No mês mariano, Papa escreve orações especiais a Nossa Senhora

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27 de abril de 2020

Com em todos os anos, o Papa Francisco publicou uma breve carta “a todos os fiéis” para o mês de maio, dedicado especialmente a Nossa Senhora. Diante da atual pandemia causada pelo novo coronavírus, o Pontífice incentiva a oração do Terço e outros apelos à intercessão de Maria.

“O mês de maio está próximo, no qual o povo de Deus expressa com particular intensidade o seu amor e devoção à Virgem Maria”, explica. “É tradição neste mês rezar o Terço em casa, em família. Uma dimensão, aquela doméstica, que as restrições da pandemia nos ‘obrigaram’ a valorizar, também do ponto de vista espiritual.”

Em casa

Como já é tradição na Igreja, este mês de maio dedicado a Maria costuma servir de incentivo para a oração do Terço. O Papa Francisco, que é bastante devoto da Virgem Mãe de Jesus, diz que o segredo de um Terço bem rezado é a simplicidade. “Vocês encontram até na internet bons esquemas para rezá-lo”, afirma.

Para ajudar, ele também propõe duas orações marianas, que podem ser rezadas ao final do Terço. “Eu mesmo as recitarei no mês de maio, espiritualmente unido a vocês.”

Nas palavras do Papa, “contemplar juntos o rosto de Cristo com o coração de Maria, nossa mãe, nos fará ainda mais unidos como família espiritual e nos ajudará a superar esse desafio [da atual pandemia]”. Francisco garantiu que rezará em especial pelos que mais sofrem. “E vocês, por favor, rezem por mim.”

Orações a Maria

Ó Maria,

Vós sempre resplandeceis sobre o nosso caminho

como um sinal de salvação e de esperança.

Confiamo-nos a Vós, Saúde dos Enfermos,

que permanecestes, junto da cruz, associada ao sofrimento de Jesus,

mantendo firme a vossa fé.

Vós, Salvação do Povo Romano,

sabeis do que precisamos

e temos a certeza de que no-lo providenciareis

para que, como em Caná da Galileia,

possa voltar a alegria e a festa

depois desta provação.

Ajudai-nos, Mãe do Divino Amor,

a conformar-nos com a vontade do Pai

e a fazer aquilo que nos disser Jesus,

que assumiu sobre Si as nossas enfermidades

e carregou as nossas dores

para nos levar, através da cruz,

à alegria da ressurreição. Amen.

À vossa proteção, recorremos, Santa Mãe de Deus;

não desprezeis as nossas súplicas na hora da prova

mas livrai-nos de todos os perigos, ó Virgem gloriosa e bendita.

 ‘À vossa proteção, recorremos, Santa Mãe de Deus’.

Na dramática situação atual, carregada de sofrimentos e angústias que oprimem o mundo inteiro, recorremos a Vós, Mãe de Deus e nossa Mãe, refugiando-nos sob a vossa proteção.

Ó Virgem Maria, volvei para nós os vossos olhos misericordiosos nesta pandemia do coronavírus e confortai a quantos se sentem perdidos e choram pelos seus familiares mortos e, por vezes, sepultados duma maneira que fere a alma. Sustentai aqueles que estão angustiados por pessoas enfermas de quem não se podem aproximar, para impedir o contágio. Infundi confiança em quem vive ansioso com o futuro incerto e as consequências sobre a economia e o trabalho.

Mãe de Deus e nossa Mãe, alcançai-nos de Deus, Pai de misericórdia, que esta dura prova termine e volte um horizonte de esperança e paz. Como em Caná, intervinde junto do vosso Divino Filho, pedindo-Lhe que conforte as famílias dos doentes e das vítimas e abra o seu coração à confiança.

Protegei os médicos, os enfermeiros, os agentes de saúde, os voluntários que, neste período de emergência, estão na vanguarda arriscando a própria vida para salvar outras vidas. Acompanhai a sua fadiga heroica e dai-lhes força, bondade e saúde.

Permanecei junto daqueles que assistem noite e dia os doentes, e dos sacerdotes que procuram ajudar e apoiar a todos, com solicitude pastoral e dedicação evangélica.

Virgem Santa, iluminai as mentes dos homens e mulheres de ciência, a fim de encontrarem as soluções justas para vencer este vírus.

