Dom Luiz Carlos preside Tríduo Pascal na Paróquia São Pedro Apóstolo

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16 de abril de 2020

Assim como já tinha feito no Domingo de Ramos, Dom Luiz Carlos Dias, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Episcopal Belém, presidiu as celebrações do Tríduo Pascal na Paróquia São Pedro Apóstolo, na Vila Oratório. Na Quinta-feira Santa, 9, o Bispo presidiu a Missa Vespertina da Ceia do Senhor, às 20h, quando ressaltou, na homilia, a importância da instituição da Eucaristia e de todos rezarem pelos sacerdotes.

Dom Luiz falou, ainda, sobre o novo mandamento, o do amor, que Cristo mostrou com o gesto de lavar os pés dos apóstolos. Após a celebração, o Bispo expôs o Santíssimo Sacramento na escadaria da Paróquia e realizou um momento de oração e adoração, abençoando todo o bairro e a Região Episcopal Belém. Na Sexta-feira Santa, 10, Dom Luiz presidiu o ato litúrgico da Paixão do Senhor, às 15h. Na homilia, ele ressaltou a entrega de Jesus e lembrou que na cruz, no momento derradeiro, Deus se mostra solidário aos sofrimentos da humanidade, ainda mais nos tempos atuais. “Deus na cruz, mostra isto para nós: Ele é solidário para conosco, não estamos sós!”, afirmou. Às 18h, Dom Luiz saiu em carreata com a procissão do Senhor Morto e realizou uma via-sacra pelas ruas do bairro.

No Sábado Santo, 11, Dom Luiz presidiu a Vigília Pascal, às 20h. Na homilia, destacou a Ressurreição de Cristo e exortou todos a seguir na caminhada da vida, tendo como ânimo e razão de fortalecimento nestes momentos tristes e de isolamento social a Ressurreição de Cristo. “Ele está conosco, nos anima e nos visita!”, afirmou.

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Papa exorta a deixar-se contagiar pela esperança do Cristo Ressuscitado

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12 de abril de 2020

Diante da nave central da Basílica de São Pedro completamente vazia, logo após presidir a missa do Domingo de Páscoa, o Papa Francisco dirigiu sua mensagem de saudação pascal, seguida da bênção Urbi et Orbi (à cidade de Roma e ao mundo).

Não havia fiéis reunidos na Praça São Pedro, como nos anos anteriores, mas milhões de católicos acompanharam a cerimônia, ao vivo, pelos meios de comunicação e plataformas digitais.

Em meio a crise global causada pela pandemia de COVID-19, o Pontífice iniciou sua mensagem com a o anúncio que ecoa neste dia em todo mundo: “Jesus Cristo ressuscitou; verdadeiramente ressuscito!”.

“Nesta noite, ressoou a voz da Igreja: ‘Cristo, minha esperança, ressuscitou!’”, acrescentou Francisco, ressaltando que esse é um “contágio” diferente, “que se transmite de coração a coração, porque todo o coração humano aguarda esta Boa Nova. É o contágio da esperança.”

VITÓRIA SOBRE O MAL

O Santo Padre explicou que este anúncio não se trata de uma fórmula mágica que faz desaparecer os problemas, mas é “a vitória do amor sobre a raiz do mal, uma vitória que não 'salta' por cima do sofrimento e da morte, mas atravessa-os abrindo uma estrada no abismo, transformando o mal em bem: marca exclusiva do poder de Deus”.

“O Ressuscitado é o Crucificado”, enfatizou Francisco, recordando que no corpo glorioso do Senhor estão indeléveis as feridas que se tornaram “frestas de esperança”, e lembrou as feridas abertas hoje na humanidade, a começar pelos infectados pelo COVID-19, especialmente os doentes, os que morreram e seus familiares.

“Para muitos, é uma Páscoa de solidão, vivida entre lutos e tantos incômodos que a pandemia está causando, desde os sofrimentos físicos até aos problemas econômicos”, afirmou.

EFEITOS DA PANDEMIA

O Santo Padre ressaltou que epidemia não privou as pessoas apenas dos afetos, mas também da possibilidade de recorrer pessoalmente à consolação que brota dos sacramentos, especialmente da Eucaristia e da Reconciliação. “Mas o Senhor não nos deixa sós! Permanecendo unidos em oração, estamos certos de que ele colocou sua mão sobre nós, e repetiu com força: ‘Não tenhas medo, ‘eu ressuscitei e estou sempre contigo’”, disse.

