Bispos eméritos realizam momento de partilha em Aparecida

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04 de mai de 2019

A Comissão Episcopal para os Bispos Eméritos da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) teve um momento de partilha na manhã da sexta-feira, 3, durante a 57ª Assembleia Geral da CNBB, que ocorre até o dia 10, em Aparecida (SP).

Atualmente, a Igreja no Brasil conta com 171 bispos eméritos, dos quais 43 participam da assembleia deste ano, correspondendo, assim, a 35% de todo o episcopado brasileiro.

De acordo com o Código de Direito Canônico (CDC), recebe o nome de “emérito” aquele bispo que “perder o ofício por limite de idade ou por renúncia aceite”. A Igreja estabelece a idade de 75 anos para a apresentação do pedido de renúncia ao papa.

Eméritos têm comissão episcopal

Atendendo ao que é estabelecido no CDC, de que a conferência episcopal “deve procurar que se proveja à conveniente e digna sustentação do Bispo que renuncia, tendo em consideração a obrigação primária a que está sujeita a própria diocese que serviu”, é que está estruturada a Comissão Episcopal para os Bispos Eméritos da CNBB, um grupo que tem um caráter especial, diferente das Comissões Episcopais Pastorais da entidade.

Assim, os bispos eméritos, mesmo afastados de suas funções de governo nas dioceses, continuam a participar de atividades pastorais e colaborando com a missão evangelizadora da Igreja.

Para o presidente da Comissão, Dom Luiz Soares Vieira, Arcebispo Emérito de Manaus (AM) e ex-vice-presidente da CNBB, este contexto sugere maior atenção no acompanhamento de como os bispos estão vivendo, tanto com apoio econômico, quanto espiritual.

Desde 2016 a Comissão tem fortalecido o acompanhamento dos bispos, realizado encontros e implantado ferramentas de comunicação entre os pastores que já deixaram o governo diocesano. O boletim Marcas do Caminho é um instrumento de comunicação e divulgação de testemunhos que é oferecido aos bispos eméritos.

Experiência em favor da Igreja

Na coletiva de imprensa da sexta-feira, Dom Geraldo Lyrio, Arcebispo Emérito de Mariana (MG), destacou como tem sido a atuação dos eméritos.

“Não estando à frente de uma Igreja Particular, não convém que um bispo emérito intervenha nas decisões que outros vão cumprir. Essa é a primeira assembleia que participo como emérito. Me sinto muito bem aqui. Terminou minha função como bispo de Mariana, mas continua minha missão como bispo. Não tenho direito ao voto, mas tenho direito à palavra. A palavra dos bispos eméritos é importante no processo da AG. É bonito ver a unidade da Igreja. Há um pluralismo saudável. Triste seria um pensamento único que caracteriza as ditaduras. Na diversidade construímos comunhão”, refletiu.

Jesus acalma a tempestade

Quando questionado sobre os constantes ataques que a Igreja vem sofrendo, Dom Geraldo Lyrio usou de sua experiência e espiritualidade, utilizando a passagem de São Mateus (8,23-27), quando Jesus acalma a tempestade.

“Primeiro, não há tempestade que dure para sempre. Tempestade passa. Depois, o que nos conduz é uma atitude de fé. Jesus, nesta passagem, disse uma palavra que foi uma chamada; por que ficaram com medo, homens de fé tão curta? Não sabiam que eu estava aqui?’. Se Ele está aqui, não tem perigo, o barco não afunda. A Igreja vive essa situação na sua história. Os ventos são contrários, fortes, as ondas são gigantes, muita água entra no barco, mas não precisa ter medo, porque nesse barquinho frágil da Igreja, Jesus está presente”, finalizou.

TODOS OS DETALHES DA ASSEMBLEIA

Diariamente, acompanhe os detalhes sobre a 57ª Assembleia Geral da CNBB no site do jornal O SÃO PAULO e nos noticiários da rádio 9 de Julho.

(Com informações da CNBB)

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Cardeal Sergio da Rocha apresenta relatório sobre quadriênio da atual presidência

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02 de mai de 2019

O Cardeal Sergio da Rocha, Presidente da CNBB e Arcebispo de Brasília, em uma das primeiras atividades da 57ª Assembleia Geral da entidade, na quarta-feira, 1º de maio, em Aparecida (SP), apresentou um amplo relatório do trabalho realizado sob a atual presidência.

Incialmente, ele fez uma ressalva: “Não é possível fazer um relatório completo de todas as atividades realizadas no Quadriênio pela CNBB, através de sua Presidência. Por isso, destacamos as principais atividades da Presidência da CNBB, neste quadriênio, retomando diversos aspectos apresentados em relatórios precedentes, em quatro pontos: missão da CNBB; relacional eclesial; relacionamento com a Sociedade Civil; estruturas da CNBB”.

Missão da CNBB

O Presidente ressaltou: “Ao longo do quadriênio, procuramos valorizar e respeitar, ao máximo, as instâncias de comunhão e participação da CNBB, especialmente a Assembleia Geral, o Conselho Permanente e o CONSEP, através da partilha, da reflexão conjunta e das decisões tomadas. Os pronunciamentos, notas, declarações e mensagens são expressão da nossa participação e responsabilidade junto à sociedade, na fidelidade à missão profética da Igreja. Buscamos cooperar e animar os Regionais. Nesse sentido destacam-se os encontros reunindo bispos da Amazônia e o encontro dos bispos do Nordeste”.

“Procuramos dar atenção aos Regionais”, disse o Cardeal. E acrescentou que deu essa atenção “visando promover a colegialidade episcopal e responder ao apelo do Papa Francisco, no encontro com os Bispos do Brasil durante a JMJ – Rio, para descentralizar as ações da Conferência, a fim de dar maior atenção às diferentes realidades regionais. Nas reuniões do Conselho Permanente tem sido dado maior espaço para as comunicações dos Regionais. Nesta perspectiva de descentralização e valorização das diferentes realidades da Igreja no Brasil, além do Encontro dos Bispos da Amazônia, que contou com o apoio da Comissão Especial para a Amazônia e a REPAM, aconteceu o encontro dos bispos dos cinco Regionais do Nordeste em Fortaleza. A Conferência foi acrescida do Regional Norte 3  aprovado em Assembleia Geral”.