Assisti os Responsáveis das nações, para que atuem com sabedoria, solicitude e generosidade, socorrendo aqueles que não têm o necessário para viver, programando soluções sociais e económicas com clarividência e espírito de solidariedade.

Maria Santíssima tocai as consciências para que as somas enormes usadas para aumentar e aperfeiçoar os armamentos sejam, antes, destinadas a promover estudos adequados para prevenir catástrofes do género no futuro.

Mãe amadíssima, fazei crescer no mundo o sentido de pertença a uma única grande família, na certeza do vínculo que une a todos, para acudirmos, com espírito fraterno e solidário, a tanta pobreza e inúmeras situações de miséria. Encorajai a firmeza na fé, a perseverança no serviço, a constância na oração.

Ó Maria, Consoladora dos aflitos, abraçai todos os vossos filhos atribulados e alcançai-nos a graça que Deus intervenha com a sua mão omnipotente para nos libertar desta terrível epidemia, de modo que a vida possa retomar com serenidade o seu curso normal.

Confiamo-nos a Vós, que resplandeceis sobre o nosso caminho como sinal de salvação e de esperança, ó clemente, ó piedosa, ó doce Virgem Maria. Amém.

 

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Imagem de Nossa Senhora de Fátima estará presente na JMJ do Panamá

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29 de agosto de 2018

A imagem de Nossa Senhora de Fátima estará presente na Jornada Mundial da Juventude do Panamá, que se realizará em janeiro de 2019. A notícia foi divulgada durante uma coletiva de imprensa pelo arcebispo de Cidade do Panamá, Dom José Domingo Ulloa Mendieta, acompanhado de uma delegação do Santuário português.

Homenagem a S. João Paulo II

Será a primeira vez desde o ano 2000 que a imagem sai de Fátima. De fato, a reitoria do Santuário decidiu que ela permaneceria ali depois de peregrinar por 64 países. A exceção será justamente o Panamá.

Na coletiva, através de um vídeo o reitor do Santuário, padre Carlos Cabecinhas, explicou que a decisão foi tomada em vista da importância deste evento mundial, sobretudo em relação a São João Paulo II, idealizador das Jornadas, cuja devoção pela Virgem é bem conhecida. Outro motivo é a profunda devoção dos fiéis panamenhos.

Programação

A imagem de Nossa Senhora chegará ao Panamá na tarde de 21 de janeiro e permanecerá na cidade até o dia 29 do mesmo mês.

Durante a sua permanência, será inicialmente custodiada na igreja de Lourdes, para depois ser levada no dia 22 ao Parque do Perdão, na capela do Santíssimo, sob a custódia das irmãs de Madre Teresa. No Parque, se realizarão alguns dos eventos ligados à JMJ, como a missa de abertura.

A imagem estará também presente na vigília, durante a qual será rezado o terço, e na missa final presidida pelo Papa Francisco no domingo, 27 de janeiro.

Criada seguindo as indicações da Ir. Lúcia, a imagem é venerada há mais de 80 anos, sendo coroada em 1947 pelo arcebispo de Évora.

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‘Maria é elevada aos Céus, alegrem-se os coros dos anjos!’

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22 de agosto de 2018

No domingo, 19, a Igreja no Brasil festejou solenemente a Assunção da Virgem Maria. Nessa Solenidade, os cristãos recordam o dia em que a “imaculada Mãe de Deus, a sempre Virgem Maria, terminado o curso da vida terrestre, foi assunta em corpo e alma à glória celestial”.

Essa festa, celebrada já desde o século IV, mas somente declarada dogma no Ano Santo de 1950, pelo Papa Pio XII, na Constituição Apostólica Munificentissimus Deus, apresenta seu fundamento mais profundo nas Sagradas Escrituras, de forma muita clara na primeira leitura da Santa Missa: São João, o discípulo amado, em sua visão apocalíptica, vê a Arca da Aliança adentrar o mais alto dos  Céus, e se assentar no meio do Templo  celestial. Não falava, contudo, da antiga Arca da Aliança, que continha as tábuas da Lei, o maná vindo do Céu e a Vara de Aarão, mas, sim, da Arca da Nova Aliança, a Virgem Maria, que trouxe ao mundo o autor da própria Lei, o Pão vindo dos Céus, o grande milagre em favor da humanidade: Jesus Cristo, Deus encarnado.

