Todos são chamados a participar do ‘Mês Missionário Extraordinário’

Por
27 de setembro de 2019

Para reforçar a missão da Igreja de ir a todos os povos e retomar, com novo impulso, a transformação missionária da vida e da pastoral, o Papa Francisco proclamou o “Mês Missionário Extraordinário”, a ser vivenciado em outubro. 


“Que o ‘Mês Missionário Extraordinário’ se torne uma ocasião de graça intensa e fecunda para promover iniciativas e intensificar, de modo particular, a oração – alma de toda a missão –, o anúncio do Evangelho, a reflexão bíblica e teológica sobre a missão, as obras de caridade cristã e as ações concretas de colaboração e solidariedade entre as Igrejas, de modo que se desperte e jamais nos seja roubado o entusiasmo missionário”, escreveu o Pontífice ao Cardeal Fernando Filoni, Prefeito da Congregação para Evangelização dos Povos e Presidente do Comitê Supremo das Pontifícias Obras Missionárias (POM), em 22 de outubro de 2017, quando fez o anúncio desse período especial para a Igreja. 


Na ocasião, Francisco afirmou que a celebração do “Mês Missionário Extraordinário” acontece em comemoração ao centenário da Carta Apostólica Maximum Illud (1919), escrita pelo Papa Bento XV, que deu novo impulso à responsabilidade missionária da Igreja de anunciar o Evangelho a todos os povos e nações, num contexto em que o planeta ainda se recuperava dos impactos da 1ª Guerra Mundial (1914 – 1918).

EM SINTONIA COM O SÍNODO ARQUIDIOCESANO
A Arquidiocese de São Paulo já se organiza para o “Mês Missionário Extraordinário”, tendo como referência os indicativos expressos pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano, na Carta Pastoral “Sínodo arquidiocesano de São Paulo, 2018 – 2020”. 


“A promoção do ‘Mês Missionário Extraordinário’, em outubro de 2019, combina bem com o caminhar do nosso sínodo e vai contribuir, certamente, para alcançarmos de maneira mais eficaz o objetivo do sínodo”, afirma Dom Odilo na Carta Pastoral, ao convocar todas as paróquias, com suas comunidades, organizações eclesiais e pastorais, a vivenciar este período como parte das atividades do sínodo arquidiocesano em 2019. 


“Muitas ações podem ser promovidas, como resposta aos desafios, lacunas e urgências na evangelização, já constatadas pela pesquisa de campo, de 2018, sobre a situação religiosa e pastoral. Há muito desejo de receber visitas missionárias; há carência de verdadeira acolhida e escuta das pessoas, de oração com elas e de lhes falar de Deus, da Igreja e de suas ações. Há carência de maior atenção aos doentes nos hospitais e nas casas, aos idosos que vivem sós, às pessoas angustiadas e necessitadas de uma palavra boa nas situações de dor, luto e aflição. São urgentes os gestos concretos de humanidade e de misericórdia em relação às pessoas ‘descartadas’ da sociedade e do sistema econômico. É preciso ir ao encontro dos pobres em todas as suas necessidades, tomando iniciativas concretas para socorrê-los”, escreve o Arcebispo de São Paulo em outro trecho da Carta Pastoral. 

O QUE FAZER? 
Durante o ‘Mês Missionário Extraordinário’, Dom Odilo exorta os grupos paroquiais a algumas iniciativas concretas, como ir ao encontro dos que vivem distantes da prática da fé; falar sobre o Batismo dos filhos e da Catequese em todas as fases da vida, sobretudo das crianças e dos adolescentes; destacar a importância do casamento cristão, revalorizando o sacramento do Matrimônio; bem como da assistência religiosa aos doentes e moribundos, do funeral cristão, da esperança cristã.


“Durante o ‘Mês Missionário Extraordinário’, vamos promover intensa oração pelas missões e pelos missionários, preparar bem o Dia Mundial das Missões (20 de outubro) e incentivar a Coleta para as Missões, a ser feita no mesmo dia; pode-se fazer uma vigília missionária, com adoração ao Santíssimo Sacramento; convidar algum missionário, pertencente a um instituto ou congregação missionária, para que fale ao povo sobre a urgência missionária da Igreja; nas paróquias, podem ser promovidas exposições missionárias com imagens, fotos e dados numéricos sobre a ‘Igreja missionária’; e também pode ser feito um festival missionário com cantos, poesias, testemunhos missionários, envolvendo crianças, adolescentes e jovens”, orienta Dom Odilo na Carta Pastoral. 

PREPARATIVOS

A maioria das paróquias da Arquidiocese de São Paulo já iniciou o processo de formação dos agentes missionários e o planejamento das iniciativas de missão nas diferentes realidades da metrópole. 


