Via Sacra acontece na Praça de São Pedro com meditações de detentos e vítimas de crimes

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10 de abril de 2020

Não foi possível, neste ano, realizar a conhecida Via Sacra do Papa no Coliseu, em Roma. Mas a tradição foi mantida. Em meio à crise sanitária causada pelo novo coronavírus, essa devoção foi colocada em prática na Praça de São Pedro, embora quase vazia, nesta sexta-feira, 10 de abril.

Os textos das meditações e orações propostas neste ano para as estações da Via Sacra foram escritos por cinco pessoas que estão encarceradas, uma família de uma vítima de homicídio, a filha de um homem condenado à prisão perpétua, uma educadora, uma catequista, um frade, um agente penitenciário e um sacerdote acusado de um crime e, depois, absolvido após oito anos de processo.

Esse grupo de pessoas foi reunido pela Capelania da Casa de Reclusão “Dois Palácios”, em Pádua, na Itália, coordenados pelo capelão, o Padre Marco Pozza, e pela voluntária Tatiana Mario. O convite a eles partiu do próprio Papa Francisco.

Proposta da meditação

O percurso da Via Sacra começou no centro da Praça de São Pedro, próximo ao obelisco, e percorreu diversos pontos, marcados com tochas de fogo no chão.

“Acompanhar Cristo pelo Caminho da Cruz, com a voz rouca das pessoas que povoam o mundo das prisões, é uma oportunidade de assistir ao duelo prodigioso entre a Vida e a Morte, descobrindo como os fios do bem, inevitavelmente, se entrelaçam com os fios do mal”, diz a introdução do livreto que contém as meditações.

“Tudo é possível a quem crê, porque mesmo na escuridão das prisões ressoa este anúncio cheio de esperança: ‘Nada é impossível a Deus’ (Lc 1,37). Se alguém lhe apertar a mão, o homem que foi capaz do crime mais horrendo poderá ser o protagonista da mais inesperada ressurreição”, acrescenta o texto.

O Papa preferiu não fazer um discurso, mas rezou breves orações em cada uma das estações da Via Sacra. Na última, recordou aqueles que se dedicam ao serviço dos que sofrem: “Ó Deus, luz eterna e dia sem pôr do sol, cumula de seus bens aqueles que se dedicam ao seu louvor e ao serviço de quem sofre, nos inúmeros lugares de sofrimento da humanidade.”

É possível ler a íntegra das meditações em português no site da Libreria Editrice Vaticana.

 

CLIQUE E ACESSE FOTOS DA VIA SACRA

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Cardeal Odilo Scherer: ‘Jesus sofreu na sua carne as consequências do pecado da humanidade’

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10 de abril de 2020

Em profundo silêncio, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, padres, diáconos e seminaristas prostraram-se em frente ao presbitério da capela do Seminário de Teologia Bom Pastor, no Ipiranga, às 15h desta Sexta-feira Santa, 10 de abril.

Neste ano, a ação litúrgica da Sexta-feira da Paixão do Senhor aconteceu sem a presença da assembleia de fiéis, para evitar a aglomeração de pessoas e potenciais riscos de disseminação do novo coronavíus. Pelas redes sociais da Arquidiocese e pela rádio 9 de Julho, muitos uniram-se a este que é um dos momentos centrais da fé cristã.

Cristo assume a nossa humanidade

Após o relato da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, este ano extraída do Evangelho segundo São João (Jo 18, 1-19, 42), Dom Odilo iniciou a homilia lembrando que ao se colocar na cena da Paixão, cada pessoa pode discernir se está ou não ao lado de Cristo.

Dom Odilo afirmou que a crucifixão de Jesus não foi da vontade da Deus, mas decorreu da escolha humana pelo caminho da maldade e do firme propósito de Jesus de estar junto aos homens. “Ele assumiu nossa humanidade em tudo, também nas consequências do pecado”, entre as quais o ódio, a injustiça e a calúnia. “Cristo sofreu na sua carne as consequências do pecado e da maldade da humanidade”, recordou.

O Arcebispo disse, ainda, que o Filho de Deus despojou-se de sua glória para a todos redimir. “Ele se faz o Redentor, aquele que resgata, que consegue reconciliar a humanidade com Deus”, de modo que quem hoje ainda sofre, “pode olhar para Jesus na cruz e ter a certeza de não estar abandonado por Deus”.

Fragilidade e humildade

Dom Odilo ressaltou que Cristo, na cruz, entregou-se confiante por ter a certeza de que não seria abandonado por Deus. “Jesus dá o exemplo de como devemos enfrentar nossas provações quando humanamente nada mais podemos fazer”.

Ao recordar o momento vivido em todo o mundo em razão da pandemia do novo coronovírus, o Arcebispo de São Paulo disse que o vírus colocou em xeque muito daquilo que a humanidade considerava como seguro e que tem levado a todos a refletir sobre as próprias fragilidades.

