Editoras católicas marcam presença na 25ª Bienal internacional do Livro de São Paulo

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02 de agosto de 2018

Pela 25ª vez, São Paulo sediará a Bienal Internacional do Livro, um dos maiores eventos do gênero no País. A Bienal acontecerá entre os dias 3 e 12 de agosto, no Anhembi, maior centro de exposições da América Latina. O evento é palco para o encontro das principais editoras, livrarias e distribuidoras do Brasil. Estima-se um público de 700 mil visitantes, em um espaço total de 70 mil m².

Editoras católicas que participam da Bienal do Livro apresentam ao público lançamentos de obras e uma programação intensa, que inclui atividades para todas as idades. É o caso da Edições Loyola , que, ao completar 60 anos, contará em seu estande, com 1,3 mil livros e diferentes opções de leitura, além de três eventos pensados especialmente para o evento.

 

LOYOLA

Além da estante, a Edições Loyola promoverá diferentes atrações em três espaços oficiais da Bienal Internacional do Livro. “Trata-se de um evento enorme, um encontro de diversas culturas, diversas editoras, é mais que justo que nós estejamos por lá”, frisou Rogério Arruda Martins, coordenador de Marketing da Edições Loyola.

Na segunda-feira, 6, às 17h, no espaço Cozinhando com Palavras, será realizado o lançamento do livro “Destempero – quando a vida pede mais sabor”, da autora Tathy Araújo. Ela, juntamente com Gisela Savioli - também autora da Edições Loyola e responsável pela alimentação do Papa Bento XVI, durante sua visita ao Brasil, em 2007 –, participarão da mesa de debates “Livros para uma vida saudável”. 

Na terça-feira, 7, a partir das 16h, na Arena Cultural, o Padre Marcos Roberto Pires, da Arquidiocese de São Paulo, fará o lançamento do livro “Deus não para de nos atrair”. Além do lançamento, Padre Marcos participará da tarde de autógrafos, show musical e orações com o público. Atualmente, o Padre apresenta diariamente na rádio 9 de Julho o programa “Orando em Família”, das 11h às 12h. 

Padre Lício de Araújo Vale, da Diocese de São Miguel Paulista e autor do livro “E foram deixados para trás” participará na quarta-feira, 8, às 18h, do Espaço do Saber Microsoft, na mesa de debates “É preciso falar sobre”. O objetivo do encontro é salientar aos participantes sobre os riscos do suicídio – sobretudo – no âmbito escolar. 

 

OBRAS

Deus não para de nos atrair”, obra escrita pelo Padre Marcos Roberto Pires, conta os caminhos percorridos pelo sacerdote ao longo de sua infância, adolescência e vida religiosa. “Estou ansioso, porque nesse livro eu vou contar um pouco da minha história. É praticamente uma biografia da minha vida, sobre como Deus foi agindo até hoje e me chamando”, falou em entrevista ao O SÃO PAULO.

Padre Marcos salientou a presença da Igreja Católica em grandes eventos e sua participação na Arena Cultural. “É uma oportunidade de estar no meio da humanidade e contribuir com uma palavra, com um livro e com todo mundo”, enfatizou.

Em “Destempero – quando a vida pede mais sabor”, a autora, Thaty Araújo, conta que, após problemas de saúde, decorrentes do ritmo acelerado que vivia, passou por uma reeducação alimentar. Com o propósito de transmitir às pessoas uma experiência de vida focada no equilíbrio, nasceu o livro que chama a atenção para o bem-estar do corpo e da alma.

 

LITERATURA CATÓLICA

Rogério Arruda comentou sobre a relevância de as editoras católicas estarem em grandes eventos como a Bienal Internacional do Livro.

“Nós não podemos esquecer que temos vários autores, publicações católicas que dialogam com todos os saberes e com todos os interesses”, disse o Coordenador de Marketing, ao defender a presença da Igreja nesse espaço. 

Edições Loyola, que pertence à Companhia de Jesus (Jesuítas), trará em seu estante opções de leitura na linha dos exercícios espirituais jesuítas.

