No Domingo do Bom Pastor, Papa reza pelos padres ‘que dão a vida pelos fiéis’

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06 de mai de 2020

Em suas missas diárias na Casa Santa Marta, o Papa Francisco reza por uma intenção especial nestes tempos de COVID-19. No Domingo do Bom Pastor, 3, ele dedicou suas orações especialmente “aos tantos pastores que no mundo dão a vida pelos fiéis, também nesta pandemia”.

Somente na Itália, mais de cem padres perderam a vida por causa do contágio com o novo coronavírus. Muitos sacerdotes continuam atendendo os fiéis, dando conforto espiritual de diferentes maneiras, especialmente com apoio às famílias, aos doentes e realizando funerais, onde é permitido. O Papa Francisco comparou esses padres aos médicos, chamando-os de “pastores médicos”, que “ajudam a cuidar do santo povo de Deus”.

JESUS, BOM PASTOR  

Foram lidas, no 4º Domingo do Tempo Pascal, passagens do Evangelho e da Carta de São Pedro que apresentam Jesus como um pastor e seus discípulos como “ovelhas perdidas”. O Papa Francisco reflete sobre essa metáfora, e também o famoso Salmo 22 (23) que diz: “O Senhor é meu pastor: nada me faltará”.

“Jesus se apresenta não só como pastor, mas a porta pela qual se entra no rebanho”, comentou o Papa. “Todos aqueles que vieram e entraram por aquela porta eram ladrões e bandidos, ou queriam se aproveitar do rebanho: falsos pastores”, continuou, referindo-se a líderes que tentaram se aproveitar dos fiéis, fazendo carreira ou enriquecendo. “Mas o rebanho os conhece, sempre os conheceu e andava procurando Deus por suas estradas.”

O bom pastor, em vez disso, “escuta e guia o rebanho, cuida do rebanho”. Em outras reflexões, Francisco lembrou que o pastor verdadeiro caminha no meio do rebanho, deixando que alguns de seus integrantes caminhem à sua frente e que outros o sigam, e “tem cheiro de ovelhas”.

‘BRANDURA’ COMO SINAL

A suavidade e a brandura são sinais do verdadeiro bom pastor. Por isso, o rebanho confia nele, diz o Santo Padre. “Ele é terno, tem aquela ternura da proximidade, conhece as ovelhas pelo nome e cuida de cada uma como se fosse única”, disse.

“O Bom Pastor, isto é, Jesus, é aquele que nos acompanha a todos no caminho da vida.” Essa ideia, acrescentou o Papa, está ao centro do Mistério Pascal. A comunidade, a ternura e a bondade vêm de Jesus e conduzem a Igreja também nestes tempos difíceis, completou.

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O que mudou na vida dos padres brasileiros em Roma após o coronavírus?

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25 de março de 2020

Assim como toda a população italiana, os padres brasileiros que estão em Roma para estudar tiveram que se adaptar à situação de quarentena, por causa da crise sanitária do novo coronavírus. Embora alguns tenham antecipado o retorno ao Brasil, um grupo de 54 padres estudantes continua morando no Colégio Pio Brasileiro, na capital italiana.

“Temos procurado colocar toda a comunidade em segurança, mas garantindo o que é básico para a vida cotidiana: a espiritualidade, os estudos, a alimentação, a limpeza e o clima de fraternidade”, disse ao O SÃO PAULO o reitor da residência universitária, Padre Geraldo dos Reis Maia.

O amplo espaço do “colégio” (como são chamadas as casas dos estudantes de universidades pontifícias) permite que os padres possam, ao mesmo tempo, ter uma vida normal e manter a distância de segurança de, pelo menos, 1 a 2 metros.

“Temos belos jardins, campo de futebol, pomar, além de a casa ser muito grande, com salões, salas. Ainda funciona a nossa biblioteca, que é muito boa e foi renovada”, contou o Padre Geraldo. Segundo ele, os serviços da casa continuam funcionando, mas, para se adaptar às normas do governo italiano, a maioria dos funcionários foi dispensada e os próprios padres assumiram os serviços. Ficaram somente os profissionais de cozinha e lavanderia. No colégio, também moram três irmãs.

Estudos continuam a distância

Com o fechamento das universidades, por ordem do governo, as aulas presenciais foram suspensas. Alguns professores começaram a dar aulas on-line, usando aplicativos como o Zoom e o Skype. Esse formato de ensino à distância, até então desconhecido para muitos professores das universidades de Roma, tornou-se uma das maiores novidades nesse período.

Mas os padres pesquisadores encontram dificuldades para dar andamento a seus projetos de mestrado e doutorado. De acordo com o Padre João Bechara Ventura (foto), da Arquidiocese de São Paulo, que é mestrando em Exegese Bíblica, alguns alunos tiveram o trabalho prejudicado pelo fechamento das bibliotecas. “Eu passei uma tarde tirando cópias para conseguir levar o máximo de material possível para casa. Mas é um complicador. Muitos precisam fazer teses de doutorado, dissertação de mestrado, mas não têm acesso à biblioteca”, diz.

