Em Aparecida, Cardeal Scherer reza pela Arquidiocese de São Paulo e pelas vítimas da pandemia

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06 de mai de 2020

Como acontece há 119 anos, a Arquidiocese de São Paulo realizou sua romaria anual ao santuário da Padroeira do Brasil, em Aparecida (SP), neste domingo, 3.

Entretanto, pela primeira vez na história, a Basílica de 72 mil m² dedicada à Nossa Senhora da Conceição Aparecida, onde costumam se reunir aproximadamente 30 mil pessoas em torno de seu altar principal, estava vazia para a missa presidia pelo Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, devido às medidas de isolamento social para conter o avanço da pandemia de COVID-19.

Contudo, Dom Odilo não estava só nesta peregrinação. Além dos bispos auxiliares e alguns padres que concelebraram com ele no Santuário Nacional, uma multidão de fiéis leigos, sacerdotes, diáconos e religiosos consagrados da Arquidiocese acompanharam a celebração eucarística de suas casas por meio da televisão, do rádio e das mídias digitais.

“Esta Basílica está fisicamente vazia, mas muitas pessoas estão unidas espiritualmente, pela fé participando conosco nesta celebração, através dos meios de comunicação”, afirmou o Arcebispo.

“Nós aqui viemos, em Romaria, para colocar nas mãos e no coração de nossa Mãe e Padroeira a vida da Arquidiocese de São Paulo, nossos pedidos e também nossas angústias e esperanças neste tempo de pandemia”, afirmou Dom Odilo, no início da celebração. 

Ao saudar o Cardeal e os concelebrantes, o reitor do Santuário Nacional, Padre Carlos Eduardo Catalfo, ressaltou que desde o início do século XX, quando começaram as primeiras romarias à Aparecida, a Arquidiocese de São Paulo foi uma das primeiras a levar seus fiéis ao encontro da Mãe Aparecida. Ele recordou, ainda, que o próprio Santuário Nacional pertenceu ao território da Igreja particular de São Paulo até a criação da Arquidiocese de Aparecida, em 1958.

BOM PASTOR

A liturgia do 4º domingo da Páscoa a Igreja destaca Jesus como o Bom Pastor da humanidade. “Jesus é o pastor que veio para que as ovelhas tenham vida em abundância. Ele entregou a sua vida pela humanidade, sobre a cruz e manifestou a plenitude da vida na sua ressurreição”, afirmou Dom Odilo, no início da homilia.

O Cardeal recordou as palavras do hino da sequência pascal, entoado no Domingo de Páscoa: “por toda ovelha imolado, do mundo lava o pecado. Duelam forte e mais forte: é a vida que enfrenta a morte”. E reiterou que, “no seu imenso amor, Jesus entregou a sua vida por nós, para que nós alcançássemos a misericórdia e o perdão de Deus”.

Ao comentar o trecho da segunda leitura em que São Pedro afirma: “Vós andáveis como ovelhas desgarradas, mas agora voltastes para o pastor e guarda de vossas vidas” (1Pd 2,25), o Arcebispo ressaltou que “Jesus não apenas nos redime do pecado, mas nos concede a graça de participar da vida nova pela graça do Batismo”.

QUE NINGUÉM SE PERCA

“Neste tempo pascal, recordamos que Deus é o supremo pastor da humanidade e quer que ninguém se perca, mas que todos sejam salvos, mediante a fé em Cristo, enviado ao mundo como bom pastor da humanidade”, enfatizou Dom Odilo, exortando que todos se mantenham unidos e atentos à voz do Pastor e não deem ouvidos aos falsos pastores, “que podem ser tantos entre nós e que não estão interessados no verdadeiro bem das ovelhas, mas apenas no seu proveito pessoal”.

Referindo-se ao Evangelho do dia (Jo 10,1-10), em que Jesus afirma ser  “a porta dos pastores” e a “porta das ovelhas”, o Cardeal Scherer afirmou que os pastores verdadeiros, que são reconhecidos pelas ovelhas e a quem as ovelhas seguem porque reconhecem a sua voz, são os pastores que passam pela única porta verdadeira que dá acesso às ovelhas.

CRISTO É A PORTA

“O verdadeiro pastor precisa passar pela porta que é Cristo. Se tenta chegar junto das ovelhas de outra maneira, ele espanta as ovelhas e essas escapam dele porque não o reconhecem como pastor, mas como ladrão e salteador. O pastor que se apresenta em seu próprio nome, não mediante a autenticação dada por Cristo, do seu serviço junto das ovelhas, acaba criando problemas sérios para as ovelhas”, salientou.

Dom Odilo sublinhou que Jesus é a porta para as próprias ovelhas. “Entrando e saindo no redil por meio dele, a porta, as ovelhas estão em segurança e não correm o risco de serem enganadas ou roubadas por falsos pastores ou tomarem caminhos errados”, disse.

“As ovelhas devem prestar atenção à voz do seu verdadeiro pastor, e saber distinguir a voz dele no meio de tantas vozes. Isso significa muito para nós, em nossos dias, quando há tantas vozes e tantos que se apresentam como ‘pastores’. É preciso que os cristãos tenham atenção e discernimento, para seguirem apenas a voz do pastor bom, que está verdadeiramente interessado no seu bem”, salientou o Arcebispo.

ORAÇÃO PELAS VOCAÇÕES

O Cardeal recordou, ainda, que no Domingo do Bom Pastor, a Igreja também celebra o Dia mundial de oração pelas vocações sacerdotais. “Somos convidados especialmente a nos unirmos em prece para que Deus chame a muitos para serem bons pastores, a exemplo de Jesus e dele possam receber o encargo de cuidar das ovelhas. A Igreja precisa muito de pastores bons e santos, que sirvam com alegria e generosidade as ovelhas e cuidem delas, como Jesus mesmo faria”, destacou.