Os anos temáticos desse quadriênio que se encerra nessa 57ª Assembleia Geral também foram destacados pelo presidente: “Os anos temáticos no Brasil mereceram especial atenção da Presidência. Além de nomear uma Comissão para cada ano temático foram apresentadas publicações que ajudaram na dinamização dos mesmos. Celebramos o Ano Santo da Misericórdia, o Ano Mariano, com os 300 anos de Aparecida, e o Ano Nacional do Laicato, além do Jubileu do Concílio Vaticano II. Colaboramos na preparação e acolhida do Sínodo de 2015 sobre “A vocação e a missão da família na Igreja e no mundo contemporâneo”, do Sínodo de 2018 com o tema “Os jovens, a fé e o discernimento vocacional” e na preparação da Assembleia Especial do Sínodo dos Bispos para a Pan-Amazônia “Amazônia: novos caminhos para a Igreja e para uma ecologia integral”, a ser realizado em outubro próximo”.

Relações eclesiais

Primeiro, Dom Sergio lembrou a relação com a Santa Sé e o Santo Padre: “A comunhão com o Santo Padre foi cultivada pela pronta acolhida e divulgação dos seus escritos e pronunciamentos, de modo especial, a encíclica Laudato Si, a Misericordiae vultus, o motu próprio Mitis iudex Dominus Jesus, a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Amoris Laetitia, a Exortação Apostólica Gaudete et Exsultate e a Exortação Apostólica Pós-Sinodal Christus Vivit. Além disso, o Ano Santo da Misericórdia e as Jornadas Mundiais da Juventude receberam especial atenção através do Conselho Permanente e do Consep”.

O Presidente da CNBB lembrou que teve oportunidade de participar das Jornadas Mundiais da Juventude de Cracóvia e do Panamá. Em seguida, dom Sergio falou do relacionamento com a Nunciatura Apostólica: “O relacionamento com a Nunciatura Apostólica tem sido respeitoso e fraterno. De especial importância, tem sido a presença do Sr. Núncio Apostólico, D. Giovanni D’Aniello, nas Assembleias Gerais e nas reuniões do Conselho Permanente, presidindo a Eucaristia, dirigindo a palavra em plenário e dispondo-se ao atendimento dos bispos presentes”.

Em terceiro lugar, o presidente tratou da relação da CNBB com o Conselho Episcopal Latino-americano (Celam): “Participamos das suas assembleias, em Santo Domingo e El Salvador, assim como de diversos encontros. Participamos também do CELAM através dos irmãos D. José Belisário da Silva, delegado da CNBB, eleito 2º Vice-Presidente; de Dom Anuar Batistti, eleito presidente do Departamento de Vocações e Ministérios; de Dom Darci Nicioli membro do Departamento de Comunicação; de Dom João Justino de Medeiros Silva, membro do Departamento de Cultura e Educação; e de Dom Walder Passini Dalbelo, membro do Departamento de Espiritualidade e Missão”.

Dom Sergio ainda lembrou que a Conferência contou com a visita do Secretário-Geral do CELAM, Mons. Juan Espinoza Jimenez, Bispo Auxiliar de Morelia, México, em duas Assembleias Gerais da nossa Conferência. O Cardeal ainda lembrou a participação dele nos encontros das Conferências Episcopais Lusófonas: no Brasil, em Aparecida, em 2016 e em Cabo Verde, África, no ano de 2018.

Antes de encerrar as atividades das relações eclesiais, Dom Sergio registrou que, no âmbito missionário, a colaboração entre a CRB e a CNBB possibilitou a continuidade do convênio missionário com a Arquidiocese de Porto Príncipe, Haiti. Ele disse que continua a colaboração com os Seminários Maiores de Guiné Bissau e Timor Leste, através do envio de professores. Contou que a PUC do Paraná iniciou um curso de Pós-Graduação no Timor Leste para formação de mestres e doutores. Foi solicitada assessoria para viabilizar a criação de uma Universidade Católica no Timor Leste.

Ainda segundo o Cardeal, “a PUC do Rio de Janeiro assumirá a presença de formadores em Guiné Bissau. É importante ressaltar a colaboração de alguns Regionais com Dioceses de outros países da África, como expressão missionária da Igreja no Brasil. Foram recebidos em visita, com longo diálogo, na sede da CNBB, o Custódio da Terra Santa, Frei Francesco Patton, OFM, os Diretores da Adveniat e da Misereor.  Recordamos a celebração dos 40 anos das Pontifícias Obras Missionárias e a colaboração sempre mais próxima das POM com a CNBB”.

Relacionamento com a sociedade civil

Dom Sergio disse: “Estes quatro anos foram difíceis e muito exigentes para a Presidência da CNBB, considerando a complexidade da realidade política, econômica e social, do país, com momentos de grave crise e com frequentes pressões, de esquerda ou direita, por pronunciamentos e tomada de decisões de caráter partidário”. 

E constatou: “Graças a Deus e aos esforços do episcopado, atravessamos este período difícil cumprindo a missão da CNBB: preservando a unidade no episcopado e a comunhão na Igreja; tomando atitudes proféticas, com a necessária coragem e, ao mesmo tempo, com prudência e serenidade; preservando a autoridade moral da Conferência Episcopal e buscando exercer o diálogo amplo”.

O Presidente da CNBB destacou os pronunciamentos oficiais da Conferência durante o quadriênio lembrando que “no cumprimento de sua missão profética, a CNBB, emitiu 32 Notas, 15 Mensagens e duas cartas”.