“Outro problema é a concentração. Embora ficar no colégio possa facilitar a organização pessoal, ao mesmo tempo chegam mensagens de pessoas no Brasil e os noticiários todos falam do coronavírus. Isso dificulta o estudo, pois as pessoas ficam divididas, pensando no Brasil, na cidade, na família”, conta o Padre João.

Um terceiro fator de ansiedade para os padres estudantes é a dúvida sobre a retomada e conclusão do semestre acadêmico. O período deveria terminar em junho, mas há incertezas sobre como e quando serão realizadas as provas finais.

Comunidade reza pelo fim da pandemia

O Padre Antônio Marcos Depizzoli, da Diocese de Jacarezinho (PR), que é doutorando em Teologia e Catequese, afirma que a comunidade foi “desafiada a reorganizar sua vida cotidiana”. Entretanto, isso os permitiu “valorizar o silêncio e a meditação”. Uma das soluções para o período de quarentena foi criar mais um horário de missa na casa: agora são três todos os dias. Eles celebram numa capela maior, onde é possível manter a distância segura. “Estamos especialmente unidos com o nosso querido Brasil. É uma oportunidade para pensarmos sobre nossa fragilidade, mas também em como somos singulares”, diz o Padre Antônio.

Também o Padre João Henrique Novo do Prado, da Arquidiocese de São Paulo, que é mestrando em Catequese, sinaliza que o pedido de ficar em casa não tem sido fácil, por causa do cancelamento das atividades de grupo, por exemplo. Mas tem como objetivo “a prevenção e o bem-estar de cada um, mas também da comunidade”.

“Aproveitamos esse tempo para rezar mais e colocar em dia os estudos, que continuam em ritmo intenso. Esse momento é uma possibilidade de crescer mais na vida comunitária”, diz o Padre João Henrique: “Cresce o espírito de cuidado e preocupação com o outro. Estamos vivendo mais a solidariedade e a dimensão da partilha. Mais que uma comunidade de padres, vivemos como uma família de irmãos. Há uma distância física, mas não entre os corações”.

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Desde 2015, ao menos 70 padres e religiosos sequestrados ou mortos

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18 de março de 2020

Já dura quase cinco anos a contínua perseguição aos católicos na Nigéria. Um levantamento da Sociedade Internacional para Liberdades Civis e o Estado de Direito (Intersociety) mostra que pelo menos oito padres ou seminaristas católicos foram mortos nos últimos 57 meses e um total de 50 foram sequestrados.
De 11,5 mil a 12 mil cristãos foram mortos no mesmo período, que começou a ser contado em junho de 2015. Em boa parte dos casos, os assassinatos são causados pelo grupo terrorista islâmico Boko Haram, no Norte do país. Porém, há milícias especialmente na zona rural, que também atacam comunidades muçulmanas.
A vítima mais recente dessa perseguição à Igreja Católica foi o seminarista Michael Nnadi (foto), de apenas 18 anos, sequestrado com outros três companheiros no estado de Kaduna, e encontrado morto em 1º de fevereiro.
 

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O primeiro padre surdo do Brasil

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19 de setembro de 2019

Na história da Igreja, há o registro de pelo menos 25 surdos que foram ordenados sacerdotes. É sabido também que o criador do primeiro método para o ensino de surdos foi o monge beneditino espanhol Pedro Ponce de León (1520-1584), tendo estabelecido uma escola para surdos no Mosteiro de San Salvador, em Oña Burgos. 


Contudo, o Sacerdote reconhecido como o primeiro a utilizar a linguagem de sinais foi o francês Charles Jean-Marie La Fonta (1878-1927), ordenado presbítero em 1921. Neste mesmo ano, nasceu o primeiro padre surdo do Brasil, Monsenhor Vicente de Paula Burnier.


Nascido em Juiz de Fora (MG), em uma família de nove irmãos, dos quais cinco eram surdos, Vicente tinha dois irmãos no seminário, mas ele, por ser surdo, não foi aceito, por duas vezes. Mas isso não o desencorajou e, ao ler a vida do Padre Charles, aumentaram sua fé e sua esperança. 

ORDENAÇÃO
Em 1936, Vicente se matriculou no curso de Filosofia no mesmo seminário em que estudaram seus irmãos, e onde se formou em 1941. Depois, matriculou-se no curso de Teologia, no Seminário Maior São José, em Mariana (MG). Ao se formar, em 1947, soube que não poderia ser ordenado Sacerdote pelo fato de ser surdo. Em 1950, Vicente foi até Roma pedir diretamente ao Papa Pio XII a autorização para ser Padre. 