 

VOZES

Presente desde a primeira Bienal Internacional do Livro de São Paulo, em 1970, a editora Vozes , em 2018, destacará os 80 anos da “Folhinha do Sagrado Coração de Jesus”. Segundo o coordenador nacional de Vendas, Teobaldo Heidemann’s, o resgate da história da “Folhinha” será divido por décadas. Em cada uma delas, começando por 1940, ano do primeiro folheto, será destacado um cromo correspondente a uma década. Entre as obras que serão lançadas na Bienal está “Nós e a Escola - Agonias e alegrias”, de Mario Sergio Cortella, uma edição ampliada e renomeada que discute a valorização da atividade docente como ato, sobretudo, de amor. 

 

AVE-MARIA

Com 120 anos de fundação, a editora Ave-Maria participará da 25º edição da Bienal Internacional do Livro com o lançamento do livro “Dia a dia com Jesus – Turma da Mônica”. A obra é resultado da parceria entre o Padre Luís Erlin e Maurício de Sousa, responsável pelas ilustrações. Voltado para o público infantil, nas páginas do livro as crianças poderão compreender a oração desde os primeiros anos de vida, no diálogo e aproximação com Jesus.

 

PAULINAS

A Paulinas Editora, parte integrante da instituição católica Pia Sociedade Filhas de São Paulo, as Irmãs Paulinas, foi fundada em 1915, com o objetivo de evangelizar na cultura da comunicação.  Presente mais uma vez na Bienal Internacional do Livro de São Paulo, a Paulinas apresenta novidades e atrações para diferentes perfis de público, de crianças a religiosos, no estande B089 do evento. 

Paulinas Editora, ao longo de sua trajetória, vem sendo reconhecida por sua atuação com inúmeras premiações, com destaque para nove Prêmios Jabuti – o mais importante prêmio literário do País, conferido pela Câmara Brasileira do Livro (CBL). Lançamentos, oficinas, conto de histórias e sessões de autógrafos com autores da Capital Paulista e de fora da cidade estão na programação da Editora.

 

PAULUS

A Paulus Editora pertencente à Pia Sociedade de São Paulo – Paulinos, marca presença na Bienal com o teatro de marionetes, promoções, lançamentos, autógrafos, cultura, diversão e um convite à leitura. Entre as novidades, os visitantes poderão acompanhar, diariamente, o espetáculo do teatro de marionetes, com o artista Abraão Gouveia, com histórias inovadoras os bonecos ganham vida para contar a fascinante história do espetáculo “Pedacinhos do Brasil”. Outro destaque da editora é a “Nova Bíblia Pastoral”, edição especial, em papel branco. Com uma linguagem simples, essa versão apresenta tradução a partir dos idiomas originais e notas explicativas a todos os textos. 

 

25ª BIENAL INTERNACIONAL DO LIVRO DE SÃO PAULO

Parque Anhembi -Avenida Olavo Fontoura, 1.209,  Santana - São Paulo (SP)

Transporte Gratuito

Para os visitantes que utilizarem o Metrô, haverá transporte gratuito à disposição. Os ônibus circularão com ida e volta ao Parque Anhembi a partir da estação Portuguesa-Tietê do Metrô (Linha 1-Azul) durante todos os dias do evento.

Ingressos

R$20,00, de terça-feira à quinta-feira; e R$25,00, às sextas-feiras, sábados e domingos (com opções de meia entrada para estudantes, idosos e professores da rede pública municipal/estadual de ensino).

Horários

Segunda à sexta-feira: das 9h às 22h (entrada até às 21h) Sábados e domingos: das 10h às 22h (entrada até às 21h

 

PROGRAMAÇÃO DAS EDITORAS CATÓLICAS NA BIENAL

Sábado, 4

Homenagem ao Instituo Padre Haroldo, com a presença do Presidente do instituto, colaboradores e pessoas acolhidas, na estande da editora Loyola -  Estande L020

Lançamento de “Nós e a Escola - Agonias e alegrias”, de Mario Sergio Cortella, às 19h30, pela editora Vozes, no espaço localizado atrás da Arena Cultural. Lançamento de “Amor e tempestade - Superando as reviravoltas da vida”, de Altierez dos Santos, às 15h30, no estande da Paulus, M020. Lançamento da “Folhinha do Sagrado Coração de Jesus”, às 14h, com Frei Edrian, organizador, no estande da Vozes, M028. Bate-Papo sobre “Liderança, inovação e criatividade”, com Maria Elisa Moreira, autora de “Era uma vez dentro de nós”, às 14h, no estande Paulinas, B089. Teatro de Marionete (sábados e domingos), às 11h/13h/15h/17h, no estande Paulus, M020.

