O SÃO PAULO recorda abertura do Jubileu de 2000

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17 de janeiro de 2020

Nesta quinta-feira, 15, a série “#TBT O SÃO PAULO” recorda a edição 2269 do semanário da Arquidiocese de São Paulo, publicada em 5 de janeiro de 2000, que noticiou a abertura do Ano Jubilar na Arquidiocese de São Paulo.

O Jubileu de 2000 foi aberto em São Paulo em celebração no final da tarde de 25 de dezembro com a presença do então Arcebispo Metropolitano, Dom Cláudio Hummes, os bispos auxiliares, vigários episcopais das Regiões Belém e Santana e cerca de mil fiéis.

A celebração de abertura da Porta Santa da Catedral, a exemplo da celebração realizada na noite de 24 de dezembro de 1999, em Roma, pelo Papa João Paulo II, e semelhante às realizadas em dioceses de todo mundo, também no dia do Natal.

Na cidade, a solenidade começou com uma concentração no Páteo do Colégio, local da fundação da cidade. A procissão seguiu pelas ruas do centro, tendo à frente a imagem de Cristo do terceiro Milênio, feito a pedido do Vaticano pelo artista plástico brasileiro Cláudio Pastro. Na Porta da Catedral, depois de proferir a invocação de abertura da Porta Santa, Dom Cláudio ergueu a imagem do Cristo do terceiro milênio, sob uma salva de palmas.

(O SÃO PAULO - Edição 2269 - 5 de janeiro de 2000)

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Os 800 anos de fundação da Ordem das Mercês

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16 de março de 2018

Na Espanha do século XIII, um jovem, Pedro Nolasco, dedicou a própria vida para comprar escravos e libertá-los. Católico e sob a intercessão de Nossa Senhora das Mercês, Pedro fundou a Ordem da Virgem Maria das Mercês da Redenção dos Cativos ou Ordem dos Mercedários, como são também conhecidos os padres que ainda hoje se dedicam a libertar as pessoas dos diferentes tipos de prisões que as oprimem. 

Os pais de Pedro mudaram-se da França para a Espanha, e seu pai estabeleceu-se em Barcelona como rico mercador. O jovem acompanhava seu pai na tarefa de vender mercadorias nas cidades litorâneas e testemunhava os maus- -tratos dos cativos e de alguns que eram oferecidos até como mercadoria. 

Em 1203, com 20 anos, Pedro Nolasco foi visto comprando cativos. Dava liberdade a eles devolvendo-lhes às suas famílias. Com a morte dos pais, Nolasco herdou a fortuna da família, mas renunciou ao dinheiro em benefício da redenção dos cativos que eram, em sua maioria, cristãos aprisionados por causa da fé em Cristo Jesus. Assim, fundou uma ordem religiosa com esse fim. 

“Este ano de 2018 é muito especial para os devotos e devotas, religiosos e religiosas de Nossa Senhora das Mercês, pois é celebrado o jubileu de 800 anos de fundação da Ordem das Mercês, que coincidiu com o Ano do Leigo. Um jovem leigo, Pedro Nolasco, foi quem começou essa história, quando em 1218, juntamente com outros companheiros, se consagrou a Deus e legou à Igreja uma família religiosa”, afirma o texto de motivação para o jubileu, divulgado pela própria Ordem. 

Ao Brasil, os primeiros religiosos Mercedários chegaram por volta de 1639 em Belém do Pará, e na Arquidiocese de São Paulo, apenas no ano de 1954, com a instalação canônica da comunidade no dia de São Serapião (14 de novembro). A Paróquia já havia sido criada com o título das Mercês no ano anterior. 

Os Mercedários, além dos votos de pobreza, castidade e obediência, professam um quarto voto, que é o de dar a vida pela libertação dos prisioneiros. 

“Nosso carisma é um empenho na construção das vidas humanas e de fazer com que as pessoas se tornassem profundamente livres. É uma constante provocação de liberdade. O carisma não se resume ao trabalho no cárcere. É interessante ver como as pessoas vão sendo transformadas pelo caminho da libertação, no sentido bíblico e social”, disse, em entrevista ao O SÃO PAULO , o Frei José Maria Mohomed, Pároco da Paróquia Nossa Senhora das Mercês. 

 

PORTA JUBILAR

O oitavo centenário teve início em Roma no dia 17 de janeiro. No dia 3 de fevereiro, foi a vez de se abrirem as festividades jubilares na cidade de Brasília (DF), onde está a sede da Província Mercedária, e, na Arquidiocese de São Paulo, foi aberta a porta jubilar, no domingo, 11, na Paróquia Nossa Senhora das Mercês, com a solene celebração presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano.