O Arcebispo também afirmou que em todas as paróquias e comunidades da Arquidiocese é preciso haja o serviço vocacional organizado, para apoiar o surgimento de vocações e seu encaminhamento para a maturidade. “A primeira ação vocacional é nossa oração fervorosa e constante pelas vocações sacerdotais e à vida consagrada religiosa. Que em todas as comunidades e paróquias haja ao menos uma vocação e que as vocações contem sempre com a valorização e o apreço de todos. Em cada comunidade, ao menos, uma vocação”, pediu.

SÍNODO ARQUIDIOCESANO

Ao falar das intenções das intenções apresentadas à Padroeira do Brasil, Dom Odilo pediu pela realização do sínodo arquidiocesano convocado em 2017 e cujas atividades estão suspensas temporariamente devido à pandemia. “Nossa Igreja vive na realidade complexa da Metrópole e nela procura ser fiel à sua missão recebida de Jesus: ‘Vós sereis minhas testemunhas’. Queremos renovar-nos nesta missão e, por isso, estamos celebrando o sínodo arquidiocesano e fazendo um caminho de comunhão, conversão e renovação missionária em toda a nossa Arquidiocese”, disse.

“Em nossa Romaria, suplicamos a Nossa Senhora Aparecida que interceda por nós e nos ajude a estarmos sempre atentos à voz do Espírito Santo e aos caminhos de Jesus, nosso Bom Pastor”, completou.

PANDEMIA

O Arcebispo reiterou o convite à oração para que todos sejam livres do contágio do novo coronavírus e para que os cientistas e pesquisadores encontrem quanto antes uma vacina e uma medicação eficaz para a prevenção e a cura da doença e de tantas outras enfermidades que afligem a humanidade.

O Cardeal também pediu a intercessão de Nossa Senhora os doentes nos hospitais e nas casas e todos os que cuidam deles. “Que os doentes sejam assistidos e possam recuperar a saúde. E todos os que cuidam deles possam ter sua saúde preservada”, pediu.

“E colocamos também nas mãos de Nossa Senhora Aparecida nossa súplica por todos aqueles que vivem a angústia do desemprego e da incerteza econômica a respeito do dia de amanhã. Que a partilha e a solidariedade fraterna ajudem a tantas pessoas e famílias a superarem este tempo de crise, sem maiores sofrimentos”, acrescentou o Cardeal, concluindo: “Temos a certeza de que Nossa Senhora, a quem Jesus nos entregou como Mãe, está olhando por nós”. 

PRECE PELO BRASIL

Na oração dos fiéis, o Cardeal Scherer fez uma prece por todo o Brasil, sobretudo pelas autoridades de todos os níveis, para que se busque aquilo que melhor possa contribuir para atender as necessidades dos que mais sofrem com pandemia.

“Que se deixe de lado toda forma de instrumentalização, que todos os que têm a responsabilidade se deem as mãos para melhor encontrar os benefícios do povo que mais precisa, especialmente os doentes, os pobres e os que ficaram desempregados”, destacou.

No fim da missa, Dom Odilo fez a oração de consagração da Nossa Senhora Aparecida em nome de toda a Arquidiocese de São Paulo.

Antes da bênção final, o Cardeal reiterou sua orientação para que sejam seguidas as recomendações das autoridades sanitárias para combater a pandemia, por meio do distanciamento social e medidas de higiene preventiva. “É a medicina que nos temos no momento”, afirmou, lembrando que ainda não há vacinas ou cura para a COVID-19. “Cuidemos para não nos contagiarmos e não contagiar os outros. Por isso, o que está sendo recomendado é importante. Se todos fizermos o que está em nosso alcance, logo essa pandemia passará”, completou.

EXPRESSÃO DE COMUNHÃO

Os fiéis da Arquidiocese de São Paulo também estiveram unidos à Romaria Arquidiocesana por meio da oração e comunhão espiritual. Desde a quarta-feira, 29 de abril, atendendo ao convite do Arcebispo, as famílias e comunidades rezaram o Rosário e a Ladainha de Nossa Senhora em preparação para a Romaria.

Logo após a benção final dada por Dom Odilo no Santuário Nacional, os sinos de muitas igrejas de São Paulo badalaram em sinal de comunhão com a romaria. Algumas comunidades realizaram pequenas carreatas pelas ruas com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, para que as pessoas pudessem saudar a imagem da padroeira das janelas de suas residências.

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Com a récita do Terço, fiéis se preparam para acompanhar a romaria arquidiocesana

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01 de mai de 2020

No próximo domingo, 3, acontece a 119ª Romaria da Arquidiocese de São Paulo a Aparecida (SP). Pela primeira vez em mais de um século, devido a pandemia do novo coronavírus, não haverá a presença física de fiéis no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, devido às medidas preventivas de isolamento social.

Este ano, os católicos na Arquidiocese de São Paulo estarão unidos em comunhão e oração a esse momento de fé e devoção pela padroeira do Brasil, com a ajuda das mídias digitais e da televisão. Na Casa da Mãe Aparecida, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidirá uma missa às 12h, concelebrada pelos bispos auxiliares e alguns sacerdotes, transmitida, ao vivo, pela TV Aparecida, pela rádio 9 de Julho (AM
1600 kHz) e pelas redes sociais da Arquidiocese.

Em carta dirigida a toda a Arquidiocese o Cardeal Scherer, recomendou que todos façam um momento de preparação para a romaria, cada um em sua casa, com a própria família ou nas organizações comunitárias, nos dias 29 e 30 de abril e em 1º e 2 de maio, mediante a oração do Santo Rosário e da Ladainha de Nossa Senhora, e que as paróquias transmitam esse momento e convidem o povo a se unir à peregrinação, mesmo ficando em casa.

Estar em comunhão

Diversas Paróquias, comunidades e famílias da Arquidiocese de São Paulo aderiram à recomendação do Cardeal e estão realizando durante os quadro dias que antecedem a romaria a récita do Terço, transmitido pelas redes sociais, como é o caso da Paróquia São José do Maranhão, do Setor Pastoral Tatuapé, Região Episcopal Belém.