Porque, então, uma festa tão antiga quanto esta, crida por tanto tempo na fé da Igreja e com sólida fundamentação bíblica, foi somente reconhecida como divinamente revelada em meados do século XX?

 

O ANO DE 1950

O século passado pode ser considerado como um dos tempos mais belicosos da humanidade: tendo se iniciado com a Primeira Guerra Mundial (1914-1918), abalado por diversas revoluções na sociedade e arrasado pelos horrores da Segunda Grande Guerra (1939-1945), esse século foi marcado por uma série de eventos contra a dignidade do próprio homem, que levaram a um pensamento pessimista em relação a si mesmo, não encontrando um sentido em sua própria existência, caindo no erro do materialismo ateu; da negação de Deus e da perda do sentido sobrenatural da vida humana; e do consequente surgimento de diversas ideologias que diminuíam o homem a mero produto da natureza, sem fim à eternidade.

Diante dessa realidade, o Papa Pio XII, através da proclamação do dogma, esperava “que, ao meditarem nos exemplos gloriosos de Maria, mais e mais se persuadam todos do valor da vida humana, se for consagrada ao cumprimento integral da vontade do Pai celeste e a procurar o bem do próximo. Enquanto o materialismo e a corrupção de costumes que dele se origina ameaçam subverter a luz da virtude, e destruir vidas humanas, suscitando guerras, é de esperar ainda que este luminoso e incomparável exemplo, posto diante dos olhos de todos, mostre com plena luz qual o fim a que se destinam a nossa alma e o nosso corpo.” (Munificentissimus Deus, 42.)

Esse fim referido pelo Sumo Pontífice não era outro que o proclamado no dogma em relação à Santíssima Virgem: que, após o fim da vida terrestre, todos os homens que praticaram a virtude e buscaram a santidade, teriam o mesmo destino da Mãe de Deus: participar, em corpo e alma, da beatitude eterna. Num período marcado pelo desencanto e desespero, contemplar a vida de Maria Santíssima iluminava a existência humana e permitia ao homem encontrar seu fim último, a vida em Deus.

 

OS PRIVILÉGIOS DE MARIA

Contudo, mais ainda, a proclamação deste dogma torna clara a vida de excelsa santidade e união com Cristo que Maria teve nesta terra. Assim disse o Papa Pio XII: “É de esperar também que todos os fiéis cresçam em amor para com a Mãe celeste, e que os corações de todos os que se gloriam do nome de cristãos se movam a desejar a união com o corpo místico de Jesus Cristo, e que aumentem no amor para com aquela que tem amor de Mãe para com os membros do mesmo augusto corpo.” (Munificentissimus Deus, 42.)

O amor à Virgem leva os cristãos todos a aprofundar no conhecimento de sua vida, e, assim, louvar a Deus por ter feito obra tão perfeita em sua Santa Mãe. D fato, a vida de Nossa Senhora foi marcada por uma série de privilégios da parte de Deus: desde toda a eternidade o Criador olhou para a Virgem Maria com particular complacência, adornando-a de diversos dons, dentre os quais, a própria Conceição Imaculada, preservando- -a de toda mancha do pecado original. Além disso, recebendo a embaixada do anjo, teve a dita de ser Mãe do próprio Deus. Mais ainda, preservando em seu corpo e alma a integridade e santidade, Maria Santíssima teve uma terceira grande graça, a de permanecer virgem antes, durante e depois do parto. Toda a vida de Maria se dirige a um único fim: unir-se a Jesus Cristo! Para isso Deus preparou sua alma e seu corpo; para isso, Deus a santificou e a tornou cheia de graça; para isso ela foi criada, e foi assim que ela respondeu à sua vocação, devotando toda sua vida à vida de Jesus, do nascimento à Cruz.

Claro que Deus não poderia desfazer essa união perfeita entre Maria e seu Filho depois da vida terrestre daquela, uma vez que “Cristo, com a própria morte, venceu a morte e o pecado, e todo aquele que pelo batismo de novo é gerado, sobrenaturalmente, pela graça, vence também o pecado e a morte” (Munificentissimus Deus, 6). Maria, mais do que ninguém, venceu junto a Cristo sua própria morte, e, por isso, no final de sua vida terrestre, foi ressuscitada e glorificada pelo Pai Celeste, sem sofrer a corrupção do sepulcro, para assim participar plenamente da glória eterna.

