Exame de consciência: caminho cotidiano de conversão e santidade

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08 de mai de 2020

Foto: Il Ragazzo/CathopicEsses tempos difíceis de isolamento social, devido à pandemia de COVID-19, tem sido uma ocasião para os cristãos aprofundarem o conhecimento ou reavivarem o cultivo de diversas práticas da vida espiritual. Uma delas é o exame de consciência.

Prática que remonta ao início do Cristianismo, o exame de consciência consiste na revisão de pensamentos, palavras e ações, com a finalidade de verificar a sua conformidade de vida com a vontade de Deus e os ensinamentos de Jesus Cristo.

Embora o costume fosse usado como um meio eficaz de preparação para o sacramento da Reconciliação (Confissão), o exame de consciência é uma prática recomendada para ser feita diariamente, e muito oportuna como preparação para a Comunhão. O apóstolo São Paulo ressalta isso em uma de suas cartas: “Examine-se cada um a si mesmo e, assim, coma do pão e beba do cálice” (1Cor 11,28).

TIPOS

Um dos santos que deram ênfase ao exame de consciência foi Santo Ignácio de Loyola, que o introduziu nos seus mundialmente conhecidos exercícios espirituais. Segundo o fundador da Companhia de Jesus, a eficácia dos exames está, sobretudo, no modo como auxilia a alma, mantendo vigilância sobre as ações do dia, para adquirir cada vez mais o conhecimento de si mesmo.

Foi também este santo quem fez a distinção ente o exame particular e o geral. A tradição católica, a partir do exemplo de outros santos e fundadores, indica alguns tipos de exames de consciência cotidianos:

  • Particular: Consiste na vigilância de um defeito em particular, normalmente o defeito dominante, e na busca da prática da virtude oposta. Esse pode ser feito ao longo do dia, mais de uma vez, sempre que se sentir necessidade.
     
  • Geral ou diário: É um exame de consciência de todas as ações do dia que tenham relevância para a vida espiritual. Tem como base os mandamentos, os conselhos evangélicos, as virtudes principais, a realização dos deveres do próprio estado de vida, além do grau de vontade e o espírito de oração.
     
  • Preventivo: Por meio deste, que pode ser feito pela manhã, junto com a primeira oração do dia, a pessoa renova seus propósitos e estabelece o programa do dia. Ainda com este exame, o cristão adquire força para evitar as ocasiões de pecado e as possíveis quedas.
     
  • Das obras ordinárias: Também é de muito proveito examinar as principais ações do dia, logo depois de as ter praticado, observando se as ofereceu a Deus e as fez com a reta intenção.

MUDANÇA DE VIDA

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) ressalta o exame de consciência como um caminho para a conversão do cristão, a quem o apelo de Cristo à mudança de vida continua após ter recebido o Batismo, “principal lugar da primeira e fundamental conversão”.

Na homilia do dia 4 de setembro de 2018, o Papa Francisco recomendou fazer todas as noites o exame de consciência como uma oração, “para averiguar se o que nos moveu durante o dia foi o espírito de Deus ou o espírito do mundo”. É um exercício decisivo na nossa “luta espiritual”, que nos leva “a compreender o coração” e “o sentido de Cristo”.

O Pontífice recordou, ainda, que “o coração do homem é como um campo de batalha”, no qual se enfrentam continuamente “o espírito de Deus, que nos leva às obras boas, à caridade, à fraternidade”, e “o espírito do mundo”, que, ao contrário, “nos leva à vaidade, ao orgulho, à suficiência, ao mexerico”.

LUTA INTERIOR

Francisco sugeriu, ainda, que uma boa prece a ser feita todas as noites, an- tes de ir para a cama, é se questionar: “Qual espírito segui hoje? O espírito de Deus ou o espírito do mundo?”