Domingo, 5

Lançamento da “Folhinha do Sagrado Coração de Jesus”, às 13h, com Frei Edrian, organizador, no estande da Vozes, M028. Lançamento de “Eu mais feliz”, de Ezequiel Dal Pozzo, às 15h, no estande Paulinas, B089. Lançamento de “Filhos felizes”, de Mariangela Mantovani, às 17h, no estande Paulinas, B089. Teatro de Marionete, às 11h/13h/15h/17h, no estande Paulus, M020.

Segunda-feira, 6

Lançamento de “Cozinhando com Palavras”, de Tathy Araújo, às 17h, no estande da Loyola, L020.  Contação de histórias e sessão de autógrafos com Eliane de Prá, autora de “O gatinho fofoqueiro”, às 14h, no estande Paulinas, B089. Teatro de Marionete (de segunda-feira à sexta-feira), às 11h/13h/14h/15h, no estande Paulus, M020.

Terça-feira, 7

Lançamento de “Deus não para de nos atrair”, do Padre Marcos Roberto Pires, pela editora Loyola, às 16h, na Arena Cultural. Contação de histórias com Sílvio Costta, autor de “O cozinheiro atrapalhado”, às 10h, no estande Paulinas, B089. Contação de histórias sobre a cultura afro e sessão de autógrafos com o autor Sunny, às 14h, no estande Paulinas, B089. Bate-papo e sessão de autógrafos com a Irmã Helena Corazza, Padre Leomar Nascimento e Padre Edélcio Ottaviani, autores de “Homilia – Espaço para comunicar esperança”, às 18h30, no estande Paulinas, B089.

Quarta-feira, 8

Bate papo sobre o livro "E foram deixados para trás, Edições Loyola, das 18h às 19h, no Espaço do Saber Microsoft Padre Lício de Araújo Vale, da Diocese de São Miguel Paulista e autor do livro na mesa de debates “É preciso falar sobre”. O objetivo do encontro é salientar aos participantes sobre os riscos do suicídio – sobretudo – no âmbito escolar. Das 19h30 às 21h sessão de autógrafos com Padre Lício, 

Contação de histórias e sessão de autógrafos com Peter O’Sagae, autor de “Uma noite para João e outros poemas”, às 14h, no estande Paulinas, B089. Bate-papo e sessão de autógrafos com a Irmã Helena Corazza e Irmã Joana Puntel, autoras de “Espiritualidade do comunicador”, às 18h30, no estande Paulinas, B089.

Quinta-feira, 9

Lançamento de "Cultivar e guardar a criação", Edições loyola, - 2° Concurso de Redação e Arte da Rede Jesuíta, das 15h às 17h, no espaço de autógrafos Suzano.

Comemoração 20 anos da Coleção O Coordenador Pedagógico, na estande da Edições Loyola, estante L020

Lançamento de “Vegetais que geram e promovem a vida”, de Hilton Claudino, às 16h30, no estande Paulinas, B089. Bate-papo e sessão de autógrafos com o Professor Adilson Citelli e Grupo de Pesquisa Mediações Educomunicativas, autores de “Comunicação e Educação”, às 18h30, no estande Paulinas, B089.

Sexta-feira, 10

Bate-papo com o autor Fábio Monteiro, às 10h e às 14h, no estande Paulinas, B089. Teatro de Marionete, às 11h/13h/14h/15h, no estande Paulus, M020.

Sábado, 11

Lançamento Destempero - quando a vida pede mais sabor, de Thaty Araúj, Edições Loyola, na estande da editora L020

Lançamento de “Bentinho, o amigo de Deus”, de Dom João Baptista Barbosa Neto, às 14h, no estande da Paulus, M020. Lançamento de “Dia a dia com Jesus – Turma da Mônica”, de Padre Luís Erlin e ilustrações de Maurício de Sousa, às 13h30, no estande da editora Ave-Maria, M018. Haverá sessão de autógrafos com o Maurício de Sousa e presença dos personagens Mônica e Cebolinha. Bate-papo e sessão de autógrafos com Vanessa Abreu Barbosa, autora de “Lancheira gostosa e nutritiva!”, às 11h, no estande Paulinas, B089. Bate-papo e sessão de autógrafos com Augusto Goldoni, autor de “Atravessando os vales da depressão”, às 14h, no estande Paulinas, B089.

