‘Que cada um possa descobrir com gratidão o chamado que Deus lhe dirige’

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04 de mai de 2020

A Igreja celebra, em todo o mundo, no 4º Domingo da Páscoa, também chamado de “Domingo do Bom Pastor”, o Dia Mundial de Oração pelas Vocações. Em 2020, é a 57ª vez que os fiéis em todos os continentes são convidados e rezar especificamente nessa intenção, pedindo que o Senhor “envie bons operários para sua messe” (Mt 9,37-38).

O Papa Francisco, em sua mensagem para ocasião, exaltou quatro palavras-chave para agradecer aos sacerdotes e apoiar seu ministério: gratidão, coragem, tribulação e louvor. A experiência da travessia de Pedro e Jesus durante a noite de tempestade no lago de Tiberíades também ajudou a conduzir a mensagem do Papa.

“Os padres são convidados a continuar a despenhar a sua missão como ‘bons pastores’ que não abandonam o rebanho, pois o Bom Pastor não abandona a ovelha quando há algum perigo e, por isso, se colocam junto do rebanho. O Papa Francisco, em sua mensagem, aborda justamente essas atitudes que são próprias dos padres, ou seja, a imitação do Jesus como Bom Pastor”, disse o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, no programa “Construindo Cidadania”, que foi ar na tarde deste sábado na rádio 9 de julho.

RESPOSTA GRATUITA

Mais do que uma escolha pessoal, recordou Francisco, a vocação é uma resposta gratuita ao Senhor, possível de ser descoberta quando o coração se abrir à gratidão. Para abraçar o Matrimônio, o sacerdócio ordenado ou a vida consagrada, isto é, “a opção fundamental de vida”, é preciso coragem. A fé na escolha da vocação também ajuda a vencer as próprias tempestades e a tribulação em jogo, “as fadigas”, as responsabilidades e adversidades que surgirão para, em meio às ondas, se abrir ao louvor.

 “Caríssimos, especialmente neste Dia de Oração pelas Vocações, mas também na ação pastoral ordinária das nossas comunidades, desejo que a Igreja percorra este caminho a serviço das vocações, para que cada um possa descobrir, com gratidão, a chamada que Deus lhe dirige, encontrar a coragem de dizer ‘sim’, vencer a fadiga com a fé em Cristo e, finalmente, como um cântico de louvor, oferecer a própria vida por Deus, pelos irmãos e pelo mundo inteiro”, escreve o Papa Francisco na mensagem.

LARGAR TUDO POR CRISTO

O seminarista Rodolfo Rodrigues de Almeida, 30, criado pelos avós paternos, no bairro de Itaquera, zona Leste da capital paulista, desde criança participa da Igreja. Seu primeiro chamado vocacional aconteceu quando ainda participava das pastorais na Paróquia São Pedro, na Diocese de São Miguel Paulista.

Enquanto discernia sua vocação, o jovem cursou licenciatura em História. Formou-se em 2011 e, durante seis anos, lecionou como professor na rede estadual de ensino. Nesse período, terminou o mestrado em História, na PUC-SP, em 2015.

Em 2016, o chamado vocacional ficou ainda mais forte e ele resolveu procurar a Pastoral Vocacional da Arquidiocese de São Paulo. Realizou, então, um processo de discernimento vocacional entre 2016 e 2017 e, no início de 2018, ingressou no seminário arquidiocesano da Igreja em São Paulo. Em virtude disso, não assumiu a vaga de emprego conquistada com a aprovação em um concurso público e deixou para trás um doutorado na USP.

FELICIDADE EM DEUS

Em entrevista ao O SÃO PAULO, Rodolfo, que atualmente está no Seminário de Filosofia Santo Cura D'Ars, da Arquidiocese de São Paulo, contou como foi esse processo de deixar sua carreira para assumir sua vocação, uma vez que gostava de lecionar, mas não se sentia completo.

“Quando disse à direção da escola que estava fazendo os encontros vocacionais e  deixaria a sala de aula, durante todo o ano foi aquele convencimento, inclusive com os colegas do magistério. Expliquei que a minha felicidade estava em Deus e não fazia mais sentido atuar como professor”.

Rodolfo afirmou que as coisas foram se encaixando e, aos poucos, as pessoas perceberam que a sua vocação era mais importante que tudo.

“Foi um embate com a família e com a escola. No fim das contas, porém, até concluir o ano de 2017, quando fiz os encontros vocacionais, consegui convencer os dois lados, com a força da oração, explicando sobre a Igreja, falando sobre minha felicidade e esse chamado de Deus. Hoje sou feliz e realizado e agradeço a Deus e à Arquidiocese de São Paulo que me acolheu”, concluiu.