“Sentir no coração o que aconteceu nesta guerra interior, e como me defendi do espírito do mundo que me conduz à vaidade, às coisas reles, aos vícios, à soberba, a tudo isto”, acrescentou o Santo Padre, orientando, em seguida, a perguntar-se: “Como me defendi das tentações concretas?” e, assim, identificar tais tentações.

Por fim, o Papa advertiu: “Se não fizermos isto, se não soubermos o que acontece no nosso coração — e não digo eu, mas a Bíblia —, seremos como os “animais que nada compreendem”, vão em frente com o instinto”.

CONHECER A SI MESMO

São Clemente de Alexandria dizia: “Parece, pois, que o mais importante de todos os conhecimentos é o conhecimento de si próprio, pois, quando alguém conhece a si próprio, ele há de chegar ao conhecimento de Deus”.

Desse modo, conhecer-se é necessário para dominar-se. O conhecimento de seus defeitos e fraquezas dominantes, bem como das virtudes mais praticadas, auxilia no progresso na prática das virtudes, no triunfo sobre as más inclinações e no amor a Deus.

Assim, o exame de consciência, antes de ser uma recordação das faltas cometidas, é uma maneira de o cristão indagar a si mesmo acerca das razões que o levaram a cometê-las, e buscar, com a ajuda de Deus, as motivações e instrumentos necessários para vencê-las, fortalecendo o autodomínio e a vontade interior.

(Foto: Il Ragazzo/Cathopic)

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Indulgências: participação dos benefícios da redenção de Cristo

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18 de abril de 2020

Neste período de pandemia, o tema das indulgências ganhou destaque entre os católicos e curiosidade entre os que têm uma ideia distante do real significado dessa antiga prática da Igreja de grande valor espiritual para a vida dos fiéis.

No dia 27 de março, o mundo acompanhou a histórica oração do Papa Francisco pelo fim da pandemia na Praça São Pedro, vazia, onde concedeu, no final, a bênção Urbi et Orbi (à cidade de Roma e ao mundo) com o Santíssimo Sacramento, por meio da qual concedeu aos fiéis a possibilidade de obter a indulgência plenária. O mesmo aconteceu no domingo de Páscoa, 12, quando conferiu novamente essa bênção, já tradicional nesta data, assim como no dia de Natal.

Dias antes, a Santa Sé publicou um decreto por meio do qual concede a possibilidade de obter indulgência plenária aos doentes com a COVID-19, assim como aos profissionais da saúde e familiares que colocam sua vida em risco para cuidar dos infectados.

O QUE É?

Ao contrário do que alguns meios de comunicação erroneamente noticiaram, as indulgências concedidas pelo papa não são o “perdão total dos pecados”, algo que só pode ser obtido por meio da absolvição sacramental na Confissão.

A doutrina da Igreja ensina que a indulgência é “a remissão, diante de Deus, da pena temporal devida pelos pecados já perdoados quanto à culpa, que o fiel, devidamente disposto e em certas e determinadas condições, alcança por meio da Igreja”, como explica do Manual das Indulgências, da Penitenciaria Apostólica, tribunal da Santa Sé responsável pelas questões referentes ao foro interno, como o sacramento da Reconciliação e as indulgências.

“Apesar do perdão, carregamos na nossa vida as contradições que são consequência dos nossos pecados. No sacramento da Reconciliação, Deus perdoa os pecados, que são verdadeiramente apagados; mas o cunho negativo que os pecados deixaram nos nossos comportamentos e pensamentos permanece”, explicou o Papa Francisco, na bula Misericordiae vultus, na proclamação do Jubileu Extraordinário da Misericórdia, em 2015.

O Pontífice acrescentou que a misericórdia de Deus por meio da Igreja, “alcança o pecador perdoado e liberta-o de qualquer resíduo das consequências do pecado, habilitando-o a agir com caridade, a crescer no amor em vez de recair no pecado”.

“A indulgência é experimentar a santidade da Igreja que participa em todos os benefícios da redenção de Cristo, para que o perdão se estenda até as últimas consequências aonde chega o amor de Deus”, completou o Santo Padre.