“Ninguém deve se gloriar de si mesmo, de suas capacidades ou virtudes. Isso também vale para nossas forças sociais, poderes econômicos, forças políticas, partidos, nossa ciência e a tecnologia, por melhor que seja. É sempre bom manter-se humildes, pois somos frágeis. No fim de tudo, conta a nossa vida como dom, contamos nós como pessoas”, enfatizou.

Dom Odilo lembrou que este é o momento oportuno para que todos revejam o próprio modo de vida, reconheçam que um mundo sem Deus um dia pode ruir e que convém repensar as relações sociais, muitas vezes marcadas pelo ódio. “Vale muito mais, mesmo tendo pensamento diverso, compreender-se, respeitar-se, dar-se as mãos, lutar juntos para edificar o mundo melhor. Todos juntos, um com os outros”, disse.

Oração universal

Após a homilia, a ação litúrgica teve sequência com a oração universal pela Santa Igreja, pelo Papa, por todas as ordens e categorias de fiéis, pelos catecúmenos, pela unidade dos cristãos, pelos judeus (aos quais o Senhor Deus falou em primeiro lugar), pelos que não creem no Cristo (a fim de que possam ingressar no caminho da salvação), pelos que não creem em Deus (para que possam chegar ao Deus verdadeiro), pelos poderes públicos e por todos os que sofrem provações.

Este ano foi adicionada uma intenção “por todos os que sofrem as consequências da atual pandemia; para que Deus nosso Senhor, conceda a saúde aos enfermos, força aos que trabalham na saúde, conforto às famílias e a salvação a todos as vítimas mortais”, conforme consta na introdução da oração, publicada em 30 de março pela Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

Adoração da Santa Cruz

Em razão de a missa acontecer sem a assembleia de fiéis, a adoração a Santa Cruz foi feita apenas pelo Cardeal, padres, diáconos e seminaristas que participaram da ação litúrgica, bem como pelas poucas pessoas que auxiliaram na liturgia.

Colocar a própria vida diante de Deus

Na sequência do ato litúrgico, os presentes rezaram o Pai Nosso e foi distribuída a Santa Comunhão.

Posteriormente, o Arcebispo convidou que todos ofereçam a própria vida diante de Jesus e agradeçam por tudo que Ele fez por amor à humanidade. Ele pediu de modo especial pelos doentes e pelos profissionais da área da saúde. Foi ainda feita uma prece pelo fim da pandemia do novo coronavírus.

Coleta para os Lugares Santos

Também por causa da pandemia do novo coronavírus, não foi realizada a Coleta para os Lugares Santos, que acontece tradicionalmente neste dia. Esta foi remarcada para 13 de setembro, por determinação do Papa Francisco.

Manter-se em oração, recolhimento e penitência

Antes da oração sobre o povo, com qual se concluiu a ação litúrgica da Sexta-feira Santa, o Arcebispo de São Paulo exortou que todos se mantenham em clima de recolhimento, oração e penitência, e recomendou especial preparação para a vigília à espera da Ressurreição.

Por fim, Dom Odilo invocou as bênçãos de Deus sobre todos, em especial  os doentes e os profissionais da área da saúde.

Vigília Pascal

No sábado, 11, às 9h, o Cardeal Scherer fará uma transmissão ao vivo em sua conta no Facebook (@domodiloscherer), quando refletirá sobre o Credo e os aspectos da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus. Às 18h, o Arcebispo presidirá a Vigília Pascal também na capela do Seminário de Teologia Bom Pastor.

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No Vaticano, celebração da Sexta-feira Santa associa a Cruz de Cristo à atual pandemia

 

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No Vaticano, celebração da Sexta-feira Santa associa a Cruz de Cristo à atual pandemia

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10 de abril de 2020

O Papa Francisco presidiu a celebração da Paixão de Cristo na tarde desta sexta-feira, 10, na Basílica de São Pedro. Mas, como é tradição desta celebração, a homilia foi feita pelo pregador da Casa Pontifícia, atualmente o padre capuchinho Raniero Cantalamessa. 

Em sua meditação, ele associou elementos da Paixão e Morte de Cristo à atual pandemia da Covid-19, causada pelo novo coronavírus. E falou sobre a companhia de Deus num momento de sofrimento para a humanidade.

“A pandemia do coronavírus nos despertou bruscamente do perigo maior que os indivíduos e a humanidade sempre correram, aquele da ilusão de onipotência”, refletiu Cantalamessa. “Bastou o menor e mais informe elemento da natureza, um vírus, para nos recordar que somos mortais, e que o poderio militar e a tecnologia não bastam para nos salvar”, acrescentou.