Ao entrar no escritório do Pontífice, Vicente ajoelhou-se e pediu ao Papa se poderia ser ordenado. Pio XII questionou se ele teria condições de celebrar uma missa. Então, o Seminarista mostrou que havia aprendido, com muito esforço, a pronunciar as palavras da consagração e recordou que já havia um precedente na história com a ordenação do Padre Charles. Então, o Papa não só autorizou como celebrou sua ordenação, em 22 de julho de 1951. 


Monsenhor Vicente trabalhou durante muitos anos com a comunidade surda. Viajava para ensinar Catecismo e celebrar os sacramentos. Ajudou a fundar inúmeras pastorais dos surdos em várias partes do Brasil. Ao mesmo tempo, colaborou com associações de surdos, valorizando a linguagem de sinais e incentivando os deficientes auditivos a buscar seu espaço na sociedade. Ele morreu em 2009, aos 88 anos. (FG)

 

 

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Padres, brasileiros e inventores

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14 de fevereiro de 2019

Pouco conhecidos mundialmente e até mesmo no Brasil, Padre Landell de Moura e Padre Francisco João de Azevedo têm algo em comum: ambos não tiveram suas invenções reconhecidas. A reportagem do O SÃO PAULO entrevistou Rodrigo Moura Visoni, Arquivista formado pela Universidade Federal do Estado do Rio de Janeiro e autor dos livros “Francisco João de Azevedo e a invenção da máquina de escrever” e “Roberto Landell de Moura – o precursor do Rádio”, para conhecer melhor a história desses sacerdotes que deram uma contribuição importantíssima para a História.

Inventores do rádio e da máquina de escrever, os dois sacerdotes tiveram suas histórias contadas por Rodrigo, que está em busca de patrocínio para publicar outro livro: “Os artigos de Santos Dumont”, com artigos inéditos do inventor do avião.

Os livros de Rodrigo estão à venda na Livraria da Travessa e podem ser encomendados pela internet pelo site dessa livraria ou com a Editora Tamanduá-Arte, pelo e-mail comercialtamandua@gmail.com.

 

GÊNIOS

“Comecei minhas pesquisas depois de ler uma matéria a respeito de inventores brasileiros injustiçados, publicada na revista Veja, em maio de 1999, intitulada ‘Ganhou, mas não levou’”, contou Rodrigo.

O Arquivista, que serviu como Tenente-Arquivista no Instituto Histórico-Cultural da Aeronáutica, no Rio de Janeiro entre 2010 e 2018, disse que ficou impressionado com a quantidade de inventores brasileiros sem reconhecimento e, desde então, começou a investigar as causas “do insucesso de pessoas tão geniais”, como ele disse.

Rodrigo iniciou sua pesquisa com as biografias já publicadas e depois passou a tentar localizar a documentação que comprovava os fatos referentes a eles. “Descobri muita coisa inédita. Também me familiarizei com as biografias de inventores estrangeiros que trabalharam em projetos semelhantes, para poder identificar méritos e prioridades”, contou.

 

CATÓLICOS HABILIDOSOS

O autor explicou ainda que tanto Francisco João de Azevedo quanto Roberto Landell de Moura eram padres católicos com grande habilidade manual. “Muitas das peças dos inventos deles tiveram que ser construídas por eles mesmos. Ambos tinham ideais nobres e sonhavam com um Brasil melhor.”

Roberto Landell de Moura (1861- 1928) foi pioneiro da radiofusão. Em 1899, três anos antes dos europeus, bateu recorde de transmissão radiofônica do século XIX, depois que algumas palavras alcançaram sete quilômetros, por meio de seu Telephoro. As informações foram publicadas no jornal O Estado de S. Paulo no dia 6 de janeiro.

Gaúcho de Porto Alegre, e muito exitoso em suas descobertas, Padre Landell não conseguiu na época, sensibilizar as autoridades para obter financiamento e recursos que possibilitassem realizar a industrialização dos aparelhos que havia criado. O site contém muitas informações e artigos sobre a vida do Padre.

Em outra matéria publicada pelo jornal O Estado de S. Paulo, em setembro de 2011, a história de Padre Francisco João de Azevedo, paraibano, foi contada brevemente.

“A máquina criada pelo padre tinha 16 teclas, que, combinadas, davam origem aos demais sinais gráficos. Chamada de máquina taquigráfica, foi instalada na primeira das cinco salas da Exposição dos Produtos Naturais, Agrícolas e Industriais das Províncias de Pernambuco, Alagoas, Paraíba, Rio Grande do Norte e Ceará, assim como outros cerca de mil objetos, enviados por aproximadamente 200 expositores”, descreve a reportagem. Oficialmente, os pioneiros foram americanos e a máquina teve seu lançadmento pela Remington.

 

FOTOGRAFIA

O autor contou que uma história exitosa, contudo, é a do pioneiro da fotografia no Brasil, Antoine Hercule Romuald Florence (1804-1879), que ganhou reconhecimento internacional após a divulgação das pesquisas do fotógrafo e historiador paulista Boris Kossoy, que teve acesso aos diários do inventor e outros documentos originais conservados pelo descendente Arnaldo Machado Florence.