Dom Sergio disse aos bispos reunidos em plenário que “a CNBB dispôs-se a dialogar com os governos e outras instâncias dos Poderes públicos, buscando cumprir a missão própria e respeitar a autonomia dos distintos campos, seguindo a Doutrina Social da Igreja. Insistimos sempre na necessidade de diálogo amplo, contemplando as várias instâncias da vida social; na defesa dos direitos dos mais pobres e fragilizados; e na afirmação dos valores e princípios cristãos”

“A Presidência da CNBB trata com as autoridades públicas as questões que interessam ao bem comum e à missão salvífica da Igreja”, como preconiza o Estatuto (art. 5º). Por isso, tem cultivado bom relacionamento com os três poderes da República e com as organizações da sociedade civil. A CNBB tem contribuído para o debate e a resolução de questões nacionais estabelecendo diálogo com as autoridades competentes, enviando cartas e participando de audiências públicas. Dentre essas iniciativas, merecem destaque: a constitucionalidade do Ensino Religioso confessional, junto ao STF; a Base Nacional Comum Curricular, especialmente o Ensino Religioso, junto ao Ministério da Educação e ao Conselho Federal de Educação; o acompanhamento dos processos no STF, com visita aos Ministros, sobre aborto (como ‘amicus curiae’), terras indígenas e comunidades quilombolas”.

Estruturas da CNBB

Sobre a reforma da sede nacional, em Brasília, o presidente disse: “A reforma iniciada no mês de outubro de 2017 foi concluída”, disse. “A Presidência agradece o apoio e acompanhamento do Conselho Permanente, do Conselho Econômico, da Comissão para a Reforma da sede”. Ele também agradeceu a várias entidades que ajudaram.

Agradecimentos finais

“Expressamos a imensa gratidão da Presidência da CNBB aos membros do Conselho Permanente, do CONSEP e do Conselho Econômico. Agradecemos muito aos colaboradores e colaboradoras da CNBB, aos assessores e assessoras, pela dedicação ao longo deste quadriênio. Ao mesmo tempo, manifestamos o nosso agradecimento aos Bispos, às Dioceses e às Congregações que os cederem para o bem da Conferência e da Igreja no Brasil. Agradecemos profundamente às Irmãs Filhas do Amor Divino, que deixaram a sede da CNBB, após um longo período de generoso serviço, e acolhemos fraternalmente as Irmãs Apóstolas do Sagrado Coração, agradecendo-as por aceitarem colaborar com a CNBB, na sua sede, a convite da Presidência”.

O Presidente da CNBB também manifestou “uma palavra de gratidão especial ao Padre Antônio Silva da Paixão pelos oito anos como Subsecretário-Geral, ajudando na difícil tarefa da reestruturação da sede da CNBB, coordenando a transferência para a sede provisória e o retorno à sede e encaminhando com o Secretário Geral das questões internas da sede. Em nome da CNBB, expresso a profunda gratidão de todos nós ao Secretário Geral da CNBB, Dom Leonardo, pela dedicação generosa e incansável, ao longo destes anos de valioso serviço à Conferência Episcopal e à Igreja no Brasil. Com sentimentos de ação de graças a Deus e de gratidão a todos os que têm contribuído para que a CNBB realize fielmente a sua missão, suplicamos as bênçãos de Deus para todos”, concluiu.

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Terço dos Homens leva 80 mil pessoas ao Santuário Nacional de Aparecida

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21 de fevereiro de 2019

A XI Romaria do Terço dos Homens ao Santuário Nacional de Aparecida (SP) aconteceu nos dias 15 e 16 e reuniu 80 mil homens de todo o Brasil.

A Romaria começou com missa presidida por Dom Gil Antônio Moreira, Arcebispo de Juiz de Fora (MG) e Bispo Referencial para o Terço dos Homens. Na homilia, o Bispo destacou o tema do encontro “Terço dos Homens: não basta rezar, é preciso agir” e o lema “Eis-me aqui”.

Dom Gil lembrou que esse movimento tem se organizado, fortalecido e crescido em todas as dioceses, já tendo mais de 1,5 milhão de homens participantes.

“A cada ano, o número de participantes aumenta. Isso revela a sede de Deus que vem crescendo no coração dos homens. A expectativa para este ano era de 50 mil homens, mas foi superada, chegando a 78 mil inscritos no site do Santuário Nacional, vindos de todas as partes do Brasil”, disse, ao O SÃO PAULO, o Padre Wellington Laurindo dos Santos, Pároco da Paróquia Santa Margarida Maria e responsável pela articulação do Terço dos Homens na Região Episcopal Sé.

Padre Wellington recordou, ainda, algumas palavras de Dom Gil: “Quando você reza com fé, você está, com seu exemplo, atraindo outros homens. Mas também é preciso ir atrás daqueles que estão desanimados, que foram por outros caminhos. É preciso chamá-los. Temos que agir. Quem começa a rezar, depois aprende a agir... é que Deus ensina a praticar o amor”.

No sábado, 16, a missa às 7h30 foi presidida por Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Aparecida.

 

EM ORAÇÃO POR TODOS

Um dos momentos fortes da Romaria foi a recitação do Terço dentro do Santuário Nacional. “As vozes ecoavam pedindo a intercessão de Nossa Senhora por suas intenções pessoais, de familiares, amigos e de todos os brasileiros. O primeiro mistério foi rezado por um grupo do Terço dos Homens de Brumadinho (MG), com intenção especial por todas as vítimas e seus familiares. Terminamos a XI Romaria do Terço dos Homens com a Consagração a Nossa Senhora Aparecida”, afirmou o Padre Wellington.

Dom Gil anunciou que a experiência do Terço dos Homens está ultrapassando as fronteiras do País. Há grupos em Moçambique, no Haiti e no Panamá.

Muitos grupos da Arquidiocese de São Paulo participaram da Romaria, o que confirma, segundo o Padre Wellington, o crescimento do movimento na Capital Paulista, conforme constatado na pesquisa do sínodo arquidiocesano.