CRUZ EM TEMPOS DE PANDEMIA

Conforme o pregador, a morte de Jesus Cristo na cruz remete à situação dramática que a humanidade está vivendo. “Também aqui, mais do que para as causas, devemos olhar para os efeitos. Não apenas os negativos, dos quais ouvimos todo dia as tristes manchetes, mas também os positivos, que somente uma observação mais atenta nos ajudar a colher”, disse Cantalamessa.

“Assim Deus, às vezes, faz conosco: confunde os nossos projetos e a nossa tranquilidade, para nos salvar do abismo que não vemos”, comentou, ressalvando que não é Deus quem manda o mal para o mundo.

Em vez disso, “Deus participa da nossa dor para superá-la”. Citando Santo Agostinho, afirmou também que “Deus, por ser soberanamente bom, nunca deixaria qualquer mal existir em suas obras se não fosse bastante poderoso e bom para fazer resultar do mal o bem”.

Da mesma forma, na morte de Cristo, Deus não a causou, mas “permitiu que a liberdade humana fizesse o seu percurso, contudo, fazendo-a servir ao seu plano, não ao dos homens”. Por isso, “a Palavra de Deus nos diz qual é a primeira coisa que devemos fazer em momentos como estes: gritar a Deus.” 

SOLIDARIEDADE COMO RESPOSTA

A unidade entre os povos pode ser um dos resultados positivos dessa pandemia, ainda que ela seja indesejada, afirmou o Padre Cantalamessa.

“O outro fruto positivo da presente crise de saúde é o sentimento de solidariedade. Quando foi, desde que há memória, que os homens de todas as nações se sentiram tão unidos, tão iguais, tão pouco contenciosos, como neste momento de dor?”, disse.

Ele pediu que seja mantido esse espírito de união coletiva quando a pandemia passar. “Nós esquecemos os muros que seriam construídos. O vírus não conhece fronteiras. Em um segundo, abateu todas as barreiras e as distinções: de raça, de religião, de censo, de poder. Não devemos voltar atrás quando este momento tiver passado.”

TRÍDUO RESERVADO

A cerimônia da Paixão é a segunda do Tríduo Pascal, e começa em silêncio, em continuidade com a liturgia da Quinta-feira Santa (Ceia do Senhor). O Papa Francisco entrou em procissão e fez a tradicional prostração, sob os degraus do presbitério. O relato da Paixão lido neste ano vem do Evangelho segundo São João.

No momento da adoração da Cruz, somente o Papa beijou crucifixo, e não todos os presentes, como de praxe. Segundo o Vaticano, a ideia é prevenir a disseminação da Covid-19.

Por causa das limitações causadas pela crise sanitária, as cerimônias vêm sendo realizadas no “altar da cátedra”, que fica no fundo da Basílica, somente com alguns moradores do Vaticano e poucos auxiliares. Mas o Tríduo do Papa vem sendo transmitido pelos meios de comunicação para o mundo inteiro.

 

ACESSE A ÍNTEGRA DA HOMILIA DO FREI RANIERO CANTALAMESSA

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O mistério da cruz nas palavras do pregador dos papas

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10 de abril de 2020

Pregador da Casa Pontifícia desde 1980, o capuchinho Frei Raniero Cantalamessa é quem fez a homilias das liturgias da Paixão do Senhor, na Sexta-feira Santa, presididas pelos três últimos papas.

O São Paulo reuniu trechos de algumas dessas pregações para ajudar o leitor a meditar sobre o mistério da Paixão de Cristo e acompanhar as celebrações que serão transmitidas pelos meios de comunicação, devido às medidas de isolamento domiciliar para conter o avanço da pandemia de COVID-19.

SERVO SOFREDOR

Na Sexta-feira Santa de 2019, em 19 de abril, Frei Raniero iniciou a homilia a partir da primeira leitura, extraída da Profecia de Isaias, que fala do servo que foi desprezado, “homem das dores e habituado à enfermidade; era como pessoa de quem se desvia o rosto, tão desprezível que não fizemos caso dele”.

“A história da paixão que se seguiu deu um nome e um rosto a este misterioso homem das dores, desprezado e rejeitado pelos homens: o nome e o rosto de Jesus de Nazaré. Hoje queremos contemplar o Crucificado sob este mesmo aspecto: como protótipo e representante de todos os rejeitados, deserdados e os ‘descartados’ da terra, aqueles diante dos quais se vira o rosto para outro lugar para não os ver.”

O frade capuchinho enfatizou, ainda, que o significado mais profundo da morte de Jesus não é o social, mas o espiritual.

“Aquela morte redimiu o mundo do pecado, levou o amor de Deus ao ponto mais distante e mais obscuro para o qual a humanidade se havia colocado na sua fuga d'Ele, isto é, na morte.”

Ele recordou que o Evangelho não para por na morte de Jesus, mas diz que o crucificado ressuscitou.