“Quando divulgamos a iniciativa, as pessoas gostaram muito e prepararam um altar em suas casas e postaram nas redes sociais, dizendo que estavam unidos em oração. Durante as transmissões, as famílias também participam, os agentes de pastoral, leigos e ate pessoas de outras paróquias”, disse à reportagem Lucas Bonfim da Silva, do grupo de acólitos e coroinhas.

Dom Odilo também pediu, como sinal de participação e comunhão, que em todas as igrejas os sinos sejam tocados por três minutos no dia 3 de maio, após a bênção final da missa. As paróquias que desejarem também poderão fazer carreatas com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, sem a concentração de pessoas.

“O Padre acolheu a ideia muito bem, e sugeriu que os próprios leigos organizassem o Terço. Neste domingo, em comunhão com a Romaria da Arquidiocese, nós faremos a carreata com a imagem de Nossa Senhora Aparecida”, concluiu Lucas.

Em outras paróquias

O Santuário Santa Edwiges, localizado no Sacomã, na Região Episcopal Ipiranga, também está se preparando para a Romaria Arquidiocesana, com a reza do Terço transmitido pelas redes sociais e com intensa participação dos fiéis, que também participam por telefone.

Na mesma Região, a Paróquia Santa Terezinha, no Bosque da Saúde, tem feito a transmissão do Terço e da Ladainha de Nossa Senhora, às 18h30, pelo Facebook. No sábado será às 16h.

A Paróquia Imaculado Coração de Maria, no Setor Pastoral Conquista, na Região Episcopal Belém, está organizando uma carreata para o próximo domingo, com a imagem de Nossa Senhora Aparecida pelas ruas do bairro. Os fiéis foram orientados a utilizar máscaras em todo o trajeto, só compartilhar o carro com quem mora na mesma casa, e evitar aglomerações antes e depois do trajeto, para segurança de todos.

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Católicos participarão ‘virtualmente’ de romaria a Aparecida

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29 de abril de 2020

A pandemia de COVID-19 não irá impedir a realização da 119ª Romaria da Arquidiocese de São Paulo a Aparecida (SP), no próximo domingo, 3 de maio.

Pela primeira vez em mais de um século, a histórica romaria não terá a presença física do povo no Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida, devido às medidas de isolamento social para conter o avanço do contágio do novo coronavírus. No entanto, os católicos paulistanos estarão unidos em comunhão e oração a esse momento de fé e devoção pela padroeira do Brasil, com a ajuda das mídias digitais e da televisão.    

Na Casa da Mãe Aparecida, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidirá uma missa às 12h, concelebrada pelos bispos auxiliares e alguns sacerdotes, transmitida, ao vivo, pela TV Aparecida,
 pela rádio 9 de Julho (AM
1600 kHz) e pelas redes sociais
 da Arquidiocese.

“Colocaremos nas mãos e no coração de Nossa Senhora Aparecida as nossas paróquias e comunidades, as famílias e cada pessoa. Rezaremos especialmente pelos pobres e os doentes e por aqueles que cuidam deles. Pediremos a Nossa Senhora, ‘Auxílio dos Cristãos’ e ‘Saúde dos Enfermos’, que olhe por todos com carinho maternal”, disse o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, em carta dirigida a toda a Arquidiocese.

PARTICIPAR MESMO EM CASA

“Será um ano muito diferente em toda a história de romarias da Arquidiocese de São Paulo, mas não é porque será diferente que vamos deixar de lado a romaria. Queremos manter o elo desses 119 anos que a Arquidiocese participa em Aparecida, das orações junto à imagem da Padroeira do Brasil. Por isso, a importância, mesmo com todas as restrições, de mantermos a nossa mobilização e solidariedade”, disse ao O SÃO PAULO o Padre Tarcísio Marques Mesquita, Coordenador do Secretariado Arquidiocesano de Pastoral.

Dom Odilo convidou todos os padres, religiosos e leigos a se unirem, mesmo a distância à romaria deste ano. Seguindo as recomendações das autoridades sanitárias, apenas o Cardeal, os bispos auxiliares e poucos padres representarão a Arquidiocese no santuário mariano.

“Formemos uma corrente de solidariedade, fé e esperança de um povo peregrino, pois é assim que a romaria é lembrada. De um povo também que sabe se mobilizar e usar dos recursos atuais, para não perder de forma alguma o elo com as coisas sagradas e com a solidariedade, que não pode faltar na vida de ninguém, sobretudo na de uma pessoa cristã”, completou Padre Tarcísio.

UNIDOS EM ORAÇÃO

Dom Odilo recomendou que todos façam um momento de preparação para a romaria, cada um em sua casa, com a própria família ou nas organizações comunitárias, nos dias 29 e 30 de abril e em 1º e 2 de maio, mediante a oração do Santo Rosário e da Ladainha de Nossa Senhora, e que as paróquias transmitam esse momento e convidem o povo a se unir à peregrinação, mesmo ficando em casa.

E também pediu, como sinal de participação e comunhão, que em todas as igrejas os sinos sejam tocados por três minutos no dia 3 de maio, após a bênção final da missa.

UMA LONGA HISTÓRIA DE COMUNHÃO

Em 1717, quando foi encontrada a imagem da Padroeira do Brasil, todo o estado de São Paulo pertencia à então Diocese do Rio de Janeiro. Com a criação da Diocese de São Paulo, em 1745, que depois foi elevada a Arquidiocese, em 1908, Aparecida passou a fazer parte de seu território. Somente em 1958 foi criada, pelo Papa Pio XII, a Arquidiocese de Aparecida, tendo como primeiro Arcebispo o Cardeal Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, até então Arcebispo de São Paulo.

Dom Duarte Leopoldo e Silva, em 1908, obteve do Papa Pio X a concessão do título Ba- sílica Menor para a primeira igreja construída em 1745 em Aparecida, popularmente conhecida como Basílica Velha. Na ocasião, Dom Duarte também celebrou a dedicação do templo.