“O Terço dos Homens é uma realidade dentro da Igreja no Brasil que contribui com a evangelização no País. A Romaria é um acontecimento que fortalece o grupo, para que continuemos perseverando em nossa caminhada como cristãos”, afirmou Mario Sérgio, coordenador do grupo da Paróquia Nossa Senhora Aparecida dos Ferroviários, da Região Episcopal Sé, que também levou à Romaria seis acolhidos do Arsenal da Esperança que participam semanalmente dos encontros do Terço dos Homens.

(Com informações do portal A12) (Colaboraram: Padre Wellington Laurindo, Lívia Miranda, Robson Araujo Souza e Marcos Rubens)
 

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Congresso Catequistas Brasil acontece no Santuário Nacional de Aparecida

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18 de fevereiro de 2019

Aconteceu, entre os dias 8 e 10, a primeira edição do Congresso Catequistas Brasil, no Santuário Nacional de Aparecida. Participaram cerca de 2 mil catequistas de todas as regiões do Brasil.

As atividades foram compostas por 40 palestras e 27 oficinas, que tiveram a contribuição de Bispos, Padres e leigos no processo de formação dos participantes.

O evento é uma realização da revista Paróquias com auxílio da Promocat Marketing Integrado, da agência de Comunicação Católica, e seu objetivo é capacitar o catequista a assumir sua vocação de forma missionária e evangelizadora.

(Com informações: Catequistas Brasil)
 

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Santuário Nacional de Aparecida terá novo reitor

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10 de janeiro de 2019

O Padre Carlos Eduardo Catalfo, missionário Redentorista, foi nomeado no sábado, 5, como novo Reitor do Santuário Nacional de Aparecida.

Ele estará à frente do Santuário pelos próximos quatro anos, a partir de sua posse, no próximo dia 27, que será dada por Dom Orlando Brandes, Arcebispo de Aparecida (SP).

Padre Carlos Eduardo assumirá em lugar do Padre João Batista de Almeida, que esteve à frente do Santuário entre 2015 e 2018.

O futuro reitor é paulistano e tem 51 anos. Ordenado sacerdote em 1996, atuou até 2002 na editora Santuário. Depois, foi transferido para a Comunidade Redentorista do Jardim Paulistano, na Capital Paulista, atuando como Vigário Paroquial da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, até 2005. Posteriormente, residiu em Roma para se especializar na Teologia Dogmática. Retornou ao Brasil em 2007, quando passou a residir na Comunidade do Alfonsianum, no Ipiranga, lecionando no Instituto Teológico de São Paulo (Itesp), entre 2009 e 2010, onde também foi Superior da Comunidade.

Em 2011, retornou a Roma para o doutorado em Teologia. Voltou ao Brasil em 2012, para atuar como Pároco da Paróquia Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, da Arquidiocese de São Paulo, enquanto também prosseguiu seus estudos na tese de doutorado e lecionou no Instituto Teológico de São Paulo.

Fonte: A12
 
 

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Em Aparecida, presidenciáveis debatem propostas para melhorar o Brasil

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01 de outubro de 2018

O Debate de Aparecida, promovido pela Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), na quinta-feira, 20, foi o mais propositivo até agora entre os presidenciáveis.

Ao longo de mais de duas horas e meia, Álvaro Dias (Podemos), Ciro Gomes (PDT), Fernando Haddad (PT), Geraldo Alckmin (PSDB), Guilherme Boulos (PSOL), Henrique Meirelles (MDB) e Marina Silva (REDE) puderam dialogar sobre temas de interesse nacional e foram vistos em diferentes partes do País, já que o debate teve a transmissão de rádios e tevês de inspiração católica e de portais da internet. 

No início, a jornalista Joyce Ribeiro, que mediou o encontro, apresentou os sete candidatos e justificou as ausências de Jair Bolsonaro (PSL), que ainda está internado se recuperando de uma facada, e do Cabo Daciolo dos Santos (Patriota), que alegou motivo da agenda para não comparecer ao Santuário Nacional de Aparecida.

Na sequência, o Cardeal Sergio da Rocha, Arcebispo de Brasília e Presidente da CNBB, saudou a todos e ressaltou que a CNBB não adota posição política, mas incentiva a participação dos cristãos na política. 

A primeira pergunta do debate, feita pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo São Paulo, em nome da CNBB, e respondida por todos os candidatos, foi: “é possível retomar o caminho da ética, restituir a credibilidade na política e fortalecer a democracia no Brasil?” 

Nos blocos seguintes, houve o debate direto entre os candidatos, com tema livre, em dois momentos. Além disso, em um dos blocos, eles responderam a perguntas feitas por jornalistas das emissoras filiadas à Signis Brasil , e na última parte do encontro, cada presidenciável respondeu a questões feitas por bispos indicados pela CNBB. 

Caminhos para combater a corrupção, melhorar a saúde, a educação e a segurança pública, bem com a necessidade de se realizar as reformas política e tributária, e de se revogar ou não a reforma trabalhista e a emenda constitucional do teto dos gastos públicos foram os principais assuntos debatidos. A seguir, O SÃO PAULO apresenta uma síntese do que cada candidato propôs ao longo do debate. 

Thiago Leon/A12

 

 

 

REFORMAS:  Realizar uma reforma política que acabe com a incidência dos interesses privados sobre o poder público, começando pelo fim de qualquer forma de financiamento privado de campanha; Impedir que a distribuição de cargos no Executivo seja feita com base na troca de apoio político no Congresso; Realizar um referendo para revogar a Reforma Trabalhista e a emenda constitucional do teto dos gastos públicos; Fazer uma Reforma Política com voto em lista, com quantidade paritária; Realizar a Reforma Agrária. 

PROGRAMAS SOCIAIS: Criação de uma política pública para garantir moradia digna.

PARTICIPAÇÃO POPULAR: Realizar plebiscitos, referendos e criar conselhos participativos para que a população participe das decisões centrais sobre as políticas públicas no País.

IGUALDADE DE DIREITOS: Criar políticas para punir as empresas que praticam desigualdade salarial entre homens e mulheres que atuam na mesma função. 

COMBATE AO TRABALHO INFANTIL: Criar a lista suja do trabalho infantil, para que as empresas que adotem tal prática tenham seu registro de funcionamento caçado; Desapropriar propriedades rurais onde seja constatado o trabalho infantil.