Por isso, a solenidade da Assunção de Nossa Senhora pode ser considerada o coroamento da vida da Virgem e a grande esperança da humanidade: modelo universal de santidade, intercessora onipotente, indicadora da glória futura, Maria aponta o caminho aos peregrinos e enche de consolo os que lutam para ser fiéis a Deus nesta vida e receber, como ela, um dia, a glória da eternidade.

 

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Nossa Senhora ‘é o sinal do poder de salvação de Deus’

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22 de agosto de 2018

O Cardeal Arcebispo de São Paulo, Dom Odilo Pedro Scherer, presidiu, no domingo, 19, missa por ocasião da Solenidade da Assunção da Virgem Maria, na Catedral da Sé. Comemorada em 15 de agosto, no Brasil a celebração dessa solenidade é transferida para o domingo posterior afim de envolver um maior número de fiéis. 

 “Hoje olhamos para Maria plenamente salva, plenamente redimida graças à sua maternidade divina, ao filho Salvador que dela nasceu, e que não poderia ficar longe dele, e por isso, logo depois de sua morte, foi elevada ao céu de corpo e alma”, afirmou o Cardeal durante a homilia.

Dom Odilo também chamou a atenção para o sinal de esperança que vem de Maria. Segundo ele, sua Assunção é para a humanidade a verdadeira inspiração para a superação da miséria e das fraquezas atuais. Enalteceu a necessidade de, assim como ela, colocar-se à disposição da obra de Deus, de caminhar, de lutar e de ser luz em meio às dificuldades sem jamais perder a esperança. 

Ao explicitar o significado do mistério da Assunção de Nossa Senhora, Dom Odilo afirmou que representa um grande sinal da redenção da humanidade. “A Igreja, ao olhar para ela, vê realizado o seu futuro na casa do Pai”. 

Ao fim da missa, o Padre Luiz Eduardo Baronto, Cura da Catedral da Sé, agradeceu aos Padres confessores, ao cabido metropolitano, Irmandade Santíssimo Sacramento, Confraria Nossa Senhora das Dores, Ministros Extraordinários da Sagrada Comunhão e da Palavra, aos grupos de liturgia, comissão do sínodo arquidiocesano, curso Alfa-catequese para adultos, Pastoral da Escuta, Legião de Maria, aos funcionários da Catedral e ao coral Camerata Vaqueta – que tocou na missa.

 O Arcebispo agradeceu aos Padres Luiz Eduardo Baronto e Padre Helmo Cesar Faccioli pela dedicação à Catedral da Sé.

A Catedral Metropolitana de São Paulo é dedicada à Nossa Senhora da Assunção.

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Papa: o serviço a Deus se expressa também no serviço aos irmãos

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15 de agosto de 2018

“A assunção de Maria, criatura humana, nos confirma nosso destino glorioso.” Foi o que disse o Papa Francisco no Angelus ao meio dia desta quarta-feira, 15 de agosto, solenidade da Assunção de Nossa Senhora.

Na alocução que precedeu a oração rezada com milhares de fiéis e peregrinos presentes na Praça São Pedro, o Santo Padre explicou o sentido e o significado desta festa mariana, e seu alcance também para nós.

 

O Senhor eleva os humildes

Francisco ressaltou que nesta solenidade o santo povo fiel de Deus expressa com alegria a sua veneração à Virgem Mãe, e o faz na liturgia comum e também com diferentes formas de piedade, realizando a profecia de Maria mesma: “Todas as gerações me chamarão bem-aventurada” (Lc 1,48). “Porque o Senhor elevou sua humilde serva”, recordou.

Em seguida, o Pontífice evidenciou que a assunção ao céu, em corpo e alma, “é um privilégio divino concedido à Santa Mãe de Deus por sua união particular com Jesus”.

"Trata-se de uma união corporal e espiritual, iniciada com a Anunciação e amadurecida durante toda a vida de Maria mediante sua participação singular no mistério do Filho.”