CONSEQUÊNCIAS DO PECADO

O Catecismo da Igreja Católica explica que, para entender essa prática da Igreja, é preciso compreender que o pecado tem uma dupla consequência na vida da pessoa.

“O pecado grave priva-nos da comunhão com Deus e, portanto, torna-nos incapazes da vida eterna, cuja privação se chama ‘pena eterna’ do pecado. Por outro lado, todo o pecado, mesmo venial, traz consigo um apego desordenado às criaturas, o qual precisa ser purificado, quer nesta vida quer depois da morte, no estado que se chama Purgatório”, diz o Catecismo (1472).

No entanto, o Catecismo ressalta que estas duas penas não devem ser consideradas como “uma espécie de vingança, infligida por Deus, do exterior, mas como algo decorrente da própria natureza do pecado”, e indica que “uma conversão procedente de uma caridade fervorosa pode chegar à total purificação do pecador, de modo que nenhuma pena subsista”.

Desse modo, o perdão divino recebido pela absolvição sacramental restabelece no fiel a comunhão com Deus e o livra das penas eternas do pecado. No entanto, as penas temporais subsistem. Essas, por sua vez, podem ser redimidas por meio de práticas espirituais cujos méritos são as indulgências.

PARCIAL OU PLENÁRIA

Essas indulgências podem ser parciais ou plenárias na medida que liberta, em parte ou no todo, da pena temporal devida em consequência dos pecados. Desse modo, o cristão pode cultivar orações e práticas cotidianas que purificam seu coração e sua alma de tais penas e o aproximam cada vez mais da graça de Deus e da santidade.

Devido à fé da Igreja na comunhão dos santos, as indulgências podem ser obtidas não apenas em próprio favor dos fiéis, como em favor da purificação daqueles que já faleceram, ou seja, das almas do purgatório.

Para obter a indulgência plenária é preciso fazer uma das práticas indicadas pela igreja, como orações, obras, práticas de piedade e bênçãos recebidas, sempre observando as seguintes condições: confissão sacramental, comunhão eucarística e oração nas intenções do Sumo Pontífice. “Requer-se, além disso, rejeitar todo o apego ao pecado, qualquer que seja, mesmo venial”, ressalta o manual.

EXCEÇÕES NA PANDEMIA

Nesse período de pandemia, contudo, em que as pessoas estão impossibilitadas de participar da missa e receber a comunhão sacramental, a Penitenciaria Apostólica publicou um decreto em que concede a indulgência plenária aos fiéis que:

“Oferecerem uma visita ao Santíssimo Sacramento, ou a adoração eucarística, ou a leitura da Sagrada Escritura durante pelo menos meia hora, ou a recitação do santo rosário, ou o exercício piedoso da via-sacra, ou a recitação do rosário da Divina Misericórdia, para implorar de Deus Todo-Poderoso o fim da epidemia, alívio para os aflitos e salvação eterna para aqueles que o Senhor chamou a si”.

O decreto determina, ainda, que para obter a indulgência plenária, os doentes de coronavírus, os que estão em quarentena, os profissionais de saúde e familiares que se expõem ao risco de contágio para ajudar quem foi afetado pela COVID-19, também poderão simplesmente recitar o Credo, o Pai-Nosso e uma oração a Nossa Senhora.

Na impossibilidade de se confessar e de receber a absolvição sacramental, a Penitenciaria Apostólica recordou, por meio de uma nota, que “a contrição perfeita, vinda do amor de Deus amado acima de tudo, expressa por um sincero pedido de perdão (aquilo que o penitente é atualmente capaz de expressar) e acompanhada do votum confessionis, ou seja, da firme resolução de recorrer à confissão sacramental o mais rápido possível, obtém perdão dos pecados, até mortais”.