EDUCAÇÃO: Ampliar o tempo diário de permanência das crianças nas escolas.  

COMUNICAÇÕES: Acabar com o monopólio de empresas nas comunicações sociais; Valorizar as tevês e rádios públicas e comunitárias.

SEGURANÇA PÚBLICA: Construir mais escolas em vez de presídios; Desmilitarizar as polícias; Ampliar os mecanismos de inteligência e de investigação na segurança pública.

COMBATE ÀS DROGAS: Descriminalizar o uso das drogas, para tratar a dependência química como questão de saúde pública e não com punição penal. 
 

 

 

COMBATE À CORRUPÇÃO: Fortalecer as instituições de combate à corrupção, como o Judiciário e o Ministério Público, para que atuem de modo independente e sem preferência partidária; Individualizar a penalização dos crimes.

SAÚDE E EDUCAÇÃO: Ampliar o acesso dos mais pobres à escola e aos serviços de saúde, com distribuição de remédios e mais atendimento médico.

REFORMAS: Revogar a Reforma Trabalhista e a emenda constitucional do teto dos gastos; Realizar uma Reforma Tributária, durante a qual haja um período de transição para que estados e municípios não tenham queda de receita; Simplificar a carga tributária sobre o consumo; Cobrar mais imposto de quem tem mais renda, bem como maiores alíquotas de imposto sobre o patrimônio.

ECONOMIA: Combater a exclusão social, a partir de mais investimentos voltados aos serviços sociais; Gerar empregos para ativar a economia de consumo, com a consequente recuperação da confiança dos investidores no País; Investir nas melhorias das condições sociais, gerando oportunidades de emprego para os mais jovens.

MIGRAÇÃO: Estabelecer uma política de migração nos moldes da que foi feita em São Paulo durante sua gestão - lei municipal nº 16.478/2016.

PROGRAMAS SOCIAIS: Fortalecer o “Minha Casa, Minha Vida”, o “Bolsa Família” e o “Pró-Uni”.

SEGURANÇA PÚBLICA: Federalizar alguns sistemas de segurança; Fazer, por meio de lei federal, que prefeitos e governadores sejam obrigados a atuar em conjunto para organizar os territórios no combate à violência; Federalizar crimes de facções que operam em nível nacional; Fortalecer a ação da Polícia Federal nos estados e municípios para diminuir os índices de homicídio e roubo. 

 

 

 

COMBATE À CORRUPÇÃO: Fortalecer e valorizar a Polícia Federal, o Ministério Público e a Justiça como um todo; Acabar com o foro privilegiado para políticos que exercem cargos públicos; Tornar a operação Lava Jato uma política de Estado.  

REFORMAS: Realizar uma Reforma Política e do sistema de governança, pois o atual tem levado à corrupção e ao desvio de verbas públicas; Promover uma Reforma Tributária para que os impostos incidam mais sobre a renda do que sobre o consumo. 

IGUALDADE DE DIREITOS: Aplicar efetivamente as leis que já existem para a garantia da igualdade de condições para homens e mulheres. 

SEGURANÇA PÚBLICA: Ampliar o financiamento e capacitação das polícias e as políticas que levem à tolerância zero com o crime; Monitorar as fronteiras do País para combater o tráfico de drogas e de armamentos; Integrar as forças policiais e dar melhor remuneração aos profissionais da área de segurança pública; Responsabilizar criminalmente o presidente da República caso empregue indevidamente as verbas destinadas à segurança pública. 

ECONOMIA: Melhorar a gestão da dívida pública, começando por uma auditoria, para apontar os gargalos existentes.
 

 

 

SAÚDE: Melhorar a distribuição e oferta de medicamentos à população, bem como o acesso a médicos especialistas e a exames necessários; Centralizar a licitação de remédios e capilarizar sua distribuição; Fortalecer um novo projeto industrial para que o Brasil tenha autonomia na produção de insumos em saúde; Premiar as unidades de saúde que cumprirem metas estabelecidas de saúde preventiva, bem como aquelas que forem apontadas pelos usuários como as mais eficazes.

REFORMAS: Revogar a emenda constitucional do teto dos gastos públicos; Promover uma Reforma Urbana que acabe com o esvaziamento populacional no centro das grandes cidades, o que também permitirá que as pessoas morem mais perto dos locais de trabalho;  Reformar o sistema tributário, para que se torne progressivo; Priorizar a cobrança de impostos sobre lucros e dividendos.

COMUNICAÇÕES: Facilitar o acesso de entidades que trabalham mais próximas da população a um canal de mídia, a fim de reduzir monopólios; Distribuir melhor as verbas publicitárias do Governo Federal, para que também se destinem à mídia alternativa.

AGRICULTURA: Impulsionar a agricultura familiar; Fazer um programa de compras governamentais de operação conjunta na área de agricultura familiar. 

ECONOMIA: Criar uma política para “limpar o nome” de 63 milhões de pessoas que estão no cadastro de devedores do Serviço de Proteção ao Crédito (SPC). 

PARTICIPAÇÃO POPULAR: Que as propostas políticas se tornem primeiro conhecidas pela população, e, em caso de impasse ao serem discutidas no Congresso, que a decisão se dê por meio de plebiscitos ou referendos.

Thiago Leon/A12

 

 

 

COMBATE À CORRUPÇÃO: Criar estruturas de combate à corrupção nos órgãos públicos; Fazer com que apenas pessoas sem antecedentes criminais e históricos de corrupção ocupem cargos públicos.

SEGURANÇA PÚBLICA: Investir em mecanismos de inteligência; Equipar melhor as polícias nos estados, com mais policiais e armamentos; Criar um sistema nacional de informações sobre a criminalidade, chefiado pela Polícia Federal; Criar um policiamento mais eficaz das fronteiras do País. 