“A existência de Nossa Senhora se deu como de uma mulher comum de seu tempo: rezava, se ocupava da família e da casa, ia à sinagoga... Mas toda ação cotidiana que fazia se dava em união total com Jesus. E no Calvário esta união alcançou o ápice, no amor, na compaixão e no sofrimento do coração. Por isso Deus lhe concedeu uma participação plena também na ressurreição de Jesus.”

 

Aquela que gerou o senhor da vida não conheceu a corrupção do sepulcro

“O corpo da Mãe – prosseguiu – foi preservado da corrupção, como o corpo do Filho. É o que proclama o Prefácio da Missa de hoje; “Vós não quisésseis que aquela que gerou o Senhor da vida conhecesse a corrupção do sepulcro”.

“A Igreja hoje nos convida a contemplar este mistério: ele mostra que Deus quer salvar o homem inteiro, alma e corpo. Jesus ressuscitou com o corpo que assumiu de Maria; e subiu ao Pai com a sua humanidade transfigurada. A assunção de Maria, criatura humana, nos dá a confirmação do nosso glorioso destino.”

 

Ressurreição da carne, elemento próprio da revelação cristã

Francisco lembrou que os filósofos gregos tinham entendido que a alma do homem é destinada à felicidade após a morte. Todavia, observou, “eles desprezavam o corpo – considerado prisão da alma – e não concebiam que Deus tivesse disposto que também o corpo do homem fosse unido à alma na beatitude celeste”. “A ressurreição da carne – prosseguiu – é um elemento próprio da revelação cristã, eixo da nossa fé.”

“A realidade maravilhosa da Assunção de Maria manifesta e confirma a unidade da pessoa humana e nos recorda que somos chamados a servir e glorificar Deus com todo o nosso ser, alma e corpo.”

Se tivermos vivido assim, no alegre serviço a Deus, que se expressa também num generoso serviço aos irmãos, nosso destino, no dia da ressurreição, será igual ao de nossa Mãe celeste.

Após a oração mariana, na saudação aos vários grupos de fiéis e peregrinos presentes, o Papa confiou a Nossa Senhora Consoladora dos aflitos “as angústias e os tormentos daqueles que, em muitas partes do mundo, sofrem no corpo e no espírito”.

 

Tragédia de Gênova: a proximidade espiritual do Papa 

Em seguida, dirigiu um pensamento particular a todos os atingidos pela tragédia ocorrida esta terça-feira em Gênova, noroeste da Itália, que provocou vítimas e desconsolo na população.

Ao tempo em que confio as pessoas que perderam a vida à misericórdia de Deus, expresso minha proximidade espiritual a seus familiares, aos feridos, aos deslocados e a todos aqueles que sofrem por causa deste dramático evento. Convido-os se unirem a mim na oração, pelas vítimas e por seus entes queridos.”

 

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Papa: a Igreja é mulher e mãe, como Maria

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21 de mai de 2018

“A Igreja é feminina”, “é mãe” e quando falta esta identidade ela se torna “uma associação beneficente ou um time de futebol”; quando “é uma Igreja masculina”, infelizmente se torna “uma Igreja de solteirões”, “incapaz de amor, incapaz de fecundidade”.

Foi o que disse o Papa Francisco na missa celebrada nesta segunda-feira (21/05), na capela da Casa Santa Marta, dia em que a Igreja recorda a Beata Virgem Maria, Mãe da Igreja. Esta memória é celebrada pela primeira vez, este ano, após a publicação em 3 de março passado, do decreto “Ecclesia Mater” da Congregação para o Culto Divino e a Disciplina dos Sacramentos.

O Papa Francisco quis que esta memória fosse celebrada na segunda-feira depois de Pentecostes para “favorecer o crescimento do sentido materno da Igreja nos pastores, nos religiosos e fiéis, como também a genuína piedade mariana”.

 

A Igreja é feminina

Na homilia, o Santo Padre ressaltou que nos Evangelhos, Maria sempre é indicada como “Mãe de Jesus”, não “a Senhora” ou “a viúva de José”: a sua maternidade percorre toda a Sagrada Escritura, desde a Anunciação até o fim. Uma especificidade que os Padres da Igreja entenderam rapidamente, bem que alcança e cinge a Igreja.