MEIOS PARA OBTÊ-LAS

São vários os meios e circunstâncias pelas quais uma pessoa pode obter indulgências parciais ou plenárias. Leia, a seguir, os meios mais comuns indicados pela Igreja:

Concede-se indulgência plenária ao fiel que:

  • Visitar com devoção uma das quatro basílicas patriarcais de Roma e lá recitar o Painosso e o Creio:

1) no dia da festa do titular;
2) em qualquer festa de preceito;
3) uma vez no ano, em dia à escolha do fiel.

  • Receber com piedade e devoção a bênção dada pelo Sumo Pontífice a Roma e ao mundo (Urbi et Orbi), ou dada pelo bispo aos fiéis confiados ao seu cuidado;
  • Passar pela porta santa de um santuário durante um Ano Santo Jubilar;
  • Visitar devotamente um cemitério, entre os dias 1 e 8 de novembro, e rezar pelos falecidos, sendo aplicável somente às almas do purgatório;
  • Participar da adoração da cruz na celebração da Paixão do Senhor na Sextafeira Santa;
  • Participar com devoção do solene rito de conclusão de um congresso eucarístico;
  • Realizar exercícios espirituais aos menos por três dias;
  • Visitar a igreja paroquial na festa do titular;
  • Visitar a igreja ou o altar no próprio dia da dedicação e aí piedosamente rezar o Painosso e o Creio;
  • Visitar piedosamente urna, igreja ou oratório de religiosos na festa de seu fundador e aí rezar o Painosso e o Creio.

Concede-se indulgência parcial ao fiel que:

  • No cumprimento de seus deveres e na tolerância das aflições da vida, ergue o espírito a Deus com humilde confiança, acrescentando alguma piedosa invocação, mesmo só em pensamento;
  • Levado pelo espírito de fé, com o coração misericordioso, dispõe de si próprio e de seus bens no serviço dos irmãos que sofrem falta do necessário;
  • Absterse de coisa lícita e agradável, em espírito espontâneo de penitência;
  • Recitar atos de virtudes teologais (fé, esperança e caridade) e de contrição.
  • Visitar o Santíssimo Sacramento para adorálo; se o fizer por mais de meia hora, a indulgência será plenária;
  • Visitar devotamente um cemitério, em qualquer dia do ano, e rezar pelos falecidos. O mesmo se aplica na visita a um cemitério de antigos cristãos ou “catacumba”;
  • Fazer a comunhão espiritual, por meio de qualquer fórmula piedosa;
  • Recitar piedosamente o Creio, seja o símbolo apostólico, seja o nicenoconstantinopolitano;
  • Dedicarse a ensinar ou aprender a doutrina cristã;

Para saber mais detalhes sobre a obtenção de indulgências e os meios para consegui-las, acesse o Manual das Indulgências, da Penitenciaria Apostólica. 

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Semana Catequética de Iniciação à Vida Cristã

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13 de fevereiro de 2019

Entre os dias 4 e 7 de fevereiro, realizou-se a Semana Catequética de Iniciação à Vida Cristã 2019, da Região Episcopal Sé, na Paróquia Nossa Senhora do Rosário de Fátima, Setor Pastoral Perdizes.

Com a participação de mais de 200 catequistas e agentes de pastorais, Dom Eduardo Vieira dos Santos, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Sé, deu início ao encontro com a acolhida aos presentes, seguida de oração inicial.

O encontro foi assessorado por Dom Eduardo Vieira, pelo Padre Marcelo Delcin, Pároco da Paróquia Nossa Senhora Aparecida dos Ferroviários e Coordenador da Catequese na Região Episcopal Sé, e pelo Padre Donizete José Xavier, Pároco da Paróquia Santa Maria Madalena e São Miguel Arcanjo e Diretor-Adjunto e Professor da Faculdade de Teologia Nossa Senhora da Assunção da PUC-SP.

Com o tema “Deus habita esta cidade, somos suas testemunhas”, o encontro foi destinado a todos os agentes de pastoral que atuam nos processos de iniciação à vida cristã, com o objetivo geral de que a catequese deve ser compreendida como serviço prestado à iniciação à vida cristã e à busca de novos caminhos para a fé, destacando-se a necessidade de conversão e renovação missionária, objetivo também do sínodo arquidiocesano.

