10 dias de intenso trabalho em Aparecida

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27 de abril de 2017

Dom Odilo Pedro Scherer, no “Encontro com o Pastor” transmitido pela Rádio 9 de Julho na quarta-feira, 26, ao meio-dia, falou sobre a Assembleia dos Bispos que acontece até o dia 5 de maio, em Aparecida (SP).

“São cerca de 400 bispos, entre bispos diocesanos, auxiliares e alguns construtores e também tem um bom número de bispos eméritos que estão aqui participando do início desta Assembleia Geral. É uma assembleia muito bonita, muita gente, muitos bispos. A cada ano, nesta ocasião, os bispos ficam muito felizes também de poder trocar ideias, se confrontar, conviver uns com os outros. É um momento de grande profundidade espiritual, porque nós rezamos, cantamos, fazemos um dia de retiro e refletimos sobre muitas questões da vida da Igreja e da vida da sociedade”, afirmou o Cardeal.

Nos bastidores

Em entrevista à Radio Vaticano, O Padre Rafael Vieira, responsável pela Assessoria de Imprensa da Assembleia, disse que é importante valorizar o processo feito antes da assembleia. “Uma Comissão Episcopal foi nomeada especialmente para estudar esse tema da Iniciação Cristã, que na verdade é um resgate de várias oportunidades, que a própria CNBB já se debruçou sobre esse tema, então na verdade é uma atualização das orientações da Igreja a respeito da iniciação à vida cristã”, explicou.

“Houve um processo e aqui a Assembleia vai concluir esse processo. Serão dez dias em que os bispos vão se debruçar sobre o texto que foi elaborado durante muito tempo por essa comissão, contando com muita contribuição das dioceses, de especialistas, de teólogos. Aqui, então, os bispos olham para esse trabalho e vão fazer as suas considerações, suas correções e suas complementações, de maneira que em dez dias a Igreja no Brasil terá um novo referencial sobre esse tema, é isso que nós vislumbramos, teremos dias de estudo, de trabalho e no final se Deus quiser um novo referencial teórico, teológico, espiritual, pastoral principalmente, a respeito da Iniciação Cristã para todo nós do Brasil”, continuou Padre Rafael.

Na entrevista, o assessor disse que os bispos têm muitos outros temas que serão também abordados, como por exemplo, a questão do projeto ‘Pensando o Brasil’, que fala sobre a educação no país. Ele disse ainda que outros temas secundários mais importantes serão tratados, como a preparação para o Sínodo dos Bispos sobre os jovens, em 2018, que será uma oportunidade para que se cultive o que aconteceu na JMJ.

Servidores do povo

Já o Padre João Batista, Reitor do Santuário Nacional de Aparecida, também em entrevista para a Rádio Vaticano afirmou que  receber os bispos para a Assembleia “é uma experiência muito interessante, porque nós nunca nos julgamos assim capacitados para isso, mas na verdade é porque nós colocamos a figura do bispo como um príncipe, alguém muito importante e no dia a dia nós convivemos com eles como servidores da Igreja. Creio que a grande maioria dos bispos se coloca como um servidor mesmo, aquele que está para pastorear o seu povo. Isso é importante, porque traz para nós uma esperança muito grande de que a Igreja no Brasil seja aquilo que Jesus fez quando lavou os pés dos discípulos”. lava pés.

Fonte: Rádio Vaticano e Rádio 9 de Julho

Por Nayá Fernandes e Larissa Freitas

 

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Pensando o Brasil: Educação

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26 de abril de 2017

O trabalho coordenado por Dom João Justino de Medeiros Silva, arcebispo coadjutor eleito de Montes Claros (MG) e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Cultura e a Educação da CNBB (leia mais na página 11), aborda o cenário da educação no Brasil, caminhos e pistas de ação para superação dos principais desafios. O texto destaca que a educação é um processo único e integral, em que as instituições sociais, como família, escola e mídias, atuam juntas, mesmo que, muitas vezes, vivam conflitos entre si.

