‘Que Deus nos dê sempre deste pão da vida’

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29 de abril de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa na capela de sua residência nesta quarta-feira, 19, memória litúrgica de Santa Catarina de Sena.

Como tem acontecido desde o início das medidas de isolamento social para conter o avanço da pandemia de COVID-19, a celebração foi transmitida pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese o Facebook.

PÃO DESCIDO DO CÉU

Na homilia, Dom Odilo refletiu sobre o trecho que Evangelho do dia (Jo 6,35-40), em que Jesus se apresenta como o pão da vida, aquele que veio do céu para alimentar a vida da humanidade.

Jesus afirmou, ainda que desceu do céu não para fazer a sua vontade, mas a vontade daquele que o enviou. “E esta é a vontade daquele que me enviou: que eu não perca nenhum daqueles que ele me deu, mas os ressuscite no último dia”, disse o Senhor.

O Cardeal destacou que, assim como há pessoas que sentem a fome e a sede do alimento do corpo, há aqueles que vivem a vida sem sentido, “sem aquele pão que mata toda a fome, aquela água viva que mata toda sede”. “Que Deus nos dê sempre deste pão da vida, da sua Palavra, da Eucaristia”, acrescentou.

PERSEGUIÇÃO

Referindo-se à primeira leitura (At 8,1b-8), que narra a perseguição à comunidade cristã nascente, o Arcebispo destacou que os seguidores de Cristo se dispersaram e, ao mesmo tempo, tornaram-se missionários, pregando o Evangelho por onde passavam e formando novas comunidades cristãs. 

Entre os perseguidores daquela época estava Saulo, que, como ressalta o texto,  “devastava a Igreja: entrava nas casas e arrastava para fora homens e mulheres, para atirá-los na prisão”.

Esse mesmo perseguidor, depois, tornou-se Paulo, o apóstolo dos gentios, após ser surpreendido pelo próprio Cristo no caminho para Damasco. “É possível imaginar a força do encontro que ele teve com Cristo, a ponto de se converter... Como os cainhos de Deus são imperscrutáveis, não são como os nossos caminhos. Só pela graça de Deus é possível essa conversão. Paulo foi alcançado por Deus”, afirmou o Cardeal, acrescentando que de devastador, Paulo se tornou edificador da Igreja.

“Peçamos a Deus a graça de uma Igreja missionária. E a graça da conversão de todos nós e de todos aqueles que perseguem a Igreja e possam também se colocar ao lado de Cristo, pão da vida”, concluiu Dom Odilo.

ROMARIA A APARECIDA

Antes da bênção final, Dom Odilo reforçou o convite a povo para que se una espiritualmente à realização da 119ª Romaria da Arquidiocese de São Paulo a Aparecida, no próximo domingo, 3 de maio.

Este ano, devido à pandemia de COVID-19, não haverá a participação de fiéis na missa que o Cardeal Scherer presidirá no Santuário Nacional, às 12h. Contudo, a celebração será transmitida, ao vivo, pela TV Aparecida, pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

As famílias também são convidadas a participarem da preparação da romaria, a partir desta quarta-feira até sábado, 2 de maio, por meio da oração do Rosário e da Ladainha de Nossa Senhora. 

“Nós faremos nossa romaria de uma forma diferente, mas sem deixar de colocar nas mãos e no coração de Nossa Senhora Aparecida as nossas intenções e súplicas e também as intenções de toda a nossa Arquidiocese”, afirmou Dom Odilo.

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‘A fé é provada no sofrimento e na perseguição’

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28 de abril de 2020

O Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, presidiu a missa na manhã desta terça-feira, 28, na capela de sua residência, transmitida pela rádio 9 de Julho e pela página da Arquidiocese no Facebook.

MARTÍRIO DE ESTÊVÃO

Na homilia, Dom Odilo refletiu sobre a Primeira Leitura (At 7,51-8,1a), que relata o apedrejamento de Estêvão, o primeiro mártir cristão. O Arcebispo ressaltou que o diácono foi morto por testemunhar sua fé na Ressureição de Jesus e, mesmo enquanto é apedrejado, novamente dá um testemunho de esperança ao olhar para o céu e dizer: “Estou vendo o céu aberto, e o Filho do Homem, de pé, à direita de Deus”.

“Essa esperança não é só de Estevão, mas de todos os cristãos, de estarem um dia com Jesus Ressuscitado, sentado à direita de Deus”, afirmou o Cardeal, recordando, ainda, que antes de morrer, Estêvão, seguindo o exemplo de Cristo, clamou a Deus que acolhesse seu espírito e gritou: “Senhor, não os condenes por este pecado”.

“Estevão imita Jesus na sua morte, entrega a sua vida a Deus e morre mártir por Jesus Cristo. Assim como ele, tantos ao longo da historia e ainda hoje dão a vida por Cristo por meio do martírio”, sublinhou o Arcebispo, acrescentando que “a fé é provada no sofrimento, na perseguição e na contradição”.  

Outro detalhe destacado pela leitura é a presença do jovem Saulo, que não só testemunhou o assassinato de Estevão como o texto enfatiza que ele aprovou seu apedrejamento. E é mesmo livro dos Atos dos Apóstolos que vai narrar, em seguida, o encontro de Saulo com Jesus e sua conversão, tornando-se Paulo, o apóstolo dos gentios.

PÃO DA VIDA

Já o Evangelho do dia (Jo 6,30-35) continua o discurso de Jesus sobre o Pão da Vida. Quando questionado pela multidão sobre que sinal ele realizaria para que pudessem crer nele, a exemplo do maná no deserto, o Senhor respondeu: “Em verdade, em verdade, vos digo, não foi Moisés quem vos deu o pão que veio do céu. É meu Pai que vos dá o verdadeiro pão do céu. Pois o pão de Deus é aquele que desce do céu e dá vida ao mundo”.

Em seguida, a multidão pede desse pão do qual fala Jesus. Então, ele afirma: “Eu sou o pão da vida. Quem vem a mim não terá mais fome e quem crê em mim nunca mais terá sede”.

Recordando que neste período de pandemia, os cristãos estão impossibilitados de receber a comunhão eucarística devido às medidas de isolamento social, Dom Odilo destacou o sentido da expressão “quem vem a mim” e reiterou: “É possível ir a Ele pela fé, acolhê-lo e aceitá-lo pela fé”, lembrando, ainda, que por meio da Palavra de Deus também alimenta-se do Senhor.

ROMARIA ARQUIDIOCESANA

No fim da missa, o Cardeal reforçou o convite ao para o povo que acompanhe, de suas casas,  a 119º Romaria da Arquidiocese de São Paulo, no próximo domingo, 3 de maio. A missa presidida por ele e concelebrada pelos bispos auxiliares no Santuário Nacional, às 12h, não terá a presença de fiéis, mas será transmitida, ao vivo, pela TV Aparecida, pela rádio 9 de Julho e pelas mídias digitais da Arquidiocese.

Como preparação para a romaria, o Cardeal pediu para que as famílias se reúnam em suas casas para rezar o Rosário e a Ladainha de Nossa Senhora a partir da quarta-feira, 29.   

 

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