NO BRASIL

Neste ano, no Dia Mundial de Oração pelas Vocações, a maioria das famílias vai rezar de casa por causa da quarentena imposta pela pandemia do novo coronavírus. Para orientar a comunidade, consagrados e fiéis poderão usar, além da mensagem do Papa Francisco, um roteiro de Leitura Orante em família, produzido pelo Setor Juventudes da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB), que pode ser utilizado tanto pelas famílias quanto por quem desejar rezar pelas vocações, por meio de reflexões, vídeos e músicas vocacionais.

Irmã Clotilde Prates de Azevedo, assessora do Setor Juventudes da CRB, explicou que o roteiro, disponível no site da CNBB, vai nos ajudar a pedir “ao Senhor da messe que continue enviando operários para sua messe”. Afinal, como lembrou Irmã Maria Inês Ribeiro, presidente da CRB Nacional, “a Igreja precisa de valorosos missionários, leigos e consagrados para continuar a missão de Jesus Cristo”.

(Com informações de Vatican News e CNBB)

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Mês das vocações tem dia dedicado aos catequistas

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14 de agosto de 2018

O mês de agosto, conforme o costume da Igreja no Brasil, é dedicado à oração, reflexão e ação nas comunidades sobre o tema das vocações. Especialmente neste período, todos são chamados a assumir de forma generosa os ministérios, incluindo os que se colocam à serviço da Palavra: os catequistas. 

Pela valorização de seu trabalho e missão, os catequistas têm um dia nacional a eles dedicado, comumente celebrado no último domingo de agosto. Neste ano, por coincidência, o Dia Nacional do Catequista cairá no quarto e último domingo do mês, 26, período em que a Igreja também celebra a semana de orações para os ministérios e serviços na comunidade. 

Todo ano, a Comissão para a Animação Bíblico Catequética da CNBB divulga uma mensagem aos catequistas. Desta vez, Dom José Antônio Peruzzo, Presidente da Comissão, afirma que são eles os “evangelizadores que respondem a um apelo que lhes ressoa desde dentro, desde o coração”.

O fato é que a vocação do catequista é fundamental no centro da vida paroquial. São eles os responsáveis por se colocar a serviço da Palavra, são instrumentos para que ela ecoe. O Padre Antonio Marcos Depizzoli, Assessor da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética, afirma que no processo de vivência e transmissão da fé, o catequista é a pessoa que acolhe a melhor herança que pode ser entregue a alguém: a graça de ser filho de Deus, de participar da natureza divina.

“Nesse itinerário de fé, o seguidor de Jesus Cristo reconhece que sua vida e missão é resposta ao chamado para viver numa contínua relação com o mistério Pascal de Cristo e com o mistério da Igreja. A cada novo dia, há uma nova oportunidade para louvar a Deus Pai, que por seu Filho, Jesus Cristo, chama-nos à santidade, na força e graça do Espírito Santo. Mas, a Igreja no Brasil, em sua sabedoria, tem proporcionado um mês com ênfase toda especial para despertar, mais e mais, na vida de cada vocacionado o quão precioso é ser filho/a de Deus”, afirma o Padre.

Especialmente no Ano Nacional do Laicato, época em que a Igreja insiste no protagonismo dos cristãos leigos, convidando-os a assumir papéis ativos na Igreja e na sociedade, os catequistas se tornam protagonistas dessa história. “O catequista é um cristão, atualmente, em sua grande maioria, leigo ou leiga, que segue Jesus Cristo apaixonadamente. São homens e mulheres, de idades diferentes, com suas histórias de encontro pessoal com Cristo e vida comunitária, presentes em todos os lugares do Brasil. Diante dos desafios que são próprios de cada contexto, caminham encantados pelo Senhor, como ‘mestres’ em despertar outros para a alegria e entusiasmo em viver na comunidade dos discípulos missionários de Jesus Cristo”, afirmou o Padre Antonio Marcos.

 

Fonte: CNBB 

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Missa na Catedral da Sé destaca a Vida Religiosa Consagrada

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20 de agosto de 2017

No sábado, 19, às 15h, os membros dos diferentes institutos de vida religiosa consagrada da Arquidiocese de São Paulo reuniram-se na Catedral da Sé para celebrar a Eucaristia e o Dia da Vida Religiosa Consagrada.