“Na década de 1970, Kossoy realizou palestras no exterior e publicou livros em diferentes línguas comprovando ser Florence o autor do mais antigo registro fotográfico existente na América – um trabalho investigativo impecável, que, por isso, obteve aceitação geral ao longo dos anos. É preciso fazer o mesmo com outros inventores nacionais”, contou Rodrigo à reportagem.

 

OS ARTIGOS DE SANTOS DUMONT

Rodrigo escreveu um terceiro livro, agora sobre Santos Dumont, intitulado “Os artigos de Santos Dumont”, no qual traduz textos do pai da aviação jamais publicados em português. “Para poder publicar essa obra, iniciei uma vaquinha na internet. Quem quiser pode contribuir com o projeto, explicou.

 

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Padres Missionários do Sagrado Coração realizam encontro anual

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16 de janeiro de 2019

Entre os dias 7 e 11, na Casa de Retiro Sagrado Coração, das Irmãs de Madre Cabrini, na Diocese de Santo Amaro, o Padre Reuberson Ferreira Rodrigues, Reitor do Santuário Nossa Senhora do Sagrado Coração, na Vila Formosa, participou do encontro anual dos Padres Missionários do Sagrado Coração da Província de São Paulo.

Este ano, participaram seminaristas, padres, o Superior Provincial, Padre Edvaldo Rosa de Mendonça, MSC, e o Superior Geral, Padre Absalon Alvarado, MSC, que reside em Roma e está visitando as casas da Província de São Paulo.

Durante o retiro, aconteceram momentos de reflexão sobre a reestruturação e a ressignificação de obras e de serviços, condensando projetos provinciais e pastorais para os próximos anos.

 

 

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Cardeal Scherer ordena 6 padres para a Arquidiocese de São Paulo

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12 de dezembro de 2018

Unir-se cada vez mais ao Cristo, Sumo Sacerdote que se entregou ao Pai por todos, e ser com Ele consagrado a Deus para a salvação da humanidade. Esse foi um dos propósitos assumidos pelos seis diáconos seminaristas ordenados presbíteros na Catedral da Sé, na tarde do sábado, 8, data em que a Igreja celebrou a Solenidade da Imaculada Conceição, cujo dogma afirma que a Virgem Maria nasceu e viveu em santidade, sem a mancha do pecado original. 

A missa solene, presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, e concelebrada pelos bispos auxiliares e membros do clero da Arquidiocese de São Paulo, contou com a presença dos familiares e amigos dos diáconos Anderson Pereira Bispo, Claudio José Ribeiro, José David Ramírez Velásquez, Maycon Wesley da Silva, Maykom Sammuel Alves Florêncio e Pierre Rodrigues da Costa.  

Após a liturgia da Palavra, seguiu-se o rito de ordenação presbiteral, com o  chamado e a apresentação dos candidatos ao sacerdócio; o propósito  dos eleitos; a oração da Ladainha, entoada juntamente com a comunidade, momento em que os diáconos rezaram prostrados no chão, como sinal de humildade e inteira entrega à ação de Deus; a imposição das mãos do Arcebispo, dos bispos auxiliares e demais padres sobre os diáconos, seguida da prece de ordenação; a entrega das vestes presbiterais - casula e estola - levadas por familiares; a unção das mãos dos ordenandos e a entrega do pão e do vinho. Concluído o rito de ordenação, os novos padres foram saudados com uma salva de palmas pelos fiéis que lotaram a Catedral da Sé, e acolhidos fraternalmente pelos demais sacerdotes.

 

MARIA: CAMINHO DE SANTIDADE

Na homilia, o Cardeal Scherer refletiu sobre o dogma da Imaculada Conceição e disse que Maria, preservada do pecado, é a imagem de tudo aquilo que a Igreja deve ser: “Deus nos quer santos e se pecamos devemos buscar misericórdia”.

Dom Odilo afirmou, ainda, que o culto à Virgem Maria no Advento e a Solenidade da Imaculada Conceição favorecem a vivência desse tempo litúrgico: “Maria Imaculada comemorada durante o Advento também já nos acena para aquilo que estamos por celebrar: o Natal do Senhor, para acolher o Salvador. Devemos ir ao Seu encontro purificados de tudo aquilo que atrapalha o encontro com Ele, e por isso Nossa Senhora Imaculada é para nós também a imagem do caminho que devemos fazer durante o Advento, e, como toda nossa vida é um Advento, vamos ao encontro do Senhor, que vem ao nosso encontro”. 

Tendo como exemplo o Cristo, Bom Pastor, que não veio para ser servido, mas para servir, o Arcebispo recordou em síntese a missão dos presbíteros: pregar o Evangelho, apascentar o povo de Deus e, como bons pastores, celebrar o culto divino realizado na celebração da Eucaristia. Dom Odilo recomendou de maneira especial que os novos sacerdotes lembrem- -se sempre desse dia, recorrendo a Nossa Senhora como Mãe, intercessora e consolo, “aquela que os anima e os encoraja a realizar em todos os momentos a vontade de Deus”, exortou.  