Francisco agradeceu novamente aos médicos e enfermeiros, que oferecem um testemunho de cuidado e amor ao próximo até o extremo das forças e não raro ao sacrifício da própria saúde”. De igual modo, o Pontífice dirigiu seu pensamento afetuoso a todos os profissionais que garantem os serviços essenciais.

“Nas últimas semanas, a vida de milhões de pessoas mudou subitamente. Para muitos, ficar em casa foi uma oportunidade para refletir, parar o ritmo frenético da vida, estar com os entes queridos e desfrutar da companhia deles”, destacou o Papa, reconhecendo que para muitos, no entanto, é também um momento de preocupação com o futuro incerto, pelo trabalho que se corre o risco de perder e para as outras consequências que a atual crise traz.

NÃO À INDIFERENÇA

“Encorajo todos os que têm responsabilidades políticas a trabalhar ativamente para o bem comum dos cidadãos, fornecendo os meios e as ferramentas necessárias para permitir que todos tenham uma vida digna e incentivando, quando as circunstâncias o permitirem, a retomada das atividades diárias normais”, pediu o Pontífice.

“Este não é tempo para a indiferença, porque o mundo inteiro está sofrendo e deve sentir-se unido ao enfrentar a pandemia”, disse ainda o Santo Padre, pedindo que não faltem os bens de primeira necessidade aos que vivem nas periferias, aos refugiados e aos desabrigados.

Francisco pediu, ainda, a redução das sanções internacionais que impedem a alguns países de proporcionar apoio adequado aos seus cidadãos e inclusive o cancelamento da dívida que pesa sobre os orçamentos dos mais pobres.

“Este não é tempo para egoísmos, pois o desafio que enfrentamos nos une a todos e não faz distinção de pessoas”, afirmou.

TEMPO DE SOLIDARIEDADE

Dirigindo um olhar para as regiões que mais sofrem nesse momento, o Papa referiu-se à Europa, uma das mais afetadas pelas pandemia. Ele recordou que o continente se recuperou depois da Segunda Guerra Mundial graças à solidariedade e, por isso, pediu que esse seja o sentimento que prevaleça agora, ao contrário do ressurgimento de antigas rivalidades.

O Pontífice novamente fez um apelo por um cessar-fogo global e imediato de todos os conflitos e repetiu a exortação feita na vigília pascal: “Este não é tempo para continuar a fabricar e comercializar armas, gastando somas enormes que deveriam ser usadas para cuidar das pessoas e salvar vidas.”

FIM DOS CONFLITOS

O Bispo de Roma mencionou, ainda, as guerras ainda em andamento na Síria e no Iêmen, as tensões no Iraque e no Líbano. Pediu que sejam retomados os diálgos entre israelenses e palestinos pela paz, recordou os conflitos na Ucrânia da crise dos refugiados na Líbia e na fronteira entre a Grécia e a Turquia e de países da Ásia.

Francisco também lembrou dos ataques terroristas na África, em especial da crise humanitária vivida na região de Cabo Delgado, no norte de Moçambique. Na América Latina, citou a Venezuela, pedindo soluções concretas e imediatas.

“Palavras como indiferença, egoísmo, divisão, esquecimento não são as que queremos ouvir neste tempo. Mais, queremos bani-las de todos os tempos! Essas palavras prevalecem quando em nós vencem o medo e a morte, isto é, quando não deixamos o Senhor Jesus vencer no nosso coração e na nossa vida. Ele, que já derrotou a morte abrindo-nos a senda da salvação eterna, dissipe as trevas da nossa pobre humanidade e introduza-nos no seu dia glorioso, que não conhece ocaso”, concluiu o Papa antes de conceder a benção pela qual é possível a indulgência plenária.

‘ESTE É O DIA QUE O SENHOR FEZ PARA NÓS’

Minutos antes da bênção pascal, no altar da Cátedra de São Pedro, o Papa presidiu a missa do domingo mais importante do calendário litúrgico. Do interior da Basílica Vaticana vazia, ecoava as vozes dos apenas oito integrantes do coro que entoava o salmo 117, que diz: “Este é o dia que o Senhor fez para nós, alegremos e nele exultemos”.