Domingo, 12

Lançamento de “Um antônimo em meu nome”, de Glória Kirinus, às 14h, no estande da Paulus, M020. Lançamento de “Filhos felizes”, de Mariangela Mantovani, às 11h, no estande Paulinas, B089.


 

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Bibliotecas Municipais recebem óculos que transformam textos em áudio

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27 de junho de 2018

A Prefeitura de São Paulo adquiriu 15 unidades do aparelho OrCam MyEye, uma espécie de óculos que escaneia e transforma instantaneamente textos em áudio. O prefeito Bruno Covas participou nesta terça-feira (26) da entrega da primeira unidade na Biblioteca Paulo Sérgio Duarte Milliet, no bairro da Água Rasa, na Zona Leste da cidade.

“A estimativa é que tenha na cidade de São Paulo até 1 milhão de pessoas com algum tipo de deficiência visual. Todas elas poderão ser beneficiadas por esse programa. Com esses óculos, elas poderão pegar qualquer livro da estante e ter acesso a esta obra, sem depender de livros traduzidos em braile ou áudiolivros. A gente espera com esta iniciativa democratizar o acesso às bibliotecas municipais na cidade de São Paulo”, afirmou o prefeito.

Inicialmente, 12 bibliotecas receberão o equipamento, permitindo que usuários com algum tipo de deficiência visual, com déficit de atenção e dislexia tenham acesso a todos os livros do acervo das unidades. “Esta é uma iniciativa muito importante para propiciar o acesso à leitura às pessoas com deficiência visual. Foi uma experiência muito boa, é um aparelho bacana mesmo, que me dá autonomia para poder ler os livros em tinta, que a gente não conseguia ter esse acesso”, disse o jornalista Gustavo Torniero, deficiente visual.

Nesta fase de teste, os óculos serão distribuídos nas bibliotecas Mário de Andrade (Centro), Centro Cultural São Paulo (Zona Sul), Affonso Taunay (Zona Leste), Alceu A. Lima (Zona Oeste), Álvares de Azevedo (Zona Norte), Brito Broca (Zona Norte), Hans Christian Andersen (Zona Leste), Monteiro Lobato (Centro), Mário Schenberg (Zona Oeste), Paulo Duarte (Zona Sul), Paulo Sérgio Millet (Zona Leste) e Viriato Corrêa (Zona Sul).

A expectativa é que até o final de 2020, todas as 54 bibliotecas municipais tenham, pelo menos, um par de óculos, fazendo com que todos os livros do acervo municipal fiquem à disposição do leitor com deficiência visual, e não somente o acervo em Braille e áudiolivros. “A cidade de São Paulo precisa ser para todos, não dá para ter uma biblioteca que só uma parte da população possa usar”, disse Covas.

“Nós temos mais de 5 milhões de exemplares nas nossas bibliotecas. Com esse aparelho, todos passarão a ser acessíveis à população com deficiência visual e às pessoas que não conseguem ler livros, mas que poderão utilizar este serviço nas bibliotecas. Isso é estimular a leitura, com autonomia e liberdade”, disse o secretário municipal de Cultura, André Sturm.

A iniciativa faz parte do programa Biblioteca Viva, lançado no ano passado com o objetivo de incentivar a leitura. Com o aparelho, as pessoas com deficiência visual poderão buscar nas próprias estantes das bibliotecas o livro que desejar, garantindo também mais autonomia de cada um.

“É uma iniciativa fantástica. Investimento em tecnologia assistiva como essa é fundamental. Irá atender uma demanda crescente, já que a população com deficiência está cada vez mais na rua, nos espaços públicos”, afirmou o secretário municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida, Cid Torquato.