 

FAMÍLIA E VOCAÇÃO

Da casa da família rumo ao seminário até a ordenação presbiteral são no mínimo nove anos de formação, o que é possível também graças ao apoio e oração das famílias, primeiras promotoras dessa vocação. Com sentimento de dever cumprido, Antônio Carlos Rodrigues e Maria do Carmo Rodrigues, pais de Pierre Rodrigues da Costa, vieram de Piracicaba (SP) cheios de alegria e abençoados com a graça de um “filho padre”.

Para a ordenação de Maycon Wesley da Silva, o mesmo espírito de gratidão e louvor a Deus trouxe, de Maringá (PR), Lucilene Maria e Aparecido Soares, que, sentados na primeira fila da Catedral da Sé, recordavam os primeiros sinais de vocação do filho, que desde os 8 anos reunia as outras crianças para a oração do Terço. 

Entre os convidados para a celebração, vindos da Colômbia, Victor e Ruth, pais de José David Ramírez Velásquez, também expressaram grande alegria com a ordenação do filho formado no Seminário Missionário Internacional Arquidiocesano Redemptoris Mater São Paulo Apóstolo, cuja formação ao ministério presbiteral enfatiza a plena disponibilidade para a missão. Momentos antes da celebração, o Reitor desse seminário, Padre José Francisco Vitta, falou sobre a caminhada vocacional do ordenando desde que chegou da Colômbia. “José David vem como um moço muito jovem, amadurece no seminário e vai perdendo aqueles traços de nacionalismo, porque a Igreja Católica é universal. Portanto, hoje é um dia muito belo para toda a Igreja, o Espírito Santo sempre suscita vocações e a suscitou no José David”, afirmou.

 

MISSÃO

Dom José Roberto Fortes Palau, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Ipiranga e referencial para Pastoral Vocacional, disse que os neossacerdotes agora necessitam das orações e da  proximidade fraterna da comunidade: “A primeira coisa que o povo de Deus pode fazer é rezar por esses presbíteros para que sejam sacerdotes segundo o coração de Cristo, Bom Pastor, e também incentivar, dar sempre uma palavra de apoio, demonstrar amizade com os padres que precisam do carinho do povo. É uma vida de dedicação, como dizem as palavras da oração que consagra o sacerdote: ‘configura tua vida ao mistério de Cristo’. Então, a vida do padre é marcada por alegrias e tristezas, mas quando a gente tem o carinho do povo isso muito contribui para a perseverança do padre”, enfatizou.

Ao final da celebração, o Padre Maykom Sammuel Alves Florêncio, em nome dos novos sacerdotes, manifestou gratidão a Deus pelos dons concedidos a eles – a vida, a família e o chamado ao sacerdócio –, à Igreja em São Paulo e ao Cardeal Scherer, que os acolheu e os confirmou na vocação que cresce sob o cuidado da Virgem Maria, e aos formadores do Seminário Arquidiocesano Imaculada Conceição. 

Os seis novos padres agora se apresentarão aos bispos auxiliares das regiões episcopais designadas (veja relação abaixo) para realizar seus primeiros encargos pastorais.
 

Veja mais fotos das ordenações eno Facebook da Arquidicese de São Paulo

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A (in)segurança dos padres no continente

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08 de outubro de 2018

“O continente africano está se tornando um continente hostil aos sacerdotes? O fenômeno do sequestro e mesmo do assassinato de sacerdotes ganha proporções cada vez maiores, perturbando a tranquilidade de um grande número de agentes pastorais”, explicou, à agência Fides , Padre Donald Zagore, missionário da Sociedade das Missões Africanas. O Sacerdote se referiu principalmente ao sequestro recente do Padre Luigi Maccalli, no Níger. “Temos consciência de que é um fenômeno muito difícil, delicado e complexo para a Igreja na África, mas a segurança dos sacerdotes permanece hoje um grande desafio”, afirmou o Padre.

Fonte: Fides
 

 

 

 

 

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Dia do Padre

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04 de agosto de 2018
ORAÇÃO VOCACIONAL DA ARQUIDIOCESE DE SÃO PAULO
Jesus, mestre divino, que chamastes os apóstolos a vos seguir, continuai a passar pelos nossos caminhos, pelas nossas famílias, pelas nossas escolas, e continuai a repetir o convite a muitos de nossos jovens. Dai coragem às pessoas convidadas, dai forças para que vos sejam fiéis, como apóstolos leigos, como sacerdotes, como religiosos e religiosas, para o bem do Povo de Deus e de toda a humanidade. Amém.

Agosto chegou, e, uma vez mais, a Igreja inicia as celebrações deste mês dedicado às vocações, sejam elas laicais, ao ministério ordenado ou à vida religiosa. 