“É a festa da reviravolta feita por Deus e realizada em Cristo; é o início e a promessa da única reviravolta totalmente justa e irreversível no destino da humanidade. Pobres, excluídos, pertencentes às diversas formas de escravidão que ainda se verificam na nossa sociedade: a Páscoa é a vossa festa!”

‘DEIXAI-VOS RECONCILIAR COM DEUS’

Na Celebração da Paixão de 26 de março de 2016, Ano Santo Extraordinário da Misericórdia, a homilia de Frei Raniero destacou a reconciliação a partir da palavra do Apóstolo São Paulo na Carta aos Coríntios: “Deixai-vos reconciliar com Deus”.

“O apelo do apóstolo a reconciliar-se com Deus não se refere à reconciliação histórica entre Deus e a humanidade (esta, ele acaba de dizer, já se realizou através de Cristo na cruz); tampouco se refere à reconciliação sacramental que acontece no batismo e no sacramento da reconciliação; refere-se a uma reconciliação existencial e pessoal, a ser vivida no presente. O apelo é dirigido aos cristãos de Corinto que são batizados e vivem há tempo na Igreja; é dirigido, por isso, também a nós, aqui e agora. ‘O tempo favorável, o dia da salvação’ é, para nós, o ano da misericórdia que estamos vivendo.”

Cantalamessa ressalta, ainda, que, “é quando cria o mundo e, nele, as criaturas livres, que o amor de Deus deixa de ser natureza e se torna graça”.

“Este amor é uma livre concessão: poderia não existir; é hesed, graça e misericórdia. O pecado do homem não muda a natureza deste amor, mas provoca nele um salto de qualidade: da misericórdia como dom se passa à misericórdia como perdão.”

‘PIEDOSAS MULHERES’

A presença das três mulheres junto da cruz foram destacadas na homilia da Celebração da Paixão de 6 de abril de 2007, presidida pelo Papa Bento XVI. Frei Raniero afirmou que esse fato não pode ser visto superficialmente.

“Chamamo-las, com uma certa condescendência masculina, ‘as piedosas mulheres’, mas elas são muito mais do que ‘piedosas mulheres’, são ‘Mães-Coragem!’. Desafiaram o perigo que existia em mostrar-se tão abertamente em favor de um condenado à morte. Jesus disse:  ‘Feliz de quem não tiver em mim ocasião de queda’ (Lc 7, 23). Estas mulheres são as únicas que não se escandalizaram por ele”.

Ao refletir qual razão essas mulheres resistiram ao escândalo da cruz, o pregador ressaltou que Jesus deu antecipadamente esta resposta, quando, ao responder a Simão, disse sobre a pecadora que lhe tinha lavado e beijado os pés:  “Muito amou!” (Lc 7, 47).

“As mulheres seguiram Jesus por ele mesmo, por gratidão ao bem que dele receberam, não pela esperança de fazer carreira ao seu seguimento. Não lhes foram prometidos ‘doze tronos’, nem elas pediram para sentar à direita e à esquerda no seu Reino. Seguiam-no, está escrito, ‘para o servir’ (Lc 8, 3; Mt 27, 55); eram as únicas, depois de Maria, a Mãe, a ter assimilado o espírito do evangelho. Tinham seguido as razões do coração e estas não as tinham enganado.”

Em seguida, Cantalamessa reiterou que as piedosas mulheres não devem ser apenas admiradas e honradas, mas imitadas.

“São Leão Magno diz que ‘a paixão de Cristo se prolonga até ao fim dos séculos’  e Pascal escreveu que ‘Cristo estará em agonia até ao fim do mundo’. A Paixão prolonga-se nos membros do corpo de Cristo. São herdeiras das ‘piedosas mulheres’ as muitas mulheres, religiosas e leigas, que hoje estão ao lado dos pobres, dos doentes de Sida, dos encarcerados, dos rejeitados pela sociedade. A elas crentes ou não Cristo repete:  ‘A mim o fizestes’ (Mt 25, 40).”

EUCARISTIA E CRUZ

A Sexta-feira Santa de 25 de março de 2005, foi a última do pontificado de São João Paulo segundo, que morreria dias depois, em 2 de abril. Nesta ocasião, Frei Cantalamessa  iniciou sua homilia indagando porque justamente na Sexta-feira Santa a Igreja se abstém de celebrar a Eucaristia, que é o memorial da Paixão”. Ele mesmo responder:

“Existe nisto uma profunda razão teológica. Quem se faz presente no altar em cada Eucaristia é Cristo ressuscitado e vivo, não um morto. Por isso, a Igreja abstém-se de celebrar a Eucaristia nos dois dias nos quais se recorda Jesus que jaz morto no sepulcro e a sua alma está separada do corpo (mesmo se o não está da divindade). O fato que hoje não se celebra a Missa não atenua por isso, mas fortalece, o vínculo entre a Sexta-Feira Santa e a Eucaristia. A Eucaristia está para a morte de Cristo como o som e a voz estão para a palavra que fazem ressoar no espaço e chegar aos ouvidos”.

