O novo coronavirus, nós combatemos juntos!

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26 de março de 2020

O número de casos de COVID-19, doença causada pelo novo coronavírus, no Brasil passou os 1.500 no domingo, 22. A chegada do vírus no Brasil traz grandes desafios à sociedade e precisamos combatê-lo juntos. Para isso, informação é essencial.

Como começou?

Tudo começou em dezembro de 2019 em Wuhan, na China, com um surto de quadros de pneumonia. Logo identificou-se o causador: um tipo de coronavírus. O vírus que agora contamina os humanos tem origem natural e provavelmente surgiu de mutações em vírus que antes infectava apenas animais como morcegos e pangolins.

Como o vírus se espalha?

O novo coronavirus se espalha rapidamente. Em média, uma pessoa infectada (apresentando sintomas ou não) transmite a doença a três outras pessoas. A transmissão se dá por contato pessoal. Gotas de saliva podem cair próximo a boca e nariz da outra pessoa e serem inaladas. Ou então, ao colocar as mãos em superfícies contaminadas e depois levá-las à boca ou nariz.

Quem é atingido?

O vírus atinge toda as faixas etárias e o maior grupo de risco são os idosos, diabéticos e hipertensos. Entre todos os infectados, cerca de 20% apresentam quadros severos que exigem hospitalização. Cerca de 38% dos pacientes hospitalizados nos Estados Unidos têm entre 20 e 54 anos, mostrando que mesmo os jovens devem tomar as precauções necessárias.

Por que é tão grave assim?

Devido a sua rápida disseminação, o vírus pode atingir uma grande quantidade de pessoas em pouco tempo. Quanto mais pessoas infectadas, maior o número de pessoas precisando de internação hospitalar. No entanto, a capacidade do sistema de saúde é limitada. O controle do número de infectados é crucial para garantir o atendimento a todos os pacientes em casos graves. É a sobrecarga do sistema de saúde que eleva as taxas de mortalidade, como visto recentemente na Itália.

Como combater?

O combate ao vírus exige medidas extremas de isolamento social a fim de evitar que muitos pacientes necessitem de atendimento médico ao mesmo tempo. Na China, foram registrados mais de 80 mil casos e cerca de 3.400 mortes, um número relativamente baixo considerando sua população total de 1,3 bilhões de habitantes. Isso só foi possível graças a medidas extremas de isolamento social adotadas rapidamente pelo governo chinês, bem como os altos investimentos na construção de hospitais para atender os infectados nas regiões mais afetadas. Um bom exemplo de como o isolamento social pode funcionar foi dado por Taiwan. A ilha se localiza à apenas 130 quilômetros de distância da China, e possui apenas 169 casos até o momento.

O que podemos fazer?

Individualmente, devemos evitar proximidade com pessoas e lavar as mãos frequentemente. É essencial que as pessoas permaneçam em casa para evitar a disseminação do vírus.

A pandemia pede que pensemos coletivamente. É importante termos responsabilidade na hora de fazer as compras. Compras além do necessário levam à falta de produtos aos que precisam. Para os empresários, se possível, dispensem os funcionários e os continuem pagando. Eles também precisam ficar isolados e continuar com suas responsabilidades financeiras. Solidariedade e empatia são necessárias em tempo de crises.

Estamos passando por um período delicado e é muito importante mantermos a calma e discernimento. Portanto, cuidado com o compartilhamento de informações, verifique as fontes antes de compartilhar para não gerar pânico. Valorizem a ciência! A gravidade do vírus tem sido menosprezada por muitas nações. Os cientistas vêm alertando e aconselhando qual melhor forma de agir. É preciso confiar neles!

O que fazer se ficarmos doente?

Com o aparecimento de sintomas semelhantes à gripe o aconselhado é se auto isolar por 14 dias. Apenas em caso de piora dos sintomas é recomendado procurar um médico, inicialmente por telefone. Não se automedique.

Como lidar com o isolamento?

O isolamento social forçado pode afetar nossa saúde mental. Usem as redes sociais para manter seus círculos de amizade ativos, estabeleça uma rotina saudável em casa com exercícios físicos e boa alimentação. Aproveitem o tempo livre para aquelas atividades que adiamos há anos, para aprender coisas novas, investir na meditação...

Por fim, pratiquem a gratidão aos profissionais de saúde, eles enfrentarão dias difíceis pela frente e merecem todo o nosso respeito e admiração. Ficar em casa é a nossa melhor forma de contribuir.

 

Gabriela Molinari Roberto

Gustavo Borges

Lara Elis Alberici Delsin

Biólogos com Graduação e Mestrado pela Universidade de São Paulo, atualmente desenvolvem pesquisa em Biologia Molecular na Universidade de Montreal, Canadá.

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Governo determina medidas de precaução para barragens em todo o País

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21 de fevereiro de 2019

Por recomendação da Agência Nacional de Mineração, o Ministério das Minas e Energia definiu uma série de medidas de precaução de acidentes nas barragens existentes no País. De acordo com o texto publicado, as barragens a montante ou método desconhecido que estão desativadas deverão ser eliminadas até agosto de 2021, e as que estão em funcionamento, até agosto de 2023.

Em uma lista com 717 barragens de rejeitos de mineração no Brasil, há 88 delas cujo modelo de construção é denominado a montante. Destas, 43 são classificadas de “alto dano potencial”, ou seja, quando há risco de rompimento com ameaça a vidas e prejuízos econômicos, sociais e ambientais. Há, ainda, um total de 218 barragens classificadas como de “alto dano potencial associado”, isto é, quando há risco de vazamento, infiltração no solo ou mau funcionamento da barragem em si.

A resolução determina ainda que as empresas responsáveis por barragens de mineração ficam proibidas de manter e construir qualquer instalação, fazer obra ou realizar serviço na zona de autossalvamento (região que está a 10km das barragens ou que pode ser atingida por eventual inundação em até 30 minutos), seja permanente, seja temporário, que envolva presença humana. Isso inclui, por exemplo, as finalidades de vivência, alimentação, saúde ou recreação. No caso recente da Vale, o refeitório dos funcionários estava próximo à barragem.

Na medida publicada, o Ministério das Minas e Energia e a Agência Nacional de Mineração citam um histórico de recentes rompimentos de barragens de mineração, considerados decisivos para a implantação das novas regras, como a barragem B1 da Mina Retiro do Sapecado, em 10 de setembro de 2014, em Itabirito (MG); a barragem de Fundão da Mina Germano, em 5 de novembro de 2015, em Mariana (MG); e a última da barragem B1, da Mina Córrego do Feijão, em Brumadinho (MG), em 25 de janeiro.

 Fontes: Agência Brasil e G1
 
 

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