EDUCAÇÃO E COMBATE À CRIMINALIDADE: Melhorar a qualidade das escolas; Criar escolas em tempo integral nos ensinos Fundamental e Médio; A partir do ensino, ampliar a oferta de emprego para os jovens, a fim de que se não sejam cooptados pela criminalidade.   

ECONOMIA: Criar 10 milhões de empregos em quatro anos; Realizar um amplo corte de despesas desnecessárias do governo; Implementar uma política econômica que faça o Brasil voltar a crescer, recuperando a credibilidade e a confiança do mercado investidor, para que, assim, se impulsione o setor industrial e o comércio, levando à geração de emprego. 

REFORMAS: Manterá as reformas feitas pelo governo Temer para reequilibrar as contas do País. 

ABORTO: É a favor da vida, mas, em “situações dramáticas”, as mulheres devem ter o direito de decidir ou não pela prática do aborto. 

 

 

 

COMBATE À CORRUPÇÃO: Garantir a autonomia do Ministério Público e da Polícia Federal para agirem contra a corrupção. 

SAÚDE: Quebrar as patentes de medicamentos, para que possam ser produzidos no País, a fim de que sua comercialização seja mais barata; Dividir o País em 400 regiões para gestão da saúde, com autoridades constituídas, por concurso público, para cuidar da saúde regional; Fortalecer ambulatórios e a Estratégia de Saúde da Família, com atendimento sempre mais humanizado; Estimular que haja mais médicos generalistas. 

IGUALDADE DE DIREITOS: Combater qualquer tipo de discriminação contra as mulheres, bem como o femícidio; Fazer com o que o Ministério do Trabalho intensifique a fiscalização para averiguar se mulheres e homens têm salários iguais no desempenho de mesmas funções; Criar redes de proteção às mulheres, para que tenham suas vidas protegidas após denunciarem os casos de agressão que sofram.

EDUCAÇÃO: Criar 2 milhões de vagas em creches em todo o País.

REFORMAS: Realizar uma Reforma Tributária que descentralize os recursos, fazendo com que proporcionalmente os mais pobres não paguem mais impostos que os ricos; Redistribuir recursos, para que a maioria das verbas não fique com a União, e que sejam revertidas em melhorias na qualidade dos serviços públicos.

SEGURANÇA PÚBLICA: Implementar um sistema único de segurança pública, em que a União auxilie os estados; Criar um sistema integrado de segurança; Remunerar melhor os policiais.

COMBATE ÀS DROGAS: Garantir que a Polícia Federal atue no combate ao tráfico de drogas e armas. 

DEMARCAÇÃO DE TERRAS: Fará a demarcação de terras indígenas e das comunidades tradicionais – isso seguirá sendo uma prerrogativa do presidente da República e não do Congresso Nacional, como tem se tentado mudar. 

 

 

 

REFORMAS: Já em 2019 fará: a Reforma Política, pois considera um exagero haver 35 partidos, quando não há 35 ideologias - nesse campo, defende ainda o voto distrital misto e que o voto seja facultativo; a Reforma Tributária, com a criação do Imposto de Valor Agregado (IVA), que substituirá cinco tributos federais – outra medida será a tributação de dividendos e a diminuição de impostos do setor produtivo; a Reforma da Previdência; e a Reforma do Estado, cortando gastos e estruturas desnecessárias, o que inclui reduzir ministérios, cargos comissionados, empresas estatais, despartidarizar as agências reguladoras; Manterá a Reforma Trabalhista e a emenda constitucional do teto dos gastos públicos. 

COMBATE À CORRUPÇÃO: Fortalecer a operação Lava Jato; Tornar o enriquecimento ilícito um crime previsto no Código Penal; Inversão do ônus da prova para funcionários públicos: eles precisam provar que não cometeram ilícitos no caso de denúncias.

COMBATE ÀS DROGAS: Realizar programas que auxiliem os jovens a sair da dependência química; Melhorar o monitoramento das fronteiras do País, com atuação permanente de uma Guarda Nacional com membros das Forças Armadas, a fim de combater o narcotráfico e o tráfico de armas. 

ECONOMIA: Permitir a entrada de mais bancos estrangeiros no País, para promover a competitividade entre os bancos; Criar mecanismos de fortalecimento das cooperativas de crédito; Desburocratizar a logística e a infraestrutura do País; Estabelecer uma política de juro zero para micro e pequeno empreendedor que precise de crédito. 

INFÂNCIA E TERCEIRA IDADE: Zerar a falta de vagas na pré-escola; Ampliar os centros de referência aos idosos pelo País. 

 

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Paróquia Santa Cruz vai em romaria a Aparecida

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05 de setembro de 2018

No sábado, dia 1º, no Mirante do Cruzeiro, em Aparecida (SP), 300 romeiros da Paróquia Santa Cruz de Itaberaba abriram a novena preparatória para a festa da exaltação da Santa Cruz.

Os romeiros saíram de São Paulo às 3h e seguiram como muita disposição e alegria, com música e oração ao longo da viagem. Ao chegar em Aparecida, meditaram a Via-Sacra rumo ao Mirante do Cruzeiro.

Os romeiros participaram da missa das 10h30, que teve entre os concelebrantes o Padre Edemilson Gonzaga, Pároco, que também celebrou 25 anos de sacerdócio. Pediram a intercessão a Nossa Senhora Aparecida ao visitar a imagem encontrada no rio Paraíba do Sul. A novena de Santa Cruz na matriz paroquial terá início na quarta-feira, 5. No dia 14, haverá a festa de exaltação da Santa Cruz. As missas de segunda a sexta-feira serão às 20h; aos sábados, às 19h30; e aos domingos, às 18h.

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Subsídio ‘Pensando o Brasil’ discutirá o Estado laico

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15 de abril de 2018

Após participarem de retiro no fim de semana, os bispos que estão no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida retomam as reflexões da 56ª Assembleia Geral da CNBB, que este ano tem como tema central as “Diretrizes para a Formação de Presbíteros”.

Além desta, outras temáticas serão tratadas pelos bispos até a próxima sexta-feira, 20, entre as quais a elaboração do subsídio “Pensando o Brasil”, que neste foca reflexões sobre o Estado laico.