Dos estudantes matriculados na educação básica, aproximadamente 8 milhões estão na educação infantil, 15,3 milhões nos anos iniciais do ensino fundamental, 12,2 milhões nos anos finais do ensino fundamental, 8,1 milhões no ensino médio, 106 mil no ensino profissionalizante e 930 mil na educação especial. Apesar desses números expressivos, o subsídio aponta que ainda 15% dos jovens em idade escolar não estão matriculados no sistema de educação brasileiro.

Participação

A análise também destaca as diferentes formas de participação na educação: professores, alunos e funcionários, planejando juntos as atividades que acontecem no âmbito escolar; pais e responsáveis, acompanhando o que acontece na escola, dialogando com os professores e ajudando concretamente na gestão e organização de atividades; organizações sociais que desenvolvem projetos educacionais, colaborando para melhorar a qualidade do ensino oferecido; da comunidade escolar (gestores, professores, alunos e pais), estabelecendo as prioridades e linhas de ação dos planos educacionais desenvolvidos nos Municípios, Estados e na União; toda a sociedade, participando por meio das instâncias especialmente construídas para esse fim (conselhos, comitês, etc.).

Destaca-se nesse aspecto, o papel da família na escola. Para que a família possa participar com autoridade nesse diálogo, ela tem que se fortalecer internamente, para ser capaz de enfrentar tanto algumas marcas da cultura pós-moderna, como seu relativismo e individualismo, quanto as dificuldades decorrentes do ritmo cada vez mais frenético e estressante da vida atual, em que jornadas de trabalho crescentes e outros fatores dificultam a interação entre pais e filhos.

Formação integral

A reflexão do subsídio também aponta para a necessidade de uma educação mirada em um humanismo integral, no qual todas as dimensões da personalidade do educando sejam contempladas e desenvolvidas em harmonia, como explica a Congregação para a Educação Católica:  “É importante que a educação escolar valorize não só as competências relativas aos âmbitos do saber e do saber fazer, mas também aquelas do viver junto com outros e crescer em humanidade. Existem competências como aquela de tipo reflexivo, em que se é autor responsável dos próprios atos; aquela intercultural, deliberativa, da cidadania, que aumentam de importância no mundo globalizado e se referem a nós diretamente, como também as competências em termos de consciência, de pensamento crítico, de ação criadora e transformadora”.


Leia também a entrevista com Dom Justino

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O que os bispos estão falando sobre a 55º Assembleia Geral da CNBB?

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25 de abril de 2017

Começa na próxima quarta-feira, 26, a 55º assembleia geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB). São esperados cerca de 350 bispos de todas as dioceses do Brasil, que se reunirão em Aparecida até o dia 5 de maio. Neste ano com o tema central “iniciação à vida cristã”.

Além de debaterem sobre temas da vida e missão da Igreja e sobre as questões sociais da vida do povo, a assembleia também é um momento para a oração, retiro espiritual e comunhão fraterna entre o colegiado episcopal.

Em preparação para o evento, alguns bispos já se pronunciaram sobre a 55º Assembleia Geral da CNBB e suas expectativas.

O arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, em sua coluna diária da Rádio 9 de Julho, Encontro com o Pastor, desta segunda-feira, 24, falou sobre o tema e pediu que os fiéis desde já rezassem pela assembleia geral, e para que ela tenha bons frutos.

Dom Odilo comentou que é um momento muito importante, bonito e forte, onde toda a Igreja do Brasil estará reunida e representada através dos seus bispos, para refletir sobre a realidade do país, do povo e da Igreja.

 “Refletiremos sobre as questões que precisam de uma palavra, de uma decisão, sobre as questões da vida interna da Igreja, a liturgia, catequese, a formação do clero, da vida religiosa; a religiosidade do nosso povo. Sobrem as questões que desafiam a evangelização e o trabalho da Igreja”.

Ao comentar sobre o tema central desta assembleia, o Cardeal Scherer enfatizou que a iniciação à vida cristã é formar bons cristãos por meio de uma boa catequese, é formar discípulos e missionários de Jesus Cristo. “Gente preparada para viver a fé com generosidade, com coragem e com decisão ao longo de toda a sua vida”, comentou.

Em sua reflexão, o arcebispo considera que todos nós aprendemos a ser cristão; a buscar a Deus; e a perseverar através da nossa fé. Por isso a importância e a preocupação da Igreja com deste tema.

