6 para cada 10 mil habitantes), está na dianteira no índice de mortalidade infantil (24,6 para cada mil crianças nascidas vivas). Outro dado que chama a atenção é que a Vila Nova Cachoeirinha (zona Norte) lidera o índice de pré-natal insuficiente (31,9% das gestantes fizeram menos que as sete consultas recomendadas), embora haja no distrito um hospital maternidade municipal. 

DIFERENÇAS NA EDUCAÇÃO
Em dois indicadores, em especial, houve melhorias nos valores médios em relação a 2018: o índice de matrículas nas creches municipais aumentou de 41,1 para 46,7; e o tempo de espera por uma vaga caiu de 129,7 dias para 106,9 dias. No entanto, as diferenças entre os distritos são consideráveis: enquanto em Guaianases (zona Leste) essa espera dura, em média, 18,5 dias, na Vila Andrade (zona Sul), é de 260,9 dias, ou seja, 14 vezes maior. 
Foi registrada uma pequena retração no percentual de matriculados na pré-escola (de 41,3% para 40,1%), bem como no ensino básico da rede pública (de 59,9% para 57,3%). 

TRÂNSITO E VIOLÊNCIA NA REGIÃO CENTRAL
O índice mais elevado de violência contra a mulher foi registrado na Sé: 803,9 casos para cada 100 mil habitantes (803,9/100 mil). Esse distrito também está na dianteira dos casos de feminicídio, 8,4/100 mil, e de registros de racismo e injúria racial, 13/100 mil. 
A segurança viária também preocupa a Sé, que tem o maior índice de mortes no trânsito (30,6/100 mil) e de atropelamentos (21,4/100 mil). Na Barra Funda, um distrito próximo à região central, foram registrados os mais elevados índices de acidentes com bicicleta (31,8/100 mil) e de atropelamentos (329,9/100 mil).

VAZIOS CULTURAIS 
O Mapa da Desigualdade revela um “vazio cultural” em muitos distritos da cidade. Não há equipamentos públicos de cultura em 23 distritos, museus em 47, teatros em 42, cinemas em 54, salas de shows e de concertos em 52, acervo de livros para adultos em 44 e acervo de livros infantojuvenil em 45.
 “Há muitos distritos com zeros, mas há uma cultura periférica, não formalizada, que muitas vezes ocupa espaços que são privados ou públicos, mas que não consegue financiamento, pois há entraves para que seja oficializada”, ponderou Carolina. 

ENCAMINHAMENTOS 
A coordenadora da Rede Nossa São Paulo assegurou que tem buscado respostas das secretarias municipais a respeito dos indicadores mostrados no Mapa da Desigualdade 2019, bem como tentado agendar reuniões com os secretários, além de buscar a realização de uma audiência pública para tratar de questões relacionadas aos direitos humanos.
“Pensar na desigualdade nas políticas públicas é um tema ainda muito pontual. Há alguns fomentos na periferia para equipamentos públicos. No entanto, é preciso um trabalho conjunto de muitas secretarias, com o orçamento cruzado, para se conseguir abordar as deficiências, que estão relacionadas a uma série de fatores. Os problemas da cidade são muito complexos e requerem investimentos de longo prazo. Não estamos falando de manutenção, de custeio, mas de investimento”, concluiu. 

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A vez da escola pública!

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18 de outubro de 2019

“O que você quer ser quando crescer?” É comum ouvir as crianças respondendo decididamente a essa pergunta em alta voz: “Professor!”.
Afinal, quem não tem alguma lembrança de um professor ou professora que marcou a sua vida? E que, para além dos ensinamentos básicos do currículo, ensinou muito sobre os valores necessários para uma vida digna e feliz?
Em outubro, os professores são lembrados por alunos, amigos, familiares e todos os que acreditam que a educação e o trabalho do educador podem fazer a diferença na vida de uma criança, adolescente ou jovem.
Mesmo diante de tantas críticas à educação pública, não é raro encontrar profissionais que escolheram esse caminho e se sentem motivados pelo desejo de oferecer a seus alunos um ensino de qualidade e acessível a todos. 
Kamila Gomes, 35, e Juliana Gonçalves Mutafi, 31, decidiram logo que queriam ser professoras e estão há mais de dez anos dentro das salas de aula de escolas públicas da cidade de São Paulo.