No sábado, 4, é comemorado o Dia do Padre, justamente pelo exemplo de São João Maria Vianney, o padroeiro dos sacerdotes, que viveu em Ars, um pequeno vilarejo do interior da França, onde faleceu em 4 de agosto de 1859. Mesmo diante de todos os obstáculos, como a oposição de seu pai e a alegada falta de instrução, foi perseverante e teve muita fé em Deus até conseguir ser ordenado. Por meio de uma vida simples, de muita oração e dedicação aos pobres e necessitados, a presença do Cura D’Ars, como era conhecido, nos vilarejos em que vivera transformaria para sempre a vida dos habitantes daquela região, e o inscreveria definitivamente como um dos grandes exemplos da Igreja. 

Com espírito de comemoração pelo Dia do Padre, O SÃO PAULO traz a história da vocação de dois sacerdotes da Arquidiocese de São Paulo: Padre Helmo César Faccioli, que tem 42 anos de sacerdócio, Cerimoniário Litúrgico da Catedral da Sé, e Padre João Henrique Novo do Prado, ordenado há dois anos e meio e Pároco da Paróquia Espírito Santo, na Região Episcopal Brasilândia. 

 

PADRE HELMO

Nascido e criado na cidade de Franca, no interior do Estado de São Paulo, desde os 5 ou 6 anos de idade já queria ser padre, e assim o dizia à sua mãe. Quando ia à missa com ela, queria saber onde o padre morava, quem cuidava dele, e outras curiosidades de criança. Muitas vezes, mesmo aos 6 anos de idade, ao retornar das celebrações na igreja, tinha o hábito de brincar de “celebrar” a missa – brincadeira que manteve até os 10 anos, e que foi se tornando cada vez mais séria. Sua casa dispunha de um quartinho do lado de fora, onde ele montou uma “capelinha”, em que “rezava” as missas.   

Aos 15 anos, solicitou aos claretianos o ingresso no seminário, em Rio Claro (SP), e foi aceito. Nos anos seguintes, toda a sua formação, que culminou com sua ordenação em 1976, bem como seu trabalho como ministro ordenado, aconteceram em Rio Claro (SP), Campinas (SP) e Curitiba (PR), até ser transferido para São Paulo, em 1984, ocasião em que tinha 42 anos de idade. 

Padre Helmo recorda dois fatos marcantes em sua vida sacerdotal: certa vez, uma senhora visitava por acaso a Catedral da Sé e ele estava no confessionário. Ela o procurou para se confessar, admitiu que se sentia movida por simples curiosidade –fazia 40 anos que não recebia tal Sacramento. Ele lhe disse: “Vamos então satisfazer a sua curiosidade!”. Ela chorou muito, fez uma confissão sincera, com o desejo de uma retomada de vida. Isso a marcou tanto que ela o procurou por dois dias seguidos para continuar com as confissões e aprofundar seu sentido. 

Outro fato marcante aconteceu nos primeiros meses de seu ministério sacerdotal: fora chamado para atender uma pessoa doente, um senhor que estava desenganado. A família acompanhou com muita fé todas as orações do sacramento da Unção dos Enfermos, e o doente, em coma profundo, não ti
nha condições de receber a Eucaristia; os familiares ali presentes, no entanto, comungaram. Era por volta das 10h. À tarde, outro padre de sua comunidade foi ao hospital atender a outro doente, e aquela família o procurou para relatar o fato de que, pouco antes do meio-dia, este senhor havia recuperado os sentidos, pediu para sentá-lo na cama e estava à espera do lanche das 15h. “É a ação de Deus, pois quem age pelo sacerdote é Deus”, reconhece Padre Helmo.  

 

PADRE JOÃO HENRIQUE

Padre João Henrique é um dos mais jovens sacerdotes em atuação na Arquidiocese de São Paulo: com apenas 29 anos de idade, já possui dois anos e meio de ministério sacerdotal. Sentiu o despertar vocacional ainda criança, aos 9 anos, quando seus pais o inscreveram na Catequese em preparação para a Primeira Eucaristia, na Paróquia São Camilo de Lellis, na Vila Nivi, na Região Episcopal Santana. Foi nessa fase que começou a conhecer Jesus Cristo e sua Igreja, de um jeito inocente e simples, próprio de uma criança dessa idade. Com isso, sua família começou a ter uma vida mais bonita de fé e caminhada eclesial. 