Nas palavras de Dom Odilo, por algum tempo a Igreja não prestou muita atenção nesta urgência, e atualmente há muitas pessoas que não sabem o que é ser cristão e nem o que é ser católico, e possuem uma fé muito superficial. “Na prática, não passou da catequese de primeira comunhão, e talvez nunca mais tiveram a oportunidade de ir ao encontro de aprofundamento da fé”, afirmou.

E indagou, por exemplo, aquelas pessoas que não frequentam regularmente a Igreja, que não vão as missas todos os domingos, “De onde tiram esclarecimentos e também a força de viver e testemunhar a sua fé? ”. O Cardeal disse que cerca de 85% dos católicos nunca ou quase nunca vão à Igreja, estas pessoas acabam não sabendo o que é ser cristão, pois não alimentam a sua fé, e não possuem vivência com Deus, e por muitas vezes na primeira dificuldade da vida, abandonam tudo.

Por isso a necessidade de melhorar esta urgência, para que mais pessoas tenham o conhecimento da fé e aprofundem sua experiência de Deus através da religião e dos primeiros sacramentos. São estes e outros temas que os bispos debateram durante estes 9 dias de assembleia.

Dom Odilo concluiu sua mensagem informando que tudo que será debatido e trabalhado na Assembleia, poderá resultar em um documento final para toda a Igreja do Brasil. Que será útil para a catequese, para as famílias, comunidades e sobretudo no trabalho permanente de evangelização e formação do cristão.

Porque trabalhar a Iniciação à vida Cristã como tema central?

Em entrevista ao Portal A12, o Cardeal Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília, falou que a escolha do tema foi baseada nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora para o Brasil (DGAE), que é o documento que traz as orientações pastorais do quadriênio 2015-2019. A iniciação à vida cristã é uma das cinco urgências desta ação.

“A iniciação cristã se aplica àqueles que estão sendo iniciados na fé, sejam crianças, adultos ou jovens. Nós estamos precisando dar mais atenção à iniciação cristã, isto é, à catequese primeiramente, mas também aos ritos de iniciação cristã, a começar do Batismo, que precisa ser mais valorizado, melhor preparado e vivenciado”, explicou Dom Sérgio.

Já Dom Leonardo Ulrich Steiner, secretário-geral da CNBB, explicou como será trabalhado o tema na 55ª AG: “O tema central da assembleia deste ano já vem sendo trabalhado em nossas comunidades há vários anos. Vamos retomar a reflexão sobre a ‘Iniciação à Vida Cristã’. Uma comissão especial, instituída pela Presidência da CNBB, tem trabalhado o assunto nos últimos meses. Durante a Assembleia, todos os bispos terão oportunidade de se manifestar diante do tema. Um texto de trabalho já está em ampla discussão, e teremos, seguramente, uma oportunidade frutuosa para aprofundar essa questão central na caminhada da Igreja”.

Iniciação à Vida Cristã: o foco da evangelização na Diocese

Em um artigo publicado no site da CNBB Sul 3, Dom Adelar Baruffi – Bispo da Diocese de Cruz Alta, escreveu sobre o tema da 55º Assembleia Geral dos bispos. A iniciação à vida cristã já está estava inserida nos compromissos assumidos pela diocese em seu 19º Plano da Ação Evangelizadora: “promover o processo da Iniciação à Vida Cristã como eixo integrador de toda a ação eclesial. ”

Dom Baruffi afirmou que já deram importantes passos, sobretudo na catequese a serviço da iniciação à vida cristã, integrada com a liturgia, a comunidade de fé, a leitura orante da Palavra e a vida. “Ainda não temos tudo claro, vamos construindo juntos, buscando iluminação com assessorias, estudos e experiências já realizadas. Vimos com muita esperança o fato que o tema central da 55º Assembleia Geral da CNBB, deste ano, será sobre “A iniciação cristã no processo formativo do discípulo missionário de Jesus Cristo. ”. E continou: “Contudo, todos nós, bispos, padres, religiosos e leigos envolvidos na ação evangelizadora temos certeza que não podemos mais supor que nossos batizados, pelo fato de terem realizado a catequese, já tenham consciência de sua condição de discípulos de Jesus Cristo, tendo livremente aderido a Ele, vinculados numa comunidade de fé e vivendo as consequências éticas desta fé professada”.