Durante o ano jubilar da Ordem das Mercês, a Penitenciária Apostólica concedeu indulgências aos que passarem pela porta jubilar tendo confessado, comungado, rezado pelas intenções do Papa e fizerem um gesto de caridade para com os necessitados e os cativos. Vale lembrar que os que desejarem receber as indulgências podem fazê-lo até 17 de janeiro de 2019, quando se encerrará o ano jubilar.

Na homilia da missa no domingo, o Cardeal Scherer afirmou que é muito atual aquilo que foi a motivação da fundação da Ordem das Mercês: “A Ordem teve início na Espanha num período de dominação, quando havia muitos sequestros e escravização das pessoas. São Pedro Nolasco, naquele contexto, sentiu o desejo de fazer alguma coisa, e, dessa inspiração, nasceu esta importante obra.”

Dom Odilo recordou também os vários tipos de escravidão que existem hoje. “No mundo e no Brasil, há um comércio de pessoas acontecendo. São pessoas exploradas sexualmente, para o trabalho, para o uso de órgãos. Existem muitas realidades de trabalho que colocam as pessoas em situação de escravidão e exploração. Temos que trabalhar para que todos possam viver com dignidade. A dignidade humana não tem preço. Isso continua sendo tarefa permanente nossa”, continuou.

 

O CARISMA HOJE

Atualmente, os Mercedários presentes em diferentes lugares do Brasil realizam trabalhos pastorais em escolas, comunidades, paróquias e mantêm um centro social para crianças. “Também trabalhamos na Pastoral da Criança e na Pastoral da Sobriedade”, explicou Frei José Maria Mohomed. 

Sobre a dimensão do martírio, visto que a Congregação tem mais de 200 mártires reconhecidos pela Igreja nestes 800 anos de história, o Frei disse que os religiosos da Ordem dão a vida em cada um desses trabalhos sociais que realizam. Recordou, também, das ordens mercedárias que foram fundadas e pertencem à família mercedária. Além disso, a cidade de São Raimundo Nonato (PI) e o bairro Vila das Mercês, em São Paulo, foram inspirados na espiritualidade da Ordem Religiosa.

Durante a celebração de abertura do jubileu em São Paulo, Frei John Londerry Batista, Provincial da Ordem das Mercês, falou sobre a gratidão como um nobre sentimento que permeia a vida humana. “A ingratidão, por sua vez, conduz às correntes da opressão. Pedro empenhou- -se na libertação dos cativos e passou de mercador de várias mercadorias a mercador da liberdade. Nolasco e os primeiros mercedários contemplaram no rosto dos cativos, aqueles privados da liberdade, o rosto do próprio Cristo”, disse.

Frei Santiago Rodriguez y Garcia Navas, 75, é espanhol e está no Brasil há 50 anos. Para ele, ser Mercedário é seguir um estilo de vida em favor dos oprimidos da sociedade. “Naquela época, a opressão era configurada nos mouros. Hoje tem outras configurações, como drogas, pobreza, misérias, injustiças”, disse o Frei, que ingressou na Ordem motivado pela espiritualidade das Mercês.  

Por ocasião do jubileu, o Papa Francisco enviou à Ordem uma carta, na qual destaca os patrimônios espirituais da Ordem. “No rico patrimônio da família mercedária, iniciado com os fundadores e enriquecido pelos membros da comunidade que se seguiram ao longo dos séculos, reúnem-se todas as graças espirituais e materiais que vocês têm recebido. Este depósito torna-se a expressão de uma história de amor que está enraizada no passado, mas que, acima de tudo, está encarnada no presente e aberta para o futuro, nos dons que o Espírito continua a derramar hoje em cada um de vocês”, escreveu o Papa.

Com seu carisma específico na Igreja, a família mercedária é, para o mundo, promotora da paz e desenvolve ações concretas para a superação da violência hoje, sobretudo daquele tipo de violência que oprime e torna as pessoas prisioneiras.

(Colaborou: Fernando Geronazzo)
 

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Há 60 anos com a intercessão de são Filipe Neri

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20 de fevereiro de 2018

A Paróquia São Filipe Neri, no Parque São Lucas, na zona Leste de São Paulo, abriu as comemorações dos seus 60 anos de criação, no domingo, 11, com uma missa solene presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano.