Recordando hino eucarístico Ave Verum Corpus, composto no século XIII para acompanhar a elevação da hóstia na missa, o pregador afirmou que ele é de igual modo adequado para saudar a elevação de Cristo na cruz:

Ave verdadeiro Corpo nascido da Virgem Maria!
Tu sofreste verdadeiramente e imolaste-te pelo homem na cruz.
Do teu lado trespassado saiu sangue e água.
Sê para nós penhor no momento da morte.
Ó Jesus doce, ó Jesus piedoso, ó Jesus filho de Maria!

O Capuchinho explicou que:

“O corpo de Cristo presente no altar é definido "verdadeiro" (verum corpus), para o distinguir de um corpo puramente ‘simbólico’ e também do corpo "místico" que é a Igreja”.

Por fim, Frei Raniero conclui:

“O sinal mais evidente da unidade entre Eucaristia e mistério da cruz, entre o ano eucarístico e a Sexta-Feira Santa, é que nós podemos agora usar as palavras do Ave verum, sem mudar uma sílaba, para saudar Cristo que daqui a pouco será elevado na cruz diante de nós”.

A FÉ QUE VENCE O MUNDO

Na Sexta-feira Santa de 29 de março de 2013, Ano da Fé e primeiro do pontificado do Papa Francisco, Frei Raniero refletiu sobre a fé que salva e que vence o mundo.

“A fé – apropriação, pela qual tornamos nossa a salvação operada por Cristo e nos vestimos do manto da sua justiça. Por um lado, temos a mão estendida de Deus, que oferece a sua graça ao homem; por outro, a mão do homem, que se estende para recebê-la mediante a fé. A ‘nova e eterna aliança’ é selada com um aperto de mão entre Deus e o homem.

O pregador continuou que nesse dia, os cristãos têm a possibilidade de tomar a decisão mais importante de suas vidas, “aquela que nos abre de par em par os portões da eternidade: acreditar!”

“Acreditar que ‘Jesus morreu pelos nossos pecados e ressuscitou para a nossa justificação’ (Rm 4, 25)! Numa homilia pascal do século IV, o bispo proclamava estas palavras excepcionalmente contemporâneas e, de certa forma, existenciais: ‘Para cada homem, o princípio da vida é aquele a partir do qual Cristo foi imolado por ele. Mas Cristo se imola por ele no momento em que ele reconhece a graça e se torna consciente da vida que aquela imolação lhe proporcionou’.”

Ainda nas palavras de Cantalamessa, a cruz separa os crentes dos não crentes, porque, para alguns, ela é escândalo e loucura, e, para outros, é poder de Deus e sabedoria de Deus (cf. I Cor 1, 23-24)”.

“A urgência decorrente de tudo isto é evangelizar: ‘O amor de Cristo nos impele, ao pensarmos que um só morreu por todos’ (II Cor 5,14). Impele a evangelizar! Vamos anunciar ao mundo a boa notícia de que ‘não há nenhuma condenação para aqueles que estão em Cristo Jesus, porque a lei do Espírito que dá vida em Cristo Jesus nos libertou da lei do pecado e da morte’ (Rm 8, 1-2).”

 

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Papa aprova texto de missa para tempo de pandemia

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02 de abril de 2020

A Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos publicou na segunda-feira, 30 de março, dois novos textos a serem usados nas celebrações litúrgicas durante a pandemia de COVID-19. Tratam-se de uma nova missa votiva “Em tempo de Pandemia” e uma intenção especial a ser usada durante a liturgia da Sexta-feira Santa deste ano.

O decreto assinado pelo Prefeito da Congregação para a Culto Divino, Cardeal Robert Sarah destaca: “Nestes dias, durante os quais o mundo inteiro foi gravemente atingido pelo vírus Covid-19, muitos pedidos vieram a este dicastério para poder celebrar uma missa específica para implorar a Deus que acabasse com essa pandemia”.

Os textos, publicados em latim e outros idiomas, entre os quais, o português, podem ser utilizados para qualquer missa durante a pandemia, exceto nas  solenidades  e  domingos  do Advento, quaresma e de Páscoa, nos dias da oitava de Páscoa, na Comemoração de todos os fiéis defuntos (Finados), na Quarta-feira de Cinzas e nos dias feriais da Semana Santa.

MISSA

O formulário da nova missa votiva passa a compor o conjunto de textos para as missas e orações para diversas circunstâncias do Missal Romano, livro litúrgico oficial da Igreja para o rito da missa.

A Missa em tempo de Pandemia contém as antífonas de entrada e comunhão, as orações da coleta, sobre as oferendas e depois da comunhão, além de uma oração sobre o povo antes da bênção final.