Até a chegada dos primeiros missionários redentoristas, em 1894, o atendimento pastoral e espiritual da Basílica de Aparecida ficou aos cuidados do clero da Diocese de São Paulo.

(Colaborou: Fernando Geronazzo)

 

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Mais de 80 mil homens são esperados na Romaria do Terço dos Homens

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14 de fevereiro de 2020

O Santuário Nacional de Aparecida (SP) recebe, de 14 a 16 de fevereiro, a Romaria Nacional o Terço dos Homens. Estão sendo esperados mais de 80 mil homens de todo o Brasil. O evento será acompanhado pelo Arcebispo de Juiz de Fora (MG), Dom Gil Antônio Moreira, nomeado pelo Arcebispo de Belo Horizonte (MG) e presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, como Bispo referencial do movimento.

“Quero agradecer a Dom Walmor que me enviou a carta de confirmação como Bispo referencial do movimento Terço dos Homens em nome da CNBB. É com muita alegria que continuo esse trabalho de apoio e de incentivo à oração do terço em família rezado pelos os homens do Brasil”, relata o Bispo em entrevista à CNBB.

FONTE DE GRAÇAS

Com o tema ‘Terço dos Homens: Fonte de todas as graças!’ e o lema ‘Confiantes como Maria’, os grupos terão três dias de programação no Santuário Nacional. A temática quer enaltecer o papel de Maria como intercessora e medianeira junto de seu Filho Jesus.

Segundo o Bispo, o Terço dos Homens, um movimento de iniciativa do laicato, é um exemplo de fé e devoção. “A oração do terço é a contemplação de Cristo aos olhos e ao pulsar do coração de Maria. Por isso, esse movimento cresce a cada dia porque de um jeito popular e simples, mas certamente muito profundo, esse movimento tem mais de um milhão de homens rezando o terço em todo o território nacional”.

MOVIMENTO DE EVANGELIZAÇÃO

A cada ano, a Romaria tem crescido e se tornado referência no Brasil. “Esse é um grande movimento de evangelização porque é uma maneira de contemplar aquilo que a Sagrada Escritura nos diz a respeito do Salvador: Jesus verbo encarnado do Pai”, concluiu Dom Gil.

A missa de abertura da Romaria será nesta sexta-feira, 14, às 20h, 14 na Basílica Nacional, e em seguida uma procissão luminosa pela passarela até a Basílica velha onde ocorrerá uma adoração até a meia noite. Já no sábado, 15, a missa solene será às 7h30, transmitida por todo o sistema de comunicação de Aparecida.

CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA

 

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O SÃO PAULO recorda o retorno da imagem restaurada à Aparecida

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17 de outubro de 2019

Nesta quinta-feira, 17, a série “#TBT O SÃO PAULO” recorda mais uma edição histórica do semanário da Arquidiocese de São Paulo. A edição 1.171, publicada em 19 de Agosto de 1978, destacou o retorno da imagem de Nossa Senhora Aparecida para Básica Velha, após sofrer um atentado em maio daquele ano e ser restaurada no Museu de Arte de São Paulo. Confira um trecho daquela edição:

“A imagem de Nossa Senhora Aparecida chegou ao Museu de Arte de São Paulo (MASP) no dia 28 de junho, numa caixa formada de algodão e fragmentada em 175 pedaços. Pouco a pouco, num trabalho feito pacientemente e que tomou o tempo dos restauradores durante mais de um mês, inclusive aos sábados e domingos. A obra foi concluída no dia 31 de Julho passado. Apenas um pedaço da face direita da imagem e um outro, do manto direito, precisaram moldados por falta do fragmento original.”

UM NOVO PAPA

A manchete principal da capa trazia como título: “Dia 25 começa nascer um novo Papa”. A notícia se refere ao início de um Conclave, no Vaticano, que elegeria o Papa João Paulo I, após a morte de São Paulo VI. A matéria destaca que a escolha de um Papa precisa ser vista como olhos da fé, pois o acontecimento não pode ser colocado apenas com o olhar humano. Confira um trecho da manchete:

“No dia 25, quando se fecharem as portas da Capela Sixtina, no Vaticano, um novo Papa começaram a nascer, eleito pelos 111 cardeais que la estarão presentes. Veja na página 10 quem são os cardeais que escolherão o novo Papa.”

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O restauro da imagem e de uma vida de fé

 

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‘Aqui estão vossos devotos, ó, Senhora Aparecida!’

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31 de outubro de 2019

De norte a sul do País, encontram-se, em muitas casas, imagens de Nossa Senhora Aparecida, em torno das quais famílias inteiras se unem para rezar o Terço e fiéis realizam suas orações pessoais. De geração em geração, essa devoção perdura há mais de 300 anos no Brasil.
Em 1717, em uma simples casa de pau a pique, foi construído o primeiro altar que abrigou a imagem de Nossa Senhora da Conceição, encontrada no Rio Paraíba do Sul pelos pescadores Domingos Garcia, Felipe Pedroso e João Alves. O altar era feito com um caixote de madeira e rodeado por velas. Logo a população local passou a se reunir diariamente para a oração do Terço e para pedir a intercessão da Senhora que apareceu nas águas, Nossa Senhora Aparecida. 

EM FAMÍLIA

Assim que a imagem foi encontrada, os pescadores decidiram que ela permaneceria na casa de Felipe Pedroso, por ser o mais velho. “Ele ficou com a imagem durante 15 anos. Quando Felipe a entregou a seu filho, Atanásio Pedroso, ele reunia sua família e vizinhos para rezar o Terço. Foi então que aconteceu o milagre das velas e teve início a devoção popular”, detalhou ao O SÃO PAULO Tereza Pasin, historiadora do Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.
Em uma noite, durante a oração do Terço, a vela se apagou. A filha do pescador, chamada Silvana, que estava ajoelhada, levantou-se para acendê-la, mas esta se acendeu sozinha. Toda a família ficou surpresa. Ao saber do ocorrido, o Padre José Alves Vilela foi até o local e mandou construir a primeira capela. Logo a notícia se espalhou.
“Naquele momento, a devoção a Nossa Senhora Aparecida tornou-se popular. Não era mais em uma casa, não era mais em uma capelinha. Então, percebeu-se a necessidade da construção de uma igreja, pois, com o crescente número de fiéis, a capela foi se tornando cada vez menor diante da quantidade de devotos”, reforçou a historiadora.