Na ocasião, Dom Odilo conferiu a ordem presbiteral ao Diácono Josivaldo Alves Barreto, 33, religioso da Congregação do Oratório de São Filipe Neri, responsável pela comunidade paroquial desde a sua fundação. Dentre os concelebrantes estavam o Pároco, Padre Norival da Silva, o Vigário Paroquial, Padre Fabiano Micali de Almeida, e o Prepósito da Congregação, Padre Roberto Gennaro. 

História

Em 1957, o Padre Aldo Giuseppe Maschi (1920-1999), missionário oratoriano vindo de Verona, na Itália, chegou por acaso ao Parque São Lucas, onde se encantou com a população local que se reunia em uma pequena capela dedicada a Santo Antonio, decidindo-se permanecer ali. Em 11 de fevereiro de 1958, o Cardeal Carlos Carmelo de Vasconcelos Motta, então Arcebispo de São Paulo, erigiu a nova Paróquia, tendo como padroeiro São Filipe Neri, e o Padre Aldo como primeiro Pároco.

Padre Aldo permaneceu como pároco por 40 anos. Nesse período, alicerçou as bases para a fundação do único Oratório de São Filipe Neri de língua portuguesa no mundo, que recebeu o reconhecimento pontifício em 1996.

Ao contrário das demais congregações e ordens religiosas, os Oratórios de São Filipe Neri são casas independentes, canonicamente definidas pelo termo latino sui iuris , e são ligadas diretamente à Sé Apostólica, não tendo um superior geral que responda por todas as casas no mundo, mas, sim, um superior local, o prepósito, subordinado diretamente ao Papa. 

Portanto, o Parque São Lucas é o lar permanente dos padres oratorianos de São Paulo, o que torna mais estreita a sua ligação ao povo do bairro, que cresceu com a Paróquia.  

Comunidade mariana 

Há 20 anos no Oratório e sacerdote há 13 anos, o Vigário Paroquial relatou ao O SÃO PAULO que a Paróquia tem uma estreita relação com a devoção a Mãe de Jesus, pois foi fundada no dia em que se comemorava o centenário das aparições de Nossa Senhora em Lourdes, na França. “A primeira aparição de Nossa Senhora em Lourdes se deu em 11 de fevereiro de 1858. Um século depois, nossa Paróquia foi criada”, disse Padre Fabiano.

Para marcar essa relação histórica, depois da missa, Dom Odilo inaugurou e abençoou um altar dedicado a Nossa Senhora de Lourdes na parte externa da matriz paroquial. 

Povo de Deus

Na homilia, o Cardeal Scherer agradeceu aos padres oratorianos pelo serviço prestado na Paróquia ao longo das seis décadas, que imprimiu nos fiéis as características marcantes do padroeiro: a oração e a alegria.

Dom Odilo recordou, ainda, que a Paróquia não é simplesmente o templo, mas também “o povo de Deus que se reúne em torno de Cristo, presente no meio de nós, anunciando a Palavra, alimentando-nos, dando-nos coragem, enviando-nos a dar o testemunho do Evangelho no meio do mundo”.

O Arcebispo ressaltou, ainda, que cada paróquia é sinal da presença de Deus e do Evangelho no lugar onde ela está. “É importante o povo se ligar a uma paróquia, participar de suas celebrações e atividades, porque é desse jeito que acabam se tornando testemunho”, completou. 

Novo Padre

Pernambucano, Padre Josivaldo vive na Capital Paulista desde os 7 anos. Ingressou no Oratório em 2007, quando conheceu um padre oratoriano que atendia confissões no colégio onde estudava. “Há dez anos, eu venho caminhando com os oratorianos nesta Paróquia e, cada vez mais, me familiarizo com a espiritualidade de São Filipe Neri”.

Na homilia, Dom Odilo ressaltou que a ordenação presbiteral confere ao candidato o encargo de ser ministro servidor de Jesus Cristo e do povo de Deus, por meio dos sacramentos, de modo especial, a Eucaristia e a Confissão, o anúncio da Palavra de Deus, na Catequese e na formação cristã. “Como presbítero, você será encarregado de todo o bem da Igreja, que é o povo de Deus e sua fé”, disse o Cardeal ao ordenando.

O Arcebispo recomendou ao povo que olhe para os sacerdotes com fé. “Rezem por nós, a fim de que possamos ser cada vez mais dignos e melhores no nosso serviço e naquilo que devemos ser no meio do povo. O sacerdote também precisa de toda a colaboração do povo de Deus. A colaboração é fundamental para que possa desempenhar bem o seu ministério”. Por fim, o Cardeal Scherer salientou a importância da oração pelas vocações: “Todos devemos pedir que o Senhor da messe, que é Deus, continue a enviar operários”. 