Depois da Primeira Eucaristia, ingressou no grupo de coroinhas da Paróquia, o que o deixou mais próximo do altar do Senhor, como também daquele que traz Jesus sobre o altar em cada Missa, o padre. Era, no caso, o Padre José Benedito Brebal Hespaña (Padre Zezé), atualmente Pároco da Paróquia Nossa Senhora de Fátima, da Vila Dionísia na Região Episcopal Santana; que o inspirou a ter um grande amor pela figura do sacerdote, que o fazia pensar e dizer, mesmo ainda muito pequeno: “Quero ser como este homem!”. Assim foi crescendo e, igualmente, seu desejo de ser padre. Passou a frequentar outra Paróquia, a Nossa Senhora das Neves, no Tucuruvi, na Região Episcopal Santana, e lá conheceu o então Pároco, o Padre Luís Cesar, que se tornou um grande amigo e incentivador de sua caminhada vocacional. Muito lhe ensinou e inspirou, e foi ele quem o conduziu ao Seminário da Arquidiocese. A decisão de ingressar no seminário se deu após receber o sacramento da Crisma: parece que ali tudo ficou mais claro e certo. Era isso mesmo que queria: ser padre! 

Em dezembro de 2014, foi ordenado diácono e enviado para a Paróquia Santa Paulina, no bairro de Heliópolis, na Região Episcopal Ipiranga. Nesse tempo de diaconato, fez uma experiência missionária no Pará, na cidade de Igarapé-Açu, na Paróquia São Sebastião, por um mês, o que muito o motivou na caminhada sacerdotal. 

E em dezembro de 2015 foi ordenado sacerdote e designado para trabalhar na Região Episcopal Brasilândia. Foi Vigário da Paróquia Santa Cruz e depois foi nomeado Pároco na Paróquia Espírito Santo, onde ficará até o próximo domingo, 5. A pedido do Arcebispo Metropolitano de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, ele seguirá para Roma para fazer o mestrado na área de Teologia Pastoral, em Metodologia e Pedagogia Catequética, na Universidade Salesiana. 

Padre João Henrique se sente feliz e realizado como padre, primeiramente porque percebe que está fazendo a vontade de Deus para sua vida, podendo, assim, ajudar no cuidado das pessoas. Pensa que um dos serviços fundamentais que o padre tem que realizar em seu ministério é o de cuidar, cuidar do povo. Oferecendo-lhe, o pão da Eucaristia, a reconciliação e a misericórdia de Deus por meio da Confissão; oferecendo-lhe, também, o conselho na direção espiritual; o alívio nos sofrimentos, por meio da Unção dos Enfermos, visita aos doentes, estando perto das famílias enlutadas; acolhendo novos membros para a Igreja de Cristo por meio do Batismo; assistindo casais no Matrimônio, acompanhando-os depois, principalmente os que passam por crises. Ou seja, o padre, quando em nome de Cristo, e por causa dele, cuida bem e acolhe o povo com alegria, sente-se realizado. 

CENTRO VOCACIONAL ARQUIDIOCESANO (CVA)

Rua Filipe de Oliveira, 36 - 6º andar - Praça da Sé - São Paulo (SP)

Fone: (11) 3104-1795

E-mail: cvasp@uol.com.br

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Programa “Vem e segue-me”,  Todo domingo, às 10h30, na Rádio 9 de Julho AM 1.600 kHz

 

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Arquidiocese de São Paulo terá ordenação de 11 padres no dia 25

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21 de novembro de 2017

No sábado, 25, na Catedral da Sé, às 15h, os diáconos Antônio de Pádua Santos, Benedito Raimundo de Siqueira, Christopher Costa Velasco, Eduardo Augusto de Andrade, Ernandes Alves da Silva Junior, Jefferson Aparecido dos Santos Barbosa, José Edson Santana Barreto, José Ferreira Filho, Luciano Carneiro Louzan, Rodrigo Felipe da Silva e Rodrigo Moraes Pereira serão ordenados sacerdotes pela imposição das mãos do Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano. 

Os futuros padres conversaram com a rádio 9 de Julho e com O SÃO PAULO e destacaram o papel da comunidade paroquial e das famílias no despertar vocacional.

 

Seguir Jesus mais de perto 

A história do despertar da vocação do Diácono José Edson, 31, começou na Paróquia Santa Cecília, na Região Episcopal Sé, onde ajudava os padres nas celebrações. “Nessas ocasiões, eu comecei a sentir uma inquietação dentro de mim de poder me doar mais à Igreja e, a partir disso, me questionei se esse não era um chamado para ser sacerdote. Comecei um discernimento com o acompanhamento do padre da minha Paróquia. Aqui estou, decidido!”, afirmou.

Foi na Paróquia São João Maria Vianney, na Região Episcopal Lapa, que o Diácono Luciano, 32, sentiu o chamado ao sacerdócio. “Eu servia no altar como coroinha, depois fui catequista de crisma. A partir daí, começou a despertar em mim a vontade de seguir a Jesus Cristo mais de perto. Ingressei no Seminário Propedêutico em 2006, depois fiz o caminho da Filosofia e Teologia, e agora, com a graça de Deus, chegou a ordenação presbiteral”, destacou. 