RECONHECIMENTO
Quando começou a trabalhar, como estagiária, em escolas públicas, Kamila percebeu que aquele era o espaço que buscava para desenvolver a profissão. As primeiras experiências foram em redes conveniadas, até que ela passou no primeiro concurso e iniciou seu trabalho na Rede Municipal, numa escola situada no Jardim Damasceno, zona Noroeste de São Paulo.
“Trabalhar na escola pública é um desafio a partir do momento em que a escola nos faz reviver nossa própria história. Eu sempre estudei em escola pública e me reconheço nas realidades das crianças”, disse.
Para a professora, que atua com Educação Infantil e já foi coordenadora, “a escola não dá conta da sociedade atual, mas é o espaço de maior interação entre as crianças, é o espaço que promove cidadania, participação e transformação social”.
Sobre o motivo pelo qual Kamila acredita na educação pública, ela salientou que a escola pública possibilita experiências para além da educação formal. “Na escola pública, há uma troca cultural e formação cidadã para todos. Hoje em dia, também é o espaço que as crianças têm para dialogar, denunciar violências, conhecer o diferente”, continuou.

AFETO E RESPEITO
Juliana Gonçalves Mutafi é professora no município de São Paulo há nove anos. Quando se formou em Magistério, trabalhou em uma escola particular, mas, assim que teve oportunidade, prestou um concurso e começou a dar aulas na rede municipal de ensino.
“Desde o primeiro dia, senti que ali era meu lugar. Foi então que eu entendi o que significava ser professora para todos e lutar por uma educação de qualidade”, afirmou Juliana, em entrevista ao O SÃO PAULO. 
Falando sobre as dificuldades que percebe na rede pública de ensino, Juliana, que é professora do Ensino Fundamental, enumerou alguns fatores que, a seu ver, dificultam o ensino e contribuem para o descrédito das escolas públicas, entre os quais: salas cheias (35 alunos ou mais), falta de material didático, alunos com dificuldades de aprendizagem, estudantes com problemas de saúde e necessitados de atendimento médico, insegurança dos professores. 
Apesar dessas dificuldades, Juliana afirma que há muitas razões para acreditar no ensino público. Segundo contou, escolas municipais em São Paulo estão recebendo investimentos em aulas de Robótica, em equipamentos como impressoras 3D e na criação de academias estudantis de Letras. 
“Todas essas conquistas são fruto de diálogo, de grupos de estudos que se formam entre os profissionais da educação, de lutas diárias contra a tentativa de desmobilização da educação. Acredito na educação pública, porque meus heróis e exemplos vieram de lá e acreditaram em mim”, afirmou Juliana.

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Carteira estudantil digital começará a ser emitida em 90 dias

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09 de setembro de 2019

A carteira estudantil digital começará a ser emitida em 90 dias e será ofertada nas lojas Google Play e Apple Store. Com o documento, os estudantes vão poder pagar meia-entrada em shows, cinema, teatro e outros eventos culturais. O prazo começa a contar hoje, 9, com a publicação da medida provisória (MP) que dispõe sobre o pagamento de meia-entrada no Diário Oficial da União.

O estudante que solicitar a carteira digital terá que consentir com o compartilhamento dos dados cadastrais e pessoais com o Ministério da Educação (MEC) para subsidiar o Sistema Educacional Brasileiro — o novo banco de dados nacional dos alunos, a ser criado e mantido pela pasta.

O MEC poderá usar essas informações apenas para formulação, implementação, execução, avaliação e monitoramento de políticas públicas. O sigilo dos dados pessoais deve ser garantido sempre que possível.

O estudante com idade igual ou superior a 18 anos e o responsável legal pelo aluno menor de idade responderão pelas informações autodeclaradas e estarão sujeitos às sanções administrativas, cíveis e penais previstas em lei na hipótese de fraude.

De acordo com a MP, a carteirinha digital poderá ser emitida pelo MEC; pela Associação Nacional de Pós-Graduandos; pela União Nacional dos Estudantes (UNE); pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes); por entidades estudantis estaduais, municipais e distritais; diretórios centrais dos estudantes; centros e diretórios acadêmicos e outras entidades de ensino e associações representativas dos estudantes, conforme definido em ato do ministro da Educação.

O MEC poderá ainda firmar contrato ou instrumento congênere com a Caixa Econômica Federal para emissão gratuita ao estudante do modelo físico da carteira de identificação estudantil.

Segundo a MP, a nova carteira estudantil física solicitada em um ano será válida até 31 de março do ano seguinte e a digital, enquanto o aluno permanecer matriculado em estabelecimento que forneça os níveis e as modalidades de educação e ensino. O documento perderá a validade quando o estudante se desvincular do estabelecimento.

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Carteira estudantil digital começará a ser emitida em 90 dias

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09 de setembro de 2019

A carteira estudantil digital começará a ser emitida em 90 dias e será ofertada nas lojas Google Play e Apple Store. Com o documento, os estudantes vão poder pagar meia-entrada em shows, cinema, teatro e outros eventos culturais. O prazo começa a contar hoje, 9, com a publicação da medida provisória (MP) que dispõe sobre o pagamento de meia-entrada no Diário Oficial da União.