PADROEIRA DO BRASIL

Tereza recordou que, em 1732, o local ficou conhecido como Sítio das Romarias, tamanho o número de pessoas que visitavam a imagem e atribuíam inúmeros milagres de Deus pela intercessão da Virgem Maria. “Posso afirmar que Nossa Senhora Aparecida nunca ficou um dia sem receber os seus filhos romeiros, pois as romarias sempre vieram”, reforçou.
“A cada ano, a devoção foi crescendo. Em 1904, Nossa Senhora Aparecida foi coroada Rainha do Brasil, devido ao número de devotos que já possuía de norte a sul, de leste a oeste do País. Em 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor, a primeira do Brasil; e, em 1930, Nossa Senhora Aparecida recebeu o título de Padroeira do Brasil”, concluiu Tereza.
Anualmente, o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida recebe, em média, 12 milhões de peregrinos. De ônibus, de carro, a pé, a cavalo, motocicleta ou bicicleta, homens e mulheres, de diferentes idades, vão ao maior santuário mariano do mundo, atraídos por uma experiência de fé nascida em torno daquela pequena imagem da Virgem Maria de apenas 40cm de altura.

CAMINHANDO COM FÉ

Quem trafega pela Via Dutra, uma das mais movimentadas rodovias do País, não raro se depara com romeiros a caminho do Santuário Nacional, em especial nos dias próximos à festa da Padroeira do Brasil.
Na última semana, um desses grupos em romaria era da cidade de Santo André, na Região Metropolitana de São Paulo. Entre os dias 7 e 11, cerca de 360 pessoas peregrinaram da Paróquia São Judas Tadeu, do bairro Campestre, até Aparecida, caminhando entre 35km e 40km por dia. 
Entre esses romeiros estava Angela Ferreira, que, pelo segundo ano, foi a pé de Santo André a Aparecida. “É sempre a realização de um sonho e uma gratidão por tantas graças e bênçãos que já tive em minha vida pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida”, contou à reportagem, citando três destas graças alcançadas: os 30 anos de casada, a vida do esposo após sofrer um infarto há dois anos e a saúde do filho, que escapou de um acidente de carro, há sete anos, quando por pouco não perdeu completamente a visão. “Quando eu soube do acidente, coloquei meu filho nas mãos de Nossa Senhora, pedi que ela o abençoasse, o cobrisse com seu manto e o protegesse de todo o mal.”
Além de testemunhar outras histórias de gratidão à Mãe Aparecida, Angela contou que a peregrinação a Aparecida reavivou em si a esperança na humanidade, por causa da solidariedade que os romeiros recebem até a chegada aos pés da imagem da Padroeira. “Eu passei a crer mais no ser humano, porque vejo ao longo da romaria quantas pessoas boas ainda existem no mundo, pessoas que saem das suas casas e vêm para a rodovia ajudar a gente”, disse, relatando que os romeiros receberam doações de água, frutas e refeições prontas, além de espaços para descansar e cuidados clínicos de voluntários ao longo da estrada. 

MÃE DE TODOS

Em Aparecida, o coração maternal de Maria também abriga romeiros famosos. A mesma Via Dutra por onde passaram os peregrinos de Santo André na última semana, há 20 anos foi o caminho da peregrinação a pé do humorista Renato Aragão, que na ocasião comemorou os 50 anos de seu personagem mais famoso, Didi Mocó. “Nossa Senhora Aparecida, minha Mãe, me fez levitar na estrada e chegar até aqui”, disse em uma das missas de outubro de 1999, quando concluiu a peregrinação de 170km com uma réplica da imagem de Padroeira do Brasil que carregou em uma mochila nas costas. 
Muitos outros famosos já estiveram aos pés da imagem original de Nossa Senhora Aparecida: o jogador Ronaldo Nazário agradeceu a recuperação de uma bem-sucedida cirurgia no joelho às vésperas da Copa de 2002. Também o ator Murilo Rosa, que interpretou um personagem no filme “Aparecida: O Milagre”, já disse em entrevistas ter se emocionado ao gravar cenas do filme no Santuário Nacional; e o sambista Neguinho da Beija-Flor também contou sobre sua devoção à Mãe Aparecida, após o filho ser atingido por uma bala perdida. “Ele ficou muito tempo internado e eu, que não tinha devoção, procurei Nossa Senhora Aparecida pela cura dele e ela me atendeu. Desde então, ela ganhou toda a minha devoção”, relatou, recordando ainda ter voltado ao templo mariano para agradecer a cura de um câncer no intestino. 
Na Sala das Promessas do Santuário Nacional, fotografias, brinquedos, miniaturas de automóveis e de aviões, roupas, de anônimos e famosos, além de peças de cera alusivas a partes do corpo que foram curadas pela intercessão de Nossa Senhora Aparecida também são o sinal da devoção dos brasileiros à Mãe Aparecida.  

UMA PRECE EM FORMA DE ARTE

Sentado no chão de sua casa, apoiando-se em uma mesa pequena, Renato Teixeira compôs, em 1977, a música “Romaria”. As estrofes - a princípio registradas apenas na memória do compositor – tornaram-se o hino da devoção dos brasileiros a Nossa Senhora Aparecida.
O nome traduz seu sentido original de não ser, apenas, um louvor, mas um retrato e descrição dos fiéis que admiram e que caminham até o Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida para renovar sua fé.
“Romaria” é a melodia ecoada por milhares de peregrinos há mais de quatro décadas e se tornou a 23ª composição mais regravada da história da música popular brasileira, fato que evidencia sua popularidade e caráter devocional.
O sucesso, entretanto, só se concretizou após três anos de sua criação, com a interpretação da cantora Elis Regina. Antes, outros artistas rejeitaram a canção.