A abertura da Assembleia será na próxima quarta-feira, 26, os trabalhos dos bispos começam com a missa diária no Santuário Nacional com laudes, sessões pela manhã e à tarde; no final de semana acontece o retiro dos bispos e os encontros da Assembleia se concluem no dia 04 de maio.

 (Com informações da CNBB Nacional e CNBB Sul 3)

 

 

 

 

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Iniciação à vida cristã é o tema da Assembleia Geral da CNBB

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26 de abril de 2017

Entre 26 de abril e 5 de maio, os bispos do Brasil se reunirão em Aparecida (SP) para a 55a Assembleia Geral da CNBB. O encontro anual do episcopado brasileiro terá como tema: “Iniciação à vida cristã: um processo formativo do discípulo missionário de Jesus Cristo”. São aguardados mais de 300 bispos (entre ativos e eméritos), que participarão das discussões da Assembleia.

Em entrevista ao Portal A12, o Cardeal Sérgio da Rocha, arcebispo de Brasília, contou que a escolha do tema foi baseada nas Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora para o Brasil (DGAE), que é o documento que traz as orientações pastorais do quadriênio 2015-2019. A iniciação à vida cristã é uma das cinco urgências desta ação.

“A iniciação cristã se aplica àqueles que estão sendo iniciados na fé, sejam crianças, adultos ou jovens. Nós estamos precisando dar mais atenção à iniciação cristã, isto é, à catequese primeiramente, mas também aos ritos de iniciação cristã, a começar do Batismo, que precisa ser mais valorizado, melhor preparado e vivenciado”, explicou Dom Sérgio.

A elaboração do texto que será trabalhado durante a Assembleia foi feita por uma comissão de assessores ligados às comissões que estão envolvidas com o tema da iniciação a vida cristã, como Liturgia, Animação Bíblico Catequética e os setores Universidades e Cultura da CNBB.

Dom José Peruzzo, arcebispo de Curitiba e presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Animação Bíblico Catequética da CNBB, também presidente desta comissão do tema central, informou em entrevista a CNBB nacional, que o texto foi preparado para que sirva de estimulo às lideranças comunitárias e eclesiais, “na implementação de caminhos evangelizadores que contemplem experiências consistentes e vivenciais de encontro com o Senhor”.

Segundo Dom Peruzzo, assim como indicado nas DGAE, trata-se da aplicação da Iniciação à vida cristã como inspiração catecumenal. “Em importantes documentos sobre Evangelização e Catequese a temática se reapresentou. Passou quase desapercebida nas assembleias do episcopado latino-americano. Mas, graças a Deus, surgiu com grande força em Aparecida”, destacou.

Dom Peruzzo, concedeu uma entrevista a Rádio 9 de Julho, tratando do texto

 

Outros temas também serão abordados

Além do tema central, a Assembleia também trará outros assuntos para o debate, como o Ano Mariano Nacional e o tricentenário do encontro da Imagem de Nossa Senhora Aparecida, as novas formas de consagração e as novas comunidades, além dos dez anos da Conferência de Aparecida e o Sínodo dos Jovens.

A Conjuntura Político-Social do Brasil também será tratada, sob o aspecto do cenário da educação no Brasil: os caminhos para a superação dos principais desafios e políticas públicas específicas neste âmbito.

A programação conta ainda com uma celebração Ecumênica no dia 2 de maio, recordando os 500 anos da Reforma Protestante. Na quinta-feira, dia 4 de maio, será realizada uma Sessão Mariana, em comemoração pelos 300 anos do Encontro da Imagem de Nossa Senhora Aparecida e 100 anos das Aparições de Fátima.

O começo da 55a Assembleia Geral na quarta-feira, 26, será com a celebração da missa com laudes, às 7h30, no Santuário Nacional de Aparecida. Na sequência, as demais atividades serão no Centro de Eventos Padre Vítor Coelho de Almeida.

(Com informações da CNBB Nacional e A12)

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