Nesse ano, devido à emergência sanitária em curso, foi omitido o rito  do Resurrexit (Ressuscitou), que consiste na abertura dos painéis laterais do ícone do Santíssimo Salvador, ao canto do Aleluia, recordando a surpresa de Pedro ao ver p sepulcro vazio e os onze apóstolos atestam que o Senhor realmente ressuscitou e apareceu a Simão.

Como é costume na missa do Domingo de Páscoa presidida pelo Santo Padre, o Evangelho da Ressureição do Senhor (Jo 20, 1-9) foi proclamado em latim e em grego, ressaltando a catolicidade da Igreja presente no Ocidente e no Oriente.

Em seguida, ao invés da homilia, o Papa não proferiu a homilia, mas fez um instante de silêncio para meditação interiorização da Palavra de Deus proclamada.

Como em todas as celebrações deste Tríduo Pascal, o crucifixo milagroso da Igreja de São Marcelo, ao qual se deve o fim da grande epidemia de 1522, esteve presente próximo ao altar, assim como o ícone da Virgem Maria Salus Popoli Romano, que foi levado da Basílica de Santa Maria Maior e diante do qual o Pontífice, na conclusão da missa, entoou a antífona pascal Regina Coeli (Rainha do céus).

(Com informações de Vatican News)

 

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‘Somos chamados a viver uma vida nova em Cristo Ressuscitado’

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11 de abril de 2020

Na noite desse Sábado Santo, 11, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a solene Vigília Pascal na capela do Seminário de Teologia Bom Pastor, no Ipiranga.

Considerada a “mãe de todas da vigílias”, essa celebração anuncia a Ressureição de Jesus Cristo. Devido às medidas de isolamento social recomendadas pelas autoridades para conter a pandemia do novo coronavírus, a missa não teve a participação do povo e foi transmitida pelos meios de comunicação.

Também por esse motivo, liturgia da missa foi simplificada. Desta vez não houve a benção do fogo novo, como de costume. Mas o Círio Pascal, sinal do Ressuscitado, foi aceso e apresentado solenemente com o refrão: “Eis a Luz de Cristo”.

Em seguida, houve a proclamação solene da Páscoa, com o tradicional hino do Precônio Pascal que, em um dos versos diz: “No esplendor desta noite que viu ressurgir Jesus do sepulcro, exultemos: Pela vitória da Cruz!”

LEITURAS

Na celebração deste ano, não foram proclamadas as sete leituras do Antigo Testamento, que narram a história da salvação do povo de Israel, mas três.

A primeira leitura (Gn 1,1-26.31a) narrou a criação do mundo e do homem e da mulher à imagem e semelhança de Deus.

“Essa leitura é como um poema que fala das maravilhas de Deus: criação. Deus abençoou a criação, viu que tudo era bom”, explicou Dom Odilo, recordando, ainda, que, no salmo entoado logo em seguida (Sl 103) “pedimos que Deus envie o Espirito criador, que agora e sempre de novo renove a face da terra”.

A segunda leitura (Gn 22,1-2.9a, 10-13.15-18), recorda a cena de Deus que pede a Abraão que sacrifique o seu filho Isaac. Contudo, o patriarca do povo hebreu foi poupado por Deus que enviou um cordeiro para ser sacrificado no lugar do menino. Dom Odilo ressaltou que esse sacrifício é imagem do sacrifício de Cristo, o cordeiro de Deus oferecido pelo Pai para salvação da humanidade.

A passagem do povo hebreu pelo Mar Vermelho, narrada pelo livro do Êxodo – (Ex 14,15-30–15,1), foi a terceira leitura proclamada na Vigília. “Essa é a passagem da escravidão no Egito para a liberdade, é a imagem do nosso Batismo. Passamos pela água do Batismo para chegar à liberdade dos filhos de Deus”, comentou o Arcebispo.

MANIFESTAÇÃO DA GLÓRIA DE DEUS

Em seguida, foi recitado o hino de louvor “Glória a Deus nas alturas” e as velas do altar foram acesas pela mesma luz do Círio Pascal. Depois, foi proclamada a leitura do Novo Testamento (Rm 6,3-11), na qual o Apóstolo São Paulo afirma: “Pelo Batismo na sua morte, fomos sepultados com ele, para que, como Cristo ressuscitou dos mortos pela glória do Pai, assim também nós levemos uma vida nova”.