Informações

Paróquia São Filipe Neri – Região Episcopal Belém Endereço: Avenida São Lucas, 279, Parque São Lucas Telefone: (11) 2211-6817

São Filipe Neri e os oratórios

Conhecido como o “sorriso de Deus”, São Filipe Neri é o padroeiro da alegria e da caridade. Nascido em Florença, na Itália, em 21 de junho de 1515, foi ordenado sacerdote em 1515, aos 36 anos, tendo o ministério marcado pelo atendimento da confissão e uma atenção especial pelos jovens e enfermos. Em 1565, fundou a Congregação do Oratório, voltada para clérigos seculares que viviam em comunidades, dedicados à evangelização e educação da juventude, administração dos sacramentos e as obras sociais. Seu ensinamento se resumia em “servir ao Senhor com alegria”.

Os primeiros oratorianos chegaram ao Brasil em meados do século XVII e permaneceram até a primeira parte do século XIX, quando a Congregação foi extinta no País em 1830. Só em 1957, com a chegada do Padre Aldo ao Parque São Lucas, é que os seguidores de São Filipe Neri voltaram a atuar no Brasil.

Hoje, a Paróquia conta com 40 pastorais e movimentos. Além disso, há um trabalho com dependentes químicos, Alcoólicos Anônimos, e um trabalho social desenvolvido pela Associação Pe. Aldo Giuseppe Maschi, que ajuda cerca de 120 famílias. Também é intenso o trabalho desenvolvido junto à juventude, grande preocupação de São Filipe Neri. No território da Paróquia, há, ainda, um convento feminino das Irmãs Auxiliadoras do Oratório, que ajudam nos trabalhos pastorais e obras sociais.

Seguindo uma tradição dos oratorianos, dentre as missas celebradas na Paróquia, há uma, aos domingos, rezada na forma extraordinária do rito romano, em latim, de acordo com as orientações prescritas na Carta Apostólica, na forma de Motu proprio, Summorum Pontificum , do Papa Bento XVI, em 2007.


 

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Paróquia Santa Bernadette testemunha a fecundidade da Igreja na cidade

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07 de novembro de 2017

A Paróquia Santa Bernadette, na Vila IVG, zona Leste de São Paulo, promoveu uma série de inciativas para celebrar os 60 anos de criação, completados na segunda-feira, 30 de outubro. O ponto alto das festividades foi a missa solene presidida por Dom Luiz Carlos Dias, Bispo Auxiliar da Arquidiocese na Região Belém, no domingo, 29, na Escola Joaquim Braga de Paula.  

Criada em 30 de outubro de 1957 pelo Cardeal Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta, então Arcebispo de São Paulo, essa Paróquia cresceu praticamente junto com o bairro localizado entre a Vila Industrial e o Parque São Lucas. 

Pároco há sete anos, o Padre José Antonio Tejada definiu a Paróquia, ao O SÃO PAULO , como uma comunidade muito viva e fecunda, caracterizada pela presença das famílias e dos jovens. Desde 1978, a Paróquia conta com a marcante presença do Caminho Neocatecumenal que atraiu inúmeras famílias. “Com o processo de iniciação cristã permanente, própria do movimento, começaram a surgir os frutos de casais abertos à vida e famílias verdadeiramente missionárias”, destacou Padre José Antonio, mencionando, ainda, as muitas vocações. “Atualmente, temos 11 padres ‘filhos da Paróquia’ e nove seminaristas em diferentes seminários”. Além dos consagrados, há na Paróquia famílias missionárias. “Hoje nós temos um casal missionário em Palmas (TO) e outro na China”, contou. 

 

Juventude

A presença significativa de jovens na Paróquia estimulou a criação, há quatro anos, da Pastoral do Pós-Crisma, com grupos que se reúnem semanalmente para o aprofundamento da formação cristã e partilha de experiências. São aproximadamente 130 jovens em 17 grupos, acompanhados por casais chamados de “padrinhos”, que recebem os jovens em suas casas. 

A presença dos jovens se deve especialmente à participação das famílias na vida eclesial. “Muitos cresceram acompanhando seus pais e hoje continham a sua caminhada na Igreja. E aqueles que não vêm por causa dos pais, vêm por causa dos amigos e depois acabam trazendo seus pais. Há muitos pais que estão hoje na Paróquia, porque os filhos os trouxeram”, destacou Padre Túlio.

Em relação aos jovens, é uma tradição da Paróquia participar das jornadas mundiais da juventude. Para isso, há uma mobilização de toda a comunidade com a promoção de eventos e iniciativas para arrecadar fundos para a viagem dos jovens. Os paroquianos correspondem bastante. Na última jornada, em Cracóvia, na Polônia, em 2016, a Paróquia enviou 54 jovens. 

