NACIONAL

55º Assembleia Geral da CNBB

Celebração Ecumênica marca os 500 anos da reforma protestante

Por Renata Moraes
03 de mai de 2017

Os bispos reunidos na 55º Assembleia geral da CNBB, em Aparecida realizarão uma celebração ecumênica na Basílica do Santuário Nacional de Aparecida para marcar os 500 anos da reforma protestante.

 

Foto: CNBB Nacional

Nesta terça-feira, 2, às 18h, na Basílica do Santuário Nacional de Aparecida haverá a celebração ecumênica que recorda os 500 anos da reforma protestante.

Em entrevista ao portal Canção Nova Notícias, Dom Francisco Biasin, bispo de Barra do Piraí - Volta Redonda ( RJ), e  presidente da Comissão Ecumênica, e de Diálogo Religioso da CNBB falou sobre a importância desta celebração.

“A partir do término do Concílio Ecumênico do Vaticano II a CNBB sempre primou para ter uma celebração deste cunho em todas as assembleias, inclusive com a participação de membros e representantes de outras igrejas”.

Segundo Dom Biasin neste ano terá um significado especial, pois em 2017 comemora-se os 500 anos da reforma protestante. “Nós como CNBB, nesta noite faremos a celebração comemorativa deste acontecimento que marcou toda a Igreja do Ocidente”, comentou.

Mas o bispo ressalta que não é uma celebração da divisão, mas sim celebrar aquilo que surgiu a partir da reforma. “Que foi um movimento que através de acontecimentos que se alternaram na história, teve pecado e graça, teve guerra e abraços”. E continuou: “Atualmente, sobretudo nesses últimos 50 anos, nós passamos do conflito à comunhão com muitas Igrejas”.

Dom Francisco também comentou sobre a viagem de outubro de 2016 do Papa Francisco em Lund, na Suécia, para comemorar junto com os irmãos luteranos os 500 anos da Reforma,  encabeçada por Martin Lutero, e  também os 50 anos de diálogo entre luteranos e católicos, iniciado em 1967.

Nas palavras de Dom Biasin, a reforma da Igreja perpassou não somente as igrejas evangélicas, mas também a Igreja Católica. “O próprio Papa Francisco é um reformador nestes últimos anos na nossa Igreja”.

Martin Lutero, segundo dom Biasin, quando pensou na reforma não pensou em retoques, ele propôs uma volta às origens da Igreja. “Hoje é possível reconhecer as Igrejas separadas como igrejas irmãs, percebendo suas diferentes contribuições e riquezas”, disse. Ao celebrar os 500 anos da Reforma Protestante, a Igreja Católica no Brasil quer ainda reabilitar a figura de Lutero, reconhecendo suas contribuições.

Ao recordar a viagem do Papa Francisco ao Cairo, no Egito, Dom Biasin comentou que o Pontífice junto com o Papa copto ortodoxo Tawadros II assinaram uma declaração conjunta reconhecendo o batismo das duas Igrejas.

Nesse sentido, a celebração Ecumênica, hoje às 18h, da qual participa o Primaz da Igreja Anglicana do Brasil, dom Francisco da Silva, é um passo importante. Simbolicamente, os bispos acenderão um círio pascal que aponta para a unidade entre as igrejas.

( Com informações da CNBB Nacional e Portal Canção Nova Notícias)

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