Desenvolvido pela “Mais Autonomia Tecnologia Assistiva”, o equipamento pode ser aplicado não só em livros, mas também jornais, revistas, placas de rua, cardápios de restaurantes, nomes de lojas, mensagens do celular, placas de sinalização e folhetos. Trata-se de uma pequena câmera inteligente que, acoplada nas hastes de qualquer par de óculos, escaneia e lê instantaneamente textos em português e inglês, em qualquer superfície, reconhecendo também produtos, código de barras, cores, cédulas de dinheiro e até mesmo rostos que estiverem cadastrados previamente, tudo em tempo real.

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A Catedral da Sé em diálogo com a metrópole

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08 de fevereiro de 2018

Tocar uma pedra e descobrir, por meio de um painel interativo, onde ela foi utilizada na construção da Catedral da Sé, dentro de um museu histórico, é apenas um dos muitos projetos que estão sendo pensados para tornar a Catedral, localizada no coração de São Paulo, um lugar que concentre informações sobre a construção da própria igreja, da praça e da cidade para fiéis e turistas de modo geral. 

No dia 25 de janeiro, quando a cidade de São Paulo chegou ao seu 464º aniversário e a Catedral 64 anos de inauguração, foi pensada uma série de atividades que marcasse a data, já tradicionalmente comemorada pelos paulistanos de diferentes maneiras. 

Em entrevista ao O SÃO PAULO , Camilo Cassoli, consultor responsável pela captação de recursos e ação cultural da Catedral da Sé, falou sobre ações que já estão sendo realizadas e muitas outras que serão implementadas a médio e longo prazo. Uma delas é justamente um museu permanente que conte a história da construção da Catedral da Sé, as mudanças na Praça e, ao mesmo tempo, o crescimento da cidade ao seu entorno.

No dia do aniversário da cidade, após a missa, as pessoas puderam prestigiar, gratuitamente, um concerto da Bachiana Filarmônica Sesi-SP, sob a direção do Maestro, internacionalmente reconhecido, João Carlos Martins e, posteriormente, as que adquiriram o convite, um Brunch especial que incluía a oportunidade de visitar as torres e a cúpula da Catedral, considerada o maior templo neogótico do País.

MÚSICA, MAESTRO!

Pelo terceiro ano consecutivo, a Bachiana Filarmônica Sesi-SP se apresentou na Catedral da Sé, por ocasião do dia 25 de janeiro. Dessa vez, o Maestro, além de conduzir um repertório surpresa, tocou ao piano algumas peças, entre elas uma de Mozart, e regeu outras como ‘Jesus alegria dos homens’, de Bach, compositor que dá nome à orquestra, Beethoven, Vila Lobos, e ‘Trem das Onze’, de Adoniram Barbosa, durante a qual o Maestro convidou o público para cantar junto. 

Em entrevista exclusiva ao O SÃO PAULO , João Carlos Martins, pianista e maestro, fundador da Fundação Bachiana e considerado por mídias internacionais um dos maiores intérpretes de Bach do século XX, disse que considera ‘Trem das Onze’ um hino de São Paulo e que vive, junto à sua orquestra, a missão de difundir a música clássica. “É normal acontecerem concertos dentro das igrejas e, no Brasil, estamos aplicando isso em muitas cidades do interior, mostrando que aqueles fiéis que vão à igreja, depois voltam para uma sala de concerto. É uma missão que a Bachiana tem e que estamos tentando cumprir tendo como carro chefe a Catedral da Sé”, disse. 

João Carlos, que começou sua carreira como maestro, após problemas físicos que dificultaram suas execuções ao piano, enfatizou que só existe – ou deveria existir – um tipo de música, aquela de bom gosto. “Quando a música é de bom gosto, pode ser popular ou de qualquer gênero, eu sempre estou ao lado e apoiando. Eu só não gosto quando a música não tem nenhum fundamento emocional, nem nenhuma mensagem.”

Além disso, o Maestro salientou que está na música sacra a origem da música. “Tudo começa com o canto gregoriano que depois, no renascimento, foi ganhando forma. A música ocidental, com um sistema temperado, tem em Bach seu maior compositor.” Ao ser perguntado sobre seu desejo para a cidade de São Paulo, João Carlos Martins disse que os cidadãos paulistanos estão precisando de esperança. “Desejo que a esperança faça parte de todos os habitantes de São Paulo, é isso que nós precisamos: esperança.” 