 

Família de Famílias

A Vila IVG é um bairro que tem sua origem nas muitas famílias que migraram do Nordeste ou do interior de São Paulo para a Capital Paulista. Bastante residencial e com poucos prédios, até hoje as relações de parentesco entre os moradores são muito marcantes, o que faz da comunidade eclesial uma família de famílias.

Esse clima familiar também reflete no espírito solidário da Paróquia. “Quando alguém adoece, vemos uma mobilização das pessoas, seja pelas orações ou pelas ajudas prestadas”, relatou Padre José Antonio. “Aqui há muitas pessoas em condições de vida mais precárias e há uma solidariedade muito forte entre os moradores. Nós montamos e distribuímos uma média de 30 cestas básicas por mês. Nem todas as pessoas que recebem esse auxílio são membros ativos da comunidade paroquial, mas veem na Paróquia uma referência e socorro em suas necessidades”, acrescentou. 

 

Grupos de rua

Outra realidade pastoral marcante na Paróquia há décadas é a dos grupos de rua, expressão concreta da “comunidade de comunidades”, ressaltada no Documento de Aparecida. Esses grupos se reúnem semanalmente para celebrarem em torno da Palavra de Deus. O Pároco salientou que o desafio atual em relação a esses grupos é conscientizar as novas gerações a continuarem o trabalho. “A maioria dos membros das famílias não tem conseguido manter os filhos como continuadores da tradição. Essa é uma realidade não só desta Paróquia, mas do Setor e da Região Episcopal”, disse.

 

Festividades

As comemorações do aniversário de 60 anos começaram em abril, com a realização de um festival de músicas, em que foram apresentadas 14 canções compostas por paroquianos sobre a história da Paróquia ou relacionadas à devoção à padroeira. Em maio, aconteceu um evento no qual foi apresentada a história da vida de Santa Bernadette Soubirous, testemunha das aparições de Nossa Senhora em Lourdes, na França. A pesquisa e apresentação foram feitas pelo Padre Túlio Felipe de Paiva, Vigário Paroquial. 

Além da tradicional festa junina, a programação dos 60 anos também contou com uma exposição histórica da Paróquia, durante o mês de julho. Em agosto, o destaque foi a Semana Nacional da Família, com a realização de palestras sobre o tema e presença de diversos bispos. Em setembro, os jovens apresentam um musical sobre a vida da padroeira. 

No sábado, 28 de outubro, foram lançados um CD comemorativo, com as canções apresentadas no festival de música, e um livro de poesias sobre os 60 anos da Paróquia, escritas por paroquianos ao longo do ano. Nessa mesma ocasião, foi inaugurado o novo sino da igreja. Devido a uma rachadura, o sino anterior ficou por 22 anos parado. Segundo o Pároco, a volta do toque do sino tem um grande significado para a presença da Igreja no bairro, uma vez que esse é um dos mais antigos sinais de convite ao povo para o encontro com o Senhor. 

 

Sínodo

Ao completar 60 anos, a comunidade da Paróquia Santa Benadette está animada para celebrar o primeiro sínodo arquidiocesano, convocado pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo de São Paulo. “Já formamos uma comissão paroquial para levar em frente os trabalhos e temos participado das reuniões promovidas pela Arquidiocese. Estamos acompanhando os passos e orientações da Arquidiocese. Estamos unidos à Igreja e aos nossos bispos”, garantiu o Padre José Antonio.
 

 

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Agência Nacional de Transportes Terrestres mobiliza ações para o Jubileu de 300 anos

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05 de outubro de 2017

Entre os dias 6 e 14, a Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT) coordena, em parceria com diversos órgãos públicos, ações de mobilidade para o Jubileu de 300 anos de Nossa Senhora Aparecida, no interior Paulista.

Serão 57 servidores da Agência envolvidos, distribuídos em pontos de fiscalização que também se estenderão pelo Rio de Janeiro e por Minas Gerais.

A expectativa da Agência é que cerca de 500 mil peregrinos se desloquem ao Santuário Nacional, o que leva a um número igualmente elevado de veículos na estrada.

 ‘Peregrinação da imagem de Nossa Senhora Aparecida foi um momento de muita comunhão eclesial’

A ação divulgará aos passageiros o trabalho desenvolvido pela ANTT sobre o uso do cinto de segurança e a importância de usar um transporte regular.