Após a leitura, Dom Odilo entoou solenemente o “Aleluia”, aclamação omitida durante toda a Quaresma e agora anuncia a proclamação do Evangelho da Ressurreição do Senhor (Mt 28,1-10), que narra o encontro do Ressuscitado com as mulheres que o seguiam.

Na homilia, o Cardeal Scherer enfatizou que a ressurreição não é um fato de voltar a essa mesma vida, mas manifestação da glória de Deus na pessoa de Jesus. A Ressurreição faz parte do mistério de Deus que envolve a nossa existência, que se manifesta de modo todo especial em Jesus Cristo glorificado. Ele está conosco, estende-nos a mão, é o Filho de Deus, Nosso Senhor e salvador”, disse.

BATISMO

Este ano, não houve batismos na Vigília Pascal, apenas a renovação das promessas batismais. “Terminados os exercícios da Quaresma, renovados interiormente nas nossas disposições de viver como bons cristãos, na fé e na conversão, na disposição para seguir Jesus Cristo, perseverar no bem, na virtude, na vivência das bem-aventuranças, somos convidados a renovar as promessas do nossos Batismo”, afirmou Dom Odilo.

“Pelo Batismo, temos parte na vida nova de Jesus ressuscitado, na graça que ele nos alcança, o dom da filiação divina”, acrescentou o Cardeal.

“Estamos unidos a Jesus, chamados a viver uma vida nova, não mais segundo o pecado, segundo o homem velho, mas na luz de Cristo ressuscitado, testemunhando-o com nossa vida”, exortou o Arcebispo.  

COMUNHÃO DOS SANTOS

No fim da missa, o Cardeal manifestou seus votos de feliz Páscoa e motivou todos a celebrarem com muita alegria e fé essa que é a maior festa cristã, acompanhando as missas que serão transmitidas neste domingo, 12, pelas paróquias e comunidades.

Recordando a afirmação “Creio na comunhão dos Santos”, feita na profissão de fé católica, Dom Odilo destacou que essa consiste na comunhão de toda a Igreja no céu e na terra. “Mesmo que nossas igrejas estejam vazias, estamos unidos a toda a Igreja unida em torno de Cristo pela caridade”, afirmou.

Neste Domingo de Páscoa, o Cardeal Scherer presidirá missa às 7h transmitida e às 11h, transmitidas pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.  

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Cardeal Odilo Scherer: ‘Jesus sofreu na sua carne as consequências do pecado da humanidade’

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10 de abril de 2020

Em profundo silêncio, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, padres, diáconos e seminaristas prostraram-se em frente ao presbitério da capela do Seminário de Teologia Bom Pastor, no Ipiranga, às 15h desta Sexta-feira Santa, 10 de abril.

Neste ano, a ação litúrgica da Sexta-feira da Paixão do Senhor aconteceu sem a presença da assembleia de fiéis, para evitar a aglomeração de pessoas e potenciais riscos de disseminação do novo coronavíus. Pelas redes sociais da Arquidiocese e pela rádio 9 de Julho, muitos uniram-se a este que é um dos momentos centrais da fé cristã.

Cristo assume a nossa humanidade

Após o relato da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, este ano extraída do Evangelho segundo São João (Jo 18, 1-19, 42), Dom Odilo iniciou a homilia lembrando que ao se colocar na cena da Paixão, cada pessoa pode discernir se está ou não ao lado de Cristo.

Dom Odilo afirmou que a crucifixão de Jesus não foi da vontade da Deus, mas decorreu da escolha humana pelo caminho da maldade e do firme propósito de Jesus de estar junto aos homens. “Ele assumiu nossa humanidade em tudo, também nas consequências do pecado”, entre as quais o ódio, a injustiça e a calúnia. “Cristo sofreu na sua carne as consequências do pecado e da maldade da humanidade”, recordou.