O Dia da Vida Religiosa Consagrada, comemorado anualmente no terceiro domingo do mês de agosto pela Igreja no Brasil, é uma oportunidade de agradecer a Deus pelos carismas despertados por Ele na Igreja e também para rezar pedindo que o Dono da Messe suscite novas vocações para o serviço ao povo de Deus. 

Na Solenidade da Assunção de Nossa Senhora, a missa foi presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, e concelebrada por Dom Sergio de Deus Borges, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Santana e Referencial para a Vida Religiosa Consagrada, e por outros religiosos de diferentes institutos.

No início da Celebração, Dom Sergio saudou a todos e frisou a missão dos bispos de acompanhar os religiosos e religiosas e incentivá-los em suas missões específicas. 

Também no início da missa, Dom Odilo recordou, de maneira especial, os religiosos que estão doentes e aqueles que vivem situações difíceis e passam por diferentes tipos de perseguições pelo mundo.

Na homilia, o Cardeal rezou para “que o Espírito de Deus suscite novas vocações e que ele ilumine, oriente e guie as novas formas de vida religiosa que surgem na Igreja, como surgiram no passado”. O Arcebispo falou ainda sobre o Ano Mariano Nacional e como Maria é exemplo para os cristãos, em especial para os religiosos. Ela foi aquela alguém que “ouviu a Palavra de Deus e a pôs em prática”, assim como sugeriu a liturgia do dia.

“A felicidade de Maria pode ser felicidade para todos, pois todos os que ouvem a Palavra de Deus e a põe em prática, cumprem a vontade de Deus, como Maria o fez. A missão da Vida Consagrada é a missão da própria Igreja de comunicar à comunidade dos consagrados a esperança”, continuou Dom Odilo.

No fim da missa, Padre Rubens Pedro Cabral, coordenador da Conferência dos Religiosos do Brasil (CRB) - Regional São Paulo - anunciou que a Assembleia da CRB será realizada no dia 3 de setembro, em Aparecida (SP). Ele lembrou ainda que a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida será levada a todas as comunidades religiosas de São Paulo e lembrou aos religiosos a importância de participarem ativamente das atividades do sínodo arquidiocesano, que terá início ainda este ano.

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Seminaristas da Arquidiocese recebem ministérios de leitor e acólito

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07 de agosto de 2017


Na manhã deste domingo, 6, Festa da Transfiguração do Senhor, o Arcebispo de São Paulo, Cardeal Odilo Pedro Scherer, presidiu missa na Catedral da Sé, na qual conferiu os ministérios de leitor e acólito a um grupo de seminaristas da Arquidiocese.

A celebração marcou o início do mês vocacional no Brasil, cujo primeiro domingo recorda a vocação para os ministérios ordenados. No processo formativo dos candidatos ao sacerdócio, o leitorato e o acolitato antecedem a ordenação diaconal. 

Na homilia, Dom Odilo explicou que os ministérios são um primeiro chamado ao serviço. “Os ministros leitores são encarregados de ajudar a Igreja a realizar a parte mais importante da sua missão, o anúncio da Palavra de Deus...”. Quando aos acólitos, o Cardeal ressaltou que esses não apenas servem ao altar, mas servem “aquilo que se celebra no altar, o mistério central da nossa redenção, Jesus que continua e se doar pela humanidade”.

O Arcebispo agradeceu, ainda, as paróquias que realizam um trabalho de promoção vocacional. “Os padres não caem do céu, surgem da comunidade. O Papa São Joao Paulo II dizia que a vocação é uma resposta de Deus providente a uma comunidade orante, que pede. ‘Pedi ao Senhor da messe que envie operários’. Deus ouve e chama”.

“Deus continua a chamar. Talvez nós estamos um pouco distraídos e não ouvimos o chamado ou não o acolhemos devidamente. Fato é que em nossa Arquidiocese precisamos trabalhar muito pelas vocações”, acrescentou Dom Odilo.

Oração pelos cristãos perseguidos

Mais cedo, também na Catedral, Dom Odilo presidiu missa pelo Dia Internacional de Oração pelos Cristãos Perseguidos, iniciativa promovida pela Fundação Pontifícia Ajuda à Igreja que Sofre (ACN).  A data surgiu em referência a fuga de milhares de cristãos do norte do Iraque, em 2014, expulsos pelos extremistas do grupo Estado Islâmico. Este ano, as intenções não se concentram apenas aos cristãos do Oriente Médio, mas se estende às perseguições em todo o planeta. A África, por exemplo, é o continente onde atualmente morrem mais pessoas por serem cristãos do que em qualquer outro lugar do mundo.

Leia as reportagens completas sobre as duas celebrações na próxima edição do jornal O SÃO PAULO.

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