INSPIRAÇÃO

De família católica, Renato Teixeira nasceu em Ubatuba (SP) e costumava frequentar a cidade de Aparecida, na Basílica Menor. 
Aos 14 anos, mudou-se para a cidade de Taubaté, também no Vale do Paraíba. A proximidade entre os municípios fez com que o músico fosse, por muitas vezes, testemunha da manifestação da fé e devoção a Nossa Senhora Aparecida, por meio das inúmeras romarias que viu a caminho do Santuário Nacional. 
“Duas coisas me impressionavam muito na adolescência: as velas penduradas nas portas das lojas e que formavam lindos desenhos e, principalmente, a expressão da crença dos peregrinos que iam até lá para cumprir promessas - ver homens carregando a cruz e olhar a fé no rosto das pessoas era o que me impressionava mais. O personagem da música é realmente o romeiro, principalmente o simples e humilde”, salientou o músico, em entrevista à reportagem.

OLHAR PARA O SIMPLES

Como fio condutor para contar essa história, ele observou a vida da pessoa simples do campo, expressando em algumas frases essas particularidades, ao citar, por exemplo a algibeira (bolsa lateral fechada com nó forte e colocada normalmente em animais) e o fruto jiló, para rememorar os momentos amargos e difíceis do cotidiano, que são também o principal motivo para as orações e preces feitas à Virgem Maria.
Os versos que narram a chegada de romeiros ao maior templo mariano do mundo enaltecem, com simplicidade, que a fé pode ser revelada pelos olhos de quem verdadeiramente crê, como em sua última estrofe, quando, por três vezes, é repetido a frase “meu olhar”.
“Esse é o grande momento da música, quando o romeiro chega e não é preciso saber rezar para estar perto de Nossa Senhora Aparecida. Quando você se aproxima, ela faz você se reencontrar consigo mesmo, esse é o seu grande milagre”, continuou. 

GRATIDÃO

Renato contou à reportagem que o Santuário é um de seus lugares favoritos e que sempre leva consigo uma imagem da Padroeira. Ele afirmou, ainda, que a música por si só é uma oração e que “Romaria” é uma manifestação do respeito a um dos símbolos mais importantes para os brasileiros. 
Segundo o compositor, foi a partir dessa tradição e devoção que o Brasil passou a se reconhecer como uma nação.

NOSSA SENHORA APARECIDA NAS ARTES

MÚSICAS
“Romaria” (Renato Teixeira)
“A Padroeira” (Joana)
“Nossa Senhora do Brasil” (Padre Marcelo Rossi e Bruno e Marrone)
“Viva a Mãe de Deus e Nossa” (Joana)
“À Senhora Aparecida” 
(Padre Zezinho)
“Nossa Senhora” (Roberto Carlos)

CINEMA
“O Milagre das Águas” (1987)
“A Travessia da Serra 
que Chora” (2008)
“Aparecida: O Milagre” (2010)

NOVELA
“A Padroeira” (2001)

TEATRO 
“Aparecida – O musical” (2019)

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O SÃO PAULO recorda os 300 anos do encontro da imagem de Aparecida

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10 de outubro de 2019

Nesta quinta-feira, 10, a série “#TBT O SÃO PAULO” recorda mais uma edição histórica do semanário da Arquidiocese de São Paulo. A edição 3170, publicada em 11 de Outubro de 2017, destacou os 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida por pescadores no Rio Paraíba do Sul. Confira um trecho da reportagem de capa intitulada de “Aparecida: Sinal do Amor da Mãe Deus pelo Brasil”:

“Todos os anos, o Santuário Nacional de Aparecida, no interior paulista, recebe em média 12 milhões de peregrinos. De ônibus, de carro, a pé, a cavalo, de motocicleta ou bicicleta, homens e mulheres, de diferentes idades, vão à imensa Basílica atraídos por uma experiência de fé nascida em torno de uma pequena imagem da Virgem Maria de apenas 40 centímetros de altura, encontrada por pescadores nas águas do rio Paraíba do Sul, em 1717.”

A edição também mostrou a origem da devoção à Senhora Aparecida e como a Santa se tornou Rainha e Padroeira do Brasil. O restauro da imagem, que sofreu um atentado na em 16 de maio de 1978, quando um jovem a atirou no chão,  visivelmente transtornado, deixando-a despedaçada em mais de 200 partes também é recordado.

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Missa do penúltimo dia da Assembleia dos Bispos foi em ação de Graças pelo Regional Sul 4 da CNBB

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09 de mai de 2019

O altar central do Santuário Nacional de Aparecida (SP), recebeu nesta quinta-feira (09), os bispos do Regional Sul 4 (Santa Catarina) da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), para a penúltima celebração eucarística da 57ª Assembleia Geral dos Bispos.

A Santa Missa foi presidida pelo bispo de Tubarão (SC) e presidente do Regional Sul 4, dom João Francisco Salm, que iniciou sua homilia refletindo sobre o regional, que compreende todo o estado Santa Catarina e a província eclesiástica de Florianópolis.

Composto por uma Arquidiocese e dez dioceses, segundo o bispo, o regional que completará 50 anos em janeiro de 2020 já doou muitos filhos e filhas para a vida sacerdotal, religiosa consagrada e missionária, entre eles os santos que por lá viveram como Santa Paulina, a bem-aventurada Albertina, padre Aloísio e frei Bruno.

A região de cerca de 7 milhões de habitantes, que vai do Atlântico a fronteira da Argentina, possui belas cidades praianas rios e lagos, serras, planalto e campos com quatro estações bem definidas: “altas temperaturas e frio rigoroso com geada e neve”, descreveu o bispo.

Dom Francisco lembrou ainda dos desafios que a região enfrenta por causa dos efeitos das alterações climáticas, dos projetos de mineração de carvão, fosfato e xisto.