No Setor Pastoral Tatuapé da Região Belém, por exemplo, leigos das seis paróquias já passaram por um processo formativo para atuar no “Mês Missionário Extraordinário”, a partir de 5 de outubro, quando serão enviados em missão.  


“Estão sendo planejadas visitas nas casas, comércios, casas de repouso e escolas. Têm crescido a empolgação e o entusiasmo dos missionários, bem como a conscientização da necessidade de fazer as visitas missionárias. Cada paróquia está produzindo um material de divulgação para a missão a respeito daquilo que oferece”, detalhou ao O SÃO PAULO, o Cônego Marcelo Monge, Pároco da Paróquia Santo Antônio de Lisboa e Coordenador do Setor Tatuapé.


Na Paróquia São Francisco, no Setor Pastoral Vila Mariana, da Região Ipiranga, a missa de envio dos missionários acontecerá no domingo, 29, e o “campo de missão” se dará especialmente nos condomínios da área de abrangência da Paróquia. No ‘Mês Missionário Extraordinário’, católicos na Arquidiocese de São Paulo são chamados à missão em diferentes realidades da metrópole, e a rezar pelos missionários em todo o mundo;  nos meses de julho e agosto, diáconos- -seminaristas da Arquidiocese realizaram missão em dioceses no Piauí e no Pará (foto ao lado)


“Na medida em que formos visitando os apartamentos, nós vamos convidar essas pessoas a participar da Paróquia, com o intuito de trazê-las próximas à Igreja. Não será uma missão para uma espécie de ‘entrega de bênção’, mas uma visita às pessoas, para que elas sintam que não estão sozinhas, e para convidá-las para participar da Igreja”, detalhou à reportagem o Frei Valdeci Schwambach, Pároco. 

FRUTOS DO ‘OUTUBRO MISSIONÁRIO’
Ainda na Carta Pastoral, o Arcebispo de São Paulo diz que, “como fruto do ‘Mês Missionário Extraordinário’, deveria ficar organizado um serviço de ‘missão permanente’ em cada paróquia. A missão, de fato, não se encerra com uma campanha, feita de vez em quando. A Igreja é missionária de maneira permanente e em tudo o que ela faz; ela existe para a missão e essa Igreja somos nós! Por isso, precisamos desenvolver uma nova cultura missionária em cada comunidade, em cada organização eclesial. Não devemos contentar-nos em ser bons cristãos, apenas de maneira privada e individual”. 


Ainda de acordo com o Cardeal Scherer, o ‘Mês Missionário Extraordinário’ pode ajudar os pais a recuperar a dimensão de que a família e o círculo familiar ampliado também são campo de missão, o que envolve a transmissão da fé católica às novas gerações e o estímulo para que os filhos recebam os sacramentos. 

ATENÇÃO À AMAZÔNIA

Na mensagem para o Dia Mundial das Missões de 2019, o Papa Francisco afirma que a finalidade primeira do “Mês Missionário Extraordinário” é ajudar “a reencontrar o sentido missionário e a nossa adesão”, e destaca ser uma “coincidência providencial” que ele aconteça em meio ao Sínodo dos Bispos para a Amazônia, que se realizará no Vaticano no próximo mês. 


Também o Cardeal Scherer, na Carta Pastoral, aponta que “a evangelização da Amazônia, nossa união espiritual e a solidariedade efetiva com a Igreja que está naquela região são desafios que nos envolvem também e não nos devem desinteressar. Portanto, o acompanhamento do ‘Sínodo da Amazônia’ também será parte das ações do ‘Mês Missionário Extraordinário’”.

EM MISSÃO NO NORTE E NORDESTE
Nos meses de julho e agosto, os diáconos-seminaristas Carlos André Romualdo, Francisco Ferreira da Silva, Hernane Santos Módena e Luiz Carlos Ferreira Tose Filho, que devem ser ordenados padres no fim deste ano, foram enviados em missão pela Arquidiocese de São Paulo a dioceses nos estados do Pará e do Piauí. 


À reportagem, eles relataram o que vivenciaram: territórios paroquiais muitos extensos, localizados em zonas rurais, com dezenas de comunidades, distantes umas das outras e, muitas vezes, contando apenas com um padre que se dedica ao serviço pastoral.


“O que mais me marcou foi exatamente o evangelizar da base, fazer um trabalho de evangelização com aquele povo. Tocou-me muito a devoção popular, o jeito do povo rezar diariamente, mesmo na falta de um sacerdote, tendo uma missa a cada mês, permanecendo juntos em capelinhas simples, algumas feitas de madeira, de forma improvisada, sem teto”, recordou o diácono-seminarista Francisco Ferreira. 