“A Igreja é feminina, porque é igreja, esposa: é feminina. É mãe, dá à luz. Esposa e mãe. E os Padres vão além e dizem: ‘A sua alma também é esposa de Cristo e mãe’. Nessa atitude de Maria, que é Mãe da Igreja, neste comportamento podemos entender essa dimensão feminina da Igreja que, quando não existe, a Igreja perde a verdadeira identidade e se torna uma associação beneficente ou um time de futebol ou qualquer outra coisa, mas não a Igreja.”

Somente uma Igreja feminina poderá ter “comportamentos de fecundidade”, segundo as intenções de Deus, que “quis nascer de uma mulher para nos ensinar este caminho de mulher”.

 

Não a uma Igreja de solteirões

“O importante é que a Igreja seja mulher, que tenha esta atitude de esposa e mãe. Quando nos esquecemos disso, é uma Igreja masculina, sem esta dimensão, e se torna tristemente uma Igreja de solteirões, que vivem no isolamento, incapazes de amor, incapazes de fecundidade. Sem a mulher, a Igreja não vai adiante, porque ela é mulher. Esta atitude de mulher vem de Maria, porque Jesus quis assim.”

 

A ternura de uma mãe

Uma das virtudes que mais distingue uma mulher, observou o Papa Francisco, é a ternura, como Maria que “deu à luz seu filho primogênito, o enfaixou e o colocou numa manjedoura”: cuidar, com mansidão e humildade são as qualidades fortes das mães”.

“Uma Igreja que é mãe segue o caminho da ternura. Conhece a linguagem da sabedoria do carinho, do silêncio, do olhar cheio de compaixão, que tem gosto de silêncio. E, também, uma alma, uma pessoa que vive essa pertença à Igreja, sabendo que também é mãe, deve seguir o mesmo caminho: uma pessoa afável, terna, sorridente e cheia de amor”.

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Profanadores muçulmanos são condenados a decorar trechos do Corão

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24 de fevereiro de 2018

Uma juíza cristã condenou dois jovens muçulmanos que profanaram uma imagem de Nossa Senhora a ler e decorar algumas passagens do Corão que elogiam a Virgem Maria. A pena alternativa foi dada em substituição à pena convencional, para não enviar os jovens à prisão. Líderes muçulmanos e políticos elogiaram a decisão.

Há alguns dias, os dois jovens entraram em uma igreja, profanaram uma imagem mariana, filmaram o ato, divulgando-o posteriormente nas redes sociais, e foram presos pela Polícia. No dia 8, a juíza Jocelyne Matta decidiu que os jovens deveriam
decorar um texto do Corão, no qual a Virgem Maria é exaltada.

O Padre Rouphael Zgheib, sacerdote maronita, explicou que “recorrer a este tipo de sentença reeducativa é uma nova orientação na prática da justiça libanesa e é uma aplicação do artigo 111 do Código Penal”. Esse artigo “autoriza o juiz investigador a substituir a detenção de um acusado por qualquer outra medida considerada mais apropriada e efetiva”, explicou o Sacerdote.

Fonte: ACI

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Devotos participam de procissão luminosa e missa em SP

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18 de mai de 2017

Luciney Martins/O SÃO PAULO

Quem passou pelas ruas do centro de São Paulo na noite do sábado, 13, viu uma manifestação diferente das muitas que acontecem na cidade. Com velas acessas, cerca de 10 mil pessoas caminharam em oração, manifestando publicamente sua devoção à Virgem Maria, na celebração do centenário das aparições de Nossa Senhora em Fátima, Portugal.

A procissão luminosa, organizada pela Arquidiocese de São Paulo, saiu da Paróquia Nossa Senhora da Consolação e seguiu até a Praça da Sé, onde houve uma missa campal, presidida pelo arcebispo metropolitano, Cardeal Odilo Pedro Scherer.

Durante a missa, Dom Odilo também agradeceu o empenho dos muitos voluntários da Arquidiocese que trabalharam na organização da procissão.

Na homilia, Dom Odilo afirmou que o evento, realizado pela primeira vez na Arquidiocese, recordou uma prática tradicional no Santuário de Fátima. “Essa procissão tem um significado todo particular no coração da cidade. Estamos aqui para manifestar nossa homenagem, nosso momento de recordação daquilo que Nossa Senhora quis trazer para toda a humanidade”, disse, referindo-se à mensagem transmitida pela Virgem Maria aos pastorinhos Francisco, Jacinta e Lúcia, em 1917.

