Contra o coronavírus, respondamos com a oração

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01 de abril de 2020

A pandemia do novo coronavírus é alvo de reflexão e oração do Papa Francisco. Após o Angelus do domingo, 22, ele disse que, nestes dias de grande provação, a proposta cristã é a unidade por meio da oração.
Ele convocou todos os cristãos do mundo a rezarem juntos o Pai Nosso no dia 25 de março, quarta-feira, ao meio-dia no horário do Vaticano (8h no horário de Brasília): “Convido todos os chefes de igrejas e líderes de todas as comunidades cristãs, juntos com todos os cristãos das várias confissões, a invocar o Altíssimo, Deus onipotente, recitando contemporaneamente a oração que Jesus Nosso Senhor nos ensinou”, disse o Santo Padre.
Dessa forma, Deus escutará “a oração unânime, de todos os seus discípulos”, acrescentou. 

URBI ET ORBI ESPECIAL
O Papa também informou que vai presidir um momento de oração na entrada da Basílica de São Pedro na sexta-feira, 27 de março, às 14h (horário de Brasília), a ser transmitido pelo site Vatican News. Embora a Praça São Pedro esteja constantemente vazia, por causa dos limites de mobilidade impostos pela pandemia, o Papa promoverá um momento especial de súplica, adoração e bênção.
“Elevaremos a nossa súplica, adoraremos o Santíssimo Sacramento, com o qual, ao final, darei a bênção Urbi et Orbi, à qual será anexa a possibilidade de receber a indulgência plenária”, explicou. Essa bênção, cujo nome significa “para a cidade [de Roma] e para o mundo”, geralmente é concedida somente na Páscoa e no Natal, da varanda central da Basílica de São Pedro. 

INDULGÊNCIAS
A bênção Urbi et Orbi é especial porque permite ao fiel receber a remissão das penas de todos os pecados, a “indulgência plenária”, desde que também faça a confissão sacramental, a comunhão eucarística e reze pelas intenções do Papa.
Entretanto, como as restrições atuais de locomoção e de celebração não permitem receber os sacramentos normalmente, a Penitenciaria Apostólica publicou na sexta-feira, 20, um decreto regulamentando a concessão das indulgências.
Para os doentes, profissionais de saúde e pessoas em quarentena, a indulgência é válida desde que assistam à missa pelos meios de comunicação, rezem o Terço, a Via Crucis ou, pelo menos, recitem o Creio, o Pai Nosso e uma oração a Nossa Senhora, comprometendo-se a realizar as três condições normais quando for possível (confissão, comunhão e oração pelas intenções do Papa).

As mesmas condições ficaram válidas para pessoas que rezem pelo fim da atual pandemia e o conforto dos que sofrem, além da salvação eterna para os que morreram. Conta para elas também a visita ao Santíssimo Sacramento, a adoração eucarística, a leitura da Bíblia por, pelo menos, meia hora, a oração do Terço, a Via-Sacra, a coroa da Divina Misericórdia.
A essas pessoas fica vinculada a condição de poder realizar as três condições quando a vida se normalizar.
Para os doentes que desejem receber a Unção dos Enfermos e não conseguirem, a Igreja supre essa carência por meio de sua oração e da comunhão com os santos. Segundo o decreto, basta confiar-se à misericórdia divina e a indulgência plenária será concedida, desde que o fiel tenha rezado durante a vida, se possível usando ou segurando um crucifixo.

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