Foi a terceira vez, também, que Cesar Miranda, spalla e violinista da Bachiana, apresentou-se na Catedral da Sé. Ele, que faz os solos de violino nas apresentações, é o braço direito do maestro e disse que é sempre uma experiência única tocar dentro da igreja. “A Catedral é belíssima e é muito bom tocar dentro dela e sentir a alegria do local”, afirmou Cesar, que estudou violino de forma independente.

Para Camilo, os concertos são atividades muito interessantes, e o objetivo é que eles se tornem parte de uma agenda fixa de eventos. “Queremos aproveitar a posição geográfica e também histórica da Catedral na cidade para trazer outras pessoas e, com estes eventos, ajudar na manutenção do próprio templo”, explicou. 

À MESA!

Pela quarta vez, em momentos pontuais e com cardápios variados, a Catedral abriu as portas para acolher um evento que traz para os espaços internos da igreja um momento de descontração e cultura: o Brunch . “É uma forma de manter contato com pessoas que podem apoiar os projetos e colaborar na viabilização do evento, com patrocínios e troca de serviços, além da oportunidade de participar das celebrações e conhecer espaços que ainda não estão abertos ao público”, continuou Camilo, que falou ainda sobre outras modalidades de eventos que estão sendo pensados para atingir públicos variados. Na atual, com chefes de cozinha que assinam o cardápio, a participação no Brunch tem o custo médio de R$ 200,00. 

Para André Ahn, que está à frente do restaurante Clos, na Vila Nova Conceição, há dois anos, este foi um dos eventos mais importantes da sua trajetória como chefe de cozinha. “Foi uma grande honra e uma imensa felicidade ter sido convidado para cozinhar em espaços anexos do templo da  Catedral da Sé, ainda mais no aniversário da cidade. Comemorar esse dia num evento para a cidade, num símbolo como a Catedral da Sé, é realmente muito especial”, afirmou.

Aos 35 anos, o paulista de Santos (SP) pensou num cardápio que dialogasse com o espaço. Por isso, no menu formado por uma entrada com oito tipos de canapés, utilizou em cada receita um ingrediente que decora a Catedral, como jabuticaba, laranja, caju, baunilha e amendoim. Além disso, as sobremesas foram feitas a partir de biscoitos e licores que são vendidos, diariamente, na lojinha que fica na entrada da igreja e que são produzidos dentro de mosteiros e casas de congregações religiosas. 

No dia 25, uma equipe com cerca de 40 pessoas serviu aproximadamente 140 convidados, que além de participarem da missa e do concerto com João Carlos Martins, puderam apreciar os pratos pensados por André e conhecer melhor os espaços da Catedral. 

Na quarta edição, o ‘Brunch na Catedral da Sé’ - que teve à frente o chefe de cozinha André Ahn -
faz parte dos projetos culturais que estão sendo pensados para que se desenvolvam na Catedral,
atividades que dialoguem com o centro da cidade, como concertos, oficinas e a criação de um
museu histórico;  além da venda de produtos com a marca oficial

CENTRO CULTURAL E RELIGIOSO

Uma nova marca da Catedral foi criada e com ela já estão sendo desenvolvidos produtos específicos como cadernos e canetas. “Pelo fato de a Catedral ser uma construção relativamente recente em relação à outras catedrais, temos muitas imagens de sua construção. Já foram realizadas, por exemplo, a reprodução de fotos em padrão museológico, com certificado de autenticidade, que as tornam obras de arte e que estão sendo comercializadas. A partir dessas fotos, pretendemos produzir cadernos, camisetas, por exemplo, que sejam mais acessíveis ao público e que possam ser adquiridos por quem quer uma lembrança da Catedral ou até mesmo pela internet, por pessoas que nunca a conheceram”, explicou Camilo. 