“O Estado laico é uma conquista que é muito boa, deve ser mantida. Porém há muitas confusões referente a esse tema. Muitos entendem o Estado laico como um estado contra as religiões ou um estado ateu. Mas um Estado laico é aquele onde todas as religiões têm o seu espaço e onde a liberdade religiosa realmente existe. O Estado laico não se compromete com nenhuma religião e favorece a todas. Se temos um Estado laico, temos uma nação religiosa”, afirmou Dom João Bosco Barbosa de Souza, Bispo de Osasco (SP) e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Família da CNBB, durante uma das coletivas de imprensa na primeira semana da 56ª Assembleia Geral

O tema do Estado laico ganhou ressalte no ano passado, especialmente após os ministros do Supremo Tribunal Federal (STF) julgarem, em setembro, que o ensino religioso pode ser confessional em escolas públicas de ensino fundamental, ofertado de modo facultativo, durante o horário normal de aula, podendo ser ministrado por representantes das religiões.

Em entrevista ao O SÃO PAULO naquele mês, o advogado Paulo Henrique Cremoneze, mestre em Direito e membro efetivo da União dos Juristas Católicos de São Paulo (Ujucasp), ressaltou que a decisão do STF respeitou a Constituição e de modo algum o modelo confessional fere a laicidade do Estado brasileiro.

“A redação do art. 19, I da Constituição Federal é clara ao dispor que o Estado brasileiro não pode ‘estabelecer cultos religiosos ou igrejas, subvencioná-los, embaraçar-lhes o funcionamento ou manter com eles ou suas representantes relações de dependência ou aliança, ressalvada, na forma da lei, a colaboração de interesse público’, mas não veda a possibilidade de o ensino religioso em escolas públicas, até porque facultativo, abraçar a confessionalidade. O caráter confessional do ensino religioso público faz parte da tradição constitucional brasileira e se insere no contexto sócio -histórico-cultural do País. Existe, ainda, o princípio da razoabilidade em favor da natureza confessional do ensino, pois não se pode transmitir valores religiosos sem a presença de uma religião”, afirmou à reportagem, lamentando que haja quem insista em confundir o Estado laico com um Estado laicista, ateu ou antirreligioso.

O assunto também foi tema de um editorial do jornal O SÃO PAULO em outubro do ano passado.

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Cardeal Damasceno fala de revisão do Estatuto Canônico da CNBB

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14 de abril de 2018

O cardeal Raymundo Damasceno Assis, arcebispo emérito de Aparecida (SP), falou sobre a atualização dos Estatuto Canônico da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), durante a coletiva do terceiro dia da 56ª Assembleia Geral da entidade, na tarde desta sexta-feira, 13, em Aparecida.

Dom Raymundo explicou aos jornalistas que o Estatuto em vigor foi aprovado em 2001 e promulgado no ano seguinte. Em 2015, atendendo ao pedido dos bispos, a presidência da CNBB nomeou uma comissão para a reforma do documento, presidida pelo Cardeal.

Também fazem parte da comissão Dom Geraldo Lyrio Rocha, arcebispo de Mariana (MG), dom José Belisário da Silva, arcebispo de São Luís (MA) e Dom Genival Saraiva de França, bispo emérito de Palmares (PE), além de peritos em direito canônico.

“Eu não chamaria de uma reforma, porque ela não é tão profunda, mas uma revisão dos estatutos, procurando adapta-los às novas exigências que se fazem necessárias”, destacou Dom Raymundo.

A proposta de revisão do Estatuto foi apresentada à assembleia prevê reforçar as competências do Conselho Permanente da CNBB, com o objetivo de não sobrecarregar a pauta das assembleias gerais. “Nossa pauta, em geral, é muito extensa e, muitas vezes, nos impede de estarmos juntos mais tempo e isso também é fundamental para um episcopado tão numeroso que tem um único momento de convivência durante o ano”.

De igual modo, a atualização do Estatuto prevê maior valorização do Conselho Episcopal de Pastoral (Consep), que acompanha a caminhada pastoral da Conferência. Outro ponto que será estudado com os participantes da assembleia é o possível aumento de membros da presidência da entidade.

“Esses estatutos, uma vez aprovados, devem ter o reconhecimento da Congregação para os Bispos, da Santa Sé, para que possam ser promulgados pela CNBB”, informou o Cardeal Damasceno.

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50 anos de união na fé e de devoção a Nossa Senhora Aparecida

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13 de março de 2018

Uma, duas, três... 50 estrelas douradas de papel. No teto do salão paroquial ao lado da igreja-matriz da Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na Vila Souza, elas recordavam a todos que chegavam, na noite do sábado, 3, que aquela comunidade paroquial, na Região Episcopal Brasilândia, completa em 2018 seu jubileu de ouro.

O tríduo festivo foi iniciado em 28 de fevereiro e concluído na sexta-feira, 2, destacando a paróquia como casa da Palavra, do pão e da caridade. Na noite do sábado, a missa solene de encerramento foi presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, e concelebrada por sete padres, entre os quais o Pároco, Padre Aldenor Alves de Lima, mais conhecido como Padre Aldo, e o Vigário Paroquial, Padre José Ferreira Filho.  

“Hoje vocês são os protagonistas da história da Paróquia. Mas não somos os primeiros. Nós continuamos o que outros já começaram. Queremos hoje agradecer a Deus e pedir para que façamos a nossa parte e para que os que virão depois recebam este bem que é a paróquia, a comunidade de fé”, afirmou Dom Odilo no começo da missa.

 

HISTÓRIA DE EVANGELIZAÇÃO E SOLIDARIEDADE

A Paróquia Nossa Senhora Aparecida foi criada em 29 de fevereiro de 1968 pelo Cardeal Agnelo Rossi, então Arcebispo de São Paulo, mas anos antes os moradores da Vila Souza, então formada por chácaras e loteamentos recém-criados, já se mobilizam para a construção de uma igreja.