 

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Sínodo arquidiocesano é tema de Semana de Iniciação à Vida Cristã

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31 de janeiro de 2019

A Pastoral Bíblico-Catequética da Região Episcopal Belém realizará, entre 4 e 8 de fevereiro, a Semana de Iniciação à Vida Cristã, que abordará o tema a partir do sínodo arquidiocesano de São Paulo.

Os encontros acontecerão nos setores expandidos da Região, das 20h às 21h30. O encerramento e envio serão no dia 8 de fevereiro, às 20h, na Paróquia Cristo Rei, em missa presidida por Dom Luiz Carlos Dias, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Belém.

 

CONFIRA OS LOCAIS DOS ENCONTROS POR SETORES

Paróquia Cristo Rei (Rua Maria Eugênia, 10, Tatuapé), Setores Pastorais Belém, Carrão/Formosa e Tatuapé Paróquia Santa Luzia e São Pio X (Avenida Sapopemba, 1.500, Vila Leme), Setores Pastorais Guarani, Vila Alpina e Vila Prudente Paróquia São Paulo Apóstolo (Praça Miguel Ramos Moura, 86, Jardim Imperador), Setores Pastorais São Mateus, Sapopemba e Vila Antonieta Paróquia São José de Anchieta (Rua Fernandes Tourinho, 182, Jardim Vera Cruz), Setor Pastoral Conquista Centro Pastoral São José (Avenida Álvaro Ramos, 366 – Belém) – encontro para catequistas que estão iniciando.

 

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4ª Semana Brasileira de Catequese a serviço da Iniciação à Vida Cristã

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24 de novembro de 2018

A 4ª Semana Brasileira de Catequese a serviço da Iniciação à Vida Cristã aconteceu entre os dias 14 e 18, em Itaici (SP), com cerca de 425 representantes de dioceses de todo o Brasil. 

A Semana Brasileira de Catequese foi idealizada com o objetivo de marcar a vida da Igreja e impulsionar a evangelização no Brasil, a partir da aprovação do documento 107 da CNBB sobre a “Iniciação à Vida Cristã: itinerário para formar discípulos- -missionários”. 

Entre os objetivos da Semana, pretende-se compreender a Catequese com inspiração catecumenal, buscando novos caminhos para a transmissão da fé no contexto atual. Dom Leomar Antônio Brustolin, Bispo Auxiliar de Porto Alegre (RS), falou sobre a vivência da fé no cotidiano da vida.

“Cresce mais entre nós o espírito do fazer, organizar e planejar que o ser cristão. Testemunhar a fé é viver a gratuidade, a esperança e a dor de quem segue a Jesus. Os cristãos de amanhã perceberão a fé como elemento da graça que favorecerá o desenvolvimento humano em meio à sociedade plural”, afirmou.  

Dom José Antônio Peruzzo, Arcebispo de Curitiba (PR) e Presidente da Comissão para a Animação Bíblico-Catequética da CNBB, recordou que a liturgia deve estar afinada com a Iniciação à Vida Cristã, pois as celebrações levam as pessoas ao encontro com Deus e à transformação de vida e conversão. “Esperamos que muitas pessoas possam conhecer e acolher com alegria a Boa Notícia da parte de Deus. Os tempos são difíceis, mas as promessas de Deus são generosas. Tudo passa, mas a fidelidade dEle é permanente. E todos nós, catequistas, vivemos a emocionante alegria de ser testemunhas deste anúncio do qual o mundo tanto precisa”, disse. 

O conteúdo da 4ª Semana Brasileira de Catequese já está em parte disponível no site.  A íntegra, com todas as oficinas, será publicada pela CNBB.

(Com informações do Padre Marcelo  Delcin, Assistente Eclesiástico para  a Animação Bíblico-Catequética  da Arquidiocese de São Paulo).
 