“Deus eterno e onipotente, nosso refúgio em todos os perigos, olhai benignamente para as nossas aflições e angústias; como filhos, com fé Vos pedimos: concedei o eterno descanso aos que morreram, conforto aos que choram, cura aos doentes, paz aos moribundos, a força aos que trabalham na saúde, a sabedoria aos nossos governantes e a coragem para chegarmos amorosamente a todos glorificando juntos o Vosso Santo Nome”, diz a oração da coleta.

CELEBRAÇÃO DA PAIXÃO

O segundo decreto inclui uma na prece especial na Oração Universal da celebração da Paixão do Senhor, na Sexta-feira Santa.

O Cardeal Sarah destacou que este ano, essa celebração tem um significado especial por causa da “terrível pandemia que atinge todo o mundo”.

“De fato, no dia em que se celebra a Paixão e Morte redentora de Jesus Cristo na cruz, o qual, como cordeiro imolado, tomou sobre si os nossos sofrimentos e o pecado do mundo, a Igreja eleva súplicas a Deus Pai onipotente por toda a humanidade, de modo especial, por aqueles que na sua maioria sofrem, enquanto espera com fé a alegria da Ressurreição do seu Esposo”, ressalta o Prefeito.

A introdução da oração convida todos os fiéis a rezarem “por todos os que sofrem as consequências da atual pandemia; para que Deus nosso Senhor, conceda a saúde aos enfermos, força aos que trabalham na saúde, conforto às famílias e a salvação a todos as vítimas mortais.

Após um instante de silêncio, o celebrante reza: “Deus eterno e onipotente, único refúgio daqueles que sofrem, ouvi benignamente a aflição dos teus filhos que sofrem esta pandemia; alivia a dor aos que sofrem, dá força a quem está a seu lado, acolhe na tua paz os que já pereceram e, para todo este tempo de tribulação, faz com que todos encontrem o auxílio da tua misericórdia”. 

NA ARQUIDIOCESE

Na manhã desta quinta-feira, 2, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a “Missa em tempo de pandemia” na capela de sua residência, transmitida pelos meios de comunicação, e motivou os padres da Arquidiocese a fazerem o mesmo nas missas que celebrarem.

Na semana passada, Dom Odilo já havia enviado aos padres uma carta aos padres com orientações sobre as celebrações da Semana Santa, reforçando as recomendações da Santa Sé para esse período de pandemia. 

O portal da Arquidioce de São Paulo disponibolizou uma página especial que reúne todas as orientações pastorais e litúrgicas para esse período, incluindo os novos decretos da Congregação para a Culto Divino. 

ACESSE: 

Vida Pastoral em tempos de Coronavírus

 

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Na Sexta-feira da Paixão, sintonize a rádio 9 de Julho

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18 de abril de 2019

Desde as primeiras horas desta sexta-feira, 19, a rádio 9 de Julho, emissora oficial da Arquidiocese de São Paulo, terá uma programação especial, no dia em que a Igreja recorda a morte e paixão de Jesus Cristo. O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, os Bispos Auxiliares de São Paulo e Padres da Arquidiocese, estarão presentes para colaborar com a reflexão da morte e paixão do Senhor.

Neste ano, a emissora pretende por meio dos temas abordados ao longo do dia e com seus convidados, fazer com que os ouvintes percebam a relação da salvação de Cristo na Cruz e a importância de que o cristão não perca jamais, a esperança na ressureição.

Você pode acompanhar a programação completa da rádio 9 de Julho, sintonizando AM 1600, ou pelo site.

 

VEJA A SEGUIR OS HORÁRIOS DOS PROGRAMAS:

05h às 07h – Padre Cleber Leandro

Tema: Oração, reflexão e respeito

07h às 08h –Padre Edemilson Gonzaga     

Tema: A que procuras? 

Convidado: Dom Angélico Sândalo Bernardino.

08h às 9h –Padre Abério Christe

Tema: Guarda tua espada

Convidado: Dom Odilo Pedro Scherer

9h às 10h –Padre Cido Pereira

Tema: A negação de Pedro

Convidado: Dom Luiz Carlos Dias

10h às 11h – Padre Reginaldo – Rede Evangelizar

11h às 12h –Padre Marcos Roberto Pires

Tema: Prisão, tortura e julgamento

Convidado: Dom José Benedito Cardoso

12h às 13h –Padre Luiz Claudio Braga

Tema: A omissão de Pilatos

Convidado: Dom Carlos Lema Garcia

13h às 14h –Padre Armênio Nogueira

Tema: A Cruz de Cristo

Convidado: Dom Devair Araújo da Fonseca

14h às 15h – Cidinha Fernandes

Tema: As dores das mães que choram por seus filhos

Convidadas: Thais Veja e Rosária Dourado

      15h – Transmissão da Celebração da Paixão do Senhor, na Catedral da Sé    

17h – Especial Sexta-feira Santa – Santuário São Judas Tadeu

18h às 19h – Padre José Ferreira Filho

Tema: A sete palavras de Jesus na Cruz

19h às 20h – Padre Bruno Muta Vivas

Tema: Paixão de Cristo na Via Sacra

20h às 21h – Musical meditativo – Irmãs Paulinas

21h às 22h – Padre João Carlos

Tema: Em torno da Cruz, da morte redentora de Jesus

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Cardeal Hummes celebra a Paixão do Senhor