“Vi serem colocados os primeiros tijolos. Começou como uma capela, por volta de 1965. Depois, levantou-se a igreja e compramos o terreno do salão paroquial, com um empréstimo conseguido pelos padres irlandeses que aqui trabalhavam e o dinheiro de quermesses. No fim, nem tivemos que pagar o empréstimo, ficou como doação. Lembro-me que, na época da construção da igreja, todos se reuniam no fim de semana e doavam o que podiam, tanto de material quanto de mão de obra”, recordou, ao O SÃO PAULO , o paroquiano Luiz Carlos Gasiunas. 

À frente da Paróquia nos primeiros anos, o Padre Thomaz O´Reilly enviou uma mensagem aos fiéis por ocasião do jubileu de ouro paroquial. “Este salão [paroquial] tornou-se o ponto focal para muitas atividades. A partir de um convênio com a Prefeitura, que tinha uma base na Freguesia de Ó, aulas começaram a ser dadas para ensinar alfabetização, corte e costura, culinária e construção. Esses cursos funcionavam à tarde. Pela manhã, o salão era usado como creche e, à noite, para educação em nível de segundo grau. Nos fins de semana, as Irmãs Filippini de Itaberaba ensinavam a Catequese e a liturgia”, escreveu o Padre, comentando, ainda, que no decorrer dos anos “uma cozinha para fazer sopa foi iniciada no salão para alimentar os filhos dos migrantes”.

Outras duas iniciativas que ainda hoje têm o apoio da Paróquia estão na Comunidade Cristo Ressuscitado: uma delas é a obra social Coração Amigo, que atende atualmente 150 crianças, e para a qual a Paróquia destina 25% de todo o dízimo arrecadado; a outra é a farmácia comunitária, que existe desde o início da década de 1980.

Teresinha Ferreira Nascimento é voluntária da farmácia comunitária desde os primeiros anos. Ela lembrou que o trabalho foi iniciado pela Congregação das Missionárias Médicas de Maria e ampliado com a ajuda da pastora norte-americana Barbara Souza, que não vive mais no Brasil. Atualmente, a farmácia conta com dez voluntários e funciona de segunda a sexta-feira. “A farmácia continua, apesar das dificuldades. Os remédios que recebemos são de doações, até médicos nos mandam amostras grátis, e nós repassamos a quem precisa. Nunca falta remédio”, garantiu Teresinha, recordando, ainda, que a iniciativa é apoiada por outras paróquias da Região Episcopal Brasilândia. 

 

AÇÃO PASTORAL

Em seus 50 anos de história, foram realizados na Paróquia 1.100 matrimônios e 7.868 batismos. Muitos dos que receberam esses sacramentos testemunham a fé no dia a dia da Paróquia, como é o caso do casal Carla Alexandre e Paulo Sergio do Carmo. “Essa é uma igreja guerreira, lutadora. A gente não tem um dízimo alto, não tem boas condições financeiras, mas a gente é de trabalho. Ainda não temos uma igreja muito voltada à espiritualidade, mas estamos buscando isso agora com o grupo de oração”, afirmou Carla, que, junto com o esposo, participa da Paróquia há 30 anos.

 E foi justamente a celebração do jubileu, iniciada há quatro anos, que espalhou a evangelização pelos bairros próximos à Paróquia. Segundo o Padre Aldo, peregrinações nas casas com a imagem de Nossa Senhora Aparecida em um pequeno oratório, a recitação do Terço com as famílias e as missões pelos bairros, especialmente antes das festas dos padroeiros das comunidades (matriz Nossa Senhora Aparecida, Sagrado Coração de Jesus, Cristo Ressuscitado, Divino Espírito Santo e a área de missão São Vicente de Paulo) têm acontecido. Além disso, pelo terceiro ano consecutivo, a Paróquia realizará uma intensa programação nas “24 horas para o Senhor”, iniciativa pedida a toda a Igreja pelo Papa Francisco e que este ano acontecerá nos dias 9 e 10 de março. 

Outro ponto destacado pelo Padre é a ampliação dos grupos da novena de Natal: “Usamos a estratégia em que cada líder, paroquiano frequentador assíduo, cria um grupo para reunião na sua casa ou nas proximidades. Assim, de dez, fomos para 52 grupos. Depois, fizemos uma grande celebração natalina com todos estes grupos”.

Apesar dos avanços, Padre Aldo disse à reportagem que permanecem os desafios de sair de uma estrutura pastoral de manutenção e de atrair mais jovens para a vida da Paróquia, com a preocupação de que no bairro a juventude ainda está muito vulnerável ao vício das drogas. 

 

PARÓQUIA REUNIDA EM TORNO DE CRISTO

O Cardeal Scherer, na homilia da missa, destacou que, neste tempo de Quaresma, todos são chamados à conversão para que se voltem a Cristo de todo o coração, especialmente a partir da comunidade paroquial. “Jesus nos chama, nos reúne e nos conduz ao Pai. É bom lembrar disto: Paróquia Nossa Senhora Aparecida e cada uma das comunidades: fiquem firmes, unidos em torno de Jesus Cristo, pois Ele é o verdadeiro templo de Deus no meio de nós”, afirmou. 

O Arcebispo Metropolitano também ressaltou que os cristãos devem seguir os 10 Mandamentos e que cada paróquia tem um papel fundamental para a transmissão da fé, de geração em geração, a partir do testemunho que dá de seguimento à vida cristã. 

A celebração solene do jubileu paroquial foi concluída com um momento de ação de graças a Maria, conduzido por jovens paroquianos. Logo após a missa, Dom Odilo abençoou e inaugurou um monumento a Nossa Senhora Aparecida, em frente à igreja-matriz, para demarcar os 50 anos da Paróquia. 

 

PARÓQUIA NOSSA SENHORA APARECIDA

(Rua Luciano D’amore, 47, Vila Souza)
Missas na igreja-matriz: quarta-feira (20h), sábado (8h – celebração devocional a Nossa Senhora), e domingo (7h30, 10h30 e 18h).
 

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