Outra ação, que promete transformar a relação das pessoas com o espaço é a criação de um museu histórico. “Tudo está em estágio inicial, a ideia é ter um museu permanente e também com exposições temporárias. Existem 400 metros entre o Pateo do Collegio e a Catedral e são 450 anos de história da cidade que separam estes dois marcos. Quando a Catedral é inaugurada, em 1954, São Paulo já é uma megalópole. Contar a história da Catedral é contar a história de São Paulo, incluindo não só a explosão ocupacional, mas das diferentes culturas que a construíram, de muitos lugares diferentes do mundo”, continuou Camilo, que falou também sobre os investimentos em tecnologia que precisam ser realizados e para os quais a equipe ainda está no processo de captação de recursos.

Outras ações, como a restauração do órgão estão contempladas neste grande projeto. O objetivo, contudo, é o diálogo com o entorno e a manutenção do próprio templo que hoje não é autossuficiente e não consegue manter-se com o que arrecada com doações e o dízimo dos fiéis. 

“Queremos atrair pessoas para fazer da Catedral um lugar de acolhida e de convergência das pessoas no centro da cidade. É claro que a grande oferta que a Catedral faz é do Evangelho, do encontro com Deus, seja pela pregação da Palavra, seja pelo acolhimento na igreja.  Nós queremos que muitas pessoas, se sentindo aqui acolhidas e seguras, comecem a vir também para participar das celebrações”, enfatizou Padre Luiz Eduardo Baronto, atual cura da Catedral. Ele salientou também que os projetos têm em vista a manutenção da Catedral.

 

PROJETOS SOCIAIS

Sobre o diálogo com o entorno, sobretudo em relação às pessoas em situação de rua que ficam, em grande número, na Praça da Sé, Camilo disse “que quanto melhor a Catedral estiver, isso refletirá na Praça e vice-versa”.  

Em parceria com a ‘Projeto Vida Nova’, que será inaugurado ainda este ano e manterá um prédio localizado em frente à Catedral, pretende-se desenvolver ações que incidam diretamente na vida das pessoas, como a geração de renda e oficinais musicais e artísticas. “Fala-se muito sobre a questão da revitalização do centro e essa é uma ação da Catedral que não pode estar isolada, mas acontece juntamente com ações do poder público e também da iniciativa privada. Tanto do ponto de vista cristão quanto do ponto de vista social, é importante que a Catedral e a Praça caminhem juntas em termos de melhoria e que esta seja uma ação sólida e permanente”, explicou Camilo Cassoli. 

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Dom Odilo participa da inauguração da II Mostra sobre Dom Bosco

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20 de outubro de 2017

No final da tarde do domingo, 15, o Reitor-Mor, Padre Ángel Fernández Artime, inaugurou a II Mostra sobre Dom Bosco “A Utopia e a Realidade na Missão Salesiana”, no Museu da Obra Salesiana no Brasil, em São Paulo.

A exposição, dividida em diversos espaços, mostra traços do carisma salesiano na formação da Inspetoria de São Paulo e também o trabalho missionário realizado em diversas regiões do Brasil.

Na mostra, dividida em cinco blocos (O Grande Mestre, As Missões, Liturgia, Gabinete de Curiosidades e Educação), houve a preocupação de apresentar os pioneirismos dos primeiros salesianos, seja nas missões junto a povos indígenas, seja com religiosos e educadores voltados para a população mais carente, que crescia na cidade de São Paulo no final do século XIX, com a libertação dos escravos e com a vinda dos imigrantes europeus.

A placa de inauguração da mostra foi revelada pelo Padre Ángel, juntamente com o Cardeal Odilo Pedro Scherer, enquanto o corte da fita inaugural foi realizado pelo Padre Ángel e pelo Inspetor Salesiano, Padre Edson Castilho.

Estiveram presentes o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Scherer; o Exarca Apostólico da Igreja Armênia de Rito Oriental Católica, Dom Vartan Boghossian; o Bispo Auxiliar de São Paulo, Dom Eduardo Vieira dos Santos; os Bispos Salesianos Dom Milton Santos, Arcebispo de Cuiabá; Dom Antonio Carlos Altieri, Arcebispo Emérito de Passo Fundo; Bispo Emérito de São Miguel Paulista, Dom Fernando Legal; Bispo da Diocese de Santos, Dom Tarcísio Scaramussa; além de sacerdotes salesianos, Filhas de Maria Auxiliadora, Irmãs da Caridade de Jesus e muitos educadores, colaboradores das casas salesianas e membros da comunidade em geral.