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06 de abril de 2018

O Cardeal Cláudio Hummes, OFM, Arcebispo Emérito da Arquidiocese de São Paulo, realizou a celebração da Cruz na Paróquia-Santuário São Francisco de Assis, no Setor Pastoral Catedral. Frei Alvaci Mendes da Luz, OFM, pároco, também participou da celebração.

Dom Cláudio, que pertence a Ordem Franciscana dos Frades Menores, a mesma dos frades do Convento e Santuário São Francisco, tradicionalmente participa das atividades da Semana Santa na Paróquia-Santuário, especialmente celebrando a Paixão do Senhor.

Durante a celebração, o Arcebispo Emérito enfatizou a Campanha da Fraternidade 2018. Salientou também sobre a bondade de Jesus mesmo após sua condenação. Levando um paralelo de Cristo, que em silencio sofreu as dores de sua crucificação, e das milhares de pessoas que, diariamente, são vítimas da violência.

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Cardeal Scherer: ‘Jesus foi submetido a uma violência inimaginável’

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30 de março de 2018

Pontualmente às 15h desta Sexta-feira Santa, 30, o Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo, dirigiu-se silenciosamente ao altar da Catedral da Sé e diante dele prostrou-se por alguns instantes juntos com alguns padres, diáconos e ministros. Neste horário, conforme as Sagradas Escrituras, Jesus morreu na Cruz e é isso o que faz memória a Ação Litúrgica da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Após a proclamação do evangelho da Paixão de Nosso Senhor Jesus Cristo, segundo o evangelista João, o Cardeal destacou ser este um dia de fazer memória da Paixão de Cristo, fato decisivo do mistério da Salvação, testemunho da entrega de Cristo em favor  de toda a humanidade.

O Arcebispo exortou que todos se coloquem ao lado de Jesus para que com o testemunho de fé permitam que a humanidade colha os frutos da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus.

A violência que mata

O Cardeal Scherer também enfatizou que a morte de Jesus foi um gesto de gravíssima violência contra o Justo. “Jesus foi submetido a uma violência inimaginável”, sendo considerado malfeitor, submetido a um julgamento iníquo e sofrendo tortura.

“A violência não vem de Deus, vem da maldade dos homens”, disse o Arcebispo Metropolitano ao lembrar que desde os primórdios do mundo, quando homem e mulher não aceitaram a Deus e se colocaram como senhores do bem do mal, a violência e o ódio se espalharam pelo mundo.

Ao recordar o tema da Campanha da Fraternidade deste ano – “Fraternidade e superação da violência”, Dom Odilo listou as muitas violências dos dias atuais, como a violência doméstica cometida contra mulheres, crianças e idosos; práticas como a eutanásia e o aborto; assaltos, discriminações e a violência moral - acusações, mentiras, fake news (notícias falsas) e desrespeitos alimentados pelos extremismos partidários.

Dom Odilo exortou que os cristãos sejam contra todos os comportamentos violentos. “Violência e ser cristão não combinam. Devemos ser promotores da superação da violência”, disse, destacando os cristãos não podem apoiar a violência e os violentos, mas sim promover da paz e estar do lado das vítimas de violência e não dos promotores da violência.  

Oração universal

Na sequência da ação litúrgica, houve a oração universal pela Santa Igreja, pelo Papa, por todas as ordens e categorias de fiéis, pelos catecúmenos, pela unidade dos cristãos, pelos judeus, pelos que não creem no Cristo, pelos que não creem em Deus, pelos poderes públicos, por todos os que sofrem provações.

‘Eis o lenho da cruz’

Durante a ação litúrgica também aconteceu o rito de adoração da Santa Cruz, que foi trazida pelo corredor central da Catedral da Sé, tendo seu pano vermelho descerrando lentamente, enquanto se entoou o refrão “Eis o lenho da cruz, do qual pendeu a salvação do mundo!”.

Enquanto os fiéis que lotaram a Catedral da Sé dirigiam-se à cruz, em um momento que durou aproximadamente 35 minutos, o Cardeal Scherer lembrou aos fiéis ser esta a ocasião para o arrependimento dos pecados e de firmar um propósito de vida nova. Também comentou que as cruzes cotidianas, se carregadas com Cristo, são sempre sinal de salvação, e disse ser importante que se valorize a presença do crucifixo em diferentes ambientes e não só nas igrejas.