(Informações ANTT)

LEIA TAMBÉM: Hora de festejar os 300 anos da Padroeira do Brasil

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Hora de festejar os 300 anos da Padroeira do Brasil

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04 de outubro de 2017

Em comemoração ao jubileu dos 300 anos do achado da imagem de Nossa Senhora Aparecida, a Arquidiocese de São Paulo realizará, no dia 12, às 9h, uma missa campal no centro da cidade, no Largo Santa Ifigênia, que será seguida por procissão até o Vale do Anhangabaú.

Durante a celebração, será acolhida a imagem da Padroeira do Brasil que está peregrinando por cidades paulistas por meio do projeto Tietê Esperança Aparecida, que busca expressar a fé e a devoção a Nossa Senhora Aparecida e conscientizar a população sobre a importância da despoluição do rio Tietê. No dia 12, a imagem será conduzida pelo rio que atravessa a Capital Paulista até a Ponte do Piqueri, onde seguirá em carreata até o Largo Santa Ifigênia.

Leia também: ‘Peregrinação da imagem de Nossa Senhora Aparecida foi um momento de muita comunhão eclesial’

Haverá ainda celebrações em honra a Nossa Senhora Aparecida por toda a Arquidiocese, especialmente nas paróquias dedicadas à Virgem, com destaque para a Paróquia Nossa Senhora Aparecida, na rua Labatut, 781, no Ipiranga, onde na missa das 16h, a ser presidida pelo Cardeal Scherer, Arcebispo Metropolitano, essa igreja será elevada a santuário mariano na Arquidiocese.

Apresentamos a seguir a programação de algumas das paróquias dedicadas a Nossa Senhora Aparecida na Arquidiocese:

REGIÃO BRASILÂNDIA 

Paróquia Nossa Senhora Aparecida - Vila Souza

End: Rua Luciano D’Amore, 47
Tel: (11) 3851-1908
Novena: Entre os dias 3 e 11, com missas às 20h
Em 12/10: Missas às 9h (voltada para as crianças), às 15h (aos enfermos) e às 18h (celebração solene). Às 10h30, haverá carreata, e a partir das 15h, procissão, partindo da Comunidade Sagrado Coração de Jesus (avenida Inajar de Souza, 6.031). 
 

REGIÃO BELÉM 

Paróquia Nossa Senhora Aparecida - Vila Carrão 

End: Rua Amarais, 470
Tel: (11) 2036-8472
Novena: Entre os dias 3 e 11, com missas durante a semana, às 19h30, e aos sábados e domingos, às 17h30
Em 12/10: 9h, Missa das Indulgências; 14h, Terço; 15h, Consagração de Nossa Senhora; 15h30, Encenação dos pescadores; 16h, Procissão pelas ruas; 16h30, Encenação dos escravos; 17h, missa solene e a consagração à Mãe Aparecida. 

 

REGIÃO LAPA 

Paróquia Nossa Senhora Aparecida - Jardim Ester

End: Rua João Millam, 288 Tel: (11) 3782-7867
Novena: Entre os dias 2 e 10, com missas às 19h
Em 12/10: 11h, casamento comunitário; 14h, procissão pelas ruas do bairro com a imagem peregrina de Nossa Senhora Aparecida que percorreu a Região Episcopal Lapa, seguida de celebração eucarística e show musical.
 

Paróquia Nossa Senhora Aparecida - Vila Anglo Brasileira

End: Rua Félix Della Rosa, 524
Tel: (11) 3865-4047
Tríduo: Entre os dias 9 e 11, com missas às 20h
Em 12/10: Procissão com a imagem de Nossa Senhora Aparecida, às 16h, seguida de missa.
 

REGIÃO IPIRANGA 

Paróquia Nossa Senhora Aparecida - Ipiranga

End: Rua Labatut, 781
Tel: (11) 2063-4654
Novena: Entre os dias 3 e 11, com missas às 19h30, durante a semana; às 16h, no sábado, 7; e às 18h, no domingo, 8
Em 12/10: Missas às 5h30, 7h, 8h30, 10h, 11h30, 13h, 14h30, 16h (presidida pelo Cardeal Scherer), 18h (campal) e às 19h30.
 

Paróquia Nossa Senhora Aparecida - Vila Arapuá

End: Rua Epiacaba, 590
Tel: (11) 2946-0634
Em 12/10:  Missas às 8h e 10h; às 11h, carreata pelas ruas do bairro, seguida de almoço festivo. Às 18h30, missa e apresentação de documentário sobre Nossa Senhora Aparecida e sobre os 50 anos da Paróquia.
 