O estudante que solicitar a carteira digital terá que consentir com o compartilhamento dos dados cadastrais e pessoais com o Ministério da Educação (MEC) para subsidiar o Sistema Educacional Brasileiro — o novo banco de dados nacional dos alunos, a ser criado e mantido pela pasta.

O MEC poderá usar essas informações apenas para formulação, implementação, execução, avaliação e monitoramento de políticas públicas. O sigilo dos dados pessoais deve ser garantido sempre que possível.

O estudante com idade igual ou superior a 18 anos e o responsável legal pelo aluno menor de idade responderão pelas informações autodeclaradas e estarão sujeitos às sanções administrativas, cíveis e penais previstas em lei na hipótese de fraude.

De acordo com a MP, a carteirinha digital poderá ser emitida pelo MEC; pela Associação Nacional de Pós-Graduandos; pela União Nacional dos Estudantes (UNE); pela União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes); por entidades estudantis estaduais, municipais e distritais; diretórios centrais dos estudantes; centros e diretórios acadêmicos e outras entidades de ensino e associações representativas dos estudantes, conforme definido em ato do ministro da Educação.

O MEC poderá ainda firmar contrato ou instrumento congênere com a Caixa Econômica Federal para emissão gratuita ao estudante do modelo físico da carteira de identificação estudantil.

Segundo a MP, a nova carteira estudantil física solicitada em um ano será válida até 31 de março do ano seguinte e a digital, enquanto o aluno permanecer matriculado em estabelecimento que forneça os níveis e as modalidades de educação e ensino. O documento perderá a validade quando o estudante se desvincular do estabelecimento.

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Jovens da Fundação Casa farão cursos em Etecs e Fatecs

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30 de julho de 2019

Em julho, 26 jovens que cumprem medidas socioeducativas na Fundação Casa receberam a notícia de um importante passo para ressocialização e qualificação profissional. Eles foram aprovados nos vestibulares do Centro Paula Souza para cursos técnicos e ensino superior.

Um dos estudantes aprovados é Carlos (nome fictício), que cumpre medida no centro de Botucatu. O adolescente recebeu a notícia de que foi aprovado no processo seletivo da Escola Técnica Estadual (Etec) para o curso técnico de Mecânico de Maquinagem.

A conquista foi um complemento à trajetória do jovem, que iniciou no mês passado um estágio na Secretaria de Assistência Social, por meio do Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee). O sonho do adolescente é trabalhar um dia na Embraer.

No segundo semestre, 159 jovens da Fundação foram inscritos para participar das provas das Etecs e outros 57 jovens fizeram os vestibulares das Fatecs. Os aprovados cumprem medidas nas unidades de Itanhaém, São Vicente, Mongaguá, Franco da Rocha, em unidades da capital, do interior (Irapuru, Mirassol, Tanabi, Botucatu, Cerqueira César e São Carlos) e em Jacareí, no Vale do Paraíba.

De acordo com a gerente de Educação Profissional da Fundação Casa, Cristina Lumiko Nakasone Watanabe, o desempenho dos jovens é fruto de um trabalho integrado.

“As equipes multiprofissionais dos centros analisam caso a caso. Quando detectam que o jovem tem perfil para cursar uma Etec ou uma Fatec, elas começam então um trabalho de reforço”, disse. “Os servidores do setor pedagógico trazem provas antigas e refazem com eles, aplicam simulados e tiram dúvidas”, explicou.

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Educação nomeia 1,4 mil Agentes de Organização Escolar

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18 de junho de 2019

Os 1.495 Agentes de Organização Escolar (AOE) aprovados em concurso público foram nomeados nesta terça-feira (18) para atuarem nas escolas estaduais de São Paulo. A nomeação foi publicada na edição do Diário Oficial desta terça.

Os candidatos agora precisam agendar o exame médico, e caso estejam aptos à função, já podem tomar tosse e entrar em exercício.

Os agentes têm a responsabilidade de controlar a movimentação dos estudantes nas dependências da escola, auxiliar a manutenção da disciplina geral e contribuir com a gestão escolar na organização de atividades. Com a presença desses profissionais nas escolas, diretores, vices e coordenadores podem direcionar seu trabalho para as questões pedagógicas.

Na rede estadual, a remuneração do Agente de Organização Escolar é de R$ 1.005,79 (salário base), além de abono complementar de R$ 136,85, totalizando R$ 1.142,64 mensais.

Participaram do concurso público candidatos com idade mínima de 18 anos e nível médio completo. O exame foi eliminatório, classificatório e composto de 80 questões de múltipla escolha de: língua portuguesa; raciocínio lógico e matemática; conhecimentos específicos; e informática. Os aprovados foram classificados por ordem decrescente da nota final, em lista de classificação por Diretoria Regional de Ensino e por Polo de Diretorias Regionais de Ensino.

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