O Arcebispo disse, ainda, que o Filho de Deus despojou-se de sua glória para a todos redimir. “Ele se faz o Redentor, aquele que resgata, que consegue reconciliar a humanidade com Deus”, de modo que quem hoje ainda sofre, “pode olhar para Jesus na cruz e ter a certeza de não estar abandonado por Deus”.

Fragilidade e humildade

Dom Odilo ressaltou que Cristo, na cruz, entregou-se confiante por ter a certeza de que não seria abandonado por Deus. “Jesus dá o exemplo de como devemos enfrentar nossas provações quando humanamente nada mais podemos fazer”.

Ao recordar o momento vivido em todo o mundo em razão da pandemia do novo coronovírus, o Arcebispo de São Paulo disse que o vírus colocou em xeque muito daquilo que a humanidade considerava como seguro e que tem levado a todos a refletir sobre as próprias fragilidades.

“Ninguém deve se gloriar de si mesmo, de suas capacidades ou virtudes. Isso também vale para nossas forças sociais, poderes econômicos, forças políticas, partidos, nossa ciência e a tecnologia, por melhor que seja. É sempre bom manter-se humildes, pois somos frágeis. No fim de tudo, conta a nossa vida como dom, contamos nós como pessoas”, enfatizou.

Dom Odilo lembrou que este é o momento oportuno para que todos revejam o próprio modo de vida, reconheçam que um mundo sem Deus um dia pode ruir e que convém repensar as relações sociais, muitas vezes marcadas pelo ódio. “Vale muito mais, mesmo tendo pensamento diverso, compreender-se, respeitar-se, dar-se as mãos, lutar juntos para edificar o mundo melhor. Todos juntos, um com os outros”, disse.

Oração universal

Após a homilia, a ação litúrgica teve sequência com a oração universal pela Santa Igreja, pelo Papa, por todas as ordens e categorias de fiéis, pelos catecúmenos, pela unidade dos cristãos, pelos judeus (aos quais o Senhor Deus falou em primeiro lugar), pelos que não creem no Cristo (a fim de que possam ingressar no caminho da salvação), pelos que não creem em Deus (para que possam chegar ao Deus verdadeiro), pelos poderes públicos e por todos os que sofrem provações.

Este ano foi adicionada uma intenção “por todos os que sofrem as consequências da atual pandemia; para que Deus nosso Senhor, conceda a saúde aos enfermos, força aos que trabalham na saúde, conforto às famílias e a salvação a todos as vítimas mortais”, conforme consta na introdução da oração, publicada em 30 de março pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

Adoração da Santa Cruz

Em razão de a missa acontecer sem a assembleia de fiéis, a adoração a Santa Cruz foi feita apenas pelo Cardeal, padres, diáconos e seminaristas que participaram da ação litúrgica, bem como pelas poucas pessoas que auxiliaram na liturgia.

Colocar a própria vida diante de Deus

Na sequência do ato litúrgico, os presentes rezaram o Pai Nosso e foi distribuída a Santa Comunhão.

Posteriormente, o Arcebispo convidou que todos ofereçam a própria vida diante de Jesus e agradeçam por tudo que Ele fez por amor à humanidade. Ele pediu de modo especial pelos doentes e pelos profissionais da área da saúde. Foi ainda feita uma prece pelo fim da pandemia do novo coronavírus.

Coleta para os Lugares Santos

Também por causa da pandemia do novo coronavírus, não foi realizada a Coleta para os Lugares Santos, que acontece tradicionalmente neste dia. Esta foi remarcada para 13 de setembro, por determinação do Papa Francisco.

Manter-se em oração, recolhimento e penitência

Antes da oração sobre o povo, com qual se concluiu a ação litúrgica da Sexta-feira Santa, o Arcebispo de São Paulo exortou que todos se mantenham em clima de recolhimento, oração e penitência, e recomendou especial preparação para a vigília à espera da Ressurreição.

Por fim, Dom Odilo invocou as bênçãos de Deus sobre todos, em especial  os doentes e os profissionais da área da saúde.

Vigília Pascal

No sábado, 11, às 9h, o Cardeal Scherer fará uma transmissão ao vivo em sua conta no Facebook (@domodiloscherer), quando refletirá sobre o Credo e os aspectos da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. Às 18h, o Arcebispo presidirá a Vigília Pascal também na capela do Seminário de Teologia Bom Pastor.

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Como celebrar a Semana Santa sem sair de casa?