A Arquidiocese de São Paulo também participa do projeto missionário entre os regionais Sul 1 (São Paulo) e Norte 1 (Amazonas e Roraima) da CNBB, pelo qual, há 25 anos, leigos, religiosos e padres são enviados em missão para as dioceses brasileiras localizadas na Amazônia. 
 

(Colaboraram: Jenniffer Silva, Flavio Rogério Lopes e José Ferreira Filho)

Comente

Legião de Maria comemora 60 anos do Senatus Nossa Senhora Aparecida

Por
27 de junho de 2019

Os fiéis da associação leiga Legião de Maria lotaram a Paróquia Nossa Senhora do Monte Serrate, em Pinheiros, para a missa em ação de graças pelos 60 anos de criação do Senatus Nossa Senhora Aparecida, que compreende os Estados de São Paulo, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. 
A missa, no sábado, 22, foi presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo, e concelebrada por padres que acompanham os grupos da Legião de Maria, dentre os quais o Diretor Espiritual do Senatus, Frei Guilherme Pereira Anselmo. 

HISTÓRIA E ORGANIZAÇÃO
A Legião de Maria foi fundada pelo Venerável Frank Duff, na Irlanda, em 1921, e está no Brasil desde 1950. Por meio da devoção mariana, os chamados membros ativos da Legião de Maria se reúnem semanalmente em pequenos grupos, denominados presidium, para rezar e organizar atividades apostólicas, como visitas aos doentes, idosos, hospitais, presídios, famílias etc. Há, ainda, os membros auxiliares, que se comprometem a rezar diariamente determinadas orações em nome da Legião de Maria. 
Os grupos da associação estão ligados entre si por um conselho maior, chamado cúria, que orienta cada presidium e recebe o relatório de suas atividades. Esses conselhos, por sua vez, estão ligados a um outro maior (comitium ou senatus), geralmente em nível estadual ou nacional. Já o Concilium Legionis Mariae (Concílio da Legião de Maria), que tem sua sede em Dublin, na Irlanda, cuida da vida espiritual e pastoral da associação em todo o mundo.
A Legião de Maria chegou à Capital Paulista em 1954 e, em 21 de junho de 1959, foi criado o Senatus Nossa Senhora Aparecida, o primeiro dos oito existentes no Brasil. Atualmente, esse Senatus conta com aproximadamente 28 mil membros ativos e mais de 90 mil auxiliares. 

MISSIONÁRIOS
Na homilia, Dom Odilo ressaltou o fato de a Legião de Maria ser uma iniciativa de um leigo para leigos, e que continua a fazer muito bem para a Igreja. “Nesta ocasião, gostaria de incentivar vocês a viver esse carisma de maneira alegre, generosa e renovada, inclusive procurando ampliar a presença da Legião onde ela não está, envolver novos membros, conquistar os jovens, novos adeptos para abraçar essa espiritualidade e essa ação de apostolado que vocês realizam.” 
O Arcebispo ressaltou, ainda, a missionariedade da associação, ao cultivar e propagar a devoção à Virgem Maria e realizar uma ação apostólica de transmissão da fé e serviço da caridade. “Esse apostolado concreto que vocês fazem é muito importante para a Igreja. E é isso que o Papa Francisco nos pede quando diz que devemos ser uma Igreja ‘em saída’. Quando vocês entrarem em uma casa para fazer uma visita, digam que estão ali em nome da Igreja”, enfatizou. 

A CAMINHO DO CENTENÁRIO 
A celebração do aniversário do Senatus Nossa Senhora Aparecida também marcou o início das comemorações do centenário da Legião de Maria, que acontecerá em 2021. Para isso, foram abençoadas 70 imagens de Nossa Senhora que irão peregrinar pelos diversos grupos da associação até a conclusão do jubileu. 

Comente

Missa marca envio de missionários para Moçambique

Por
22 de março de 2018

No domingo, 18, na Catedral Metropolitana de Campinas, o Arcebispo de Campinas e Presidente do Regional Sul 1 da CNBB, Dom Airton José dos Santos, presidiu a missa de envio do grupo missionário para a Diocese de Pemba, no norte de Moçambique. Eles vão integrar o Projeto Ad Gentes, Pemba, mantido pelo episcopado paulista.

Participaram também da celebração Dom José Luiz Bertanha, Bispo de Registro e Presidente da Comissão Episcopal Pastoral para a Ação Missionária e Cooperação Intereclesial do Regional Sul 1; Dom Pedro Luiz Stringhini, Vice-Presidente do Regional e Bispo de Mogi das Cruzes; Dom Julio Endi Akamine, Secretário-Geral do Regional Sul 1 e Arcebispo de Sorocaba; e Dom João Bosco Barbosa de Sousa, Bispo de Osasco.