Coleta para os Lugares Santos

Durante a celebração também houve a coleta para os Lugares Santos, um gesto de solidariedade de todos os fiéis da Igreja com aqueles que vivem nos lugares bíblicos e das origens da fé cristã, muitas vezes enfrentando dificuldade para vivenciar a fé por conta das guerras e perseguições religiosas.

Sempre com Cristo

A ação litúrgica foi concluída com o rito de comunhão, a oração do Pai Nosso, a distribuição da Sagrada Comunhão e a oração sobre o povo.

Dom Odilo exortou aos fiéis que permaneçam em oração durante o Sábado Santo, preparando-se para participação tanto da celebração da Vigília Pascoa e da missa do Domingo de Páscoa.

Após a celebração, houve o sermão das Sete Palavras, uma pregação baseada nas últimas frases ditas por Jesus antes de sua morte: “Pai, perdoa-lhes, pois não sabem o que fazem”; “Em verdade te digo: hoje estarás comigo no Paraíso”; “Mulher, eis aí o teu filho. Filho eis aí a tua Mãe!”; “Tenho Sede!” “Meu Deus, meus Deus, por que me abandonastes?”; “Tudo está consumado!”; “Pai, em tuas mãos entrego o meu Espírito!”. 

Após o sermão, houve ainda uma procissão no interior da Catedral com a imagem do Senhor Morto e de Nossa das Dores. Pela manhã, pelas ruas do centro, houve a Via-Sacra do Povo da Rua, organizada pelo Vicariato Episcopal para a Pastoral do Povo da Rua.

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Encenações da Paixão de Cristo na Arquidiocese

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29 de março de 2018

ZONA NORTE

CANTAREIRA NORTE SHOPPING – 19h

(Avenida Raimundo Pereira de Magalhães, 11.001 - Parada de Taipas – no estacionamento)

Com a expectativa de receber um público de até 5 mil pessoas, a encenação, que está no calendário oficial da cidade de São Paulo, chega a sua 21ª edição, envolvendo mais de cem pessoas entre elenco e produção, dos coletivos culturais Cia de Teatro Monfort, Comunidade Missão Mensagem de Paz, Grupo Teatral Arte de Viver e coletivo Cravo Branco, alguns deles ligados a paróquias da Região Episcopal Brasilândia. A peça é dívida em três atos: Vida de Jesus, Morte e Ressurreição. Um dos principais diferenciais deste ano é a abertura construída com o tema da Campanha da Fraternidade 2018 - “Fraternidade e superação da violência”, sob o lema “Vós sois todos irmãos” (Mt 23,8).

ENTRADA GRATUITA

 

PARÓQUIA SANTA CRUZ – 20h

(Rua Doutor Paulo Furtado de Oliveira, 370, Jardim Santa Cruz)

A encenação, em sua 11ª edição, reúne 60 pessoas, propondo-se a refletir sobre o Evangelho da vida, paixão e morte de Jesus, com o tema “A Paixão de Cristo Segundo Todos Nós”. No enredo há a adaptação dos textos bíblicos, propondo uma reflexão sobre as atitudes humanas e relações de poder e dominação ao longo dos séculos, traçando um paralelo com o cotidiano.

ENTRADA GRATUITA

 

ZONA LESTE

CASA MADRE ASSUNTA MARCHETTI – 19h30

(Rua Orfanato, 883, Vila Prudente)

A encenação, organizada pelo grupo de jovens Segue-me, da Paróquia São Carlos Borromeu, chega a sua 21ª edição, com a participação de mais de 120 jovens, entre atores e equipe operacional. O enredo busca descrever em detalhes, a partir dos relatos dos evangelistas, o episódio da Paixão, Morte e Ressurreição de Jesus Cristo. A expectativa dos organizadores é receber um público de até 2 mil pessoas.

ENTRADA: 1KG DE ALIMENTO NÃO PERECÍVEL

 

ZONA SUL

PARÓQUIA NOSSA SENHORA DO BRASIL – 17h

(Praça Nossa Senhora do Brasil, s/nº, Jardim América)

A encenação da via-sacra na Praça Nossa Senhora do Brasil terá início logo após a Celebração da Paixão de Cristo, às 15h, e será seguida de uma procissão com a imagem do Cristo Morto, às 18h. Toda a comunidade paroquial, em especial os jovens, estão envolvidos nos preparativos da encenação.

ENTRADA GRATUITA

 

SANTUÁRIO NOSSA SENHORA APARECIDA – 19h30

(Rua Labatut, 781, Ipiranga)

Esta será a 35ª edição da encenação, sempre com o envolvimento de toda a comunidade paroquial, e a produção de Marcos Serafin, Rubens Lima, Elias Lima e Stefania Riotta.

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