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11 de abril de 2020

A Semana Santa, que mobiliza os católicos em todo o mundo, este ano será celebrada de forma diferente, devido à pandemia do novo coronavírus. Mesmo sem a presença do povo, o significado e o sentido da semana mais importante para os cristãos será o mesmo.

Os fiéis são convidados, em família e em suas casas, a celebrar este momento com muita esperança e em comunhão com sua comunidade, por meio das mídias digitais.

“Será uma Páscoa ‘diferente’ no modo de celebrar, mas não diferente no seu significado: é sempre Jesus, que entrega sua vida na cruz, no seu infinito amor pela humanidade. A vida é mais forte que a morte. A Ressurreição de Cristo nos dá a certeza de que a última palavra não é dos males e da morte, que agora nos atingem, mas de Deus, Senhor da vida, que nos ama com amor infinito”, escreveu o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, em seu artigo na seção “Encontro com o Pastor”, publicado esta semana no O SÃO PAULO.

JESUS NAS CASAS

Na Semana Santa celebra-se o mistério salvífico de Jesus, em que toda a realidade humana adquire sentido pleno. Assim, o período entre o Domingo de Ramos e o Domingo de Páscoa, especialmente o Tríduo Pascal, traz em si a densidade do amor divino revelado a toda a humanidade, ocasião a que todo católico é convidado a vivenciar e aprofundar, com recolhimento e devoção, mesmo neste momento em que não é recomendado que saia de casa.  

As Diretrizes Gerais da Ação Evangelizadora na Igreja do Brasil, da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), ressaltam que: “A casa, enquanto espaço familiar, foi um dos lugares privilegiados para o encontro e o diálogo de Jesus e seus seguidores com diversas pessoas (Mc 1,29; 2,15; 3,20; 5,38; 7,24). Nas casas, Ele curava e perdoava os pecados (Mc 2,1-12), partilhava a mesa com publicanos e pecadores (Mc 2,15ss; 14,3), refletia sobre assuntos importantes, como o jejum (Mc 2,18-22), orientava sobre o comportamento na comunidade (Mc 9,33ss; 10,10) e a importância de se ouvir a Palavra de Deus (Mt 13,17.43).”

“Nossa Igreja não está longe do povo. Ela é esse mesmo povo, reunido em cada casa, onde há pessoas reunidas no nome da Trindade Santa. Onde se vive a fé, a esperança, a caridade e as demais virtudes humanas e cristãs, onde há pessoas reunidas “em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo”, ali se encontra uma pequena comunidade da Igreja. Em decorrência das circunstâncias atuais, redescobrimos algo importante, que andava bastante esquecido: a Igreja nas casas, Igreja-família.”, recordou Dom Odilo.

OS RAMOS NAS CASAS

No Domingo de Ramos, que marca o início da Semana Santa, a Igreja celebra dois mistérios distintos e complementares: a entrada solene de Jesus em Jerusalém para celebrar sua última e definitiva Páscoa e, também, a sua Paixão e Morte.

Neste período, os fiéis são convidados a vivenciar a “Igreja Doméstica”. A Comissão Episcopal para a Liturgia da CNBB convoca os cristãos a celebrar a entrada de Jesus em Jerusalém, colocando no portão ou na porta de casa (em um lugar bem visível) alguns ramos no momento da celebração, marcando a casa com esse símbolo característico do povo de Deus na liturgia.

TRÍDUO PASCAL

A Igreja celebra os grandes mistérios da redenção humana, desde a missa vespertina da Ceia do Senhor, na Quinta-feira Santa, até as vésperas do Domingo da Ressurreição. Esses sagrados ritos celebrados nos três últimos dias da Semana Santa constituem o Tríduo Pascal, uma forma unificada da celebração pascal que torna presente a Paixão, Morte e Ressureição de Jesus.

COMUNHÃO COM O POVO

Na Quinta-feira Santa, a celebração da Última Ceia, Jesus interpreta o sentido de sua vida e de sua morte, instituindo o Santo Sacrifício como seu eterno memorial, vida e ápice da Igreja. Com o gesto humilde de lavar os pés dos seus 12 apóstolos, deixa o exemplo do serviço aos irmãos. Surgem aí dois importantes sacramentos, a Eucaristia e a Ordem, síntese de todos os dons que Deus dirige aos homens, sinal de amor como entrega e como serviço até o fim.