REGIÃO SANTANA 

Paróquia Nossa Senhora Aparecida da Boa Viagem - Parque Novo Mundo

End: Rua Pistóia, 165
Tel: (11) 2967-5497
Novena: Entre os dias 3 e 11, com missa durante a semana às 20h, e no final de semana às 18h
Em 12/10: Missa às 9h (pelos enfermos); às 12h, almoço com bolo de Nossa Senhora,  e missa às 17h. 
 

Paróquia Nossa Senhora Aparecida – Vila Albertina

End: Rua Maestro Bortolucci, 307
Tel: (11) 2203-4925
Novena: Entre os dias 1º e 9, com missa às 20h;
No dia 10, às 20h, haverá encenação da história do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida
Em 12/10: Às 10h, missa da saúde; 16h, procissão e missa solene.
 

REGIÃO SÉ 

Paróquia Nossa Senhora Aparecida dos Ferroviários - Mooca

End: Rua Almirante Brasil, 125
Tel: (11) 2796-6016
Novena: Entre os dias 3 e 11, com missas às 20h
Em 12/10: Missas às 9h e às 16h, esta última antecedida de procissão.
 
(Apuração: Júlia Cabral)
 

 

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‘Peregrinação da imagem de Nossa Senhora Aparecida foi um momento de muita comunhão eclesial’

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04 de outubro de 2017

O Santuário Nacional de Aparecida iniciou no domingo, dia 1º, a solene comemoração dos 300 anos do encontro da imagem de Nossa Senhora Aparecida. A expectativa é que até 12 de outubro, Dia da Padroeira do Brasil, mais de 1 milhão de peregrinos visitem o maior templo mariano do mundo.

A maior concentração de fiéis deve acontecer no dia 12, quando são esperadas 200 mil pessoas, em especial para a missa solene das 9h30 em comemoração aos 300 anos do encontro da imagem. Outras atividades culturais e celebrações estão programadas até lá, incluindo a missa do domingo, 8, às 19h, presidida pelo Cardeal Odilo Pedro Scherer, Arcebispo Metropolitano de São Paulo. 

Leia também: "Hora de festejar os 300 anos da Padroeira do Brasil"

Os preparativos para a celebração do tricentenário da Padroeira do Brasil começaram em 2012 e, ao longo do tempo, imagens peregrinas fac-símile de Nossa Senhora Aparecida percorreram as dioceses brasileiras, mobilizando clérigos, religiosos e leigos de diferentes idades. “De norte a sul, de leste a oeste, pelas matas, pelas margens dos rios, pelos condomínios dos grandes centros, Nossa Senhora andou Brasil afora. Foi um momento de muita comunhão eclesial”, contou o Padre João Batista de Almeida, Reitor do Santuário Nacional de Aparecida, em entrevista ao Padre Edemilson Gonzaga, no programa “A Igreja em Notícia”, da rádio 9 de Julho , cuja íntegra reproduzimos a seguir.

 

O SÃO PAULO – EM OUTUBRO SÃO FESTEJADOS OS 300 ANOS DO ACHADO DA IMAGEM DE NOSSA SENHORA APARECIDA. QUANDO COMEÇARAM OS PREPARATIVOS PARA ESSA CELEBRAÇÃO?

Padre João Batista de Almeida – Começaram já em 2012, quando o Santuário Nacional de Aparecida e a CNBB se reuniram para planejar uma celebração que fosse digna para a Padroeira do Brasil. Desde então, vários eventos já aconteceram, muita coisa boa, mas há algo por acontecer, o ponto alto da festa ainda está por vir.

 

COMO FOI O ENVOLVIMENTO DE TODA A IGREJA NO BRASIL PARA PREPARAR ESSE JUBILEU DOS 300 ANOS?

Foi algo espetacular! A CNBB solicitou a todas as dioceses que se fizesse a peregrinação da imagem de Nossa Senhora pelas paróquias, comunidades e também em algumas entidades e associações. Praticamente todas as dioceses fizeram isso. O Santuário doou a cada diocese uma imagem fac-símile e cada bispo veio aqui para o Santuário junto com o clero, algumas dioceses também vieram com muitos fiéis e houve celebrações transmitidas pela TV Aparecida e outros meios católicos do envio dessas imagens para as dioceses. Foi uma espécie de missão que Nossa Senhora fez junto a todo povo brasileiro. De norte a sul, de leste a oeste, pelas matas, pelas margens dos rios, pelos condomínios dos grandes centros, Nossa Senhora andou Brasil afora. Foi um momento de muita comunhão eclesial. Os testemunhos que nós recebemos é algo muito espetacular. A missão aconteceu pela presença da imagem de Nossa Senhora Aparecida. O povo a acolheu e em alguns lugares até foi renovada a vida de comunidades que estavam, assim digamos, um pouco apagadas.