O chamado a Santidade feito pelo Senhor e tão recordado pelo papa Francisco também esteve presenta na homilia do bispo de Tubarão (SC) que refletiu ainda sobre o amor de Deus, a partilha do pão e da conivência fraterna.

“Todos sentam em torno do pão. O pão nos une, nos torna amigos e nos faz mais irmãos. Dá-nos a oportunidade de conversar, de sorrir, de falar e de ouvir. Maravilhas que nos alimentam tanto. O pão reúne e ensina a conviver. A falta de pão distancia, dispersa, cria rupturas e conflitos”, ressaltou.

Ao finalizar a homilia, Dom Francisco salientou ainda que por meio do amor do Pai, como filhos de Deus pela Eucaristia “somos levados viver aqui na terra os valores do reino de Deus. O grande valor é o da boa convivência, o amor recíproco que Jesus nos quis fazer entender e mandou que praticássemos quando lavou os pés dos discípulos, ícone da Eucaristia e do mandamento novo do amor”.

E completou: “ Eis então, o milagre da Eucaristia. Comer a carne e beber o sangue eucarístico nos faz solidários. Nos compromete, nos faz viver, nos predispõe amar, a dar a vida. Tornamo-nos novas criaturas capazes de pelo testemunho e pelo anúncio forjar uma nova sociedade”, finalizou Dom Francisco pedindo a intercessão de Santa Paulina, da bem-aventurada Albertina e da Virgem Maria.

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Cardeal Scherer: ‘A Assembleia é uma grande manifestação de comunhão e fraternidade para o bem da Igreja'

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07 de mai de 2019

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, falou nesta terça-feira, 7, sobre os trabalhos realizados no sexto dia da 57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional do Bispos do Brasil (CNBB), em Aparecida (SP), aos ouvintes da rádio 9 de Julho, durante o programa “Encontro com o Pastor”, que vai ao ar de segunda-feira a sábado, às 12h.

COMUNHÃO E FRATERNIDADE

Dom Odilo recordou as eleições que elegeram o Arcebispo de Belo Horizonte (MG), Dom Walmor Oliveira de Azevedo, Presidente e os dois Vice-Presidentes: Dom Jaime Spengler, Arcebispo de Porto Alegre (RS) e Dom Mário Antonio Silva, Bispo de Roraima; além do Secretário-Geral, Dom Joel Portella Amado, Bispo Auxiliar do Rio de Janeiro. Até a próxima sexta-feira, também serão eleitos os 12 presidentes das Comissões Episcopais.

“Vamos continuar acompanhando os trabalhos com nossas orações para que o Espírito Santo ilumine. Existe a ansiedade para ver quem será escolhido, mas também existe uma grande tranquilidade. Os bispos manifestam a sua opinião, mas todos aceitam o que é definido, pois a Assembleia é uma grande manifestação de comunhão e fraternidade para o bem da Igreja”, disse Dom Odilo

TRADUÇÃO DO MISSAL

O Cardeal Scherer destacou as votações que estão sendo realizadas durante a Assembleia Geral, como a aprovação da tradução do Missal Romano, que foi realizada no últimos dez anos, e agora necessita da aprovação dos bispos, que estão fazendo isso por etapas, no decorrer de cada Assembleia Geral.  

“A CNBB está cumprindo seu dever. Existe uma comissão de peritos que está fazendo esse trabalho para que os bispos aprovem. Não é um trabalho superficial. Os bispos são em suas dioceses mestres da Liturgia e juntos com a Conferência Episcopal também são responsáveis pela Liturgia no Brasil. Ninguém está mudando o Missal Romano indevidamente, estão apenas revendo a tradução para ver se está de acordo com a latina”, lembrou o Cardeal.

SÍNODO PARA A PAN-AMAZÔNIA

Dom Odilo também recordou o Sínodo para a Pan-Amazônia, que acontecerá no Vaticano, entre os dias 6 a 27 de outubro, com o tema “Amazônia: novos caminho para a Igreja e por uma ecologia integral”, tendo como relator geral, nomeado pelo Papa Francisco, o Cardeal Cláudio Hummes, Presidente da Rede Eclesial Pan-Amazônica (Repam) e Arcebispo Emérito de São Paulo.

Os bispos da região Pan-Amazônica vão refletir sobre a condição de vida na região, a preservação do meio ambiente para as futuras gerações e como está a missão da Igreja na Amazônia. “Embora muito presente, há uma grande carência de iniciativas da Igreja na Amazônia, então essas questões serão tratadas no Sínodo”, concluiu Dom Odilo.

TODOS OS DETALHES DA ASSEMBLEIA

Diariamente, acompanhe os detalhes sobre a 57ª Assembleia Geral da CNBB no site do jornal O SÃO PAULO e nos noticiários da rádio 9 de Julho.

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‘Com Maria, rezemos pelo sínodo arquidiocesano’

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10 de mai de 2019

No primeiro domingo do mês dedicado a Maria, uma tradição renovada há 118 anos testemunha um verdadeiro encontro com Deus por intermédio de Nossa Senhora: a Romaria da Arquidiocese de São Paulo ao Santuário Nacional de Nossa Senhora Aparecida.

Aproximadamente 240 ônibus, além das vans e carros particulares, levaram mais de 12 mil peregrinos das diversas paróquias de São Paulo para viver, em comunhão com fiéis de todo o Brasil, esse momento de fé e devoção junto a Mãe Aparecida. A celebração, que teve início às 10h do dia 5, foi presidida pelo Arcebispo Metropolitano de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, e concelebrada pelos sete bispos auxiliares e inúmeros padres.

 

ROMEIROS DE NOSSA SENHORA

A Romaria tem um sentido muito especial para os devotos. É o momento de visitar a “Casa da Mãe” para rezar, agradecer alguma graça alcançada ou fazer um pedido especial. Maria Regina da Conceição, 63, da Paróquia Nossa Senhora dos Remédios, na Região Brasilândia, confia seus pedidos a Nossa Senhora e considera a ida ao Santuário Nacional um presente antecipado pelo Dia das Mães.

