Com baixo custo, ventiladores pulmonares mecânicos podem salvar vidas

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07 de abril de 2020

Ao acompanhar o aumento do número de pessoas contagiadas com o novo coronavírus no Brasil e as notícias do colapso dos sistemas de saúde em países que já vivenciam o pico da COVID-19, o engenheiro físico e matemático Roberto Ueno, professor da Universidade São Judas, uniu esforços com outros desenvolvedores de soluções criativas – makers, como também são conhecidos – para elaborar um protótipo de ventilador pulmonar mecânico.

Assim se formaram pelo Brasil mais de 30 comitês Covidamaker, para o desenvolvimento do protótipo, que leva cerca de três horas para ser montado em laboratório. Ueno integra um desses grupos, composto por 14 pessoas. O valor estimado de cada unidade do protótipo é de R$ 2 mil, bem menor que os R$ 15 mil dos modelos mais baratos vendidos atualmente.

Praticidade

O ventilador pulmonar mecânico não é ligado à rede de tubulação de oxigênio dos hospitais, como acontece com os ventiladores pneumáticos. “O ventilador mecânico é mais prático, portátil, podendo ser levado para qualquer lugar”, detalhou Ueno ao O SÃO PAULO.

O engenheiro afirmou que em escala industrial podem ser produzidas até mil unidades ao dia, o que ajudaria a suprir a demanda por ventiladores pulmonares, que tende a crescer nas próximas semanas.

Em busca da chancela da Anvisa

O protótipo desenvolvido pelo grupo de Ueno já foi validado por equipes médicas da cidade de Uberlândia (MG), da Universidade Federal do ABC e do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP).

“Essas equipes fizeram testes simulando um ambiente pulmonar com a COVID-19, em que o pulmão vai tendo uma complacência, vai ficando rígido, e observaram que o aparelho se mantém sem apresentar problemas de quebra ou de parada”, detalhou Ueno.

O engenheiro tem buscado que outras equipes médicas, incluindo a de grandes hospitais particulares, façam essa simulação mecânica para validar o protótipo. A meta é que em posse desses indicadores, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), vinculada ao Ministério da Saúde, dê a chancela para que o produto possa ser produzido nas indústrias.

Foco é salvar vidas

Esse protótipo, assim como outros que estão sendo elaborados por universidades e pesquisadores independentes, tem patente aberta, ou seja, quem o desenvolve não obtém lucro. Além disso, qualquer interessado pode acessar o passo a passo para fabricá-lo.

“O nosso foco é apenas o de ajudar as pessoas”, assegura Ueno, destacando, ainda, que o Governo Federal tem encontrado dificuldades para importar ventiladores pulmonares em decorrência da alta procura pelo produto em todo o mundo. Assim, os ventiladores pulmonares mecânicos produzidos no Brasil seriam uma alternativa.

VEJA O VÍDEO DO PROTÓTIPO DO VENTILADOR PULMONAR MECÂNICO

USP também desenvolve item de baixo custo

Pesquisadores da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (Poli-USP) também estão desenvolvendo um ventilador pulmonar mecânico de baixo custo, o Inspire, fabricado com componentes disponíveis no mercado brasileiro.

Segundo o professor Raul González Lima, especialista em Engenharia Biomédica e um dos coordenadores do projeto, a atual cadeia nacional de produção de ventiladores pulmonares poderá não ser suficiente para atender o aumento da demanda pelo produto.

“Esses equipamentos [hoje comercializados] dependem de muitos componentes importados, e nem todos estão em estoque na quantidade necessária. Os componentes podem não chegar a tempo para fazer essa produção”, afirmou Lima em entrevista à Agência Brasil.

Cada unidade do Inspire tem custo estimado de R$ 1 mil. Os idealizadores do projeto também estão em diálogo com o Governo Federal para viabilizar a produção em escala industrial.

Fábricas se mobilizam para consertos

Em uma iniciativa coordenada pelo Serviço Nacional de Aprendizado Industrial (Senai), profissionais de montadoras e fabricantes de automóveis estão consertando, voluntariamente, ventiladores pulmonares que estão danificados ou parados há algum tempo.

Estima-se que até 5 mil ventiladores possam ser consertados em fábricas da General Motors (GM), FCA Fiat Chrysler, Ford, Honda, Jaguar Land Rover, Renault, Scania e Toyota. A iniciativa também têm o apoio do grupo ArcelorMittal e da Vale.