 

EM ALGUMAS CAPITAIS DOS ESTADOS HOUVE O RECOLHIMENTO DE UM POUCO DE TERRA A SER USADA NA NOVA COROA. POR QUE SE PENSOU NESSA INICIATIVA?

A intenção foi permitir que todo Brasil esteja presente no Santuário Nacional. Como forma concreta dessa presença, durante a visita da imagem nas capitais, em uma celebração transmitida pela tevê, foi coletado um pouquinho de terra de cada estado. Dentro da coroa jubilar que foi feita, há um recipiente e ali se colocou um pouquinho dessa terra. No dia 11 de outubro, a imagem de Nossa Senhora Aparecida vai receber essa coroa, que é a coroa oficial do jubileu. Será uma forma de dizer que o Brasil todo está presente na imagem de Nossa Senhora. A primeira coroa da imagem foi dada pela Princesa Isabel [em 1884]. Agora, essa segunda coroa vai ser doada pelo povo brasileiro. Não é mais uma princesa, ou um rei, são os próprios brasileiros que estão coroando Nossa Senhora Aparecida.

 

NESSE JUBILEU, FOI REALIZADO AINDA O PROJETO “ROTA 300”, COM O PROPÓSITO DE APRESENTAR OS CAMINHOS DA JUVENTUDE MISSIONÁRIA NO BRASIL E MOSTRAR A FÉ E A DEVOÇÃO À PADROEIRA. COMO FOI A PRESENÇA DOS JOVENS NO SANTUÁRIO NACIONAL DE APARECIDA POR CONTA DISSO?

Nos últimos três anos, nós acolhemos muito a juventude aqui no Santuário Nacional, justamente por este projeto chamado de “Rota 300”, com a participação da juventude dentro dessa peregrinação que a imagem de Nossa Senhora fez pelas dioceses, também como forma de ações missionárias nas próprias dioceses. Tudo isso combinou com a grande missão aqui no Vale do Paraíba, nas cidades banhadas pelo rio Paraíba do Sul, desde São José dos Campos (SP) até Caratinga (MG). Esse projeto foi encerrado em 29 de julho aqui em Aparecida (SP), com um grande número de jovens de muitas dioceses e também de movimentos. A gente até brinca que todas as “tribos”, como dizem os jovens, estiveram presentes. Foi um momento muito forte de comunhão eclesial.

 

POR FIM, COMO ESTÁ O ANDAMENTO DAS OBRAS ESTRUTURAIS NO SANTUÁRIO POR CONTA DO TRICENTENÁRIO DE NOSSA SENHORA APARECIDA?

Nós tivemos, nesses últimos anos, algumas obras que chamamos de presentes que os devotos entregaram a Nossa Senhora Aparecida. Primeiro foi o baldaquino, que são aquelas colunas que circundam o altar central. Houve o revestimento do baldaquino com temas ecológicos. A inauguração foi feita neste ano na abertura da Quaresma, porque a Campanha da Fraternidade de 2017 tratou sobre os biomas brasileiros. No baldaquino estão representados os biomas brasileiros, bem como as quatro estações do ano e quatro momentos da vida: concepção, geração, nascimento e, depois, o casal já adulto. O baldaquino sustenta a grande cúpula que será inaugurada no dia 11 de outubro. Ela já está pronta e vai ser descoberta como uma grande coroa que cobre o altar central, representando, assim, a coroa que Nossa Senhora recebeu da Princesa Isabel e que agora vai receber do povo brasileiro. A cúpula é a grande coroa do Santuário Nacional. Além disso, já ano retrasado, no Natal, aconteceu a inauguração do campanário, com os 13 sinos, sendo que 12 representam os apóstolos e um representa os devotos de Nossa Senhora Aparecida. Houve, também, a inauguração do Memorial dos Devotos, que é uma grande praça, onde as pessoas podem apreciar um pouco da cidade de Aparecida. Lá também estão os nomes daqueles que fazem parte da história do Santuário Nacional. Outras obras nós estamos ainda fazendo, como o Caminho do Rosário, que não vai ficar pronto este ano, mas, se Deus quiser, em 2018, vamos inaugurar mais esse presente para Nossa Senhora Aparecida. 

(Colaborou: Jenniffer Silva)
 

As opiniões expressas na seção “com a palavra” são de responsabilidade do entrevistado e não refletem, necessariamente, os posicionamentos editoriais do jornal O SÃO PAULO.




 

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