Em carta enviada a toda Arquidiocese de São Paulo, no dia 26 de março, Dom Odilo Scherer comunicou orientações para a vivência da Semana Santa e Páscoa nas paróquias da Arquidiocese.

Na Quinta-feira Santa, o Cardeal Scherer recomenda que o padre se una ao seu povo por meio da adoração e a oração diante da Eucaristia colocada no tabernáculo. “Que este momento de adoração também seja transmitido, com o convite para que o povo da paróquia a acompanhe em suas casas. Esse momento pode ser muito rico e expressar a ‘comunhão’ do povo da paróquia em torno de Jesus e com o padre, ‘vigiando com Ele’, como os apóstolos no Horto das Oliveiras”, escreveu.

A CRUZ QUE SALVA A HUMANIDADE

A Sexta-feira Santa relembra o dia em que Jesus, depois de ter sido preso, julgado e condenado, carrega a própria cruz até o monte Calvário e é crucificado e morto entre dois ladrões. Seu corpo foi, depois, retirado da cruz e colocado em um sepulcro cavado na rocha. Nesse dia, os cristãos são chamados à prática do jejum e da abstinência de carne, em sinal de penitência e respeito pela morte de Nosso Senhor.

Os fiéis também são convidados a participar da celebração da Paixão do Senhor pelas internet ou pela televisão. Nesse dia, o Papa Francisco celebrará na Basílica de São Pedro (vazia), às 13h (horário de Brasília). Recomenda-se que, durante a celebração, as famílias tenham em sua casa um crucifixo em destaque, para que todos da casa possam beijá-lo no momento oportuno.

LUZ QUE ILUMINA AS TREVAS

A celebração da Vigília Pascal é o centro da Semana Santa. Toda a Quaresma e os dias santos são um preparativo para o momento culminante: o da Ressurreição, expressão da esperança na ressurreição final e na segunda vinda do Senhor. É considerada “a mãe de todas as santas vigílias”, pois nela a Igreja mantém-se de vigia à espera da Ressurreição do Senhor.

Durante o Sábado Santo, os fiéis são convidados a realizar uma oração silenciosa, contemplando a descida de Jesus na mansão dos mortos. Ao acompanhar Vigília Pascal pelos meios de comunicação, as pessoas podem ter em sua mão uma vela, e acendê-la no momento da Renovação das Promessas do Batismo, para que seja renovada a fé a esperança em Cristo. A vela acessa representa a luz da vida que deu lugar às trevas da morte.

IGREJA É O POVO DE DEUS

O Domingo de Páscoa é considerado o ápice do ano litúrgico. É o grande dia em que se comemora o triunfo definitivo de Cristo sobre a morte, por meio de sua Ressurreição, que abriu definitivamente as portas do céu a toda a humanidade. Dia maior para ser celebrado em sua casa, com sua comunidade unida na fé pelas redes sociais, como prova de amor inequívoco de Cristo.

“Agora podemos compreender melhor o que é a Igreja: não é somente o templo, onde nos reunimos para rezar pessoalmente e para celebrar com os outros. Nem é somente apenas o bispo, o padre e um punhado de colaboradores próximos deles. A Igreja é formada por todos os que foram batizados, todos os discípulos de Jesus, que compartilham a mesma fé recebida dos apóstolos, estão em comunhão de fé, esperança e caridade, conforme o testemunho e os ensinamentos do próprio Jesus Cristo.”, ressaltou Dom Odilo.

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Cardeal Scherer preside Vigília Pascal na Catedral da Sé 

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01 de abril de 2018

“Todos somos convidados a nos alegrar e a renovar nosso compromisso de vida nova com Cristo”, afirmou o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, na homilia da solene Vigília Pascal, celebrada na Catedral da Sé, neste sábado, 31. 

A missa que anunciou a Páscoa da Ressurreição de Jesus Cristo começou no átrio da Catedral, onde foi abençoado o “fogo novo” do qual é aceso o círio pascal, vela que simboliza o Senhor ressuscitado. 