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Secretários paroquiais participam de formação sobre Iniciação à Vida Cristã

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22 de agosto de 2018

Na quinta-feira, 16, na sede da Cúria da Região Lapa, aconteceu o encontro de formação para os secretários e secretárias paroquiais, com o objetivo de refletir sobre o papel do secretário como aquele que acolhe os que buscam a Iniciação à Vida Cristã. O convidado foi Padre Geraldo Raimundo Pereira, mestre em catequese pela PUC-SP, que apresentou o documento 107 da CNBB como subsídio para que o secretário possa conhecer o que compreende a Iniciação a Vida Cristã. Padre Geraldo disse que o documento 107 representa um passo importante na caminhada da Igreja onde a catequese está a serviço da Iniciação à Vida Cristã, e que deve envolver toda comunidade no objetivo de formar novos discípulos missionários. 

O secretário deve estar preparado para poder acolher bem os fiéis, procurando orientar da melhor forma possível, motivando aqueles que procuram participar desse processo formativo, mostrando o quanto a comunidade se alegra pela presença do novo membro. “Fazer da Igreja uma casa da Iniciação à Vida Cristã é um caminho necessário para a evangelização no contexto atual e toda a comunidade é convidada a fazer parte”, disse Padre Geraldo, destacando que a Iniciação à Vida Cristã é o processo pelo qual o fiel é conduzido para dentro do mistério amoroso do Pai e inserido na comunidade eclesial, para professar, celebrar, viver e testemunhar a fé em Jesus Cristo, no Espírito Santo, conforme indica o documento 107. 

“Nos dias atuais, a prática religiosa não é mais uma tradição herdada da família, mas é uma escolha pessoal que é motivada, principalmente, pela atração que a comunidade cristã exerce sobre as pessoas (nº 7)”, continuou. 

Padre Geraldo recordou ainda que “o Documento 107 afirma que não estamos partindo do zero. Há um passado que pode impulsionar-nos a buscar constantemente novos caminhos para que cheguemos a viver com autenticidade e zelo o seguimento de Jesus, a partilhar com Ele a missão de fazer acontecer o Reino no mundo de hoje, apesar das dificuldades encontradas”.


 

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Começa segunda etapa de formação para Iniciação à Vida Cristã

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15 de agosto de 2018

No dia 9, aconteceu nos nove setores pastorais da Região Episcopal Santana, o início da segunda etapa de formação das comissões paroquiais para a implantação da Iniciação à Vida Cristã, como uma catequese de inspiração catecumenal. Para desenvolver este projeto, todas as paróquias da Região organizaram uma comissão paroquial, porque não se trata apenas de fazer reformas na catequese, mas de rever toda a ação pastoral, a partir da Iniciação à Vida Cristã. 

A organização da comissão paroquial está dentro do grande chamado da Igreja à conversão e renovação das paróquias, e requer “uma série de atitudes: acolhida, diálogo, partilha, escuta da Palavra de Deus e adesão à vida comunitária. Implica estruturas eclesiais apropriadas, nos mais diversos lugares e ambientes, sempre disponíveis a acolher, apresentar Jesus Cristo e dar as razões da nossa esperança (1Pd 3,15)” (CNBB, Documento 102, n. 45). 

Uma comissão regional preparou materiais impressos – cujos conteúdos foram dirigidos pelos padres Humberto Robson Carvalho e Paulo Gil –, e escolheu nove formadores que irão diretamente aos setores pastorais da Região para preparar as comissões paroquiais. 

Na primeira etapa, os participantes tomaram consciência de que a Iniciação à Vida Cristã não se refere somente à preparação pontual aos sacramentos do Batismo, Confirmação e Eucaristia, mas é um caminho contínuo de adesão a Jesus Cristo. A segunda etapa iniciouse com uma ampla participação das paróquias e das pessoas escolhidas como membros das comissões paroquiais.


 

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