Um sentimento similar de gratidão é compartilhado por Ivone Mucci, 59, da Paróquia Santa Luzia, da Região Santana, uma, entre tantas fiéis, que aproveita o momento da bênção dos objetos para pedir proteção a Nossa Senhora Aparecida, levando Terços, documentos, chaves, fotografias, entre outros objetos.

Para Olivia de Souza, que acompanhou o grupo de 42 pessoas saído da Pastoral do Menor da Região Brasilândia, peregrinar a Aparecida é sempre uma ocasião oportuna para a evangelização, sobretudo dos atendidos pela Pastoral. E estes, em muitos casos, no ambiente familiar, não encontram os valores da fé e da acolhida materna, podendo recorrer ao coração da Mãe, Padroeira e Rainha do Brasil.

 

MARIA: INSPIRAÇÃO PARA EVANGELIZAÇÃO

Além das representações das seis regiões episcopais e de movimentos, associações e pastorais vinculados à Arquidiocese de São Paulo, o Vicariato Episcopal para a Pastoral do Povo da Rua participou dessa Romaria ainda mais motivado pelo início do sínodo no âmbito do Vicariato – um dos focos do sínodo em 2019 são os vicariatos ambientais, entre eles o do Povo da Rua. “É um momento que eles esperam muito. Eles se sentem parte integrante da cidade, da Igreja, e a devoção a Nossa Senhora é muito grande. Eles falam: ‘Eu não tenho mãe e a única mãe que eu tenho é Nossa Senhora’”, conta Frei Agostinho Teotokos, da Comunidade Voz dos Pobres.

Entre as comunidades com representação na Romaria deste ano, esteve a do Santuário Arquidiocesano de Nossa Senhora Aparecida, no bairro do Ipiranga. O Reitor do Santuário, Padre Zacarias José de Carvalho Paiva, considera a Romaria um grande sinal de fé que recorda o caráter missionário da Igreja. “Nossa Senhora é aquela que no Congresso Eucarístico de 1942 visitou toda a Arquidiocese de São Paulo, deu todo esse impulso eucarístico em todo o Brasil, especialmente em São Paulo, sinal da efervescência católica na década de 40 e que precisava de fato acontecer. Hoje, o sínodo é essa grande motivação. A vinda do Santuário, junto com a Arquidiocese, quer ser um grande sinal eucarístico para a Igreja em São Paulo.”

Segundo Padre Zacarias, o caminho sinodal é um momento favorável para que o Santuário Arquidiocesano se torne cada vez mais referência de devoção mariana e peregrinação na Capital Paulista. “O tempo do sínodo para nós no Santuário vai ser um tempo de refazer nossas práticas pastorais, caminhar junto com a Arquidiocese de São Paulo, buscar um maior impulso missionário dentro da nossa cidade, levando, sobretudo, a devoção a Nossa Senhora Aparecida”, destaca.

 

'ENCHER SÃO PAULO COM O TESTEMUNHO DE JESUS'

No início da homilia, Dom Odilo falou brevemente sobre os laços históricos que unem as Arquidioceses de Aparecida e de São Paulo, e fez votos para que esses laços se aprofundem cada vez mais. Neste ano, a Romaria da Arquidiocese de São Paulo teve como principal motivação a oração pelo sínodo arquidiocesano – “caminho de comunhão, conversão e renovação missionária” –, que, em 2019, segue em sua segunda etapa.

A exemplo dos apóstolos que, ao anunciar a Palavra, sofreram perseguições e até mesmo o martírio (At 5,27-32.40-41), mas encheram a cidade de Jerusalém com a pregação da Palavra, o Cardeal exortou os fiéis a encher São Paulo com essa pregação, como testemunhas de Jesus. “Esta é a nossa missão: encher São Paulo com o testemunho de Jesus, com o Evangelho, com o anúncio do Reino de Deus”, ressaltou Dom Odilo, ao recordar que este é um dos propósitos do sínodo arquidiocesano.

Ao refletir sobre o relato da última manifestação do Ressuscitado aos seus discípulos, com ênfase para a “pesca milagrosa” e o diálogo de Jesus com Pedro (cf. Jo 21,1-19), o Cardeal disse que todos são chamados a olhar a realidade da Arquidiocese como os discípulos, para que o trabalho pastoral dê fruto. “O trabalho da Igreja não é uma movimentação simplesmente por nossa conta, mas se for por Ele, pelo Espírito Santo, nosso trabalho evangelizador tem frutos. Por isso, nosso sínodo vai confiado à ação do Espírito Santo, para renovar nossa missão, a vida eclesial e o testemunho de Jesus na cidade.” 

 

ASSEMBLEIA DA CNBB

Também na homilia, Dom Odilo recordou que a Romaria Arquidiocesana aconteceu no contexto da 57ª Assembleia Geral da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que teve como trabalho principal atualizar as Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora da Igreja no Brasil. Lembrou, ainda, que, em muitos aspectos, o Documento, com foco na evangelização das cidades, dialoga com o caminho sinodal, pelo qual passa a Arquidiocese. Outro aspecto ressaltado do novo Documento é a valorização das comunidades, em suas muitas expressões, e da Igreja doméstica – as famílias – “como lugar que Deus habita e quer habitar”.

Ainda o Cardeal afirmou que o testemunho de milhares de romeiros da Arquidiocese reafirma a “convicção de que nossa Igreja está reunida em torno de Jesus, mas também em torno de Maria, a Mãe de Jesus, nossa Mãe e Mãe da Igreja”, finalizou.


 

VOCÊ SABIA?

O hino “Viva a Mãe de Deus e Nossa” também está diretamente ligado à peregrinação paulistana. A música foi composta em 1905 para a Romaria Arquidiocesana. A canção se popularizou e, desde 1951, passou a ser utilizada pelo Santuário Nacional nas celebrações marianas.

 

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