Considerada a mãe de todas as vigílias, esta celebração é marcada pela proclamação de sete leituras do Antigo Testamento, que narram a história da salvação do povo de Deus e duas leituras do Novo Testamento, dentre estas o Evangelho da ressurreição de Jesus. 

Outro momento significativo dessa celebração é a liturgia batismal. Nessa ocasião, houve o Batismo de nove adultos ex-dependentes químicos, que antes viviam em situação de rua e foram acolhidos e preparados pela Missão Belém. Também houve a renovação das promessas batismais de todos os fiéis, com destaque para um grupo de integrantes do Caminho Neocatecumenal.  

Ao refletir sobre o anúncio feito pelos anjos diante do sepulcro às primeiras testemunhas da ressureição, Dom Odilo afirmou: “Hoje somos nós esses mensageiros de Deus enviados a anunciar a todos que o senhor ressuscitou e está no meio de nós”. 

Neste Domingo de Páscoa, às 11h, Dom Odilo preside a missa solene da Páscoa da Ressureição na Catedral, com a participação da orquestra filarmônica do Senai e da Capela Musical da Catedral da Sé. A celebração será transmitida, ao vivo, pela rádio 9 de Julho e pela TV Bandeirantes

Assista ao trecho da Vigília Pascal: 

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Missa da Ceia do Senhor: ‘Fazei isto em memória de mim’

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29 de março de 2018

A celebração do Tríduo Pascal começou na noite desta Quinta-feira Santa, 29, com a Missa da Ceia do Senhor, que recorda a instituição da Eucaristia e do sacerdócio, na última ceia de Jesus com seus apóstolos. Na Catedral da Sé, a missa foi presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, e, entre os concelebrantes estavam o Cardeal Cláudio Hummes, Arcebispo Emérito de São Paulo. 

Na homilia, Dom Odilo destacou que essa noite leva os cristãos a olharem para o Cenáculo onde Jesus celebrou a Páscoa judaica com seus apóstolos e instituiu a nova Páscoa no seu sague derramado, no seu corpo doado pela humanidade na cruz.  Ele recordou, ainda, o mandato de Jesus “Fazei isto em memória de mim”. “É uma memória permanente, a ser celebrada sempre, não apenas uma vez por ano... Toda vez que celebramos a Eucaristia fazemos em memória de Jesus”, afirmou. 

Ainda segundo o Cardeal Scherer, fazer memória desse ato de Jesus é fazer com que seu sacrifício não fique esquecido. “Nossa fé não está baseada numa ideia, mas numa pessoa e no encontro com essa pessoa, em acontecimentos e da ação de Deus na história da humanidade. Nossa fé não é uma ideia, muito menos uma ideologia, mas adesão e resposta a Deus”, ressaltou. 

Lava-pés

Outro gesto marcante de Jesus na última ceia foi quando ele lavou os pés dos apóstolos, pedindo-lhes que façam o mesmo. Esse gesto é recordado na missa pelo rito do lava pés. Nessa ocasião o Senhora ainda lhes deixa um novo mandamento “Amai uns aos outros como eu vos amei”. 

Neste ano, Dom Odilo lavou os pés de representantes de pastorais e organismos que promovem o serviço da caridade em favor dos que sofrem diversas situações de violência – as pastorais  Afro, Carcerária, da criança da Mulher Marginalizada, da Pessoa com Deficiência, da Pessoa Idosa, do Menor, do Migrante, do Povo da Rua, Indigenista Operária e a Caritas Arquidiocesana. 

“Fazer em memória de Jesus é, portanto, colocar-se aos pés da cruz, é estar junto à ceia do Senhor. É colocar-se a lavar os pés, isto é, o serviço de caridade fraterna para com o próximo, dos mais humildes, dos que sofrem. Dessa maneira continuamos a fazer o que ele fez e nos ensinou a fazer”, exortou o Arcebispo.

Vigília eucarística 

Após a comunhão o Santíssimo Sacramento foi trasladado até um altar preparado para a vigília eucarística que se seguiu após a missa. 

Em seguida foram retiradas a toalhas, velas e flores do altar, que serão recolocados somente na Vigília Pascal, na noite do Sábado Santo, 31. Na Sexta-feira Santa, 30, às 15h acontece a Celebração da Paixão, com o rito de adoração da Cruz. 

Assista a um trecho da homilia de Dom Odilo: 

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