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Festival 70+ trará artistas consagrados em apresentações gratuitas em SP

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19 de setembro de 2017

Pensando nos artistas veteranos que continuam em plena atividade, a Secretaria Municipal de Cultura lança neste mês o Festival 70+. Entre os dias 28 de setembro e 1º de outubro, apresentações musicais, de dança e teatro chegam a quatro espaços da região central. A programação é totalmente gratuita.

Entre os destaques estão o show do cantor Agnaldo Rayol, em 1º de outubro, às 14h, no Boulevard São João, no centro; e a apresentação da atriz e cantora Zezé Motta, em 30 de setembro, às 15h, na Praça das Artes, com seu último trabalho, “Negra Melodia”.

 O álbum é uma homenagem a Luiz Melodia e Jards Macalé. Morto em agosto deste ano, Luiz Melodia foi um grande amigo de Zezé. Gravaram juntos inúmeras canções, entre elas “Dores de Amores”.

A partir de outubro, o projeto Festival 70+ passará a integrar a programação do Circuito Municipal de Cultura.

 

CLIQUE E ACESSE A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO FESTIVAL 70+

NA RÁDIO 9 DE JULHO

Acompanhe os boletins jornalísticos diários, às 11h e às14h.

Ouça em AM 1.600 kHz – em toda a Grande São Paulo

Acesse em: www.radio9dejulho.com.br

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Principais documentos dos papas sobre Nossa Senhora

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11 de mai de 2017

“Graças ao excelente trabalho executado por nosso estimado consócio, Prof. Dr. Edson Sampel, membro do Conselho Diretor da AMA [Academia Marial de Aparecida], que organizou esta coletânea, oferecem-se aos católicos, em um único volume, as reflexões dos papas acerca do papel desempenhado por Maria Santíssima nos planos divinos de salvação da humanidade”, diz Padre Valdivino Guimarães, diretor da AMA, na apresentação do livro “Principais documentos dos papas sobre Nossa Senhora - do Beato Pio IX a Francisco”.

A obra vai ao encontro da novíssima perspectiva da AMA, que vive uma nova fase, com a intenção de resgatar o caráter científico da instituição e manter um núcleo constante de teólogos ou mariólogos, que constituem a sua essência. O livro reúne os principais documentos escritos pelos sumos pontífices sobre Maria desde a segunda metade do século XIX até os dias atuais. O livro chega às livrarias no ano em que são celebrados os 300 anos do milagre ocorrido no rio Paraíba do Sul, quando pescadores encontraram a imagem de Nossa Senhora da Conceição, dando início à devoção a Nossa Senhora Aparecida, a Padroeira do Brasil. O Cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo emérito de Aparecida (SP), afirma sobre a obra: “Estou absolutamente certo de que o católico – e por que não dizer o cristão em geral? – terá em mãos, análises, reflexões, explicações, enfim, o suprassumo do magistério eclesiástico referente ao papel de Maria Santíssima na economia da salvação, no mistério de Cristo e da Igreja, povo de Deus. Com certeza, o estudo dessa obra aclarará conceitos e dirimirá dúvidas.”

Ainda sobre o lançamento dessa obra, o arcebispo de Aparecida, Dom Orlando Brandes, falou: “Tomei conhecimento desta auspiciosa iniciativa da Academia Marial de Aparecida de coletar, em um único volume, as principais encíclicas sobre Maria Santíssima. Que belo trabalho! Certamente, produzirá muitos frutos, instruindo os católicos na correta devoção à Mãe de Deus e Mãe nossa!”

A coletânea dos principais documentos dos papas sobre Nossa Senhora – abrangendo do Beato Pio IX a Francisco –, traz textos dos seguintes sucessores de Pedro: Pio IX, Leão XIII, Pio X, Bento XV, Pio XI, Pio XII, João XXIII, Paulo VI, João Paulo II, Bento XVI e Francisco. Há o prefácio do Cardeal Raymundo Damasceno Assis, apresentação do Padre Valdivino Guimarães, CSsR, diretor da Academia Marial de Aparecida, e notas de esclarecimento de Edson Luiz Sampel, membro do conselho diretor da AMA e organizador da obra.

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