 

Juventude

O Diácono Rodrigo Felipe, 29, é originário da Paróquia Santa Cruz de Itaberaba, na Região Episcopal Brasilândia, onde serviu como coroinha na infância e atuou em pastorais juvenis. Para ele, a vida paroquial ajudou no discernimento vocacional. Foi também junto aos jovens que o Diácono Christopher, 25, começou a caminhada vocacional, aos 15 anos, junto à Comunidade Anjos da Vida, na Região Episcopal Santana. Para ele, a ordenação será uma oportunidade de o povo de Deus rezar pelas vocações. “Você, jovem, não tenha medo de dizer sim ao plano de Deus para você”, convidou.

 

Junto às famílias 

Já para o Diácono Ernandes Alves da Silva Júnior, a história vocacional se confunde com o início da sua caminhada cristã. “Fui batizado aos 13 anos de idade, por iniciativa própria, ou melhor, porque Deus colocou esse desejo em meu coração”, relatou. Foi participando com a família das atividades na pequena Comunidade Sagrado Coração de Jesus, da Paróquia Nossa Senhora da Conceição, na Região Episcopal Brasilândia que ele sentiu o chamado com profundidade.  “Dois movimentos marcaram profundamente minha história: o movimento da Mãe Peregrina de Schoenstatt e a Sociedade de São Vicente de Paulo. Em poucas palavras, foi a experiência de rezar o Terço nas casas das pessoas e de poder acompanhar as famílias carentes próximas à comunidade que me despertou para a vocação sacerdotal”, enfatizou.

O Diácono Eduardo Augusto, que, aos 41 anos, receberá o presbiterato, afirmou que sua vocação nasceu num contexto familiar de muita fé e conheceu a Deus por meio da sua família, “a Igreja doméstica”. Natural de Jacareí (SP), ele era músico profissional e havia passado no vestibular para Engenharia Civil quando começou a fazer um caminho vocacional. “Decidi deixar tudo para seguir o sacerdócio. Abracei a vida religiosa na Ordem Carmelita Descalça, onde fiquei seis anos. Mais tarde, senti o apelo para a vida diocesana. Então, ingressei no seminário da Arquidiocese de São Paulo, em 2012. É uma alegria poder servir à Igreja em São Paulo”.

 

Aliança de Misericórdia

Dois dos futuros padres são membros da Comunidade Aliança de Misericórdia. Aos 41 anos, o Diácono Jefferson é natural de Guaíra (PR). Para ele, é uma alegria poder corresponder ao chamado de Deus pelo sacerdócio. “Não é mérito meu, mas vontade de Deus”, disse.

Natural de Piracicaba (SP), o Diácono Rodrigo Moraes, 33, está na Comunidade há 14 anos. “Na minha infância, recebi uma boa formação católica. Amante do samba, foi em uma roda de samba em Tietê (SP) que eu conheci os membros da Aliança que estavam em missão e me convidaram para tocar em um evento. Despertou em mim o desejo de viver a santidade. Encontrei-me na comunidade, deixei tudo para seguir o chamado de Deus e lá descobri a vocação para o sacerdócio”, recordou. 

 

Vocações maduras

 Três dos futuros padres testemunharam que nunca é tarde para dizer “sim” a Deus. Aos 50 anos, o Diácono Benedito Raimundo irá receberá a ordenação presbiteral. Natural de Taguatinga (TO), ele é membro da Comunidade Adoração e Missão, na Região Santana. “A vocação ao sacerdócio foi um presente de Deus para mim. Não foi fácil chegar até aqui, mas o desejo de servir a Deus e ao próximo como padre me deu forças para superar as dificuldades. É com grande alegria que espero o dia da nossa ordenação”.

Na década de 1980, o Diácono Antônio de Pádua, hoje com 60 anos, sentiu o chamado para o sacerdócio enquanto atuava como catequista, coordenador de grupo de oração, Ministro Extraordinário da Sagrada Comunhão e coordenador de equipe de liturgia, na Paróquia Nossa Senhora das Graças, na Região Episcopal Santana. Nessa mesma época, enquanto trabalhava como servidor público, cursou Filosofia e Teologia. Mas, somente em 2014, depois de aposentar-se, ingressou no Seminário Arquidiocesano e, depois de fazer mestrado em Teologia Prática, será ordenado padre. 

Também aos 50 anos, o Diácono José Ferreira Filho será ordenado sacerdote após uma caminhada que começou há 17 anos, na Paróquia Santo Antonio, no bairro do Limão, na Região Santana, onde nasceu. Quando decidiu ingressar no seminário, em 2000, ele namorava uma jovem com quem terminou o relacionamento para seguir o chamado. No final daquele mesmo ano, ele saiu do seminário porque ainda não tinha certeza sobre a vocação. “Fiquei dez anos fora do seminário e acabei retornando, porque realmente senti que era esse o meu caminho”, relatou o Diácono, que destacou, ainda, sua participação em duas jornadas mundiais da juventude - em 2005, na Alemanha, e em 2008, na Austrália - como determinantes para a decisão de ser padre, retornando à formação em 2012.
 

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