Juntamente com Dom José Luiz Bertanha, embarcarão os diáconos Denis Aparecido Mendes Pereira e Rafael Ferreira de Santana, da Diocese de Osasco; a leiga Fernanda de Cassia Leal, da Diocese de Mogi das Cruzes, e seis membros da Fraternidade Missionária O Caminho: Padre Boaventura dos Pobres de Jesus, Frei Cléofas Filho do Monte Calvários, Irmã Hadassa do Amor Eucarístico, Irmã Nazareth Hóstia de Cristo, Irmã Séphora do Humilde Rei Jesus, e o leigo Leandro Martins Soares.

No contexto do Ano Nacional do Laicato, o Arcebispo salientou que todo o batizado deve se comprometer com a missão. Ele enfatizou: “Toda pessoa que se sente chamada a anunciar o Evangelho, é missionária onde Deus a colocou, seja dentro de sua família, no seu trabalho, em sua cidade.”

Na homilia, ele pediu que todos se comprometam com a missão para Pemba, materialmente e espiritualmente, sobretudo com orações, que serão o sustento e fortaleza dos missionários. Foi um grande convite: “Esforcemo-nos e sejamos generosos ajudando nossos missionários a continuarem anunciando o Evangelho e a serem testemunhas de Cristo onde serão enviados.”

O Arcebispo concluiu agradecendo a Deus por esta resposta à Igreja de Pemba: “Que o Senhor nos fortaleça, nos ajude e nos faça cada vez mais corajosos e generosos na partilha com os irmãos e irmãs que pouco ou nada tem para a sua vida cristã.”

O Bispo da Diocese de Pemba, o brasileiro Dom Luís Fernando Lisboa, CP, missionário passionista, também falou das expectativas em receber os missionários: “O Regional Sul 1 está dando um belo exemplo de como a Igreja é missionária na sua essência. Agradeço, de coração, todos os irmãos no episcopado deste imenso regional, pela abertura, cooperação e envio missionário. Aos missionários e missionárias que vêm em abril e aos que já estão, Deus os abençoe pela disponibilidade e generosidade. Sejam muito bem vindos. Deus os abençoe abundantemente!”.

A missa também marcou o lançamento da Campanha “Eu Ajudo Pemba”, em prol da ação missionária. Os fiéis receberam um panfleto com a Oração Missionária e informações para fazerem suas contribuições.

Os recursos arrecadados serão administrados pelo Fundo Missionário do Regional Sul 1. Os missionários viajarão em  5 de abril, quando embarcarão em voo para Johannesburgo e de lá seguirão para Pemba, localizada no norte de Moçambique na África.

(Com informações de Regional Sul 1 da CNBB)

Comente

23 missionários foram assassinados no mundo em 2017

Por
31 de dezembro de 2017

Vinte e três missionários foram assassinados em 2017. É o que afirma o relatório anual de fim de ano publicado pela agência Fides, da Congregação para a Evangelização dos Povos.

Segundo a divisão continental, pelo oitavo ano consecutivo, o número mais elevado se registra na América, onde foram mortos 11 agentes pastorais, seguido pela África, com dez mortes de agentes pastorais; e Ásia, onde foram assassinados dois agentes pastorais.

Conforme dados coletados pela agência missionária, de 2000 a 2016 foram mortos no mundo 424 agentes pastorais, dos quais cinco bispos.

De acordo com a Agência Fides, os assassinados são a ponta do iceberg, uma vez que é longo o elenco de agentes pastorais, ou de simples católicos, agredidos, espezinhados, ameaçados, bem como de estruturas católicas a serviço de toda a população assaltadas, vandalizadas ou saqueadas.

Além disso, destaca o relatório, deve-se acrescentar à longa lista muitos dos quais jamais se terá notícia ou dos quais jamais se conhecerão os nomes, que em todos os cantos do planeta sofrem e pagam com a vida sua fé em Jesus Cristo.

(Com informações de Agência Fides e Vatican News)

LEIA TAMBÉM

58 defensores dos direitos humanos foram mortos no País

NA RÁDIO 9 DE JULHO

Acompanhe os boletins jornalísticos diários, às 11h e às14h.

Ouça em AM 1.600 kHz – em toda a Grande São Paulo

Acesse em: www.radio9dejulho.com.br

CLIQUE AQUI, BAIXE O APLICATIVO E OUÇA EM SEU CELULAR

 

Comente

Para pesquisar, digite abaixo e tecle enter.