(Com informações de Agência Brasil e Revista Exame)

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Pastoral da Saúde organiza missa no Hospital Universitário da USP

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09 de janeiro de 2019

No dia 20 de dezembro, a Pastoral da Saúde da Região Episcopal Lapa organizou, no refeitório dos funcionários do Hospital Universitário da USP, na Cidade Universitária, na zona Oeste, uma missa presidida pelo Padre João Inácio Mildner, Assistente Eclesiástico da Pastoral da Saúde da Arquidiocese de São Paulo e do Regional Sul 1 da CNBB. 

Além dos agentes da Pastoral na Região, que é coordenada por Izabel Guimarães, participaram o Superintendente do Hospital, Prof. Dr. Luiz Eugênio Garcez Leme, o Assistente Técnico de Direção, Prof. Dr. Dalton Luiz de Paula Ramos, médicos, funcionários, alunos e pacientes do Hospital. 

Durante a celebração, houve a participação do Coral Cristo Ressuscitado, da Paróquia Nossa Senhora dos Pobres, do Butantã, que existe há 17 anos e tem como regentes os professores de música Leo Camargos e Angela Salem. 

Padre João Inácio recordou que no dia de Natal não se deve ficar à espera apenas do Papai Noel, da troca de presentes, da tradicional ceia, mas, sobretudo, deve-se lembrar do nascimento de Jesus e da importância de sua vinda como Salvador de toda a humanidade. 

O Prof. Dr. Dalton Luiz enfatizou que o Hospital Universitário é público, e a Superintendência e a Pastoral da Saúde trazem sempre a Palavra e  a presença de Cristo aos enfermos e demais pessoas que estão na instituição, a fim de assisti-los social e espiritualmente.

 

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USP terá curso gratuito e meninas podem se tornar cientistas

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13 de setembro de 2018

Meninas que sonham ser cientistas contam agora com o incentivo de um grupo de pesquisadoras e cientistas de São Paulo. Trata-se do projeto “Meninas com Ciência – 2ª edição SP: de mulheres cientistas para meninas que sonham”, que pretende levar meninas para a área científica.

“O objetivo é incentivar a inserção de mulheres nas ciências, humanizar a figura de uma cientista, destacar a importância das ciências na formação dessas meninas e para o desenvolvimento do País. Esperamos que, desde pequenas, elas tenham essa mensagem”, explicou a coordenadora do evento, Camila Negrão Signori, professora doutora da Universidade de São Paulo (USP) e atuante na área de Oceanografia Microbiana.

“O ‘Meninas com Ciências’ surgiu no Museu Nacional do Rio de Janeiro, voltado para Paleontologia e Geologia. Lá, elas já estão na quarta edição. No ano passado, foi realizada a primeira edição na Universidade Federal de São Carlos (UFSCar), e eu fui uma das palestrantes convidadas. Assim, com amigas pesquisadoras, tivemos a ideia de trazer o projeto para a USP, na expectativa de expandir mais os temas científicos e ter uma procura grande dessas meninas”, contou a coordenadora do evento.

O curso é gratuito e começa no dia 27 de outubro. Serão apresentados conteúdos teóricos e práticos, lecionados por diferentes professoras e pesquisadoras, com os temas oceanografia, astronomia, neurociência, engenharia elétrica, farmacologia, educação, paleontologia, astrobiologia, microbiologia e zoologia. Serão cinco sábados de palestras e atividades práticas em laboratórios do Instituto Oceanográfico (IO-USP), das 9h às 17h.

“Participarão professoras e especialistas de diferentes áreas das ciências. O curso terá uma parte teórica numa linguagem mais acessível a essas meninas, e haverá a parte prática. Nós temos [na USP] uma infraestrutura de laboratórios e de espaço onde essa parte prática pode ser desenvolvida e mostrada para as meninas”, detalhou Camila.

As inscrições podem ser feitas até o dia 10 de outubro Meninas Com CIência. O curso é aberto a garotas que estejam matriculadas entre o 5º e o 9º ano do Ensino Fundamental, tanto em escolas da rede pública como da particular do Estado de São Paulo. De acordo com as organizadoras, as 50 vagas oferecidas serão divididas entre as participantes por meio de sorteio.

Fonte: Agência Brasil

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