No evento, também foi celebrada a ação de graças pela canonização dos irmãos Francisco e Jacinta Marto, realiza- da também no sábado pelo Papa Fran- cisco, durante sua peregrinação a Fátima.

O Cardeal Scherer destacou ainda que, um século depois, a mensagem da Virgem de Fátima permanece atual e pode ser resumida em três palavras: oração, penitência e conversão. “Nossa Senhora pediu que rezassem o Rosário, e rezassem muito pela conversão dos pecadores... Penitência para conseguir de Deus a graça da conversão para muitos que andam longe de Deus e não estão ouvindo a sua voz, e para conseguir a paz para o mundo em um momento de muito sofrimento”, disse o Arcebispo, recordando que 1917 foi um ano em que se viveu a Primeira Guerra Mundial (1914-1918) e muitas convulsões sociais, como o início da revolução russa e de regimes totalitários, em especial o comunismo.

Sobre o Rosário, Dom Odilo explicou que essa maneira simples de rezar, bastante difundida pela Igreja, aproxima os cristãos de Deus. “Como São João Paulo II escreveu, meditando os mistérios do Rosário, nós estamos, de fato, entrando na escola do Evangelho, tendo como mestra Maria, a mãe de Jesus”, disse.

“Cem anos depois de Fátima, a Igreja continua a recomendar que se reze o Rosário, em família, individualmente, nas comunidades”, acrescentou.

Maria leva a Jesus

“Talvez alguém se pergunte: ‘Será que os católicos não têm devoção demais a Nossa Senhora?’ ou ficar na dúvida: ‘não estaria ela ocupando o lugar de Jesus na nossa fé e vida cristã?’ Não tenhamos medo. Nossa Senhora sabe que o lugar dela não é na frente de Jesus. Ela sempre aponta para Jesus – ‘Fazei tudo o que Ele vos disser’ –, sempre nos mostra Jesus para que voltemos para Ele, sempre nos recomenda novamente aquilo que o Senhor já anunciou”, afirmou o Purpurado, acrescentando que, inclusive, o convite à oração, penitência e conversão, são palavras de Jesus recordadas por sua Mãe em Fátima.

Dom Odilo usou a própria procissão luminosa como exemplo para explicar que a Virgem Maria sempre conduz o cristão a seu Filho: “Nós viemos em procissão, cantando louvores a Nossa Senhora, mas, ao mesmo tempo, nos dirigindo para Deus. E aqui vindo, não nos levou Maria justamente ao altar, para a Eucaristia? Para ouvir mais uma vez a Palavra de Deus?”

Ano Mariano

Dom Odilo recordou que no Brasil a Igreja celebra o Ano Mariano Nacional em comemoração aos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. E que, embora seja um título diferente, a mensagem da Mãe de Jesus é sempre a mesma: conduzir os fiéis para Cristo. “Quem vai a Aparecida, vai para a missa, para confessar, ouvir a Palavra de Deus e ter seu encontro com o Senhor”, afirmou “Como Maria, renovemos a nossa adesão a Jesus Cristo, à fé da Igreja, dos santos que nos precederam dando o testemunho da fé recebida dos apóstolos”, exortou o Cardeal.

O Arcebispo também destacou que naquele sábado, durante sua peregrina- ção ao Santuário de Fátima, o Papa Fran- cisco canonizou os irmãos Francisco e Jacinta.

Partindo do Evangelho proclamado na missa, que narra a visita da Virgem Maria a sua parenta Isabel, o Carde- al Scherer convidou os fiéis a seguir o exemplo de Nossa Senhora. “Com Maria, renovemos a nossa adesão a Jesus Cristo. Aprendamos com ela a sermos missionários, testemunhas de Jesus ao nos dirigirmos às pessoas”.

Sínodo arquidiocesano

Por fim, Dom Odilo pediu ao povo que reze pela realização do Sínodo Arquidiocesano, que será convocado oficialmente em 9 de junho e, segundo o Arcebispo, será a oportunidade de fazer uma grande avaliação da vida de toda a Arquidiocese. “Sínodo é busca de fazermos um caminho juntos para sermos fiéis a Jesus Cristo, à Igreja e à missão dele recebida, e para podermos ser mais eficazes também na nossa missão”, afirmou.

Assista o video da procissão, com depoimentos de fiéis:

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